Você está na página 1de 47

IMUNIDADE A

AGENTES
INFECCIOSOS
AULA 8
IMUNIDADE
CONTRA
BACTÉRIAS
INTRODUÇÃO
• Ambientes – densamente povoados por bactérias
– Vasta maioria não invade e nem causa doença
• 1° Esforços das imunidades combinados
• 2° Pouco se ganha com a invasão – doença ou morte
do hospedeiro = morte bacteriana
• Microbiota essencial
– Proteção contra invasores
– Digestão de alimentos
– Desenvolvimento do sistema imune
INTRODUÇÃO
• Bactérias comensais – vários patobiontes
– Doença bacteriana = independe da presença de mo
patogênicos nas superfícies corpóreas
– Outros fatores
• Resposta do hospedeiro
• Comorbidades
• Presença de tecidos lesionados
• Localização das bactérias
• Virulência das bactérias
– Adaptação ambiental
– Transmissão entre hospedeiros
➔ Imunidade Inata
• Macrófagos e células dendríticas
> Reconhecimento inespecífico de bactérias via PAMPs
– fagocitose e destruição bacteriana

• Ativação do complemento
> Complexo de ataque à membrana (MAC) na superfície
da bactéria – lise bacteriana

> Opsonização – ativação da fagocitose

• Células NK
> São ativadas pela presença de algumas bactérias = produção de IFN-γ
= ativação de macrófagos e células dendríticas
➔ Imunidade Adaptativa

1. Neutralização de toxinas ou enzimas


> Impede aderência de bactérias nas mucosas

> Proteção de mucosas

2. Ativação via clássica do complemento


> Complexo MAC – lise bacteriana

3. Opsonização

> Estímulo fagocitose (fagócitos séricos e teciduais)


➔ Imunidade Adaptativa

4. Destruição de bactérias intracelulares - macrófagos


➢ Macrófagos ativados – formação de fagolisossomo =
Destruição por enzimas lisossomais
➢ Fornecimento de ags para o MHC

5. Morte direta de bactérias mediadas por LTc


➢ Ativação de fagócitos, células NK e linfócitos Tc
➢ Liberação do conteúdo dos grâunlos
➢ Destruição de células recobertas com antígenos bacterianos
CURSO DA RESPOSTA IMUNE À INFECÇÃO
IMUNIDADE
CONTRA
FUNGOS
INFECÇÕES FÚNGICAS
• 3 tipos principais
1- Infecções primárias – micoses cutâneas e superficiais
• Microsporum spp. , Candida spp.
2- Infecções primárias – fungos dimórficos* – doenças respiratórias
• Histoplasma capsulatum, Blastomyces dermatitidis
3- Infecções secundárias – fungos oportunistas
• Animais imunossuprimidos
– Rhizopus spp., Mucor spp., Pneumocystis spp.
• Imunidade adaptativa não está funcionando adequdamente
MECANISMOS

• Infecções primárias
– Resposta imune inata e adaptativa
• Ativação da via alternativa do sistema complemento
– Atração de neutrófilos
• Tamanho = neutrófilos não podem ingerir totalmente
– Liberam enzimas e oxidantes = lesões
• Pequenos fragmentos e tb esporos = ingestão
• Infecções fúngicas destruição = mediada por Th1
IMUNIDADE
CONTRA
VÍRUS
INTRODUÇÃO
• Vírus são microrganismos intracelulares obrigatórios
– Ameaças = sistema imune e morte do hospedeiro
• Vírus e hospedeiros = seleção e adaptação
– Vírus = capacidade de escapar das r. imunes
– Animais = resistência às viroses
• Vírus eliminados antes da replicação = não disseminação
• Animais mortos por viroses = não servem como HD*
• Vírus X HD pouco adapatados = letal (Ex. raiva)
• Vírus X HD mais adaptados = mortalidade mais baixa e
persistência do patógeno (Ex. influenza)
• Vírus X HD adaptados – infecções persistentes/latentes – s.
imune não consegue eliminá-los (Ex. AIE, herpesviroses)
IMUNIDADE INATA

• Rápidas e potentes – limitam muitas infecções virais


– Interferons – citocinas muito importantes
– Lisozima, enzimas intestinais e bile = morte de alguns vírus
– Entre outras substâncias como defensinas, proteínas
surfactantes
• Células invadidas por vírus - apoptose prematura
– Evita invasão e replicação virais de maneira eficiente
➔ PRINCIPAIS DEFESAS
INESPECÍFICAS

• IFN
1. Proteção antiviral das células vizinhas:
➢ degradação de RNAm
➢ inibição da síntese proteica

2. Modulação da resposta imune:


➢ ativação de NK
➢ proliferação de LT de memória
➢ promove funções do LB – produção de IgG
➢ indução da expressão de MHC-I (*)
➔ PRINCIPAIS DEFESAS
INESPECÍFICAS

• CÉLULAS NK
> atividade citolítica ativada por IFN
> reconhecimento inespecífico da célula infectada

• COMPLEMENTO
Atuação em partículas virais no meio extracelular:

> Opsonização – estímulo fagocitose


> Ativação complemento – lise de vírus envelopados
➔ PRINCIPAIS DEFESAS ESPECÍFICAS

Linfócitos TCD4, Linfócitos TCD8 e Anticorpos


responsáveis pelos principais mecanismos efetores da resposta
específica anti-viral

➔ Linfócitos TCD4 e TCD8 ativos 4 a 5 dias após infecção

➔ Anticorpos (IgM) – início da detecção 7 a 8 dias p.i.


➔ PRINCIPAIS DEFESAS ESPECÍFICAS

• Imunidade adaptativa mediada por anticorpos

1. Atuação em partículas virais no meio extracelular:


> Neutralização viral
- bloqueiam adsorção viral – competem pelo sítio de ligação
- estimulam a fagocitose
> Aglutinação viral
- reduzem o número de partículas para invasão celular
> Opsonização – estímulo fagocitose
> Ativação complemento (via clássica)
➔ PRINCIPAIS DEFESAS ESPECÍFICAS

• Imunidade adaptativa mediada por anticorpos

2. Atuação em células infectadas


> Citotoxicidade dependente de anticorpo
- Ativação de células NK via receptor Fc

* ligação FcR a anticorpos antígeno-específicos ligados a


proteínas virais na superfície da célula infectada
➔ PRINCIPAIS DEFESAS ESPECÍFICAS
* Imunidade adaptativa mediada por células

• Células CD8 – Linfócitos T citotóxicos

> Apoptose da célula infectada – liberação de proteínas


granulares citotóxicas
- Ativação pelo reconhecimento MHC I + antígeno viral

• Células CD4 – Linfócitos T auxiliares

> Th1 - Liberação de citocinas que ativam células CD8

• Macrófagos

> Endocitose e destruição viral


IMUNIDADE
CONTRA
PARASITAS
INTRODUÇÃO
• Diferentemente dos outros agentes patogênicos, a
maioria dos parasitas não causa lesões irreparáveis
ao hospedeiro e não desencadeiam resposta de
defesa destrutiva
– Bloqueiam ou retardam as defesas = sobrevivência
• Regulam a r. imune - suprimem
– Tempo suficiente para reprodução
• Os melhores adaptados = vida do hospedeiro
IMUNIDADE A PROTOZOÁRIOS
INATA ADAPTATIVA
• Semelhante • RIH = acs = extracelulares
– Receptores + ags – Opsonização
– Fagocitose – Aglutinação
• Destruição – Imobilização
• Migração de neutrófilos • RIC = intracelulares
– Liberação de citocinas – LT, especialmente Th1
• Pelos fagócitos – Macrófagos
– NK
IMUNIDADE A HELMINTOS
INATA ADAPTATIVA
• Desafio
• Fatores do HD
– Migram como larvas
– Idade
• Intestino ou pulmões
– Sexo
– Adultos
– Constituição genética
• Desencadeiam RIC tipo 2
• Raças zebuínas x taurinas
– Eosinófilos e basófilos
• Infecções anteriores
• Adultos nas mucosas
– Alguns parasitas
– Expelidos por IgE
• Diminui carga
• FcR de eosinófilos
• Infecções intercorrentes – Ligação com IgE
– Competição – Degranulação
– Citocinas, mol. vasoativas
IMUNIDADE A ARTRÓPODES
• Picada carrapatos, pulgas ou mosquitos
– Injetam saliva – enzimas digestivas – ingestão de sangue
• 3 tipos de resposta imune contra a saliva
– 1- Componentes salivares de baixo peso molecular + proteínas da
pele do HD = haptenos – estimulam Th1
– 2- Antígenos salivares que se ligam com células de Langerhans =
atração de basófilos + resposta Th1 + produção de anticorpos IgG
– 3- Antígenos salivares – resposta Th2 = síntese de IgE
• Inflamação, urticária, prurido, dor – Hipersensibilidade tipo I

• Respostas = modificação da pele = prejuízo da alimentação


MECANISMOS DE EVASÃO
DAS DEFESAS IMUNES

1. VARIAÇÃO ANTIGÊNICA
2. LATÊNCIA
1. Variação antigênica

Agente infeccioso escapa à vigilânca do


sistema imune alterando seus antígenos

Mecanismo importante em patógenos extracelulares


eliminados por anticorpos
Imunidade tipo-específica

➔ Mesmo agente e diferentes “tipos” antigênicos (sorotipos)

- Anticorpos contra um sorotipo não reagem de modo


cruzado com outros sorotipos

- Infecção não confere proteção contra sorotipos distintos

Mesmo patógeno pode causar doença repetidas vezes


no mesmo indivíduos
Imunidade tipo-específica

✓ Novas respostas adaptativas para novos sorotipos


Deriva antigênica
(ocorre em Influenza vírus)

- Mutações pontuais em genes que codificam proteínas


da superfície viral: hemaglutinina (H) e neuramidade (N)

- Surgimento de novas variantes virais que escapam da


neutralização por anticorpos
- Indivíduos imunes à antiga variante, suscetíveis a nova variante

* ocorre certo grau de reação cruzada: anticorpos e células T de


memória produzidas reconhecem epítopos que não foram alterados –
“imunidade parcial”
Deriva antigênica
Desvio antigênico

(também em Influenza vírus)

- Redistribuição segmentos de RNA viral em dois Influenza virus


que infectam espécies hospedeiras diferentes

- Grandes alterações na hemaglutinina viral – nenhuma


reatividade cruzada

* Nenhuma reatividade cruzada: grandes pandemias da gripe


Desvio antigênico/Reassortimento
Rearranjos
programados
Mecanismo de evasão imune de tripanossomas

VSG: “variant surface


glycorpotein”

• Glicoproteína VSG reveste Trypanosoma

• Mais de 1000 genes VSG, somente


um expresso por vez
Rearranjos programados

• VSGs induzem resposta de anticorpos que eliminam


grande parte dos parasitas
• Novas VSGs são expressas e novos anticorpos produzidos

• Ciclos de picos de parasitemia e reposta de anticorpos

Ciclos de ação evasiva tornam as infecções muito difíceis de


serem debeladas pelo sistema imunológico
2. Latência
Ex: Herpes virus simples

a. Virus epitelial bucal ➔ reposta imune


(úlceras)
b. Disseminação para neurônios onde persite
latente
* baixa replicação = baixa exposição de
antígenos
baixa expressão de MHC
c. Reativação – infecção epitelio bucal

Ciclos de recorrência podem se repetir


diversas vezes
3. Resistência à destruição por
fagócitos
M.tuberculosis, M. bovis, Brucella abortus
fagocitado por macrófagos impedem a fusão
do fagossoma com o lisossoma

Toxoplasma gondii - entrada não fagocítica


impedem fusões e explosão oxidativa

Você também pode gostar