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FUNÇÕES NEUROLÓGICAS II

PARTE I
Conteudista
Prof.ª Dr.ª Rita de Cassia M. Moreira
Aprendendo, armazenando e lembrando

Pareço reconheçer seu rosto


Obsessivo, familiar, mas parece que eu não consigo encaixá-lo
Não consigo encontrar a luz do pensamento para iluminar seu nome
Memórias estão me alcançando
Todas essa mudanças acontecendo, gostaria de poder vê-las acontecer
Mas ninguém nunca me levou
Corações e pensamentos desaparecem... somem
(...) Eu juro que reconheço sua respiração
Memórias, assim como digitais, vão aparecendo devagar
Você não se lembraria de mim, porque eu não sou mais o mesmo
(...) Corações e pensamentos desaparecem... somem
Música Elderly woman behind the counter in a small town de Pearl Jam

O comportamento é resultado da interação das nossas predisposições


genéticas com o que aprendemos sobre o ambiente. Parte dessa equação,
nosso material genético é composto por milhares de genes. Mas o que é um
gene? A definição mais utilizada diz que gene é um fragmento do nosso DNA
responsável por produzir uma única proteína. Mas existe uma outra definição
que Matt Ridley coloca no seu livro: “O que nos faz humanos” que eu acho
mais interessante para nossa discussão. Para Ridley, genes são a forma que o
organismo apresenta para aprender com o ambiente. Isso porque nossos
genes são iguais em todas as células do nosso corpo, mas eles podem estar
ativos ou inativos.
Quando nossos genes estão ativos, dizemos que eles foram expressos.
Por exemplo, o neurônio é uma célula do sistema nervoso. Apesar de os
neurônios apresentarem os mesmos genes que as outras células do nosso
corpo, por exemplo células do nosso fígado, os neurônios são diferentes das
células do fígado porque eles apresentam um grupo de genes expressos que
as células do fígado não expressam. Não é possível transformar um neurônio
em uma célula do fígado, porque ele já se especializou, adquirindo forma e
fisiologia próprias para sua função. Mas isso não quer dizer que nossas células

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são totalmente estáveis. Pelo contrário, a maioria delas muda a expressão
genética constantemente. Essa mudança na expressão dos genes em resposta
ao ambiente forma a base do aprendizado e da memória, mecanismos
essenciais pelos quais os organismos, principalmente organismos complexos
como os seres humanos, aprendem a interagir com o ambiente.
O aprendizado é o processo pelo qual adquirimos conhecimento sobre o
que nos cerca. Já a memória é o processo pelo qual esse conhecimento é
armazenado e, mais tarde, recuperado (KANDEL et al., 2000).
Tanto para o aprendizado como para a memória, dois mecanismos
citados nas aulas anteriores são essenciais. São eles a Potenciação de Longo
Prazo (LTP) e a Depressão de Longo Prazo (LTD). Os neurônios se
comunicam por acoplamentos elétricos e por mensageiros químicos chamados
de neurotransmissores. No caso dos mamíferos, os acoplamentos elétricos são
mais raros, sendo a neurotransmissão o principal mecanismo pelo qual a
informação é passada de um neurônio para o outro. Um dos principais
neurotransmissores presentes no nosso sistema nervoso é o glutamato. O
glutamato é um neurotransmissor excitatório, isso quer dizer que, ao liberar
glutamato nas sinapses, o neurônio aumenta as chances de que o outro, ou
outros neurônios que fazem parte daquela sinapse sejam ativados.
Para que o neurônio receba o glutamato, ele precisa de receptores
específicos para esse neurotransmissor, como os receptores AMPA, NMDA e
metabotrópicos. Quando o foco são as sinapses, acredita-se que o
aprendizado ocorre quando a ligação sináptica é reforçada pela atividade pré- e
pós-sináptica. Por exemplo, em relação ao glutamato, ocorre aumento da
liberação deste neurotransmissor, assim como ocorre o aumento da resposta e
da expressão dos receptores NMDA e AMPA. Como pode ser visto na Figura 1,
embora ambos produzam respostas excitatórias, os receptores AMPA
produzem respostas rápidas e breves, enquanto os receptores NMDA e
metabotrópicos produzem as respostas lentas e sustentadas que participam do
aprendizado.
Após um conjunto de estímulos, os três tipos de receptores ficam ativos
fazendo com que concentração de íons de cálcio aumente dentro das células.
São as altas concentrações de Ca2+ que medeiam mecanismos intermediários

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(como a ativação da proteinoquinase C) resultando na fosforilação dos
receptores AMPA. Os mecanismos intermediários modificam a expressão
gênica, promovendo mudanças excitatórias de longo prazo na resposta
neuronal (Fig. 1).

Figura 1. Transmissão normal e depois de estímulos condicionados. (A) Na


transmissão normal, apenas os receptores AMPA estão ativos. Essa ativação
geralmente não resulta em modificações de longo prazo. (B) Depois de um conjunto
de estímulos condicionados, a expressão gênica é modificada, causando a
Potenciação de Longo Prazo que é base do aprendizado e da memória (Modificado de
RANG & DALE, 1997).

Você não precisa decorar todos os passos neuroquímicos da LTP. O que


eu gostaria que você entendesse neste momento é que para gerar a
Potenciação de Longo Prazo, é necessário que exista uma modificação na
expressão dos genes. Essa modificação faz com que os neurônios retenham a
informação aprendida por tornarem-se mais facilmente ativáveis. Caso você
queira se lembrar de alguns aspectos químicos da LTP, guarde que ela envolve
os receptores de glutamato NMDA e metabotrópico, e que a mudança genética

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que ocorre facilita a liberação de íons de cálcio dentro da célula, o que deixa a
célula mais fácil de ser ativada.
Para o pesquisador argentino naturalizado brasileiro Ivan Izquierdo,
esquecer é tão importante quanto lembrar. Para Izquierdo, somente
“esquecendo” conseguimos lidar com os eventos negativos que muitas vezes
fazem parte da nossa vida. Neste contexto, a depressão de longa duração
(LTD) é essencial. De maneira geral, ela diminui a força da conexão entre dois
neurônios diminuindo a resposta dos receptores do neurônio pós-sináptico. A
extinção da associação de uma memória com o terror que ela causa (que seria
a base do tratamento do Stress Pós-traumático) se daria pela diminuição da
eficiência das conexões dos neurônios que fazem parte dessa associação.

Redes neurais e tipos de memória


Vamos sair do contexto neuroquímico da ligação entre dois neurônios e
pensar na memória e no aprendizado em relação às suas redes neurais.
Podemos definir memória como os processos de codificação, retenção e
evocação de informações que foram adquiridas durante a vida de um
indivíduo. A aprendizagem faz parte dos dois primeiros processos. Codificar
uma informação, em termos neuronais, quer dizer processar a informação,
associando-a nas diferentes áreas associativas do córtex cerebral; reter a
informação significa fortalecer (por exemplo pela LTP) os caminhos que essa
informação percorre; e evocá-la quer dizer, basicamente, fazer o caminho
inverso da retenção. Inverter o sentido de transmissão da informação formando
uma imagem semelhante à que foi feita durante sua aquisição.
Mas esses processos estão espalhados por todo o encéfalo? Ou existem
somente algumas áreas responsáveis por nossas memórias?
Tentando responder essa pergunta, na metade do século passado Wilder
Penfield aplicou estimulação elétrica no córtex de pacientes com epilepsia. Ao
estimular áreas no córtex temporal (perto das têmporas) os pacientes
apresentaram uma resposta experiencial, que seria algo como se eles se
lembrassem de uma experiência anterior. Esse experimento indicou que os
lobos temporais tinha alguma coisa a ver com nossas memórias. Mas o quê?

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Brenda Milner estudou o paciente H.M que teve grande parte dos lobos
temporais dos dois hemisférios removida a fim de evitar ataques epilépticos
que aconteciam há mais de dez anos. A cirurgia removeu o hipocampo e
regiões em torno dele. Após a cirurgia, o paciente apresentava linguagem
perfeita – incluindo um vasto vocabulário – e seu QI não havia sido alterado.
No entanto, apesar de H.M. conseguir se lembrar perfeitamente de eventos que
aconteceram antes da cirurgia, ele perdeu a habilidade de reter informações
novas por mais do que alguns minutos. Cirurgias semelhantes foram realizadas
em outros pacientes com o mesmo resultado. O fato de que pessoas com
lesões no hipocampo conseguem se lembrar apenas de eventos antes da
lesão, sugere que memórias temporárias permanecem nessa estrutura até
serem transferidas para outras áreas para a formação da memória de longo
prazo, ou seja, o hipocampo seria responsável por conter as memórias de curto
prazo e enviar a informação referente a essas memórias para a criação de
memórias de longo prazo em outras áreas do córtex cerebral.
Os experimentos com o paciente H.M. também indicaram outras
características da memória. A retirada bilateral de parte do lobo temporal
afetava somente tarefas que envolviam reflexão, consciência ou processos
cognitivos complexos. Esse tipo de memória recebeu o nome de memória
explícita (ou declarativa) que corresponde às nossas lembranças sobre
pessoas, lugares e coisas. Ela é evocada deliberadamente, é altamente flexível
e envolve a associação de múltiplas informações. Toda memória explícita pode
ser expressa em uma sentença declarativa. Por exemplo, “no aniversário de
independência do Brasil eu fui visitar meu tio”. O psicólogo Endel Tulving
dividiu a classificação da memória explícita em episódica (para eventos e
experiências pessoais, como a lembrança da visita ao meu tio) ou semântica
(para fatos como os que aprendemos na escola, como a independência do
Brasil em 07 de Setembro de 1822).
Para evocar o conhecimento de memórias explícitas, primeiro
processamos a informação referente a elas em áreas de associação polimodais
(que são aquelas que estudamos na Unidade 1 deste módulo: áreas de
associação anterior, posterior e límbica) que, como vimos, associam
informações visuais, auditivas e somáticas.

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A partir de lá, a informação é trasmitida em série por estruturas presentes
no lobo temporal. O caminho de entrada são os córtices para-hipocampal e
perirrinal. A partir dessas estruturas a informação vai para o córtex entorrinal,
giro dentado, hipocampo, subiculum e finalmente ela volta para o córtex
entorrinal (Fig. 2A). Depois de retornar ao córtex entorrinal, a informação faz
todo o caminho de volta até as áreas de associação (Fig. 2B).

Figura 2. (A) Estruturas do lobo temporal envolvidas na formação da memória. (B)


Caminho percorrido pela informação desde as áreas associativas do córtex cerebral,
passando por áreas do lobo temporal para o armazenamento temporário, até o retorno
às áreas de associação (modificado de KANDEL et al., 2000).

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Também aqui não é necessário que você se lembre dos nomes de todas
as estruturas. É importante que você leve em consideração que, após ser
recebida pelo sistema nervoso central, a informação é associada nas áreas de
associação e então direcionada para o lobo temporal, onde estruturas vão
armazená-la temporariamente. Entre essas estruturas, o córtex entorrinal tem
um papel primordial, uma vez que ele não é somente o local por onde a maior
parte das informações chega ao hipocampo, como também é o local por onde a
informação do hipocampo é transferida para outras áreas. Dessa forma, lesões
no córtex entorrinal causam danos na memória que prejudicam diversas
modalidades sensoriais. E é por isso que as maiores repercurssões
degenerativas do Alzheimer acontecem quando afetam essa estrutura.
Lembram-se do aprendizado sobre a palavra “cadeira”? Ao aprender a ler
a palavra “cadeira”, você utilizará alguns padrões dos caminhos neuronais que
a imagem, o cheiro, a textura de uma “cadeira” já utilizavam. Caminhos
percorridos nas áreas de associações uni e multimodais e cuja informação será
transferida para o hipocampo seguindo o caminho exposto na Figura 2B. Ao
retornar para as áreas de associação uni e multimodais, essa informação
poderá ser memorizada a longo prazo.
O papel do hipocampo e do resto do lobo temporal medial seria, portanto,
agir durante dias ou semanas para facilitar o armazenamento das informações
adquiridas. Armazenar a memória em etapas é essencial para (1) permitir que
os novos dados sejam armazenados sem prejudicar os dados existentes e para
(2) permitir que apenas os dados relevantes sejam memorizados.
A partir do momento em que consolidamos a formação de uma memória
nos córtex de associação, sua evocação é mais efetiva e confiável quando
ocorre no mesmo contexto no qual a informação foi adquirida. Para que a
memória seja evocada, a informação armazenada deve ser transferida para a
memória de trabalho e ser foco da nossa atenção. Como citado, a informação
deve percorrer basicamente o caminho no sentido contrário ao de quando foi
armazenada. Nossas memórias, no entanto, não são totalmente acuradas. O
psicólogo Frederic Bartlett mostrou que nós fazemos edições e interpretações
nas informações iniciais tanto quando armazenamos uma informação como
quando a evocamos. Essas edições e interpretações são susceptíveis ao

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nosso estado emocional e ao contexto em que nos encontramos, uma vez que
utilizamos pistas do ambiente para reconstruir um evento passado (KANDEL et
al., 2000).

Memórias de longo prazo implícitas


Além das memórias explícitas, existem memórias implícitas (ou não
declarativas) que envolvem respostas motoras reflexas ou habilidades
perceptuais. A memória implícita é mais rígida, estando altamente associada
ao estímulo que a formou. O condicionamento pavloviano é um exemplo da
maior rigidez da memória implícita. Ao tocar, repetidas vezes, uma campainha
antes de entregar um alimento a um cachorro, por exemplo, o cachorro
associará os dois estímulos, fazendo com que ele comece a salivar logo após
ouvir o som da campainha. Essa associação, no entanto, está restrita aos dois
estímulos.
Memórias implícitas associativas são processadas por estruturas como o
cerebelo e a amígdala. O cerebelo está relacionado principalmente a memórias
sobre habilidades motoras. Quando você aprende a tocar violão, por exemplo,
parte do seu movimento é consciente. Mas ao se acostumar com o controle do
instrumento, você passa a controlar parte do processo inconscientemente.
A amígdala está relacionada à formação de memórias sobre conteúdos
aversivos. Quando nós nascemos, nossa amígdala já está formada e pronta
para reagir ao ambiente. O mesmo NÃO acontece com o hipocampo, que é
completamente formado em geral aos 2 anos de idade. Dessa forma, memórias
aversivas podem ser formadas sem que nós as relacionemos diretamente ao
contexto. A descoberta da diferença temporal entre a formação dessas duas
estruturas dá suporte às teorias Freudianas, uma vez que podemos responder
na nossa vida adulta a memórias traumáticas adquiridas na nossa infância pela
amígdala sem que nós possamos relacioná-las com contextos específicos.
Essa dissociação não acontece somente na infância. É provável que em
muitos momentos da nossa vida, nossa amígdala responda a estímulos que
não trazemos à consciência, formando memórias inconscientes ou mesmo
falsas memórias que seriam resultado da associação de uma resposta negativa
a um estímulo que não a causou.

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Animais também podem responder a estímulos do ambiente sem associá-
los. A habituação e a sensibilização são dois casos de memórias implícitas não
associativas. Na habituação, a resposta que temos a um estímulo é menor
conforme somos expostos a ele. Por exemplo, quando entramos em um
ambiente muito barulhento, conforme nos habituamos ficamos menos sensíveis
ao som. A sensibilização é o inverso da habituação e ocorre quando
aumentamos a resposta a um estímulo leve após sermos sensibilizados por um
estímulo abrupto. Por exemplo, caso você dê um grande gole em um líquido
quente, queimando a língua, provavelmente responderá de forma exagerada
ao beber o líquido novamente mesmo após esperar esfriar. Tanto a habituação
como a sensibilização ocorrem em praticamente todos os tipos de animais,
mesmo aqueles com sistema nervoso bastante primitivo.

Figura 3. Tipos de memória de longo prazo (modificado de KANDEL et al., 2000).

Aprendendo a sobreviver
Por muitos anos, os behavioristas acreditaram que o aprendizado poderia
ser induzido simplesmente pela associação de dois estímulos arbitrários, como
se nós nascêssemos sem nenhuma predisposição genética. A famosa frase de
Watson mostra a visão behaviorista de meados do século passado:
Dê-me uma dúzia de crianças saudáveis, bem formadas,
e meu próprio mundo especificado para trazê-las, e eu garanto
tomar qualquer uma aleatoriamente e treiná-la para se

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transformar em qualquer tipo de especialista que eu escolher -
médico, advogado, artista, comerciante e até mesmo mendigo
e ladrão, a despeito de seus talentos, inclinações, tendências,
habilidades, vocações e raça de seus antepassados.
(WATSON, J.B. Behaviorism, 1930, p. 82)

Como tem sido mostrado por pesquisas mais recentes, animais


geralmente aprendem a associar estímulos que são relevantes para a
sobrevivência e reprodução. Embora a capacidade comportamental humana
seja infinita, as probabilidades que apresentamos para aprender determinados
comportamentos não são as mesmas. Uma vez que aprender significa mudar a
expressão gênica, genes diferentes resultam em formas diferentes de
aprendizado.

O stress também apresenta um papel essencial na formação da memória.


O cortisol, um dos principais hormônios relacionados à resposta ao stress, é
um dos mediadores desse mecanismo. Em situações estressantes sutis, os
mecanismos que auxiliam a formação de memórias tornam-se mais eficientes,
assim como os mecanismos que nos ajudam a evocar memórias relevantes
para lidar com a situação. São esses mecanismos que fazem com que a
discussão de um tema seja uma metodologia mais eficiente para o aprendizado
do que as aulas convencionais. Durante uma discussão amigável seu corpo
fica mais ativo, os níveis de cortisol mais altos, e sua memória, assim como
outros processos cognitivos, funciona melhor. Por outro lado, níveis de cortisol
muito elevados – ou seja, situações altamente estressantes – prejudicam a
formação e a evocação da memória.
Esses mecanismos podem ser explicados pelo fato de que o cortisol
apresenta dois tipos de receptores: os receptores do Tipo I
(mineralocorticóides) e os receptores do tipo II. Em baixas concentrações – ou
seja, em respostas sutis ao stress – os receptores do tipo I são ativados,
aumentando nossa capacidade cognitiva. Em situações muito estressantes os
receptores do tipo II são ativados, dificultando a formação e a evocação da
memória.

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Outro processo importantíssimo para a formação da memória é o sono.
Durante o sono, nosso cérebro apresenta diferentes ciclos com padrões de
ondas distintos (aprenda mais sobre os padrões de onda cerebral na leitura
complementar dessa aula).

Figura 15. Ciclo do sono (à esquerda) e tipos de ondas relacionadas ao estado de


alerta (à direita).

O sono REM, antigamente chamado de sono paradoxal, apresenta um


padrão de ondas parecido com o que ocorre quando estamos acordados. REM
é uma sigla para movimentos rápidos dos olhos. Movimentos que podem ser
observados durante esta fase do sono que acontece, normalmente, de quatro a
cinco vezes por noite. É durante o sono REM que os pesquisadores acreditam
que a informação processada durante o dia é reprocessada, auxiliando a
consolidação da memória e a preparação do indivíduo para atividades
cotidianas. Sendo assim, a diminuição da qualidade do sono causa, a longo
prazo, diminuição da capacidade de formação da memória.
Espero que vocês tenham gostado da aula dessa semana, e que tenham
uma boa noite de sono para ajudar a memorizar tudo o que foi discutido aqui.
Até a semana que vem!

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BIBLIOGRAFIA

KANDEL, E. R.; SCHWARTZ, J. H.; JESSELL, T. Principles of Neural


Science. 4. ed. New York: McGraw-Hill, 2000.

RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M. Farmacologia. 3. ed. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.

RIDLEY, M. 2004. O que nos faz humanos: genes, natureza e


experiência.Rio de Janeiro: Record.

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