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Barroco
Essa época surgiu no final do Renascimento e manifestava-se através de grande ostentação e extravagância entre
os grupos beneficiados pelas riquezas da colonização.
O Barroco na Itália
A Itália foi considerada o berço do Renascimento e da arte barroca onde diversos artistas se destacaram.
1. Caravaggio (1571-1610)
Caracterizado pela rudez de suas obras, Caravaggio pintou temas religiosos onde explorava o contraste entre luz e
sombras.
Destacam-se: "A Captura de Cristo", "Flagelação de Cristo", "A Morte da Virgem", "A Ceia de Emaús", "Davi
com a cabeça de Golias", "Flagelação de Cristo".
Bernini foi um escultor e arquiteto italiano. Suas obras encontram-se em Roma e no Vaticano, entre elas: a
"Praça de São Pedro", "Catedral de São Pedro", "O Êxtase de Santa Teresa", "Busto de Paulo V" e "Castelo
de Santo Ângelo"
3. Borromini (1599-1667)
Francesco Borromini foi arquiteto e escultor italiano. Entre suas obras destacam-se: a "Catedral de São
Pedro", "Sant'Agnese in Agone", "Palazzo Spada", "Palazzo Barberini", "Sant'Ivo alla Sapienza" e a "Igreja de
San Carlo alle Quattro Fontane".
O Barroco no Brasil
O Barroco no Brasil foi introduzido por intermédio dos jesuítas, no fim do século
XVI. Só partir do século XVII, generaliza-se nos grandes centros de produção açucareira,
especialmente na Bahia, através das igrejas.
Passada a fase do Barroco baiano, suntuoso e pesado, o estilo atingiu no século XVIII a província de Minas
Gerais. Foi ali que Aleijadinho (1738-1814) elaborou uma arte profundamente nacional.
Jesus do Matosinhos, em Congonhas (MG). Essa obra foi produzida por Aleijadinho entre 1796 e 1799
Nessa época, não havia no Brasil condições para o desenvolvimento de uma atividade literária
propriamente dita. O que se viu foi alguns escritores se espelhando nas fontes estrangeiras, geralmente nos
portugueses e espanhóis.
A Companhia de Jesus, reconhecida pelo papa em 1540, passa a dominar quase que inteiramente o
ensino. Ela exerceu um papel importante na difusão do pensamento católico aprovado no Concílio
de Trento.
A Inquisição que se estabeleceu na Espanha a partir de 1480 e em Portugal a partir de 1536, ameaçava a
liberdade de pensamento. O clima era de austeridade e repressão.
Foi nesse contexto que se desenvolveu o movimento artístico chamado Barroco, numa arte eclesiástica que
desejava propagar a fé católica.
Em quase todas as partes, a Igreja se associava ao Estado. Assim, a arquitetura barroca, antes só
religiosa, surge também na construção de palácios, com o objetivo de causar admiração e poder.
Arcadismo
O arcadismo foi um movimento literário europeu do século XVIII. Caracterizou-se por retomar as
temáticas da Antiguidade greco-latina e pela ênfase
em descrições bucólicas da natureza. O nome dessa escola estética refere-se à Arcádia, região campestre da
Grécia Antiga onde viviam pastores e poetas.
Contexto histórico
O século XVIII é também conhecido como século das luzes ou século da filosofia. Foi durante esse
período que aconteceu o iluminismo, movimento intelectual que deu origem às ideias de revolução,
liberalismo, cidadania, Direitos Humanos, bem como impulsionou a busca pelo conhecimento em áreas diversas. Os
pensadores iluministas baseavam- se no princípio da racionalidade: a razão humana é que deveria conduzir o
desenvolvimento das ciências, da políticae da vida cotidiana das pessoas, iluminando-as do obscurantismo
da ignorância e do desconhecimento.
Ninfa adormecida guardada por um pastor, de Angelika Kauffmann, ilustrando o bucolismo árcade.
O surgimento dessa burguesia ilustrada deus origem às Arcádias, sociedades literárias dedicadas a inserir as
produções escritas nessa nova ordem social, ditando, portanto, os padrões estéticos desejados.
Características do arcadismo
Embora tenha surgido em um período de rupturas e muita agitação política e intelectual, os escritores
árcades faziam textos amenos, contemplativos. Em busca do equilíbrio e da restauração do caos reinante na
escola barroca, o arcadismo recorria ao bucolismo, aos temas pastoris, aos elementos da natureza. Era comum
que os poetas árcades assinassem seus versos em pseudônimos com nomes de pastores gregos e
romanos.
Temática e estilo greco-latino são, aliás, recorrentes, seja pelo uso das formas helenísticas de poesia (ode,
epicédio, canto etc.), seja pela presença de figuras que compõem o imaginário da Grécia Antiga, como as
ninfas, as musas,os deuses e os pastores. Por isso, o arcadismo é também chamado neoclassicismo, ou
seja,
a retomada de elementos da Antiguidade Clássica. Tanto é que os principais temas árcades podem ser resumidos
em expressões latinas muito populares na época:
Fugere urbem, ou seja, “fuga da cidade”. A ordem natural dos ciclos da terra e do fluxo das águas devolve o
equilíbrio do espírito humano.
Inutilia truncat, “eliminar o supérfluo”: a linguagem deve ser simples, objetiva, clara e racional, sem
adornos.
Principais autores do arcadismo Manuel Maria
Barbosa du Bocage
Nascido em Setúbal, Portugal, em 1765, Bocage é considerado um dos principais autores do arcadismo
português. Foi também marinheiro e, aos 21 anos, embarcou para a Índia. Ao ser promovido tenente,
desertou. Viveu em Macau até 1790, quando retornou a Portugal e associou-se à Segunda Arcádia portuguesa,
adotando o pseudônimo Elmano Sadino.
Em 1797, foi preso pela Inquisição pelo conteúdo antiabsolutista e blasfemo dos versos “Pavorosa Ilusão
da Eternidade”. Encarcerado, traduziu obras de poetas latinos e franceses. Foi libertado apenas ao se
mostrar
conformado com as tradições morais e religiosas da época. Continuou seu trabalho de tradução e
escrita até sua morte, em Lisboa, em 1805.
A obra de Bocage tem duas fases. A primeira é composta de temas satíricos, permeada de erotismo
e humor profano. A segunda corresponde a
um período lírico, quando adotou o procedimento literário do arcadismo, sendo equiparado aos
principais nomes da poesia portuguesa.
A poesia de Bocage elegeu principalmente as temáticas do amor e da desilusão amorosa, permeada por dramas
existenciais, cenas noturnas, apreço pelo mistério e certa sentimentalidade que transcenderam as convenções
árcades. Por isso, é também considerado um autor pré-romântico.
*Zéfiro é um deus grego que personifica o vento oeste. José Basílio da Gama
Natural de São José do Rio das Mortes, atual cidade de Tiradentes (MG), Basílio da Gama nasceu em 1741.
Estudou
no Colégio dos Jesuítas, no Rio de Janeiro, até
o Marquês de Pombal, à frente da metrópole portuguesa, banir do Brasil os padres jesuítas da Companhia
de Jesus. Anos depois, foi para a Itália e associou-se à Arcádia Romana, assinando com o pseudônimo de
Termindo Sipílio.
Viveu também em Portugal, onde foi preso, acusado de ser partidário dos jesuítas. Mudou de ideia na
prisãoe tornou-se pombalino. Foi membro da Academia das Ciências de Lisboa, cidade em que faleceu
em 1795.
A obra mais famosa de Basílio da Gama é o poema épico O Uraguai, em que relata não as paisagens bucólicas
típicas do arcadismo, mas um episódio de combate. Os Sete Povos das Missões, indígenas liderados por padres
jesuítas, levantaram-se contra o Tratado de Madri, assinado em 1750. Foram, então, chacinados pelas tropas
portuguesas e espanholas.
A obra também antecipa a figura do índio heroico, elemento que aparecerá na fase indianista do
romantismo brasileiro. O tom do poema, no entanto, é antijesuíta: dedicado ao irmão do Marquês de
Pombal, os versosde abertura já demonstram que os verdadeiros heróis da epopeia de Basílio da
Gama são os europeus.
1 – (FUVEST):
Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem a semear, há outros que semeiam sem sair. Os
que saema semear são os que vão pregar à Índia, à China,
Ao Japão; os que semeiam sem sair são os que se contentam com pregar na pátria. Todos terão sua razão,
mas tudo tem sua conta. Aos que têm a seara em casa, pagar-lhes-ão a semeadura: aos que vão buscar a
seara tão longe, hão- lhes medir a semeadura, e hão-lhes de contar os passos. Ah! dia do juízo! Ah!
pregadores! Os de cá, achar-vos-eis
com mais paço; os de lá, com mais passos...
A passagem acima é representativa de uma das tendências estéticas da prosa seiscentista a saber:
a) O sebastianismo, isto é, a celebração do mito da volta de D. Sebastião, rei de Portugal, morto na
batalhade Alcácer-Quibir.
b) A busca do egoísmo e da aventura ultramarina, presentes nas crônicas e narrativas de viagem.
c) A exaltação do heróico e do épico, por meio das metáforas grandiloquentes da epopeia.
d) Lirismo trovadoresco, caracterizado por figuras de estilo passionais e místicas.
e)Conceptismo, caracterizado pela utilização constante dos recursos da dialética.
4 – (OBJETIVO-SP) Assinale a alternativa que encerra uma associação incorreta, acerca do Barroco em Portugal:
a) Pe. Manuel Bernardes – Nova Floresta.
b) Pe. Francisco Manuel de Melo – Carta de Guia aos Casados.
c) Antônio José da Silva (O Judeu) – Guerras do Alecrim e da Manjerona.
d) Manuel de Souza Coutinho (Frei Luís de Sousa) – História de São Domingos.
e) Sóror Mariana D’Alcoforado – Cartas.
f) Felix Renascido e Postilhão de Apolo – Coletâneas de Poesias seiscentistas portugueses.
g) Pe. Vieira – Poemas à Virgem Maria.
5 – (ENC-SP):
O pregador há de ser como quem semeia, e não como quem ladrilha ou azuleja. Ordenado, mas como
as estrelas. Todas as estrelas estão por sua ordem; mas é ordem que faz influência, não é ordem que faça
favor. Nãofez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de
palavras. Se de uma parte está branco, de outra há de estar negro; se de uma parte está dia, de outra há de
estar noite; se de uma parte dizem luz, da outra hão de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da
outra hão de dizer subiu.
No fragmento acima, pertencente ao Sermão da Sexagésima, o padre Antônio Vieira mostra uma
tendência muito comum em sua obra:
I – Uso das antíteses com o propósito deliberado de equilibrar os anseios espiritualistas e
teocêntricos da Idade Média com os materialistas e antropocêntricos do Renascimento.
II – Critica os exageros formais dos pregadores cultistas, que usavam e abusavam das antíteses, tornando o
estilo obscuro.
III – Defende o apuro formal dos pregadores gongoristas, vendo nele uma forma mais adequada de
convencere converter o fiel.
Interpreta corretamente o que se afirma apenas em:
1 – Barroco.
2 – Arcadismo.
3 – Romantismo.
( ) Exacerbação do sentimento, envolto numa visão de amor idealista.
( ) Visão dualista do universo, refletida numa linguagem essencialmente antitética. ( ) Expressão constante e quase
monótona da fugacidade da vida.
( ) Ênfase na incorrespondência amorosa das tiranas donzelas.
( ) Sobre exaltação da beleza feminina, superior aos elementos da natureza.
De cima para baixo, a resposta correta é: 3, 1, 1,
a) 2,
1.
b) 2, 1, 1, 3, 2.
c) 1, 3, 2, 1, 2.
d) 3, 1, 2, 2, 1.
e) 2, 1, 2, 3, 1.
O uso dos verbos costuma provocar dúvidas frequentes. Algumas delas são oriundas da oralidade, já que a gramática
normativa prescreve o uso correto dessa classe de palavras na modalidade escrita. Muitas pessoas transferem para a
escrita a maneira coloquial com que se expressam na fala e aí... é problema na certa!
Por apresentar certo grau de complexidade, o estudo dos verbos merece atenção especial. Fiquemos atentos a duas
situações especiais do uso dos verbos.
* Modo subjuntivo: esse modo verbal pode ser facilmente confundido com algumas conjugações do modo
indicativo. Por ser alvo de dúvidas frequentes, os falantes tendem a abandonar o subjuntivo, dando lugar a
outro tipo de construção, especialmente no que diz respeito à modalidade oral. Observe:
Acredito que ela vai à escola
amanhã. Acho que o professor está
de folga
Por se tratar de duas suposições, o modo subjuntivo deveria ter sido empregado, pois, nas orações subordinadas,
ele expressa sentimento, hipótese, probabilidade ou incerteza. Observe as frases do exemplo devidamente
corrigidas:
Acredito que ela vá à escola
amanhã. Acho que o professor esteja
→ Importante: Lembre-se de quede folga.esteje e seje, não existem, portanto,
as formas
nada de usá-las!
* A troca do futuro do pretérito pelo pretérito imperfeito do indicativo: A conjugação verbal provoca dúvidas
constantes, especialmente quando os verbos deveriam estar no futuro do pretérito imperfeito. Observe os
exemplos:
Se a professora não explicasse, eu fazia errado.
Se eu quisesse, eu ia ao teatro.
O correto, no entanto, é:
Se a professora não explicasse, eu faria errado.
Se eu quisesse, eu iria ao teatro.
O uso do pretérito imperfeito do indicativo no lugar do futuro do pretérito pode ser
considerado também um tipo de arcaísmo, já que essa construção era admitida e continua em uso no
português falado em Portugal. No Brasil, essa substituição ganha conotação de coloquialidade, portanto, na
dúvida, prefira à norma culta, especialmente na língua escrita.
QUESTÃO 1
Assinale os períodos cujos verbos destacados estão no modo subjuntivo:
II. É necessário que nos preocupemos com camadas sociais menos favorecidas;
III. Nem todos sabem sobre a importância da ação do homem sobre a natureza;
V. Ela poderá brincar caso termine a tarefa antes do anoitecer. Estão corretas:
a) Todas as alternativas.
b) Apenas III e IV.
c) I, II e V.
d) II, III e V.
e) Apenas II e
V. QUESTÃO 2
Assinale os períodos cujos verbos destacados estão no modo indicativo:
I. Os alunos entendem a importância da preservação dos recursos naturais para as gerações futuras.
III. É importante que todos saibam sobre a importância da ação do homem sobre a natureza.O voo fez
duas escalas antes de chegar ao Brasil.
b) Apenas I e II.
c) Apenas IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e V.
Referência: https://www.todamateria.com.br/barroco/
https://www.portugues.com.br/literatura/arcadismo.html
https://armazemdetexto.blogspot.com/2017/08/barroco-e-arcadismo-questoes- de.html