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oat veto Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos LEI N° 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984 Texto compilado (Vide Decreto n° 6,049, de 2007) Institui a Lei de Execugéo Penal (Vide Decreto n° 7.627. de 2011) (© PRESIDENTE DA REPUBLICA, fago saber que 0 Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Tio | Do Objeto e da Aplicagao da Lei de Execugdo Penal Art. 1° A execugao penal tem por objetivo efetivar as disposigdes de sentenga ou decisao criminal e proporcionar condigées para a harménica integragao social do condenado e do internado. Art. 2° A jurisdigao penal dos Juizes ou Tribunais da Justiga ordindria, em todo o Territério Nacional, seré exercida, no processo de execugao, na conformidade desta Lei e do Cédigo de Processo Penal. Pardgrafo Unico. Esta Lei aplicar-se-é igualmente ao preso provisério © a0 condenado pela Justiga Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito a jurisdigo ordinaria, Art, 3° Ao condenado e ao intemado serdo assegurados todos os direitos nao atingidos pela sentenca ou pela lei Pardgrafo Unico. Nao havera qualquer distingao de natureza racial, social, religiosa ou politica Art. 4° O Estado deverd recorrer & cooperago da comunidade nas atividades de execugao da pena e da medida de seguranga, TITULO IL Do Condenado e do Internado CAPITULO | Da Classificagao Art. 5° Os condenados serdo clasificados, segundo os seus antecedentes © personalidade, para orientar a individualizagao da execugdo penal Att. 62 A classificagdo seré feta por Comissao Técnica de Classificago que elaborar o programa individualizador dda pena privativa do liberdade adequada ao condenado ou preso proviséro. -{Redaedo dada pela Lei n? 10.792, de 2003) Art. 7" A Comissao Técnica de Classificagao, existente em cada estabelecimento, sera presidida pelo director composta, no minima, por 2 (dois) chefes de senigo, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) psicdlogo e 1 (um) assistente social, quando se tratar de condenado & pena privativa de liberdade. Pardgrafo Unico. Nos demais casos @ Comissdo atuard junto ao Juizo da Execugdo e serd integrada por fiscais do senigo social. Art. 8° © condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, sera submetido a exame criminolégico para a obten¢ao dos elementos necessarios a uma adequada classificagao e com vistas a individualizagao da execugao. wamplanata goubrlchl_ Oates 72t0.Kem 1135 oat veto Paragrafo Unico, Ao exame de que trata este artigo poderd ser submetido 0 condenado ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto. Art. 9° A Comiss8o, no exame para a obtengéo de dados reveladores da personalidade, obsenando a ética profissional ¢ tendo sempre presentes pecas ou informagées do processo, poder entrevistar pessoas; Il requisitar, de repartigoes ou estabelecimentos privados, dados e informagées a respeito do condenado; IIl- realizar outras diligéncias e exames necessétios. ‘Att. 9°-A. © condenado por crime doloso praticado com violencia grave contra a pessoa, bem como por crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime sexual contra wilnerével, serd submetido, obrigatoriamente, & identificagao do perfl genético, mediante extracao de DNA (Acido desoxinibonucleico), por técnica adequada e indolor, por ocasiéo do ingresso no estabelecimento prisional \(Redacdo dada pela Lein’? 13.964, de 2019) (Vigéncia) § 12 A identificacao do perl genético seré armazenada em banco de dados sigiloso, conforme regulamento a ser expedido pelo Poder Executive. —(Incluido pola Lein® 12.654, de 2012) § 1°-A. A regulamentagdo deverd fazer constar garantias minimas de protegdo de dados genéticos, obsenando as melhores praticas da genética forense. _Incluido pola Lein® 13,964, de 2019) (Vigncia) § 22 A autoridade policial, federal ou estadual, poder requerer ao juiz competente, no caso de inquérito instaurado, 0 acesso ao banco de dados de identificagao de perfl genético. (incluido pela Lei n* 12,654, de 2012) § 3° Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos 0 acesso aos seus dados constantes nos bancos de perfis genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de custédia que gerou esse dado, de maneira que possa ser contraditado pela defesa. _(Incluido pela Lei n® 13.964, de 2019) (Vigéncia) '§ 4° O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que ndo tiver sido submetido a identificagao do perfil genético por ocasiéo do ingresso no estabelecimento prisional deverd ser submetido ao procedimento durante o Cumprimento da pena. _(Incluido pela Lei n® 13.964, de 2019) (Vigéni SS-{VETADO)- S64VETABO} §PVETADO}. '§ 5° A amostra biolégica coletada sé poderd ser utilizada para o Unico e exclusive fim de permitir a identificagao pelo perfil genético, nao estando autorizadas as praticas de fenotipagem genética ou de busca familiar (tocluido pela Lei n® 13,964, de 2019) (Vigncia) § 6° Uma vez identificado 0 perfil genético, a amostra biolégica recolhida nos termos do caput deste artigo devera ser correta e imediatamente descartada, de maneira a impedir a sua ulllizagao para qualquer outro fim, (Uncluido pola Lein® 13.964, de 2019) _(Vigncia) § 7° A colela da amostra biolégica e a elaborago do respectivo laudo sero realizadas por perito oficial (incluido pela Lein® 13,964, de 2019) (Vigncia) § 8° Constitui falta grave a recusa do condenado em submeter-se ao procedimento de identificagao do perfil genético. _(Incluido pela Lei n® 13.964, de 2019) (Vigan capiruto Da Assisténcia SEGAO! Disposigées Gerais At. 10. A assisténcia ao preso € ao intemado & dever do Estado, objetivando preven o crime e orientar 0 retomo & convivéncia em sociedade. wamplanata goubrlchl_ Oates 72t0.Kem 28 oat veto Paragrafo tnico. A assisténcia estende-se ao egresso, Art, 11. A assisténcia sera: material Ila satide; I jurcica: IV -educacional V - social VI-religiosa SEGAO I Da Assisténcia Material Art. 12. A assisténcia material ao preso ao intemado consistira no fornecimento de alimentagao, vestuario e instalagées higiénicas. Art. 13. © estabelecimento disporé de instalagées © senicos que atendam aos presos nas suas necessidades pessoais, além de locais destinados venda de produtos e objets permitidos @ nao fomecidos pela Administragao, SEGAO II Da Assisténcia a Saude Art. 14. A assisténcia a satide do preso e do intemado de cardter preventive e curative, compreendera atendimento médico, farmacéutico e odontolégico. § 1° (Vetado). § 2° Quando o estabelecimento penal ndo estiver aparelhado para prover a assisténcia médica necesséria, esta sera prestada em outro local, mediante autorizagao da diregao do estabelecimento. § 32 Seré assegurado acompanhamento médico & mulher, principalmente no pré-natal e no pés-patto, extensivo a0 recém-nascido, (Incluico pala Lei n? 11.942. da 2009) SEGAOIV Da Assisténcia Jui Art. 15. A assisténcia juridica é destinada aos presos e aos interados sem recursos financeiros para constituir advogado. Ari t8oas-Lindades da Federagae dew-ae ter senicos de-assisténcia jurisica nos estacelecimentos penais: Art. 16. As Unidades da Federagéo deverdo ter senvicos de assisténcia juridica, integral e gratuita, pela Defensoria Publica, dentro e fora dos estabelecimentos penais. (Redacao dada pola Lei n? 12.313, de 2010). § 12 As Unidades da Federacao deverdo prestar auxilo estrutural, pessoal © material & Defensoria Publica, no exercicio de suas fungoes, dentro @ fora dos estabelecimentos penais. (Incluide pela Lei n® 12.313. de 2010), § 22 Em todos os estabelecimentos penais, haverd local apropriado destinado ao atendimento pelo Defensor Pablico. Incluido pela Lei n? 12.313, de 2010), § 82 Fora dos estabelecimentos penais, serdo implementados Nicleos Especializados da Defensoria Pblica para a prestacéo de assisténcia juridica integral e gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e seus familiares, Sem recursos financeiros para constituir advogado {(ncluido pela Lei n? 12.313. de 2010) SEGAOV Da Assisténcia Educacional wamplanata goubrlchl_ Oates 72t0.Kem as

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