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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 14861
Segunda edição
28.10.2011

Válida a partir de
28.11.2011

Lajes alveolares pré-moldadas de concreto


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protendido — Requisitos e procedimentos


Precast prestressed hollow core slabs — Requirements and procedures

ICS 91.060.99; 91.100.30 ISBN 978-85-07-03069-0

Número de referência
ABNT NBR 14861:2011
36 páginas

© ABNT 2011
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Sumário Página

Prefácio ...............................................................................................................................................iv
1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Referências normativas .....................................................................................................1
3 Termos e definições ...........................................................................................................2
4 Simbologia ..........................................................................................................................3
5 Materiais ..............................................................................................................................3
5.1 Generalidades.....................................................................................................................3
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5.2 Concreto..............................................................................................................................3
5.2.1 Constituintes ......................................................................................................................3
5.2.2 Propriedades ......................................................................................................................3
5.2.3 Dosagem .............................................................................................................................4
5.2.4 Controle tecnológico .........................................................................................................4
5.3 Aço.......................................................................................................................................5
5.4 Argamassa e graute ...........................................................................................................5
6 Requisitos para o produto acabado .................................................................................5
6.1 Tolerâncias ..........................................................................................................................5
6.2 Dimensões mínimas...........................................................................................................7
6.3 Geometria de alvéolos .......................................................................................................8
7 Dimensionamento das seções transversais ....................................................................8
7.1 Generalidades.....................................................................................................................8
7.2 Resistência à flexão ...........................................................................................................9
7.3 Resistências à força cortante .........................................................................................10
7.3.1 Mecanismo de ruptura .....................................................................................................10
7.3.2 Verificação de cálculo da resistência à força cortante .................................................11
7.4 Resistência ao fendilhamento longitudinal ...................................................................15
7.5 Resistência ao esforço cortante nas chavetas ou chaves de cisalhamento ..............17
7.6 Resistência à punção.......................................................................................................19
7.7 Ações especiais ...............................................................................................................20
7.7.1 Ações concentradas ........................................................................................................20
7.7.2 Resistência à torção ........................................................................................................20
7.8 Apoios de lajes alveolares ..............................................................................................20
7.8.1 Tipos de apoios ................................................................................................................20
7.8.2 Apoio mínimo ...................................................................................................................21
7.9 Escorregamento das cordoalhas nas extremidades da laje alveolar..........................22
7.10 Distribuição e cobrimento para as cordoalhas de protensão ......................................23
7.11 Fissuração longitudinal causada pelo escorregamento da cordoalha .......................23
8 Projeto de sistemas estruturais compostos por lajes alveolares ...............................23
8.1 Generalidades...................................................................................................................23
8.2 Efeito diafragma ...............................................................................................................23
8.3 Comportamento de lajes contínuas ...............................................................................24
8.4 Ligações ............................................................................................................................25

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8.5 Distribuição de cargas transversais ...............................................................................25


8.6 Lajes alveolares submetidas a carregamento dinâmico ..............................................26
8.7 Lajes alveolares submetidas a ações sísmicas ............................................................26
8.8 Lajes alveolares submetidas a incêndio ........................................................................26
8.9 Aberturas e recortes em lajes alveolares ......................................................................26
8.10 Drenagem ..........................................................................................................................26
9 Capeamento estrutural ....................................................................................................26
9.1 Projeto estrutural e procedimentos executivos da capa estrutural e da chaveta ......26
9.2 Armaduras e concreto da capa estrutural .....................................................................28
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9.3 Concretagem da capa estrutural ....................................................................................28


9.4 Juntas de concretagem, retração e variação de temperatura da capa estrutural ......29
9.5 Cura do concreto da capa estrutural..............................................................................29
9.6 Recomendações complementares .................................................................................29
9.7 Responsabilidades...........................................................................................................30
10 Verificação experimental .................................................................................................30
11 Métodos de produção das lajes alveolares ...................................................................30
11.1 Generalidades...................................................................................................................30
11.2 Planejamento da produção .............................................................................................30
11.3 Preparação e protensão das cordoalhas .......................................................................30
11.4 Concretagem ....................................................................................................................31
11.5 Cura ...................................................................................................................................32
11.6 Corte ..................................................................................................................................32
11.7 Liberação da protensão ...................................................................................................32
11.8 Verificação do escorregamento de cordoalhas .............................................................32
11.9 Superfície e fissuras ........................................................................................................33
11.10 Lançamento, transporte e armazenamento ...................................................................34
12 Documentação técnica ....................................................................................................34
12.1 Documentação técnica de fabricação ............................................................................34
12.2 Documentação técnica do projeto estrutural ................................................................34
12.3 Documentação técnica para movimentação e montagem ...........................................34
Bibliografia .........................................................................................................................................35

Figuras
Figura 1 – Exemplo de laje alveolar ...................................................................................................2
Figura 2 – Desenho ilustrativo das tolerâncias de fabricação de lajes alveolares .......................7
Figura 3 – Exemplos de seções transversais de lajes alveolares e de geometria de alvéolos ...8
Figura 4 – Exemplo de seção transversal de laje alveolar com capa estrutural e alvéolos
preenchidos ....................................................................................................................12
Figura 5 – Posicionamento recomendado para preenchimento de concreto em dois alvéolos
para acréscimo na resistência à força cortante ...........................................................13
Figura 6 – Representação de esforços para a verificação ao fendilhamento..............................16
Figura 7 – Força de protensão resultante .......................................................................................17

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Figura 8 – Força cortante nas chavetas ou chaves de cisalhamento ..........................................18


Figura 9 – Espessura efetiva das nervuras para a verificação à punção ....................................19
Figura 10 – Exemplo de apoio em almofada de elastômero .........................................................21
Figura 11 – Continuidades das lajes alveolares e posicionamento de armaduras.....................25

Tabela
Tabela 1 – Tolerâncias de fabricação de lajes alveolares ................................................................6
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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
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A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 14861 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
(ABNT/CB-18), pela Comissão de Estudo de Lajes e Painéis Alveolares de Estruturas de Concre-
to Pré-Fabricadas (CE-18:600.19). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 08,
de 11.08.2011 a 10.10.2011, com o número de Projeto ABNT NBR 14861.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 14861:2002), a qual foi tecni-
camente revisada.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This Standard defines the requirements and procedures that must be attended in design, production
and assembling of prestressed concrete hollow core slabs of precast concrete structures.

For situations not covered by this Standard or covered in a simplified way, the technical responsible for
design can use procedures, appropriate international or foreigner standards accepted by the technical
community, since the level of security provided by this Standard is being attended and demonstrated.

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Lajes alveolares pré-moldadas de concreto protendido — Requisitos


e procedimentos

1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos e procedimentos a serem atendidos no projeto, na produção e
na montagem das lajes alveolares pré-moldadas de concreto protendido.
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Para situações não cobertas por esta Norma ou cobertas de maneira simplificada, o responsável téc-
nico pelo projeto pode usar procedimentos ou normas estrangeiras ou internacionais aplicáveis, acei-
tos pela comunidade técnico-científica, desde que demonstrado o atendimento ao nível de segurança
previsto por esta Norma.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5733, Cimento Portland de alta resistência inicial – Especificação

ABNT NBR 5738, Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova

ABNT NBR 5739, Concreto – Ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos

ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto

ABNT NBR 6120, Cargas para o cálculo de estruturas de edificações

ABNT NBR 6123, Forças devidas ao vento em edificações

ABNT NBR 7808, Símbolos gráficos para projetos de estruturas

ABNT NBR 8522, Concreto – Determinação do módulo estático de elasticidade à compressão

ABNT NBR 8681, Ações e segurança nas estrutura – Procedimento

ABNT NBR 9062:2006, Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado

ABNT NBR 11768, Aditivos químicos para concreto de cimento Portland – Requisitos

ABNT NBR 12655, Concreto de cimento Portland – Preparo, controle e recebimento

ABNT NBR 14931, Execução de estruturas de concreto

ABNT NBR 15200, Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio

ABNT NBR 15421, Projeto de estruturas resistentes a sismos

ABNT NBR 15823-1, Concreto auto-adensável – Classificação, controle e aceitação no estado fresco

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ABNT NBR NM 67, Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone

EN 1168, Precast concrete products – Hollow core Slabs

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 9062 e os seguintes.

3.1
laje alveolar
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peça de concreto produzida industrialmente, fora do local de utilização definitiva, sob rigorosas condi-
ções de controle de qualidade, conforme Seção 11. É caracterizada por armadura longitudinal ativa,
que engloba totalmente a armadura inferior de tração necessária e por ausência de armadura trans-
versal de cisalhamento. A seção transversal é alveolar, com a presença de almas de concreto e alvé-
olos, conforme representada na Figura 1

Legenda:

(1) Alvéolo
(2) Alma
1 2

Figura 1 – Exemplo de laje alveolar


3.2
chave de cisalhamento
chaveta
elemento estrutural formado por concreto, graute ou argamassa para o preenchimento da junta longi-
tudinal entre as lajes alveolares, que promove a solidarização e a transmissão de esforços entre elas

3.3
chaveteamento
processo de execução da chaveta através do preenchimento com concreto, argamassa ou graute,
da junta longitudinal entre lajes alveolares

3.4
capa estrutural
capa de concreto moldado no local sobre a superfície formada por lajes alveolares, tendo como obje-
tivo o acréscimo de sua capacidade estrutural e também a constituição da seção composta formada
pela capa estrutural, pelas lajes alveolares e por demais elementos estruturais

3.5
capeamento estrutural
execução da capa de concreto estrutural (3.4)

3.6
liberação da protensão
operação de alívio da fixação das ancoragens dos fios ou cabos aderentes e seccionamento destes
entre as extremidades de elementos contíguos no caso de fabricação em linha

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4 Simbologia
4.1 As notações contidas nesta Norma correspondem àquelas fixadas nas ABNT NBR 7808,
ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 9062, bem como às apresentadas ao longo desta Norma.

4.2 As expressões desta Norma são dadas para o Sistema Internacional de Unidades. Admite-se
10 kgf/cm2 = 1 MPa.

5 Materiais
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5.1 Generalidades
Para os concretos de elementos pré-fabricados, conforme ABNT NBR 9062:2006, 3.11 e Seção 12,
onde é realizado um controle de qualidade restrito ao regime de fábrica, podem ser adotados os coe-
ficientes de minoração dos materiais: γc = 1,3 e γs = 1,10.

5.2 Concreto
5.2.1 Constituintes

5.2.1.1 Aglomerantes, agregados e água

Aos aglomerantes, aos agregados e à água, quanto ao recebimento dos materiais e armazenamento,
aplica-se o disposto na ABNT NBR 14931.

5.2.1.2 Aditivos e adições

5.2.1.2.1 O uso de aditivos ou adições no concreto, com o objetivo de acelerar ou retardar a pega
e o desenvolvimento da resistência nas idades iniciais, reduzir o calor de hidratação, melhorar a tra-
balhabilidade, reduzir a relação água/cimento, aumentar a compacidade e a impermeabilidade ou
incrementar a resistência aos agentes agressivos e às variações climáticas ou outros, deve seguir
o que estabelece a ABNT NBR 12655.

5.2.1.2.2 Em elementos pré-moldados protendidos, os aditivos empregados no concreto ou na arga-


massa em contato com a armadura de protensão não podem conter ingredientes que possam pro-
vocar corrosão do aço, em particular a corrosão sob tensão, sendo proibido o uso de aditivos à base
de cloretos ou quaisquer outros halogenetos, conforme as ABNT NBR 11768 e ABNT NBR 9062.

5.2.2 Propriedades

5.2.2.1 Generalidades

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 6118 com relação à trabalhabilidade, à durabilidade, ao diagrama
tensão-deformação, ao módulo de deformação longitudinal à compressão, ao módulo de deformação
transversal, ao coeficiente de Poisson, ao coeficiente de dilatação térmica, à retração e à fluência.

5.2.2.2 Resistência mecânica

5.2.2.2.1 A liberação da protensão das lajes alveolares, conforme definido em 3.6, deve ser execu-
tada com meios apropriados que evitem transmissão de choques dos fios, cabos ou cordoalhas ao
concreto e somente após comprovação de que a resistência efetiva do concreto à compressão tenha
atingido o valor indicado no projeto para esta fase, não admitindo valor inferior a 21 MPa. A resistên-
cia de projeto e a sequência de liberação da protensão a ser seguida, conforme dimensionamento
segundo a Seção 7, devem constar nos itens obrigatórios de projeto, conforme Seção 12.

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5.2.2.2.2 A resistência de projeto a ser considerada para liberação da protensão deve ser confir-
mada por ensaio de ruptura na idade programada, cujos registros devem ser mantidos para fins de
rastreabilidade e disponibilizados ao cliente quando necessário. A resistência aos 28 dias deve ser
atendida, conforme o projeto (fck) e controle estatístico, atendendo ao disposto na ABNT NBR 12655.
No caso da utilização de cimento CPV ARI (ABNT NBR 5733) admite-se que o controle estatístico
seja realizado aos 14 dias, desde que os valores não sejam inferiores ao fckj e que haja correlação
estabelecida com a resistência aos 28 dias.

5.2.3 Dosagem
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5.2.3.1 Admite-se somente dosagem experimental conforme a ABNT NBR 12655. Deve ser man-
tido registro da dosagem experimental indicando: fator a/c adotado, trabalhabilidade, resistência à
compressão no momento da liberação da protensão (correspondente à idade adotada na produção,
14 dias ou 28 dias para fins de controle estatístico) e módulo de elasticidade nas idades de liberação
da protensão, aos 7 dias, 14 dias ou 28 dias, conforme a ABNT NBR 8522.

5.2.3.2 Uma nova verificação deve ser conduzida sempre que houver alguma alteração nos mate-
riais, projeto ou critérios estabelecidos.

5.2.4 Controle tecnológico

5.2.4.1 Verificação da dosagem

Para a verificação da dosagem utilizada e das características dos constituintes do concreto, aplica-se
o disposto na ABNT NBR 12655. No caso da necessidade de uma caracterização mais rigorosa das
propriedades mecânicas do concreto, podem ser utilizados outros procedimentos, baseados em litera-
tura técnica consagrada, em normas internacionais ou estrangeiras de referência, desde que compro-
vados experimentalmente.

5.2.4.2 Frequência de ensaios

A frequência de ensaios para controle tecnológico deve ser estabelecida considerando o processo pro-
dutivo, atendendo às seguintes condições:

— os ensaios previstos devem ser realizados com o concreto destinado à concretagem de cada pista;

— sempre que houver alteração no proporcionamento dos materiais, ou paralisação e posterior reto-
mada dos trabalhos, um novo ensaio deve ser realizado.

5.2.4.3 Verificação da trabalhabilidade

5.2.4.3.1 A verificação da trabalhabilidade deve ser feita através de ensaios de consistência. Nesta
verificação devem ser considerados os processos usuais de produção das lajes alveolares: por extru-
são, por moldagem ou concretadas pelo processo convencional.

5.2.4.3.2 No processo por extrusão, a concretagem é feita por meio da máquina extrusora e é dis-
pensada a verificação da consistência, pois o abatimento do concreto deve ser sempre nulo para que
seja possível a execução das lajes. O abatimento nulo é inerente ao processo produtivo.

5.2.4.3.3 No processo por moldagem, a concretagem é feita por meio de máquina moldadora e o
abatimento do concreto deve ser obtido conforme estabelecido na dosagem experimental. Para a deter-
minação do abatimento de concreto, deve ser seguida a ABNT NBR NM 67.

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5.2.4.3.4 Na concretagem pelo processo convencional, a determinação da consistência deve ser


feita conforme previsto na ABNT NBR 12655, complementada pela ABNT NBR 15823-1, para o caso
de concreto autoadensável.

5.2.4.4 Verificação da resistência mecânica

5.2.4.4.1 Para o controle tecnológico e a verificação da resistência mecânica, aplicam-se as


ABNT NBR 5738 e ABNT NBR 5739.

5.2.4.4.2 Deve ser comprovado o atendimento da resistência característica do concreto à compres-


são aos 28 dias (fck) e a resistência estabelecida para efeito da liberação da protensão (conforme
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5.2.2.2) ou do manuseio na respectiva idade (fcj). É permitida a avaliação prévia da resistência em


idade menor, desde que se tenha determinada a relação entre as resistências nessa idade e na idade
prevista para controle.

5.2.4.4.3 Podem ser empregados métodos não destrutivos para a avaliação da resistência duran-
te a fase construtiva, de manuseio, transporte e montagem, desde que se tenha determinada a re-
lação entre as leituras obtidas pelo método escolhido, em corpos de prova moldados conforme a
ABNT NBR 5738, com as resistências resultantes na ruptura desses mesmos corpos de prova pelo
método da ABNT NBR 5739 na mesma idade, submetidos a condições de cura iguais às dos elemen-
tos pré-moldados. Deve ser levada em consideração a dispersão dos valores obtidos em cada um
destes métodos, para a avaliação confiável das resistências.

5.2.4.4.4 É vedada a utilização de métodos não destrutivos como ferramenta rotineira para fins de
controle de qualidade e avaliação de resistência, em concretos de baixas idades, bem como para
a liberação das etapas de retirada das formas e do corte das armaduras protendidas (correspondente
ao ato da liberação da protensão, no processo por pré-tração).

5.3 Aço
Valem as prescrições da ABNT NBR 9062 para as armaduras das lajes alveolares e do capeamento
estrutural.

5.4 Argamassa e graute


No caso de utilização de argamassa ou graute em ligações de lajes alveolares, segundo 8.4, elas de-
vem ser executadas conforme especificadas em projeto e aceitas pelo controle tecnológico.

6 Requisitos para o produto acabado


6.1 Tolerâncias
6.1.1 As tolerâncias de fabricação das lajes alveolares de concreto protendido devem atender às
prescrições da Tabela 1. O ajuste é igual à tolerância global somada com as variações inerentes e
a folga, conforme as definições da ABNT NBR 9062. A partir do ajuste são determinadas as dimen-
sões nominais de fabricação.

6.1.2 No caso de variações no formato das lajes alveolares (lajes com cortes em diagonal), as tole-
râncias podem sofrer variações em relação às especificadas na Tabela 1.

6.1.3 É admissível a utilização na obra de elementos fora das tolerâncias definidas, desde que
não comprometam o desempenho estrutural ou arquitetônico ou a durabilidade da obra como um
todo, sendo que tal fato deve ser comprovado pelo responsável pelo projeto estrutural, conforme a
ABNT NBR 9062.

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Tabela 1 – Tolerâncias de fabricação de lajes alveolares

Tolerâncias
Dimensões
mm
L≤5m ± 10
Comprimento (L) 5 m < L ≤ 10 m ± 15
L > 10 m ± 20
h ≤ 150 mm − 5, + 10
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Altura da laje (h) h ≥ 250 mm ± 15


150 mm < h < 250 mm Interpolação linear
bw − 10 e + 15
Espessura da alma
Σbw − 20 a
Recortes/vazios (i) ± 20
Posição de chapas metálicas ou furos para fixação (d) ± 15
Posição do cabo de protensão (vertical e horizontal) (e) ± 10
Esquadro dos cantos ±5
L ≤ 10 m ± 15
Esquadro diagonal
L > 10 m ± 2 mm por metro

Planicidade L≤5m ± 3 mm
(b no plano) L>5m ± L/1 000

Largura ≤ 1 m ± 3 mm a cada 30 cm
Distorção
Largura > 1 m ± 10 mm
Linearidade (b) ± L/1 000
Alinhamento transversal (j) ± L/500
onde L é o comprimento do elemento pré-moldado e demais dimensões são representadas
na Figura 2.
a Convém atender à limitação da tolerância para a soma das larguras das almas entre alvé-
olos (tolerância de Σbw ≤ 20 mm).

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Laje alveolar em planta

i
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Seção longitudinal
b
bw

Seção transversal

Figura 2 – Desenho ilustrativo das tolerâncias de fabricação de lajes alveolares

6.2 Dimensões mínimas

As dimensões mínimas dos elementos estruturais devem atender aos requisitos das ABNT NBR 6118
e ABNT NBR 9062, bem como aos requisitos de cobrimentos mínimos de armadura estabelecidos
na ABNT NBR 9062.

NOTA Convém que sejam atendidas as especificações de espessuras mínimas da normalização interna-
cional ou da bibliografia recomendada.

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6.3 Geometria de alvéolos

A geometria de alvéolos deve ser definida em projeto, conforme o fabricante e seus equipamentos
utilizados. A Figura 3 mostra exemplos de geometria de alvéolos que podem ser adotados, atendendo
aos requisitos de 6.2.

Alvéolo
Cordoalha
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Alvéolo
Cordoalha

Figura 3 – Exemplos de seções transversais de lajes alveolares e de geometria de alvéolos

7 Dimensionamento das seções transversais


7.1 Generalidades

7.1.1 Esta seção estabelece critérios para a determinação dos esforços resistentes das seções
das lajes alveolares e das seções compostas com a capa estrutural.

7.1.2 O dimensionamento das armaduras longitudinais deve conduzir a um conjunto de esforços


resistentes (NRd, MRd) que constituam a envoltória dos esforços solicitantes (NSd, MSd) determinados
na análise estrutural.

7.1.3 As seções transversais a serem consideradas para o dimensionamento das lajes alveola-
res estão relacionadas em 7.1.4. As condições de carregamento a considerar conforme as etapas
de projeto são as constantes em 7.1.5 e 7.1.6. Devem ser respeitadas adicionalmente as prescrições
das ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 8681 quanto às combinações de ações para estados-limites e da
ABNT NBR 6120 para a determinação dos carregamentos. Demais prescrições sobre as solicitações
e critérios de projeto são dadas em 7.1.7 e 7.1.8.

7.1.4 No dimensionamento das lajes alveolares deve ser considerada a seção transversal resistente
conforme uma das duas situações:

a) seção da laje alveolar propriamente dita;

b) seção composta formada pela seção transversal da laje alveolar e a da capa estrutural.

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7.1.5 No caso da existência da capa estrutural, o dimensionamento das lajes alveolares, considerando
a seção transversal composta, deve ser feito verificando-se o projeto nas três fases estabelecidas
em 7.1.5.1 a 7.1.5.3. Devem ser garantidas condições mínimas de aderência entre a capa estrutural
e o elemento laje alveolar, para que a seção transversal seja considerada composta.

7.1.5.1 Produção – Manuseio

Primeira fase onde se considera o dimensionamento das peças isoladas para os esforços prove-
nientes da aplicação da protensão, manuseio, transporte, içamento, armazenamento e montagem.
Os efeitos dinâmicos preponderantes durante ações transitórias podem ser considerados, na ausên-
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cia de uma análise mais rigorosa, através de análise estática equivalente, adotando-se um coeficiente
de amplificação dinâmica (βa), conforme as especificações da ABNT NBR 9062.

7.1.5.2 Construção preliminar

Dimensionamento da laje alveolar durante o processo de moldagem do concreto do capeamento


estrutural. A seção transversal da laje alveolar nesta fase é submetida aos esforços provenientes do
seu peso próprio e do peso próprio da capa estrutural, considerando-se concreto fresco, bem como
de cargas variáveis e outros carregamentos que podem surgir durante a execução da capa estrutural.
A estimativa de cargas de projeto devido ao concreto da capa estrutural deve ser feita considerando-se
a espessura média de concreto da capa ao longo do eixo longitudinal da laje alveolar. Esta espessura
média deve ser especificada no projeto.

7.1.5.3 Construção final

Dimensionamento da laje alveolar considerando-se a seção transversal resistente composta, formada


pelas seções da laje alveolar e da capa estrutural, a qual é submetida aos esforços provenientes de
carregamentos permanentes a que as lajes são submetidas após a execução da capa estrutural, como
alvenarias, pisos e outros, além de carregamentos variáveis de utilização do piso atuantes durante
a vida útil, conforme as ABNT NBR 8681, ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 6120.

7.1.6 No caso da inexistência de capa estrutural, o dimensionamento das lajes alveolares deve ser
feito considerando-se as fases de produção – manuseio (conforme 7.1.5.1) e a construção final (con-
forme 7.1.5.3) considerando-se todos os carregamentos para os quais a seção transversal da laje
alveolar pode vir a ser submetida.

7.1.7 As lajes podem ser dimensionadas como elementos isolados e isostáticos, ou formando ele-
mentos contínuos hiperestáticos conforme tratado na Seção 8. Neste caso, a continuidade pode ser
garantida conforme 8.3.

7.1.8 No caso de o sistema estrutural formado pela laje alveolar considerar o efeito diafragma, devem
ser levados em conta no seu dimensionamento os esforços e especificações constantes em 8.2.

7.2 Resistência à flexão

7.2.1 Valem as prescrições das ABNT NBR 9062 e ABNT NBR 6118 para a determinação da resis-
tência à flexão, considerando as seções transversais e etapas construtivas de 7.1, admitindo a ausên-
cia de armadura passiva, conforme 3.1. Para o dimensionamento à flexão da seção transversal com-
posta, incorpora-se na altura de dimensionamento a altura da capa estrutural, atendendo aos demais
requisitos de 7.1. Na verificação à flexão durante a etapa de construção final (7.1.5.3), a espessura
de dimensionamento à flexão deve ser a espessura no ponto de momento máximo, devendo-se espe-
cificar no projeto a espessura mínima correspondente à capa de concreto nesta seção.

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7.2.2 O projeto deve prever as perdas da força de protensão em relação ao valor inicial aplicado pelo
aparelho tensor, ocorridas antes da transferência da força de protensão ao concreto (perdas iniciais
por pré-tração), durante essa transferência (perdas imediatas) e ao longo do tempo (perdas progressi-
vas). Os procedimentos para a determinação dessas perdas são estabelecidos nas ABNT NBR 9062
e ABNT NBR 6118.

7.2.3 Para verificação de estados-limites nas etapas de aplicação da força de protensão, no manu-
seio, armazenamento e montagem das lajes alveolares, deve-se considerar também a resistência de
projeto do concreto correspondente à idade j, sendo que esta resistência deve ser claramente especi-
ficada nos documentos de projeto.
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7.2.4 Deve ser feita a verificação das tensões admissíveis, de forma a atender aos requisitos de fle-
xão e durabilidade, conforme a seguir:

a) na fase de liberação da protensão (3.6), no manuseio (7.1.5.1), construção (segundo 7.1.5.2)


e demais situações transitórias antes da consolidação do capeamento estrutural:

fct,mj
σct,j ≤
1, 2
0, 85fckj
σc,j ≤
γc

b) nas demais situações (7.1.5.3), para verificação em serviço:

1, 3fct, m
σct, ≤
γc
0, 85fck
σc ≤
γc

7.2.5 A verificação do estado-limite de formação de fissuras (ELS-F), segundo a ABNT NBR 6118,
deve ser realizada adotando a tensão admissível de tração equivalente a σct ≤ 1,2fctk inf, com o empre-
go de armadura na face superior.

7.2.6 Havendo a caracterização experimental da resistência média à tração do concreto das lajes
alveolares, de forma que sejam atendidos os requisitos estabelecidos na ABNT NBR 9062:2006:5.5,
podem ser atendidos os limites:

σct,k ≤ fct,m
0, 85 fck
σc,k ≤
γc

7.3 Resistências à força cortante

7.3.1 Mecanismo de ruptura

Os mecanismos de ruptura de uma laje alveolar para a resistência às tensões de cisalhamento podem
ocorrer de duas formas: a primeira quando a tensão de cisalhamento supera a resistência à tração
diagonal do concreto na nervura do alvéolo; a segunda quando a tensão de cisalhamento se combina
com as tensões de tração oriundas da protensão ou da flexão da peça.

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7.3.2 Verificação de cálculo da resistência à força cortante

7.3.2.1 A verificação à força cortante deve ser feita na seção transversal mais crítica ao longo do vão
do elemento, a partir da distância de 0,5 h da extremidade do seu apoio, sendo h a altura da laje (ou
da seção composta com capeamento). No caso de apoios flexíveis, a redução do efeito das tensões
de cisalhamento na resistência ao esforço cortante deve ser levada em consideração.

7.3.2.2 A resistência das lajes alveolares, em uma determinada seção transversal, em regiões fissu-
radas, deve ser considerada satisfatória, quando verificadas simultaneamente as seguintes condições:

VSd ≤ VRd1
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VSd ≤ VRd2 ou VSd ≤ VRd2 capa

onde

VSd é a força cortante solicitante de cálculo na seção;

VRd1 é a força cortante resistente de cálculo na seção;

VRd2 é a força cortante resistente de cálculo na seção, das diagonais comprimidas


de concreto;

VRd2 capa é a força cortante resistente de cálculo na seção, das diagonais comprimidas
de concreto da laje alveolar com capa e alvéolos preenchidos;

sendo

VRd2 = ½ ν fcd 0,9 d Σbw,1

VRd2 capa = ½ ν fcd 0,9 dtot Σbw,2

f
ν = 0, 7 − ck ≥ 0, 5
200

onde

Σbw,1 e Σbw,2 são o somatório das nervuras (internas e externas) da laje alveolar e
da parcela da seção com alvéolos preenchidos (ver Figura 4, 7.3.2.8.1 e 7.3.2.8.2,
respectivamente);

d é a altura útil da seção transversal da laje alveolar (ver Figura 4);

dtot é a altura útil da seção transversal da laje alveolar mais capa estrutural
(ver Figura 4);

fcd é a resistência de cálculo à compressão do concreto usada no projeto, conforme


a ABNT NBR 9062.

7.3.2.3 A resistência ao esforço cortante nas lajes alveolares pode ser aumentada com a especi-
ficação de capa estrutural e/ou preenchimento dos alvéolos. Quando for adotado o preenchimento
de alvéolos, o comprimento longitudinal desse preenchimento ao longo os alvéolos das lajes alveola-
res deve ser pelo menos maior que Lpr. Para o preenchimento dos alvéolos, deve ser usado concreto

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adequado, com mesma resistência e durabilidade do concreto do elemento a ser preenchido, conside-
rando-se as verificações das parcelas de resistência dos alvéolos, conforme 7.3.2.8.

Lpr = lpt2 + lfc

onde

lpt2 é o valor superior de projeto para o comprimento de transmissão (fixado em 85φ);

lfc é a soma do comprimento necessário para atender às solicitações de força cortante com
a altura da seção transversal.
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7.3.2.4 Pode-se considerar o comportamento conjunto entre a capa estrutural e a seção de pro-
jeto formada por meio do preenchimento de alvéolos de lajes alveolares, desde que seja garantida
a aderência entre a capa estrutural e a superfície da laje alveolar (conforme 7.1.5) e a aderência entre
o concreto lançado no alvéolo e a superfície do alvéolo da laje alveolar. Neste caso, deve-se garantir
o completo preenchimento dos alvéolos, havendo controle da retração do concreto, para que não ocor-
ram efeitos desfavoráveis para a aderência entre a laje e o concreto lançado nos alvéolos. Também
devem ser atendidos os procedimentos recomendados para execução da capa estrutural de acordo
com a Seção 9.

7.3.2.5 Para a verificação da resistência da interface entre os elementos de lajes alveolares e o cape-
amento estrutural, bem como da contribuição da resistência dos alvéolos ao cisalhamento, podem ser
adotadas verificações experimentais, desde que atendam aos requisitos da ABNT NBR 9062:2006, 5.5.

7.3.2.6 A critério do projeto, o preenchimento dos alvéolos pode ocorrer tanto anteriormente à libera-
ção da protensão (logo após a extrusão ou moldagem da laje na pista de protensão) quanto posterior
à liberação da protensão (na fábrica ou no local da obra). Entretanto, o momento em que o preenchi-
mento for executado influencia nas considerações de cálculo de acordo com as expressões de 7.3.2.8.2
e 7.3.2.8.3.

7.3.2.7 A consideração em projeto de mais do que dois alvéolos preenchidos pode ser feita, desde
que devidamente fundamentada em evidência científica, com base em literatura técnica ou normali-
zação internacional, estrangeira ou validação experimental. Quando for adotada comprovação experi-
mental, recomenda-se a utilização dos arranjos de ensaio apresentados na EN 1168.

7.3.2.8 A verificação da resistência à força cortante, considerando ou não a capa estrutural e o pre-
enchimento de alvéolos, deve ser feita pelas equações dadas em 7.3.2.8.1 a 7.3.2.8.3, que consideram
o preenchimento de até dois alvéolos (com contribuição de 50 % da largura do alvéolo), em condições
de simetria na seção transversal (conforme Figuras 4 e 5).

Figura 4 – Exemplo de seção transversal de laje alveolar com capa estrutural


e alvéolos preenchidos

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Figura 5 – Posicionamento recomendado para preenchimento de concreto em dois alvéolos


para acréscimo na resistência à força cortante

7.3.2.8.1 A resistência VRd1 à força cortante de lajes alveolares com ou sem capeamento estrutural
(Seção 9) deve ser calculada segundo a expressão:

VRd1 = Vc,1 + Vp, 1

sendo

Vc,1 = 0,25 fctd k (1,2 + 40 ρ1) ∑bw,1 d

Vp,1 = 0,15 σcp,1 ∑bw,1 d

∑bw,1 = ∑bw, ext + ∑bw, int


As
ρ1 =
(∑ bw,1 d )
Np
σcp,1 = α
Ac

k = 1,6 – d ≥ 1, com d em metros (m)

onde

VRd1 é a força cortante resistente de cálculo na seção, com ou sem capa estrutural;

fctd é a resistência à tração de projeto do concreto pré-moldado e do moldado no local;

Σbw,1 é o somatório das nervuras (internas e externas) da laje alveolar;

As é a área da seção transversal da armadura longitudinal tracionada;

ρ1 corresponde à taxa de armadura específica para a seção da laje alveolar pré-moldada;

d é a altura útil total da seção transversal, considerando a altura da laje alveolar (d) ou
da laje alveolar mais a altura da capa na seção composta (d = dtot) (Figura 4);

σcp,1 é a tensão de compressão do concreto devido à força de protensão de projeto para


o caso da laje sem alvéolo preenchido (ou com alvéolo preenchido após a liberação
da protensão em 7.3.2.8.3);

Np é a força de protensão final, depois de todas as perdas;

Ac é a área da seção transversal de concreto da laje alveolar pré-moldada;

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l
α = x ≤1
lpt2
onde

lx é a distância da seção x a partir do final da laje;

lpt2 é o valor superior de projeto para o comprimento de transmissão (fixado em 85φ).

7.3.2.8.2 Para a situação da laje alveolar com alvéolos preenchidos antes da liberação da proten-
são na pista, a resistência à força cortante deve ser calculada por:
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VRd1,a1 = Vc,2 + Vp,2

onde

Vc,2 = 0,25 fctd k (1,2 + 40 ρ2) ∑bw,2 d

Vp,2 = 0,15 σcp,2 × Σbw,2 d

E
Σbw ,2 = Σbw,ext + Σbw,int + 0, 5 ⋅ n ⋅ balv ⋅ c
Ep

As
ρ2 =
(∑ bw ,2 d )
Np
σcp,2 = α
Ac ,2
sendo

Ac,2 = Ac + n.Aalv

onde

VRd1,a1 é a força cortante resistente de cálculo na seção, com ou sem capa estrutural, com
alvéolos preenchidos antes da liberação da protensão;

Σbw,2 é o somatório das nervuras (internas e externas) da laje alveolar e da parcela da seção
com alvéolos preenchidos;

ρ2 corresponde à taxa de armadura específica para a seção da laje alveolar pré-moldada


com alvéolo preenchido;

σcp,2 é a tensão de compressão do concreto devido à força de protensão de projeto para


o caso da laje com alvéolos preenchidos antes da liberação da protensão;

n é a quantidade de alvéolos preenchidos (segundo 7.3.2.7 e 7.3.2.8);

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Aalv é a área da seção transversal do alvéolo, conforme sua geometria. Para alvéolo
com seção circular, a área da seção deve ser calculada pela equação:

π balv 2
Aalv =
4
sendo

balv é a largura horizontal do alvéolo a ser preenchido (ver Figura 4);


Ec
é a relação entre o módulo de elasticidade do concreto moldado no local (Ec) e do
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Ep concreto pré-moldado (Ep).

7.3.2.8.3 Para a situação da laje alveolar com alvéolos preenchidos após a liberação da protensão
na pista, a resistência à força cortante deve ser calculada por:

VRd1,a2 = Vc,2 + Vp,1

onde

VRd1,a2 é a força cortante resistente de cálculo na seção, com ou sem capa estrutural, com
alvéolos preenchidos após a liberação da protensão.

7.4 Resistência ao fendilhamento longitudinal

7.4.1 Durante o processo produtivo, na liberação das cordoalhas de protensão, nenhum tipo de fissu-
ração longitudinal nas nervuras é permitido. Dessa forma, deve ser garantido que a tensão na nervura
mais solicitada (σsp) seja inferior à tensão de tração do concreto (fctkj,inf), ou seja:

σsp ≤ fctkj,inf

sendo

Po 15 × α e2,3 + 0, 07
σsp = ⋅
bw × ep ⎛ lpt1⎞
1,5
1+ ⎜ × (1, 3 × α e + 0,1)
⎝ e ⎟⎠
p

αe =
(ep − k )
h
onde

fctkj,inf é o valor da resistência à tração característica inferior do concreto, na data em que é


realizada a liberação da protensão com base no controle tecnológico do concreto;

P0 é a força de protensão inicial logo após a liberação dos cabos, na nervura considerada;

bw é a espessura de uma nervura individual (nervura interna ou externa);

ep é a excentricidade da força de protensão;

lpt1 é o valor inferior de projeto para o comprimento de transmissão (fixado em 60φ)


(ver Figura 6a e Nota em 7.3.2.3);

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k é a meia altura do núcleo de rigidez na nervura, calculada pela razão entre o módulo
resistente da seção na fibra inferior e a área da seção transversal de concreto
(ver Figura 6c);

h é a altura da nervura da seção transversal.

A Figura 6 ilustra a representação dos esforços a serem considerados para a verificação do fendilha-
mento.
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a) Fissuração longitudinal devido ao fendilhamento do concreto nas nervuras

b) Tensão de fendilhamento na nervura

c) Núcleo de rigidez
Sendo: kbi = Wnerv/Ac,nerv, onde k é o raio do núcleo central da nervura
Figura 6 – Representação de esforços para a verificação ao fendilhamento

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7.4.2 Para o caso da presença de armaduras ativas superiores, a verificação deve ser feita levando
em conta os efeitos da força de protensão resultante, conforme ilustra a Figura 7.
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Figura 7 – Força de protensão resultante


A excentricidade resultante é obtida por:
P0,inf ⋅ ep,inf + P0,sup ⋅ ep,sup
ep =
P0

sendo

P0 = P0,inf + P0,sup

onde

ep,inf é a excentricidade dos fios/cordoalhas de protensão inferior;

ep,sup é a excentricidade dos fios/cordoalhas de protensão superior;

P0,inf é a força de protensão com perdas iniciais e imediatas nos fios/cordoalhas inferiores;

P0,sup é a força de protensão com perdas iniciais e imediatas nos fios/cordoalhas superiores;

P0 é a força de protensão resultante (do fio/cordoalha equivalente).

7.5 Resistência ao esforço cortante nas chavetas ou chaves de cisalhamento

7.5.1 As ações distribuídas de um elemento de laje para outro adjacente podem provocar esforços
cortantes na direção vertical na chaveta, conforme mostrado na Figura 8.

7.5.2 A resistência ao esforço cortante depende, neste caso, das propriedades do concreto da chaveta.

7.5.3 A resistência ao esforço cortante na chaveta, VRd1, é expressa como uma resistência linear
e é o menor valor encontrado a partir das expressões abaixo:

VRd1 = 0,25 × fctd × ∑hf

VRd1 = 0,15 × (fctd, ch × hch + fctd,t × ht)

onde

fctd é o valor de cálculo da resistência à tração do concreto da laje alveolar;

fctd,ch é o valor de cálculo da resistência à tração do concreto da chaveta;

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fctd,t é o valor de cálculo da resistência à tração do concreto da capa estrutural;

Σhf é a soma das menores espessuras das flanges da face inferior e da face superior
com a espessura da capa estrutural (na Figura 8, Σhf = hf1 + hf2 + ht);

hch e ht são as alturas da chaveta e da capa, respectivamente, conforme representado


na Figura 8.

7.5.4 Com relação às ações concentradas, a resistência ao esforço cortante, VRd1,conc, pode ser
calculada conforme a expressão:
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VRd1,conc = VRd1 × (a + hch + ht + 2as)

onde

VRd1 é o menor valor entre os calculados pelas expressões de 7.5.3;

a é o comprimento da ação paralela à junta longitudinal;

as é a distância entre o centro de aplicação da ação concentrada e o centro da junta


longitudinal;

hch e ht são as alturas da chaveta e da capa, respectivamente, conforme representado na


Figura 8.

hch

Figura 8 – Força cortante nas chavetas ou chaves de cisalhamento

7.5.5 A força cortante solicitante nas chavetas pode ser determinada por meio de literatura técnica
recomendada ou normas internacionais. Na ausência de critérios mais rigorosos, pode ser calculada
da seguinte forma:

a) nas lajes de borda (com apenas um dos lados ligado a outro elemento), considera-se que 80 %
do carregamento que atua sobre a laje é transferido para o elemento da laje adjacente, desde
que a carga aplicada esteja localizada entre o meio da laje e a chaveta solicitada, para o caso
de carga concentrada;

b) nas lajes centrais (com os dois lados ligados a outros elementos), considera-se que 40 % do car-
regamento que atua sobre a laje é transferido para cada elemento da laje adjacente.

7.5.6 Os critérios de 7.5.5 a) e b) podem ser utilizados unicamente para o dimensionamento das
chavetas à força cortante.

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7.6 Resistência à punção

7.6.1 Na ausência de justificativa para a desconsideração do cálculo da resistência à punção da ner-


vura, deve ser utilizada a seguinte expressão:

⎛ σcp ⎞
VRd = bef × h × fctd × ⎜ 1 + 0, 3 × α × ⎟
⎝ fctd ⎠
sendo
l
α = x ≤1
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lpt2

onde

VRd é a resistência à punção da nervura da laje alveolar, expressa em newtons (N);

α é a relação entre a distância da extremidade da laje ao ponto de aplicação da ação (lx)


e o valor superior do comprimento de ancoragem (lpt2) (7.3.2.8.1);

σcp é a tensão de compressão do concreto no centro de gravidade da peça devido à força


de protensão;

bef é a espessura efetiva das nervuras, calculada para as situações e variáveis mostradas
na Figura 9;

fctd é a resistência de cálculo à tração do concreto da nervura da laje alveolar, a ser usada
no projeto;

h é a altura total da laje sem capa ou equivalente a htot, conforme Figura 4, da seção
composta formada pela laje e capa estrutural (7.6.5).

bef = bw 1 + bw 2 + bw 3 bef = bw 1 + bw 2 bef = bw 1 + bw 2 + bw 3 bef = bw 1 + bw 2

(a) Situação geral (b) Situação com (c) Situação geral (d) Situação com
bordo livre com capa estrutural bordo livre e capa
estrutural

Figura 9 – Espessura efetiva das nervuras para a verificação à punção


7.6.2 Para ações concentradas, onde mais de 50 % atuam na nervura mais externa (bw2 nas Fi-
guras 9b e 9d) do bordo livre de uma laje alveolar, a resistência resultante a partir da equação de 7.6.1
somente é aplicada se pelo menos uma cordoalha ou fio e uma armadura transversal estiverem pre-
sentes. Se alguma destas condições não for obedecida, a resistência VRd deve ser dividida por dois.

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7.6.3 A armadura transversal segundo 7.6.2 deve ser composta por barras, posicionadas no topo
do elemento ou na capa estrutural. Deve ser dimensionada para uma força de tração igual ao valor
da ação concentrada, ter comprimento de pelo menos 120 cm e ser totalmente ancorada.

7.6.4 Se a carga acima do alvéolo tiver uma largura menor do que a metade da largura do alvéolo,
um novo valor da resistência deve ser calculado pela mesma equação, onde h deve ser substituído
pela menor espessura efetiva da flange superior da laje alveolar e a espessura efetiva da laje (bef)
deve ser substituída pela largura de distribuição da carga. O menor valor de resistência calculada deve
ser utilizado para verificação da resistência da laje alveolar à punção.
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7.6.5 Se for utilizado capeamento estrutural, a espessura do capeamento pode ser levada em consi-
deração para o cálculo da resistência da laje alveolar à punção.

7.7 Ações especiais

7.7.1 Ações concentradas

Ações concentradas podem causar momentos fletores transversais. Uma vez que a laje alveolar não
possui armadura transversal, as tensões de cisalhamento devido aos momentos fletores devem ser
limitadas. A limitação da capacidade da laje alveolar depende, basicamente, das hipóteses de projeto
adotadas para ações distribuídas na laje.

Para verificar as tensões provenientes destes esforços podem ser consultadas normas técnicas espe-
cíficas e/ou literatura técnica consagrada. Recomenda-se que não sejam aplicadas cargas concentra-
das ou lineares em bordas longitudinais, sob a nervura de extremidade de lajes alveolares.

7.7.2 Resistência à torção

Ações distribuídas em uma laje de um pavimento com um bordo livre podem causar momento tor-
sor na laje. Recomenda-se que não sejam aplicadas ações que possam causar momentos torsores.
Quando houver momentos torsores, devem ser verificadas as tensões provenientes destes esforços
de acordo com normas técnicas específicas ou literatura técnica consagrada.

7.8 Apoios de lajes alveolares

7.8.1 Tipos de apoios

O apoio de uma laje alveolar deve ser plano e coplanar com a superfície da laje, atendendo às tole-
râncias especificadas em 6.1, para que haja a correta transmissão de esforços. A Figura 10 exempli-
fica um tipo de apoio. Para a ligação entre a laje alveolar e o seu apoio (comprimento a1), devem ser
atendidos os requisitos de 8.4.2.

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Figura 10 – Exemplo de apoio em almofada de elastômero

7.8.2 Apoio mínimo

O comprimento mínimo do apoio (a) da extremidade de lajes alveolares deve ser calculado segundo
a equação a seguir:

1
a = a1 + ( a22 + a32 + t22 + t32 ) 2

sendo

VSd
a1 = ≥ 40 mm
bn σRd

onde

VSd é o valor solicitante de cálculo da reação de apoio;

bn é a largura do apoio, nunca deve ser mais do que 50 % da largura da laje;

σRd é o valor de cálculo da resistência à compressão do concreto, sendo:

σRd ≤ 0,6.fcd, para o caso de apoio direto (concreto em concreto);

σRd ≤ 0,7.fcd, para o caso de apoio em almofada de neoprene ou de elastômero;

σRd ≤ 0,8.fcd, para o caso de apoio sobre argamassa ou sobre aço;

fcd é a resistência à compressão de cálculo do concreto;

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a2 é o comprimento da possível ruptura do canto do apoio, com σSd > 0,4.fcd, sendo:

a2 = 0 mm, no caso de estruturas metálicas;

a2 = 25 mm, no caso de alvenaria ou concreto não armado;

a2 = cobrimento nominal de concreto, se a barra de armadura tiver diâmetro menor ou igual


a 12,5 mm;

a2 = cobrimento nominal da barra, mais o diâmetro da barra, mais o raio interno de curvatura
da barra, caso a barra de armadura tenha diâmetro > 12,5 mm;
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a3 é o comprimento da possível ruptura da extremidade da laje alveolar, com σSd > 0,4.fcd,
sendo:

a3 = 0 mm, no caso de fios ou cordoalhas ou barras expostos na extremidade da laje;

a3 = maior valor entre o cobrimento nominal de concreto na extremidade ou 10 mm (se a barra


de armadura tiver diâmetro ≤ 12,5 mm);

a3 = 15 mm (caso a barra de armadura tenha diâmetro > 12,5 mm);

t2 = 15 mm, para o caso de apoio em estrutura metálica ou em concreto pré-moldado;

t2 = 20 mm, para o caso de apoio em alvenaria ou em concreto moldado no local;

t3 = ln/2 500, sendo ln o vão livre da laje alveolar entre os apoios;

t1 é a máxima tolerância dimensional de fabricação do comprimento da laje (6.1) mais


a máxima tolerância dimensional de construção.
NOTA Recomenda-se que o comprimento mínimo de apoio (a) seja maior ou igual a h/2 (sendo h con-
forme a Figura 4).

7.9 Escorregamento das cordoalhas nas extremidades da laje alveolar


O escorregamento médio das cordoalhas nas extremidades das lajes alveolares, a ser considerado
no cálculo das perdas de protensão, pode ser calculado pela equação:
σcpo
Δlo = 0, 40 × Ipt2 ×
Ep
O escorregamento-limite das cordoalhas em cada extremidade das lajes alveolares é dado por:

Δllim = 1,3 × Δlo

onde

Δlo é o escorregamento da cordoalha;

σcpo é a tensão de protensão no instante da liberação da protensão (segundo 3.6);

lpt2 é o valor superior de projeto para o comprimento de transmissão (fixado em 85φ) (Nota
em 7.3.2.3;

Ep é o módulo de elasticidade da armadura ativa.

Para aceitação do escorregamento da cordoalha na produção, devem ser atendidos os requisitos


de 11.8.

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7.10 Distribuição e cobrimento para as cordoalhas de protensão

7.10.1 A distribuição das cordoalhas deve ser feita de modo a garantir os requisitos de cobrimento
mínimo das armaduras segundo a ABNT NBR 9062 e que haja simetria no seu posicionamento ao
longo da seção transversal, de modo a garantir a uniformidade da força de protensão e não gerar fis-
sura longitudinal.

7.10.2 A distância mínima entre fios ou cordoalhas deve seguir os requisitos da ABNT NBR 6118.
Convém que a distância máxima entre fios ou cordoalhas não ultrapasse 400 mm ou 2 h (sendo h
a altura da laje).
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7.11 Fissuração longitudinal causada pelo escorregamento da cordoalha

7.11.1 A fissuração longitudinal pode ocorrer no ato da liberação da protensão, pois no instante do
corte da armadura ativa pode haver o seu escorregamento, resultando em uma fissura longitudinal que
acompanha as armaduras, ocasionando um aumento no comprimento de transmissão/ancoragem.

7.11.2 Geralmente essa fissuração ocorre em situações onde há um mau posicionamento das arma-
duras ativas, situando-se muito próximas à extremidade da laje. Essa fissuração pode ser solucionada
com o cobrimento igual a 2.φ, ou seja, duas vezes o diâmetro da armadura ativa utilizada na laje alveolar.

8 Projeto de sistemas estruturais compostos por lajes alveolares


8.1 Generalidades

De acordo com a ABNT NBR 9062, os sistemas estruturais usados nas estruturas pré-moldadas para
garantir sua estabilidade global podem atuar de forma isolada ou com combinações entre si. Esta
Seção estabelece requisitos de projeto para os principais sistemas estruturais compostos por lajes
alveolares, de forma a possibilitar sua correta utilização.

8.2 Efeito diafragma

8.2.1 Estruturas de pisos ou de coberturas de lajes alveolares podem ser utilizadas considerando-se
o seu efeito diafragma, ou seja, a sua rigidez no plano e funcionamento como chapa, transferindo as
cargas horizontais atuantes para os demais sistemas estruturais estabilizantes da edificação. Para isto
as lajes alveolares devem estar rigidamente ligadas entre si através da concretagem das chavetas ao
longo de suas juntas longitudinais, conforme a Seção 9, e também através da solidarização com as
vigas de bordo, de forma que não ocorram deslocamentos relativos entre as lajes alveolares e seus
apoios. Também podem funcionar como elementos de contraventamento, sujeitos ao efeito diafragma,
em conjunto com os demais sistemas estabilizantes (subestruturas de contraventamento, conforme
ABNT NBR 6118).

8.2.2 Considera-se que as solicitações atuantes nos planos formados pelas lajes alveolares são
provenientes de:

— forças devidas ao vento;

— forças devidas ao desaprumo da estrutura, as quais podem ser manifestadas como sendo peque-
nas forças restauradoras entre paredes estabilizantes;

— efeitos de temperatura e de retração;

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— forças horizontais provenientes de empuxos de terra, de água e de subpressões;

— outras forças provenientes de carregamentos excepcionais.

8.2.3 A determinação destas ações e suas combinações são prescritas nas ABNT NBR 8681,
BNT NBR 6123, ABNT NBR 6120, ABNT NBR 15421, ABNT NBR 15200 e ABNT NBR 6118.

8.2.4 O efeito diafragma pode ser obtido em sistemas estruturais formados de pisos ou de cobertu-
ras de lajes alveolares, quando os seguintes requisitos forem satisfeitos:

a) as estruturas de piso e de coberturas de lajes alveolares devem ser projetadas e detalhadas


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de acordo com o comportamento estrutural adotado. Tratando-se de estruturas de pisos ou


de coberturas com efeito diafragma, deve haver continuidade entre os sistemas de lajes alveola-
res e o concreto de capeamento estrutural com seus apoios, de forma a garantir a transmissão
de esforços horizontais;

b) recomenda-se que as lajes alveolares que forem consideradas com funcionamento de efeito dia-
fragma sejam executadas com capeamento estrutural de concreto. Na ausência de Norma Bra-
sileira específica, outras soluções de detalhamento de projeto podem ser adotadas para garantir
o comportamento de efeito diafragma, desde que devidamente fundamentadas em evidência cien-
tífica, com base na literatura técnica ou em normalização internacional ou estrangeira, ou com
base em comprovação experimental;

c) o comportamento do diafragma depende da sua geometria no plano, sendo que seu processo
de cálculo pode se basear nos modelos de treliça, de viga Vierendeel, modelos em estado plano
ou, mais usualmente, em analogia ao modelo de viga parede (biela tirante);

d) as forças cortantes devem ser resistidas tanto pelas juntas paralelas como pelas perpendicula-
res aos esforços horizontais;

e) no dimensionamento das estruturas de contraventamento (sistemas reticulados, paredes de cisa-


lhamento e/ou núcleos de rigidez), devem ser levados em consideração os esforços horizontais
provenientes do diafragma. As reações das estruturas de contraventamento devem ser determi-
nadas pelos métodos de análise estrutural;

f) a resistência das chavetas ou chaves de cisalhamento (3.2) em relação às forças cisalhantes


no plano deve ser verificada conforme 7.5.

8.3 Comportamento de lajes contínuas

8.3.1 A continuidade de lajes alveolares sobre apoios pode ser obtida pela colocação de armadura
nas chaves de cisalhamento (3.2), na capa estrutural (ver Figura 11a) ou ainda através da concreta-
gem e armação dos alvéolos (ver Figura 11b).

8.3.2 A quantidade de armadura tanto no capeamento estrutural como nos alvéolos é determinada
pelos momentos elásticos com abatimento para redistribuição dos momentos negativos, garantindo
a posição da linha neutra, conforme estabelecido na ABNT NBR 6118.

8.3.3 Quando forem utilizadas armaduras nas chaves de cisalhamento (3.2) e nos alvéolos para
resistir a momentos negativos, elas devem ser posicionadas adequadamente, evitando seu desloca-
mento para o fundo.

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8.3.4 A armadura de continuidade deve ser utilizada em conjunto com as demais armaduras (retra-
ção e variação de temperatura ou capeamento estrutural, arranques das vigas, fissuração, protensão
da laje, distribuição).
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a) Armaduras de continuidade (sobre apoios intermediários e de extremidades) posicionadas


no capeamento estrutural

b) Armaduras de continuidade (sobre apoios intermediários e de extremidades) posicionadas


nos alvéolos de lajes alveolares
Figura 11 – Continuidades das lajes alveolares e posicionamento de armaduras

8.4 Ligações

8.4.1 Ligações podem ser requeridas em sistemas estruturais compostos por lajes alveolares
para diversas finalidades, atendendo aos requisitos de 8.4.2 a 8.4.4.

8.4.2 A ligação de lajes alveolares com seus apoios deve ser feita garantindo a regularização
das superfícies, podendo ser feitas com juntas a seco, com juntas de argamassa de assentamento,
com dispositivos metálicos e almofadas de elastômero, atendendo aos requisitos da ABNT NBR 9062.

8.4.3 A ligação entre lajes alveolares adjacentes (chavetas) deve ser feita atendendo aos requisitos
de 9.1.5 a 9.1.7.

8.4.4 Para argamassas e grautes utilizadas em ligações de lajes alveolares, valem os requisitos
de 5.4.

8.5 Distribuição de cargas transversais

Para a distribuição de cargas transversais entre lajes alveolares adjacentes, na ausência de Norma
Brasileira específica, podem ser adotados os procedimentos de cálculo apropriados, considerando-se
a literatura técnica consagrada na área e normalização internacional ou estrangeira de referência.

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8.6 Lajes alveolares submetidas a carregamento dinâmico

No caso de lajes alveolares submetidas a solicitações dinâmicas, na ausência de Norma Brasileira


específica, podem ser adotados procedimentos de cálculo apropriados, considerando-se a literatura
técnica consagrada na área e normalização internacional ou estrangeira de referência.

8.7 Lajes alveolares submetidas a ações sísmicas

Para o caso de ações sísmicas, devem-se adotar procedimentos de cálculo apropriados, consideran-
do-se o que estabelece a ABNT NBR 15421.
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8.8 Lajes alveolares submetidas a incêndio

Para a determinação da resistência ao fogo de sistemas estruturais de pisos formados por lajes al-
veolares, podem ser adotados os métodos de verificação prescritos em Normas Brasileiras especí-
ficas e também a literatura técnica consagrada na área e normalização internacional ou estrangeira
de referência.

8.9 Aberturas e recortes em lajes alveolares

8.9.1 As aberturas e recortes em lajes alveolares devem ser definidas na fase de projeto e constar
nos documentos de projeto e de especificações técnicas do fabricante, conforme definido na Seção 12.
No caso de necessidade de modificações do projeto das aberturas e recortes, em fase posterior ao
projeto, durante a obra, as modificações devem ser encaminhadas para avaliação do projetista.

8.9.2 Para produção de lajes alveolares com aberturas e recortes, devem ser atendidos os requisitos
de 11.4.3, 11.4.4 e 6.1

8.10 Drenagem

Devem ser previstos sistemas de drenagem confiáveis, ou tamponamentos dos alvéolos, de forma
a impedir a retenção de água, como a proveniente de chuva (durante o armazenamento ou montagem)
e de lavagem para preparo da superfície antes da concretagem.

9 Capeamento estrutural
9.1 Projeto estrutural e procedimentos executivos da capa estrutural e da chaveta

9.1.1 Deve sempre existir um projeto estrutural da capa de concreto, quando esta tiver função estru-
tural, colaborando na seção resistente com a laje alveolar e demais elementos estruturais, conforme
definido em 3.4. Para a elaboração e detalhamento do projeto estrutural, devem ser seguidas as es-
pecificações apresentadas nas Seções 7 e 8. No projeto devem ser previstos, além do detalhamento
da armadura propriamente dito, o detalhe das juntas, quando for o caso, a especificação do concreto,
bem como as interferências com outros projetos complementares (passagem de dutos embutidos,
aberturas, recortes, por exemplo), conforme as especificações desta Seção.

9.1.2 O projeto estrutural da capa de concreto deve ser encaminhado ao responsável pela execução
da capa estrutural, o qual pode ser um construtor contratado para o serviço ou o próprio fabricante
e fornecedor da laje alveolar, conforme o caso.

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9.1.3 O projeto estrutural da capa de concreto deve considerar as especificações do projeto arquite-
tônico e do projeto do piso quanto à geometria, bem como os acabamentos superficiais (revestimen-
tos, impermeabilização entre outros) a serem aplicados. Estes acabamentos são função da utilização
específica direta, levando-se em conta os efeitos de abrasão por movimentação de cargas, equipa-
mentos ou veículos, ou do tipo de revestimento predefinido na arquitetura.

9.1.4 A capa de concreto estrutural deve ser executada na sequência determinada pelo seu projeto
de acordo com a sequência construtiva e de montagem da estrutura e em condições necessárias,
de modo a não introduzir esforços de vibrações até a sua cura completa (ver 9.1.7 h).
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9.1.5 As juntas longitudinais entre as lajes alveolares devem ser preenchidas com concreto, graute
ou argamassa, independentemente da existência ou não do capeamento, para efetivar a solidarização
e a transmissão dos esforços cortantes entre as lajes. O material de preenchimento, que forma a chave
de cisalhamento (ou chaveta, conforme definido em 3.2), deve atender às especificações de projeto.

9.1.6 O preenchimento das juntas longitudinais entre lajes alveolares, denominado de chavetea-
mento (ver 3.3) pode ser executado de duas formas: antes da execução do capeamento ou concomi-
tantemente, conforme 9.1.6.1 e 9.1.6.2.

9.1.6.1 No caso de o chaveteamento ser executado concomitantemente ao capeamento, deve ser


executada uma concretagem parcial das juntas longitudinais entre lajes alveolares antes do capea-
mento, que deve ser feita em no mínimo três pontos com extensão de aproximadamente 40 cm cada,
distribuídos nos terços inicial, médio e final, ou conforme as especificações do projeto, atendendo aos
requisitos de 9.3. Nesse caso, deve ser atingida a resistência mínima especificada em projeto desses
três pontos antes do lançamento do concreto da capa estrutural e do preenchimento das juntas longi-
tudinais entre lajes alveolares.

9.1.6.2 No caso do chaveteamento ser executado antes do capeamento, este deve ser feito confor-
me 9.3.

9.1.7 Para a execução do preenchimento das juntas longitudinais entre lajes alveolares (chavetea-
mento), adotam-se os procedimentos a seguir:

a) limpar todas as juntas longitudinais entre lajes alveolares com jato de ar ou de água sob pres-
são, de modo a eliminar partículas soltas, restos de materiais, entre outros. Estas juntas também
devem ficar livres de óleo e graxa;

b) para evitar concentração de tensões, as lajes devem ter uma regularidade de nivelamento, aten-
dendo à tolerância de diferença de nível entre as lajes adjacentes de ± 10 mm;

c) quando a tolerância de diferença de nível entre as lajes adjacentes, estabelecida em 9.1.7 b), não
for atendida, as lajes devem ser niveladas através de método adequado. É vedado o nivelamento
com preenchimento do desnível por meio de argamassas, nata de cimento ou similares;

d) se for especificado o uso de pendurais pelos projetos de instalações elétricas, hidráulicas e de ar-
condicionado, estes devem ser montados nas juntas longitudinais entre lajes alveolares nesta fase;

e) as superfícies nas quais é lançado o material de chavetamento (concreto, graute ou argamassa)


devem ser molhadas com água limpa e estar saturadas com superfície seca (conforme 9.3.3.1);

f) executar a concretagem final, preenchendo completamente todas as juntas longitudinais entre


lajes alveolares;

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g) o material das chavetas e a respectiva cura devem seguir as especificações do responsável pela
tecnologia do concreto, atendendo às características definidas no projeto estrutural;

h) durante o período de cura, a laje não pode ser carregada e não podem ocorrer trepidações trans-
mitidas à estrutura, de naturezas quaisquer, oriundas, por exemplo, de equipamentos vibratórios
na obra.

9.1.8 A instalação de dutos embutidos previamente na capa estrutural pode ser feita somente median-
te estudo detalhado de posicionamento no projeto estrutural da capa (ver 9.1). É vedada a instalação
de dutos embutidos posteriormente à execução do capeamento estrutural.
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9.2 Armaduras e concreto da capa estrutural

9.2.1 As armaduras instaladas em furos passantes nos pilares (armaduras de lajes contínuas), após
sua colocação nos furos, devem ter o vazio entre a armadura e a face interna do furo totalmente pre-
enchido com graute ou adesivo estrutural, conforme especificações de projeto, antes da execução
de capeamento. O material de preenchimento não pode conter cloretos em sua composição.

9.2.2 Podem ser utilizadas emendas através de luvas rosqueáveis ou soldáveis, conforme especifi-
cações de projeto.

9.2.3 As armaduras devem ser executadas conforme as especificações de projeto (espaçamento,


cobrimento, comprimento de emendas por traspasse, entre outros).

9.2.4 A especificação do concreto da capa estrutural deve atender aos requisitos do projeto.

9.3 Concretagem da capa estrutural

9.3.1 Para o caso de lançamento do concreto da capa de forma posterior ao chaveteamento (confor-
me 9.1.7), o capeamento estrutural pode ser executado somente após o término do período de cura do
concreto, conforme 9.5. O lançamento do concreto da capa deve ser feito de forma a evitar o desnive-
lamento das lajes alveolares com o peso do concreto fresco (9.3.5).

9.3.2 Caso o lançamento do concreto da capa seja realizado de forma concomitante ao chavetea-
mento (9.1.6.1), deve-se verificar a resistência do concreto da fase inicial nas chavetas, de forma a
suportar os esforços provenientes do peso do concreto fresco, na situação mais crítica, evitando o rom-
pimento e desnivelamento das lajes durante a sua execução. Neste caso, também deve ser atendido
o estabelecido em 9.1.7 a), b), c), d), e), g) e h).

9.3.3 Em ambos os casos (9.3.1 e 9.3.2), os alvéolos devem ser tamponados de modo a não haver
perdas, nem estrangulamento da seção a ser preenchida, conforme especificações de projeto. Além
disso, todas as superfícies das lajes alveolares que receberem o capeamento de concreto (horizon-
tais, verticais e inclinadas) devem atender ao estabelecido em 9.3.3.1 a 9.3.3.3.

9.3.3.1 As superfícies das lajes alveolares devem estar saturadas e secas. Para isto, as lajes devem
ser abundantemente molhadas e encharcadas por um período de 6 h, cessando a saturação 2 h antes
do início do lançamento do concreto.

9.3.3.2 As superfícies das lajes alveolares devem ser rugosas ou ter ranhuras (ver 11.4.5), confor-
me processo executivo realizado na fábrica, de modo a garantir a aderência entre o concreto da laje
e o concreto do capeamento.

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9.3.3.3 As superfícies das lajes alveolares devem ser previamente limpas através de jato de ar ou
de água sob pressão, de modo a eliminar partículas soltas, restos de materiais, entre outros. Estas
superfícies também devem ficar livres de óleo e graxa.

9.3.4 O início dos serviços de concretagem da capa estrutural deve ser feito somente após a verifi-
cação da armadura conforme o projeto, bem como o detalhamento das demais instalações embutidas
de projetos complementares.

9.3.5 Para minimizar o desnivelamento das lajes devido ao lançamento do concreto da capa, deve-se
evitar o acúmulo de concreto na região central do vão das lajes alveolares.
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9.3.6 Se for utilizado concreto do tipo bombeável, deve-se descartar a primeira porção do lançamento.

9.3.7 Devem ser respeitadas as juntas de concretagem, conforme as prescrições de 9.4.

9.3.8 O adensamento do concreto deve ser feito com vibradores de imersão e/ou réguas vibratórias
apoiadas sobre guias no alinhamento dos pilares. Devem ser utilizados equipamentos adequados, de
forma a possibilitar o adensamento necessário, evitando vibrações nocivas ao processo.

9.3.9 Para a finalização da superfície da capa, devem ser utilizados equipamentos compatíveis com
o tipo de acabamento requerido, conforme definido no projeto (ver 9.1).

9.3.10 Deve ser respeitado o período de cura do capeamento estrutural para as etapas construtivas
posteriores e para o trânsito de pessoas e de equipamentos.

9.4 Juntas de concretagem, retração e variação de temperatura da capa estrutural

9.4.1 As juntas de concretagem devem ser inclinadas em aproximadamente 45°.

9.4.2 É recomendável que as juntas de concretagem sejam posicionadas em regiões de menores


solicitações. Desta forma, por exemplo, as juntas de concretagem na direção longitudinal podem estar
situadas no terço central das lajes e as juntas de concretagem na direção transversal podem estar
situadas fora do terço central.

9.4.3 Devem ser previstas juntas de retração e dilatação (variação de temperatura) ou estes esforços
devem ser considerados no projeto do capeamento estrutural.

9.5 Cura do concreto da capa estrutural

9.5.1 Pode ser utilizada cura química ou cura úmida por pelo menos sete dias consecutivos, ou con-
forme as especificações de controle tecnológico do concreto.

9.5.2 Devem ser atendidas as especificações de 9.1.7 g) e h).

9.6 Recomendações complementares

Todos os demais materiais empregados na execução do capeamento de concreto devem atender


ao projeto, bem como às especificações de controle tecnológico de concreto, e estes, por sua vez,
às Normas Brasileiras vigentes.

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9.7 Responsabilidades

9.7.1 A execução deve seguir o projeto da capa de concreto estrutural, conforme definido em 9.1.

9.7.2 Qualquer modificação de projeto durante a execução da capa (como inserção de furos ou aber-
turas para tubulações ou dutos de quaisquer funções ou natureza) deve ser submetida à análise e
aprovação prévia do responsável pelo projeto estrutural da capa de concreto, por meio de consulta para
modificação de projeto com desenho esquemático devidamente detalhado (com locação e dimensões).
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10 Verificação experimental
No caso da necessidade de uma caracterização mais rigorosa das propriedades mecânicas das lajes
alveolares, na ausência de Norma Brasileira específica, podem ser realizados ensaios de tipo, desem-
penho estrutural ou de controle, com base em literatura técnica consagrada, em normas internacionais
ou estrangeiras de referência. Informações complementares podem ser obtidas na literatura técnica
consagrada, como os documentos indicados na Bibliografia.

11 Métodos de produção das lajes alveolares


11.1 Generalidades

As lajes alveolares podem ser moldadas por formas fixas ou produzidas por equipamentos, como
máquinas extrusoras ou moldadoras. As etapas de produção a serem atendidas são as identificadas
em 11.2 a 11.10, sendo que as peculiaridades de cada método, quando necessário, encontram-se
descritas nas próprias etapas.

11.2 Planejamento da produção

11.2.1 Consiste em organizar a produção, considerando a interface entre as áreas: comercial, de pro-
jeto, de produção e de montagem. O planejamento da produção deve elaborar o programa diário da
produção com locais para a estocagem e plano para as pilhas de estocagem.

11.2.2 O processo produtivo das lajes deve ser contemplado nas verificações de projeto estrutural
dos elementos. É recomendável a correta identificação das lajes durante sua fabricação, para garantia
da rastreabilidade do produto, conforme ABNT NBR 9062.

11.3 Preparação e protensão das cordoalhas

11.3.1 Seguindo a remoção das lajes da pista, a preparação para a próxima pista a ser concretada
inclui a limpeza e aplicação do desmoldante.

11.3.2 Devem ser tomados cuidados para evitar excesso de desmoldante que possa prejudicar a ade-
rência entre as cordoalhas e a concretagem na sequência, causando escorregamento da cordoalha.
A limpeza da superfície de produção das lajes deve ser feita de forma a garantir o acabamento ade-
quado às especificações de projeto arquitetônico e estrutural do piso onde esta será montada.

11.3.3 Uma superfície lisa para produção das lajes é importante, pois estas são usualmente deixadas
aparentes na sua face inferior, sem tratamento, ou são simplesmente pintadas. A qualidade da super-
fície da laje está condicionada aos cuidados de preparação da pista, à uniformidade da limpeza e à
aplicação do desmoldante.

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11.3.4 Devem ser observados os seguintes cuidados no ato da protensão, para que a capacidade
resistente da laje alveolar não seja afetada:

— posicionamento correto e número de cordoalhas, controlado por medição;

— exatidão da protensão, controlada por instrumentos ou por comparação de forças e alongamentos;

— ancoragens provisórias das cordoalhas, controladas por inspeção visual.

11.3.5 As cordoalhas devem estar suficientemente limpas para garantir aderência adequada. As cor-
doalhas são protendidas até os níveis de tensão correspondentes aos valores de projeto. Quando é
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usado processo de protensão multifio, um pré-esticamento é recomendado. A protensão é levada até


a pressão ou força requerida e o alongamento correspondente é checado e anotado, ou vice-versa
(segundo 11.8). A força de protensão das cordoalhas individuais deve ser checada em intervalos regu-
lares. A máxima variação entre a força de protensão e as obtidas através dos relatórios de protensão
é de ± 5 % da força total, devendo ser conferida e registrada pelo respectivo alongamento.

11.4 Concretagem

11.4.1 A concretagem dos elementos de lajes alveolares deve ser executada considerando as vari-
áveis que influenciam este estágio da produção. Estas variáveis são inerentes ao processo e podem
combinar-se entre si, conforme citadas abaixo:

— equipamentos de produção e corte das lajes;

— propriedades do concreto, como tipo do cimento, dos agregados e do fator água/cimento;

— condições da pista de concretagem;

— processo de cura.

11.4.2 Os itens de processo indicados a seguir devem ser permanentemente supervisionados e ins-
pecionados, por terem interface direta com as características e com o atendimento aos requisitos
do produto final:

— o concreto deve ser uniforme (homogêneo e bem misturado, especialmente no caso dos con-
cretos secos destinados à extrusão) e bem compactado em toda a seção transversal e ao longo
da peça. Com sistema de moldadora, atenção especial deve ser dada para se conseguir uniformi-
dade e não reconhecimento de juntas de concretagem entre os estágios;

— superfícies sem trincas (fissuras somente são admissíveis após a análise e avaliação do projetista);

— tolerâncias dimensionais (conforme 6.1);

— posição e cobrimento das cordoalhas (conforme 6.2, 7.10 e 7.11 e ABNT NBR 9062).

11.4.3 A medição dos comprimentos das lajes e recortes (8.9.1) é feita imediatamente após a con-
cretagem pelo operador da máquina ou por um medidor. Ao mesmo tempo, a identificação do número
do pedido ou serviço, a identificação da peça, data e posição de estoques podem ser marcadas
no topo, laterais da laje ou em etiquetas específicas. É importante que a identificação dos elementos
corresponda a um sistema de rastreabilidade do produto. Se parte ou a pista for rejeitada por algum
motivo, o produto deve ser claramente identificado e deve ser anotada a razão da rejeição.

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11.4.4 Quando da ocasião de aberturas no concreto fresco, conforme estabelecido em projeto (8.9.1),
é essencial não danificar o concreto vizinho ao serviço, por exemplo, danificar as paredes dos alvéolos
junto aos recortes e também a ancoragem das cordoalhas que podem ser reduzidas dos dois lados da
abertura. Algumas vezes um pré-corte feito no concreto fresco das lajes espessas (com altura maior
ou igual a 30 cm) é preferível para evitar trincas transversais de retração.

11.4.5 O acabamento sobre a superfície superior da laje deve ser rugoso ou com ranhuras conforme
processo produtivo executado na fábrica e conforme considerado no projeto estrutural das lajes e do
capeamento estrutural (ver 9.1 e 9.3.3.2), a fim de que haja aderência entre a laje e o concreto do
capeamento. Devem ser tomados cuidados na produção da laje alveolar, de forma que a superfície
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final do produto em contato com a capa estrutural esteja limpa e livre de impurezas para garantir
a rugosidade considerada em projeto.

11.5 Cura

11.5.1 Imediatamente após a concretagem das lajes, estas devem ser protegidas contra evaporação
da água do concreto com lonas ou através de outros sistemas, como a cura química. Nos sistemas
com lonas, estas devem ser retiradas somente na hora do corte, para evitar fissuras de retração.

11.5.2 Um processo de aquecimento pode ser usado depois de estudo do gradiente de temperatura,
atendendo às especificações de cura acelerada da ABNT NBR 9062.

11.6 Corte

11.6.1 É recomendável que o corte das lajes seja iniciado pela extremidade por onde foi feita a libera-
ção da protensão. O corte deve ser feito usando uma serra diamantada, que pode cortar a laje trans-
versalmente, longitudinalmente ou diagonalmente, conforme estabelecido em projeto. Recomenda-se
que o corte das lajes seja feito após sua cura, de forma a garantir a aderência das cordoalhas ao longo
de todo o comprimento da laje, inclusive nas extremidades, e a evitar o escorregamento das cordoa-
lhas. É necessário assegurar que a máquina corte as cordoalhas completamente.

11.6.2 Para liberação da protensão e cuidados para evitar escorregamento das cordoalhas, ver 11.7
e 11.8, respectivamente.

11.7 Liberação da protensão

11.7.1 Para a liberação da protensão e içamento, a resistência mínima de projeto deve ser atendida
conforme 5.2.2.2.

11.7.2 Uma inspeção é necessária antes da liberação da protensão, visando identificar fissuras trans-
versais causadas por retração durante ou após a cura, que podem se fechar durante o processo de
liberação de protensão.

11.7.3 A liberação da protensão deve ser feita simultaneamente em todas as cordoalhas, usando
macaco hidráulico.

11.8 Verificação do escorregamento de cordoalhas

11.8.1 A resistência adequada do concreto é indicativa de boa aderência das cordoalhas. Todavia,
isso não é garantia de que o escorregamento não aconteça. Se houver escorregamento, as lajes
devem ser criteriosamente avaliadas. Os critérios de inspeção, avaliação e aceitação são estabeleci-
dos em 11.8.2 a 11.8.7.

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11.8.2 Após o corte do concreto e das cordoalhas, a força de protensão é transferida ao concreto por
meio de um comprimento de implantação que dependa da aderência entre a cordoalha e o concreto.
Escorregamento visível, que mostre o encurtamento do aço comparado com o do concreto, dá uma
idéia do comprimento de implantação, que deve ser limitado.

11.8.3 O escorregamento inicial de cada cordoalha deve ser inspecionado em relação à própria laje
e não em relação à ancoragem, isso porque um movimento geral das lajes como um todo e o encur-
tamento delas na liberação não pode distorcer a avaliação.

11.8.4 A inspeção visual do escorregamento deve ser feita em todas as lajes nas duas extremidades.
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Quando houver escorregamento, devem ser inspecionadas duas a três lajes de cada pista, anotando-
se os valores medidos com o paquímetro. Além disso, todas as cordoalhas que apresentarem suspeita
de escorregamento devem ser medidas após a inspeção visual. O valor representativo de escorrega-
mento pode ser medido com a média dos valores em lados opostos da laje, dos dois fios mais externos.

11.8.5 Se o escorregamento da cordoalha na extremidade da laje alveolar for maior do que o valor-limite
definido em projeto (7.9) e permitido na documentação técnica enviada à produção (12.1), é recomen-
dável que esta cordoalha seja desprezada e somente a quantidade restante de aço de protensão seja
considerada efetiva, devendo passar pela reavaliação do projetista de estruturas.

11.8.6 O escorregamento inicial das cordoalhas pode ser considerado apenas um aspecto do contro-
le da qualidade, que deve incluir um controle apurado de compactação, retração, fissuras etc. Se um
grande escorregamento for observado em qualquer posição da pista, então outras partes devem ser
observadas com mais cuidado. A laje pode ainda ser usada se o escorregamento ocorrer no máximo
em duas cordoalhas, mas a carga de projeto da laje deve ser reduzida. Isso, todavia, só pode ser per-
mitido se:

— as cordoalhas que deslizarem forem marcadas em cada extremidade da laje;

— o número original de cordoalhas e o número das que foram aceitas forem marcados na laje;

— a designação original da laje for cancelada e substituída por outra nova.

11.8.7 Se a laje for finalmente rejeitada, todas as outras marcações devem ser eliminadas e a laje deve
ser marcada com um aviso claro e permanente de rejeição. Elementos rejeitados devem ser retirados
do pátio de estocagem imediatamente.

11.9 Superfície e fissuras

11.9.1 O concreto deve ser denso. Nenhuma fissura deve penetrar a laje. Algumas fissuras pequenas
e abatimentos (deformação) do concreto podem ser aceitos, se reparados, ou podem ficar sem reparo,
dependendo do tipo de fissura. Geralmente fissuras pequenas têm uma largura de 0,2 mm, altura h/3
e comprimento h, sendo h a altura da laje. Defeitos maiores devem ser sempre inspecionados e suas
implicações avaliadas pelo responsável pelo projeto estrutural.

11.9.2 As fissuras durante o processo de fabricação devem ser avaliadas conforme o controle de
qualidade estabelecido pelo fabricante. Podem ser consultados manuais de referência, como indicado
na Bibliografia.

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11.10 Lançamento, transporte e armazenamento

11.10.1 Durante as etapas transitórias, deve-se tomar cuidado para não introduzir na laje alveolar
esforços não previstos no projeto estrutural. A movimentação deve ser lenta, a fim de que não ocorram
impactos, fissuras e quebras de canto nas peças. Os dispositivos de içamento devem ser adequados
e posicionados, de acordo com as distâncias especificadas em projeto. Para o transporte das lajes,
armazenamento na fábrica ou no local da obra, calços de madeira ou de sacos de areia devem ser
posicionados de acordo com o especificado em projeto e na ABNT NBR 9062:2006, 10.2.

11.10.2 Para o empilhamento devem ser observados a capacidade de suporte do solo e o perfeito
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alinhamento da pilha, dos calços entre as peças e do terreno, de forma a não permitir a inclinação
da pilha.

11.10.3 O empilhamento máximo é função do comprimento e altura das peças, devendo o fabricante
e o consumidor, em função das espessuras e comprimentos usuais, manter um procedimento interno
validado pelo projetista de estruturas.

11.10.4 Caso os alvéolos não tenham sido tamponados ou tenha ocorrido danificação dos tampões,
deve ser assegurado que a água de chuva, ou ainda decorrente do processo de cura, não fique arma-
zenada no interior dos alvéolos, conforme 8.10.

12 Documentação técnica
12.1 Documentação técnica de fabricação

O projeto de formas e a armadura do produto laje alveolar, com a paginação, a planilha de limites de
escorregamentos máximos e dados da protensão dos elementos (para produção e aceite), devem fazer
parte da documentação técnica de fabricação.

12.2 Documentação técnica do projeto estrutural

Deve fazer parte da documentação técnica do projeto estrutural o seguinte:

— o projeto de formas e armadura do sistema de pisos formados por lajes alveolares e do capea-
mento estrutural (conforme Seção 9);

— os documentos previstos nas ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 9062;

— o projeto de montagem das lajes alveolares.

12.3 Documentação técnica para movimentação e montagem

Devem constar na documentação técnica de projeto estrutural e/ou fabricação as condições de apoio
e içamento das lajes alveolares para seu armazenamento e movimentação durante a fabricação
e montagem (em situações transitórias).

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