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Alcoolismo
Ainda que se saiba que 18 em cada 100 brasileiros adultos é dependente de bebida
alcoólica; que as pesquisas recentes mostrem que o hábito de beber entre crianças e
adolescentes não pára de crescer; que se conheça que 75% dos acidentes fatais de trânsito
são associados ao uso excessivo de álcool (aproximadamente 29.000 mortes por ano,
segundo dados da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas); que se
registre que 39% das ocorrências policiais originam-se daquela dose a mais; que se diga
que 40% das consultas psiquiátricas devem-se ao alcoolismo; que os transtornos mentais
associados ao uso e abuso de álcool são a segunda causa de internações psiquiátricas;
que se comprove que 10% das empresas brasileiras apresentam problemas ligados ao
alcoolismo dos seus funcionários; que se associe a escalada de violência e crimes
cometidos no país com o uso de bebidas; que se conheça a ação lesiva do álcool sobre
órgãos e sistemas; que se registre que 40% das internações hospitalares estejam ligadas
às complicações do uso de álcool; que se reconheça que o álcool mata centenas de
milhares de pessoas... ainda assim, sabe-se lá como e por que, o álcool tem sido
sistematicamente negligenciado pelas autoridades governamentais, e excluído quando se
trata de organizar alguma campanha preventiva no Brasil.
Todas as estatísticas apontam para uma mesma direção: é cada vez maior o número de
vidas perdidas nas quais se sugere a participação do álcool. As pesquisas indicam que
metade das 120.000 mortes violentas ocorridas em nosso país acontecem sob a influência
do uso abusivo do álcool. Ao todo, cerca de 100.000 pessoas morrem anualmente, no
Brasil, pelo abuso e dependência do álcool.
Por tudo o que sabemos a respeito dos perigos do álcool, qualquer iniciativa que tenha
por objetivo criar obstáculos na tentativa de controlar e reduzir seu consumo merece
atenção. Como agir diante do exposto acima? Qual o nosso papel como médicos?
Visita periódica
Medical disorders of alcoholism. N Engl J Med 1995; 19:1058-64.
The alcohol withdrawal syndrome. Lancet 1997; 349:9067, 1897-900.
Screening for alcohol and drug abuse. Med Clin North Am 1997; 81:845-65.
The aetiology, consequences and treatment of alcoholism. Liver Transpl Surg 1997; 3:199.
MDConsult
Patients with alcohol problems in primary care: understanding their resistance and
motivating change. Botelho RJ - Prim Care - 1999 Jun; 26(2): 279-98
Screening, early identification, and office-based intervention with children and youth
living in substance-abusing families. Werner MJ. Pediatrics 1999; 103(5 Pt 2):
1099-112
The role of cultural and social factors in the cause of addictive disorders. Westermeyer J -
Psychiatr Clin North Am - 1999 Jun; 22(2): 253-73
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North Am - 1999 Jun; 22(2): 401-23.
GDNet
http://www.pessoais.com.br/drogas/drogas2.htm
http://www.nib.unicamp.br/svol/alcool/htm
Alcoolismo
Estudo dirigido
1. Que dados em uma consulta de rotina levam à suspeita de alcoolismo ?
A) Perguntar a todos os pacientes sobre o uso de bebidas alcoólicas no presente e no
passado. A história familiar deve se incluída (há uma predisposição genética e o meio
familiar pode aumentar o risco de problemas com álcool);
B) História detalhada: tipo de bebida usada, freqüência em que o indivíduo bebe (ajuda
a diferenciar o indivíduo que bebe moderadamente do indivíduo com risco de saúde
devido ao álcool);
C) Perguntas sobre problemas relacionados com o uso de bebidas alcoólicas: falta ao
trabalho, uso apesar das conseqüências e a dependência.
via endovenosa a cada 5 a 15 minutos até que o paciente esteja calmo, e a terapia de
manutenção prossegue a cada 1 a 4 horas conforme o necessário. A princípio até
200mg de diazepam podem ser necessários antes que a agitação diminua, e alguns
pacientes podem necessitar de até 1200mg nos primeiros três a quatro dias para se
manterem calmos. A depleção volumétrica que acompanha o delirium tremens pode
provocar colapso circulatório, e as perdas hídricas podem exigir reposição de 4 a 10
litros no primeiro dia. Uma dieta com altos níveis calóricos e de carboidratos
suplementada por multivitaminas é importante. Os pacientes jamais devem ser
contidos fisicamente pois podem lutar até a exaustão. Atualmente acredita-se que a
medicação anticonvulsivante não possui utilidade na prevenção ou tratamento das
convulsões por abstinência alcoólica.
6. Que métodos podem ser utilizados para auxiliar o paciente a se abster do álcool
? Psicoterapia: deve-se enfocar as razões pelas quais a pessoa bebe. O foco
específico incide sobre as situações nas quais o paciente bebe, as forças motivadoras
do beber, os resultados esperados e modos alternativos de lidar com essas situações.
Medicação:
1) Dissulfiram: o dissulfiram inibe a enzima aldeído desidrogenase, de modo que
mesmo uma única dose de bebida alcoólica, geralmente, provoca uma reação tóxica,
devido ao acúmulo de cetaldeído no sangue. A administração da droga não deve
começar antes de 24 horas desde a última ingestão de álcool. O paciente deve estar
em boa forma física, altamente motivado e cooperativo. O médico deve alertá-lo
sobre as conseqüências da ingestão de álcool, enquanto estiver tomando a droga ou
até 2 semanas após sua suspensão. Os indivíduos que ingerem álcool, enquanto
tomam 250mg diários de dissulfiram, experimentam rubor e sensações de calor na
face, esclera, membros superiores e tórax. Podem tornar-se pálidos, hipotensos e
nauseados, experimentando sério mal-estar. Também pode ocorrer tontura, visão
turva, palpitações, falta de ar e parestesias das extremidades. Uma vez desencadeada,
a síndrome dura de 30 a 60 minutos, podendo durar um tempo maior. A droga
também pode exarcerbar os sintomas psicóticos em pacientes esquizofrênicos na
ausência do consumo de álcool.
2) Psicotrópicos: os agentes antiansiedade e antidepressivos são úteis no tratamento
dos sintomas de ansiedade e depressão em pacientes com transtornos relacionados ao
álcool.
Terapia comportamental: ensina os alcoolistas outros modos de reduzirem sua
ansiedade. Treino de relaxamento, treinamento afirmativo, habilidades de
autocontrole, etc. Esses programas condicionam os alcoolistas a modificarem seu
comportamento de ingestão de álcool ou a pararem de beber.
Alcoólicos Anônimos: os AA constituem uma comunidade voluntária e de apoio,
formada por centenas de milhares de alcoólicos, fundada em 1935.
Alcoolismo
pancreatite aguda e são observados em 80 a 90% dos casos. A lipase sérica também está
elevada. A combinação das determinações de amilase e lipase séricas é mais precisa que
qualquer teste isoladamente. Leucocitose de até 25000/mm3 é encontrada em 80% dos
pacientes; o hematócrito geralmente está elevado por causa da hemoconcentração.
Hipocalcemia ocorre em até 30% dos pacientes. Hiperglicemia transitória é comum e
não exige tratamento. Os níveis séricos de triglicerídeos de todos os pacientes devem ser
determinados, por causa de suas implicações etiológicas e para ajudar a interpretar os
níveis séricos de amilase e lipase inesperadamente normais.
O diagnóstico diferencial é feito com úlcera péptica perfurada, colecistite aguda e
oclusão vascular mesentérica.
O tratamento consiste em cuidados gerais de apoio e monitorização atenta para sinais de
complicações sistêmicas. Não há evidência de que alguma medicação seja
especificamente benéfica. O déficit volêmico deve ser restaurado rapidamente a fim de
manter um débito urinário >40ml/h. O paciente não recebe nada pela boca, com o
objetivo de repousar o pâncreas. A aspiração nasogástrica está indicada nos pacientes
com vômitos ou íleo adinâmico, porém, nem sempre é necessária. O paciente deve
receber analgésicos para alívio da dor. Não está indicado a nutrição parenteral total nem
a antibioticoterapia profilática.
Casos clínicos
1) AA, 51 anos, masculino, vem à consulta acompanhado dos familiares, etilista
pesado há 15 anos, o procura devido a edema de mmii e “ barriga d’água” . Refere cansaço
fácil, diarréia com restos alimentares e gotículas de gordura, e surgimento de hematomas
em todo o corpo após leves “esbarrões” . A o exame observa-se paciente desnutrido, com
estado geral bastante comprometido, febril TA=38,4, descorado discretamente, levemente
desidratado, ascite moderada, edema de mmii ++/4+, abdome difusamente doloroso à
palpação, fígado e baço não palpáveis. IMC=20, PA=100x60, Fc=P=100. Discuta a
fisiopatologia dos sinais e sintomas acima, os diagnósticos principais e secundários, a
propedêutica, terapêutica e acompanhamento.
2) IRPF, alcoólatra o procura para um exame periódico de saúde. Ao exame físico você
detecta um aumento significativo do fígado, consistência aumentada, baço não palpável.
Alcoolismo
Telangectasias no tronco, eritema palmar. Ele relata que teve “tiriça” há cerca de 3 anos e
lhe disseram para nunca doar sangue. Além disto tem andado muito esquecido, fato que
atribui ao trabalho de vigia noturno em um bar. Discuta diagnósticos principais e
diferenciais e trace sua conduta. Como você espera encontrar as provas de função
hepática?