Você está na página 1de 29

Universidade Federal dos Vales do

Jequitionha e Mucuri – UFVJM


Campus do Mucuri

Leis de Conservação para


Volume de Controle

D.Sc. Alexandre Faissal Brito


Janeiro 2014
1. Conteúdo da Aula
 Definição de Sistema e Volume de
Controle;
 Descrição Lagrangeana e Euleriana para
Escoamento de Fluidos;
 Lei Básicas para Sistemas e Volume de
Controle;
 Teorema de Transporte de Reynolds;
 Conservação da Massa;
2. Objetivo
1. Apresentar e entender as três leis básicas
da Mecânica dos Fluidos;

2. Converter essas leis básicas de um sistema


para aplicação em volume de controle;

3. Aplicar a conservação da massa a volumes


de controle;
3. Sistema e Volume de Controle
Entra e sai massa na SC

A massa do sistema é constante


4. Propriedades Termodinâmicas

 Quantidades que definem o estado do sistema.

EXTENSIVA: depende da massa do sistema.

Exemplo: Energia, Quantidade de movimento ...

INTENSIVA: não depende da massa do sistema.

Exemplo: Temperatura, Pressão ...

 Extensiva / massa = intensiva.


5. Balanço da Taxa de
Variação de Massa

dmvc
 m e  m s
dt
5. Balanço da Taxa de
Variação de Massa

 A masssa total é constante

mvc (t )  me  mvc (t  t )  ms

 Então: mvc (t  t )  mvc (t )  me  ms


5. Balanço da Taxa de
Variação de Massa

mvc (t  t )  mvc (t ) me ms
 
t t t

dmvc
  m e  m s
dt
6. Vazão Volumétrica e Vazão
Mássica
 Vazão Volumétrica:

 Q 
3
Q  Av m
s

 Vazão Mássica:

M  Av  M   kg
s
Exemplo 1:
Um aquecedor de água operando em regime permanente possui
duas entradas e uma saída. Determine a vazão mássica na
entrada 2 e na saída e a velocidade na entrada 2.
Exemplo 2:
Água escoa para um barril aberto com vazão mássica
constante. Essa água sai por um tubo perto da base com
uma vazão mássica proporcional a altura do líquido.
6. Outras Aplicações

Arritmia: a quantidade
em estudo depende do
tempo (t).
7. Formulação Lagrangeana e
Euleriana
Lagrange: a quantidade em estudo depende do tempo (t).

Euler: a quantidade em estudo depende da posição (x,y,z) e do


tempo (t).
 Derivada substancial: faz a relação entre as duas formulações.

D   
  V  
Dt t
 Pode ser um campo escalar ou vetorial.

V Velocidade.
8. As Três Leis Básicas para
um Sistema
1) Conservação da Massa: a massa de um sistema permanece
constante.
D
Dt  dV  0
sis

  Massa específica.
dV  Volume ocupado por uma partícula de fluido.
8. As Três Leis Básicas para
um Sistema
2) 1ª Lei da Termodinâmica: a taxa de transferência de calor
para um sistema menos a taxa à qual o sistema realiza
trabalho é igual à taxa à qual a energia dos sistema está
mudando.
D
 
Q W 
Dt  edV
sis
 
Q Taxa de transferência de calor (lei de Fourrier).

 
W Taxa à qual o sistema realiza trabalho.

e Energia específica (cinética, potencial e interna).


8. As Três Leis Básicas para
um Sistema
3) 2ª Lei de Newton: a força resultante agindo no sistema é igual
à taxa à qual a momento linear do sistema está mudando.

 D 
 F
Dt  VdV
sis
 
 F Força resultante. V Velocidade.

 Se a velocidade é a massa específica forem constantes.


 
 F  ma
8. As Três Leis Básicas para
um Sistema
3) 2ª Lei de Newton para Rotação: o torque resultante agindo no
sistema é igual à taxa de variação do momento angular.

D  

   r  VdV
Dt sis
 
r  VdV  Representa o momento angular para uma
partícula de fluido.


r Localiza o elemento de volume, é medido
da origem dos eixos coordenados.
8. As Três Leis Básicas para
um Sistema
 Nas equações das leis básicas, podemos expressar as
quantidades integrais como:
DN sis
Dt
N sis  Representa uma quantidade integral, seja escalar ou vetorial.


N sis  dV
sis
 Propriedade intensiva do sistema.
9. Transformação de Sistema
para Volume de Controle


fluxo através de dA  nˆ  VdA

fluxo líquido da propriedade   nˆ  VdA
SC
10. Teorema de Transporte de
Reynolds
 
DN sis
   dV  nˆ  VdA

Dt t
VC SC
 Descrição Lagrangiana para Euleriana da taxa de variação
de uma quantidade extensiva.

 1ª Integral: taxa de variação da propriedade extensiva no


volume de controle.

 2ª Integral: fluxo da propriedade extensiva através da


superfície de controle.
11. Teorema de Transporte de
Reynolds – Regime Permanente
 Muitos escoamentos interessantes são permantes

 
    0
DN sis
t

Dt
  nˆ  VdA
SC
Se o volume de controle tiver apenas uma área A1, por onde entra o
fluido e outra A2, por onde sai o fluido, temos então:

DN sis
Dt 
  2  2V2 dA  11V1dA 
A2 A1
12. Teorema de Transporte de
Reynolds – Regime Permanente

A1 V1  Modelo: propriedades uniformes.
n1
DN sis
 2  2V2 A2  11V1A1
Dt
A2

 V2
n2

Generalizando para várias entradas e saídas de fluido:

DN sis N 
 i  iVi  nˆi dAi
Dt i 1
13. Conservação da Massa
Sistema: uma determinada porção do fluido (massa cte).

Dmsis D
Dt

Dt  dV  0
sis
 Do teorema de Reynolds, temos:
 
0   dV  nˆ  VdA
 (Equação da Continuidade)
t
VC SC
 Se o escoamento é permanente, temos:

0  nˆ  VdA (Equação da Continuidade)

SC
13. Conservação da Massa
 Que para um escoamento uniforme, fica:

2 A2V2  1A1V1 (Equação da Continuidade)

 Se a massa específica for constante:

A1V1  A2V2 (Equação da Continuidade)

 Vazão de Massa:

m  Vn dA  AV
A
 Vazão de Volume:

Q  Vn dA  AV
A
Exemplo 3:
Água flui a uma velocidade constante de 3 m/s para dentro de uma
tubulação que tem seu diâmetro reduzido de 10 cm para 2 cm, conforme
figura abaixo. Calcule a velocidade da água que sai pelo bocal e a vazão.

A1V1  A2V2 (Equação da Continuidade)



A1 V1 
n1 A1V1
V2   75 m / s
A2
A2

 V2
n2

3
Q  A1V1  0,02365 m s
Exemplo 4:
A água flui para dentro e fora de um aparelho como mostrado na
figura abaixo. Calcule a taxa de variação da massa de água
(dm/dt) no aparelho.

V1  30 m s

d  3 cm

 2  0,3 kg s
m Q3  0,3 m3 s

(Equação da Continuidade)
d 
0
dt  dV   nˆ  VdA
VC SC
Exemplo 4:
continuação

dm
0  1A1V1   2 A2V2  3 A3V3
dt
dm
0  1A1V1  m
 2  3Q3
dt
dm
 1A1V1  m 2  3Q3
dt
dm kg
 181,65
dt s
A massa aumenta numa taxa de 182 kg em 1 segundo
(material tipo esponja)
Exemplo 5:
3) Queremos determinar a taxa à qual o nível de água aumenta em
um tanque aberto, se a água entrando através de um tubo de 0,10
m2 tem uma velocidade de 0,5 m/s e a vazão da saída é de 0,2
m3/s. O tanque tem uma seção transversal circular de diâmetro 0,5
m.

(Equação da Continuidade)

d 
0
dt  dV   nˆ  VdA
VC SC

Utilizar o quadro negro....


14. Referências Bibliográficas
Braga Filho,W. Fenômenos de Transporte para
Engenharia. Rio de Janeiro: LTC – 2006.

Potter, Merle C. e Wiggert, David C. Mecânica


dos Fluidos. São Paulo: Thomson – 2004.

Moran, Michael J. e Shapiro, Howard N.


Princípios de Termodinâmica para Engenharia.
Rio de Janeiro: LTC – 2009.

Você também pode gostar