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Manejo dos SAFs

Prof. Msc. Gabriel Bressiani Melo


Implantação do SAF
Manejo em SAFs
Aspectos a serem considerados
Relevo
Acúmulo de M.O. e
água em ambientes
com microrrelevo
côncavo

Espécies em etapas
mais avançadas

Microrrelevo convexo
→ espécies em etapas Variação de consórcios de diferentes estágios sucessionais na paisagem, em função de
mais iniciais condições de relevo.
Aspectos a serem considerados
Exposição ao sol

Maior exposição à luz


solar = “face”

+ fotossíntese →
desenvolvimento mais
acelerado

Maior sobreamento →
menor velocidade de Variação de consórcios de diferentes estágios sucessionais na
sucessão de espécies paisagem, em função de diferentes exposições do relevo à
incidência de luz solar.
Aspectos a serem considerados
Seleção de espécies
Disponibilidade de mudas e Estabelecimento gradativo das
sementes espécies

Aptidão das espécies em ocupar


nichos e cumprir papéis ecológicos

Seleção de características
adequadas à cada ambiente

Ampliação da diversidade funcional


do SAF
Aspectos a serem considerados
Seleção de espécies
Durante o planejamento é preciso desenhar o delineamento e a forma do plantio de cada espécie nos
canteiros, antes de sua efetivação, buscando otimizar a ocupação do espaço acima e abaixo do solo em
cada fase da sucessão agroflorestal, tendo como eixo de planejamento a otimização da captação da
energia solar no sistema, da ocupação de diferentes nichos ecológicos e da ampliação das
relações ecológicas.

Outro aspecto a ser considerado é a arquitetura das


raízes das espécies a serem plantadas em conjunto com
a arquitetura da parte aérea de cada uma

O plantio de “espécies facilitadoras”, ou seja, justamente


aquelas com uma grande quantidade e variedade de
relações ecológicas em potencial, é muito importante
Exemplo de
planejamento
de sucessão
e
estratificação
agroflorestal
Tendência dos SAFs
Produção do SAF ocorre
tanto no perfil horizontal
quanto vertical

SAFs requerem manejo


complexo

Redução da área e aumento


na quantidade e
complexidade dos SAFs Área média (em hectare – ha) e número médio por classe de
idade de agroflorestas (AF)
Implantação do SAF
Capina seletiva + poda
A capina seletiva difere da capina convencional
para limpeza da área, pois elimina somente as
plantas que já cumpriram seu papel na sucessão
e precisam dar lugar a outras, e não todas as
plantas da área.

Também faz-se necessário a poda total ou parcial


das árvores e arbustos existentes no local,
picando os ramos e galhos de suas copas e
cortando os troncos em pedaços de
aproximadamente meio metro.
Capina seletiva para implantação de agrofloresta
Implantação do SAF
Preparo dos canteiros

Os canteiros são locais especialmente preparados


para receber as sementes e propágulos em alta
densidade e de forma organizada.

1 a 1,2 m de largura

3,5 m de espaçamento

Disposição perpendicular ao Representação esquemática do direcionamento da implantação


movimento do sol de canteiros agroflorestais
Implantação do SAF
Preparo dos canteiros
Colocar a M.O. da capina sobre os
canteiros + solo superficial

Revolver o solo

Bordas mais elevadas que o centro

Direcionar água da chuva e


nutrientes mobilizados pela Representação esquemática da forma dos canteiros
decomposição da M.O. para o centro agroflorestais.
Implantação do SAF
Preparo dos canteiros
Troncos nas margens do canteiro para:
proteger o solo, ativar atividade
microbiana e contribuir para o
direcionamento de água

Uma opção a ser considerada, no mapeamento do


plantio, é a colocação de solo ocupando o espaço
superior entre dois pedaços de troncos, ao longo de todo
o canteiro. Este solo, rico em fertilidade, pode ser usado
para o plantio de espécies de ciclo curto. A presença
dessas espécies também favorecerá a decomposição do
Opção de colocação de solo sobre os pedaços de troncos nos
material orgânico, a formação de novos nichos
canteiros, para plantio de espécies de ciclo curto,
ecológicos e o estabelecimento de novas relações especialmente hortaliças.
ecológicas na área.
Implantação do SAF
Plantio

Plantar quantidade muito maior de


sementes e mudas do que a expectativa
de indivíduos adultos (efeito gargalo)

Plantar primeiro as mudas maiores, depois


as menores e depois as sementes

Plantio na faixa central, 8 a 15 cm de


largura

Implantação de canteiro agroflorestal


Implantação do SAF
Plantio

Plantio de gramíneas entre os canteiros para otimizar a


formação de matéria vegetal a partir da captação de
energia solar graças à grande capacidade de produção
de biomassa advinda do metabolismo C4

Consorciado com o capim, pode-se plantar leguminosas


(crotalária, feijão guandu, nabo-forrageiro, etc.) para
fixação biológica de N e enriquecimento da área

Agrofloresta em implantação, indicando o plantio de capim


entre os canteiros
Implantação do SAF
Plantio

Realizado o plantio na área entre os canteiros,


finaliza-se a implantação da agrofloresta cobrindo
todo o solo com folhas e galhos picados, obtidos a
partir do corte das árvores existentes na área.
Cobrem-se tanto os canteiros quanto os espaços
entre os canteiros, usando, proporcionalmente, mais
material de cobertura sobre os canteiros.

Essa prática, além de proteger o solo da erosão,


contribui para a ativação da vida no solo e otimiza o
aproveitamento do espaço agroflorestal

Representação de canteiro agroflorestal


Implantação do SAF
Plantio

Finalização da implantação da agrofloresta


Início do SAF

Plantas com alta relação C/N

Baixa digestibilidade para ter


acúmulo de M.O.

Aumento da capacidade
produtiva do ambiente
Produção de matéria vegetal em estágios iniciais de sucessão
ecológica.
Obrigado!!!

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