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QUESTÕES SOBRE ARBITRAGEM

01. Quando a decisão de um conflito é imposta pela vontade de um dos


sujeitos envolvidos no conflito denomina-se Autotutela

02. Com relação aos princípios norteadores da arbitragem complete:

a. Princípio do contraditório : deve-se entender, de um lado, a necessidade de


dar-se conhecimento a existência da ação e de todos os atos do processo as
partes, e, de outro, a possibilidade de as partes reagirem aos atos que lhe sejam
desfavoráveis.

b. Princípio da Igualdade: dar tratamento isonômico as partes significa tratar


igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas
desigualdades.

c. Princípio da Imparcialidade : o árbitro deve ser imparcial tanto quanto o


magistrado, colocando-se entre as partes e acima delas.

d. Princípio do Livre Convencimento : o juiz apreciará livremente a prova,


atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não
alegados pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que lhe
formaram o convencimento.  

03.  O que se entende por cláusula compromissória e compromisso


arbitral?

A cláusula compromissória é a convenção através da qual as partes em um


contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a
surgir, relativamente a tal contrato. Já o compromisso arbitral é a convenção
através da qual as partes submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais
pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial.

04. Assinale a alternativa  INCORRETA. São requisitos obrigatórios do


compromisso arbitral:
A. nome, profissão, estado civil e domicilio das partes;
B. o nome, a profissão e domicilio do árbitro, ou dos árbitros, ou, se for o
caso, a identificação da entidade à qual as partes delegaram a indicação dos
árbitros;
C.  a matéria que será objeto da arbitragem;
D. o lugar em que será proferida a sentença arbitral
E. (x) a possibilidade de desistir da arbitragem e optar pela solução
judicial.
 
05. Se as partes não estipularem o procedimento arbitral a ser
adotado, a escolha caberá, é CORRETO afirmar:
a. a qualquer das partes
b. (x) aos árbitros
c. a parte vencedora
d. é obrigatória a escolha de procedimento sob pena de nulidade do
mesmo.
 

06. Se as partes não estipularem prazo para que os árbitros


apresentem a sentença arbitral, este prazo será de:)
(   ) 01 ano
( x ) 06 meses
(   ) 02 meses
(   ) 01 mês
 

07.  Qual a diferença entre mediação e arbitragem?

A mediação se caracteriza pela participação de um terceiro imparcial a quem


cabe que facilitar o diálogo entre as partes, sem que elas sejam por ele
conduzidas. Ou seja, na mediação, em um primeiro momento, é garantida
autonomia às partes para resolverem o conflito, sendo a participação do
mediador no sentido de demonstrar os caminhos que podem ser seguidos para
resolução do conflito. A mediação é assim um meio termo entre a negociação
(em que cabe às partes resolverem o conflito sozinhas) e a arbitragem (em que
um terceiro imparcial decide).
Já a arbitragem é um instituto que depende de cláusula específica e expressa
para ser aplicada, chamada de cláusula compromissória. Por esse motivo, é
comumente associada à grandes empresas, mas não é sua única área de
atuação. Ao optar por esse método alternativo na solução de conflitos, as
partes saem completamente do Poder Judiciário. Pois ao assinarem a clausula
necessário para optarem pela arbitragem, a responsabilidade sobre aquela
demanda passa ao Juízo Arbitral.
Assim, os árbitros passam atuar como “juízes” no processo em questão e suas
decisões tem a mesma eficácia que uma sentença, mas não são objetos de
recurso. O mais interessante, em optar por essa solução, é a possibilidade de
escolher aqueles que estarão aptos a julgar sua demanda, bem como escolher
as leis que serão aplicadas.

08.  Quais as vantagens da arbitragem? a sentença arbitral depende de


homologação judicial? E no caso de descumprimento, onde será executada?

Entre as principais vantagens da arbitragem destacamos:


Autonomia: confere às partes a possibilidade de escolherem o árbitro que
julgarem mais adequado ou especializado para a área que estiverem tratando.
Além disso, a Lei de Arbitragem prevê que as partes podem escolher,
livremente, as regras de direito que serão aplicadas, desde que não haja
violação aos bons costumes e à ordem pública.
Agilidade: Além da autonomia para a escolha do árbitro, a arbitragem
também permite fixar prazo para que a sentença seja proferida. Mesmo na
ausência de estipulação de data final, o prazo para o término da arbitragem é
de seis meses, conforme o artigo 23 da Lei de Arbitragem. Portanto, a agilidade
é uma grande vantagem diante dos longos prazos praticados pelo Poder
Judiciário.
Celeridade: No momento em que as partes definem as regras do
procedimento arbitral, também podem definir o prazo para prolação da
sentença, o qual, caso não seja previsto nesta ocasião, será de seis meses
contados do início do processo arbitral, destacando-se que desta decisão não
caberá recurso.
Sigilo:  Apesar de a Lei de Arbitragem não prever o sigilo como regra
automática a ser aplicada nos processos arbitrais, a maior parte dos
regulamentos das câmaras de arbitragem traz esta previsão, a qual também
poderá ser definida pelas próprias partes, garantindo assim que o assunto
versado no procedimento arbitral não chegue a conhecimento do público em
geral.
Quanto a sentença arbitral brasileira, não há necessidade de
homologação judicial pois a mesma gera entre as partes os exatos efeitos
da sentença proferida pelo judiciário, valendo, inclusive, como título executivo.
O seu descumprimento por uma das partes, garante a outra a possibilidade
de impetrar Ação de Execução de Titilo Judicial de forma direta, não sendo
necessária ação de conhecimento para reconhecer o título, o que traz maior
celeridade para a execução da decisão arbitral.
 

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