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CDD 665.542
www.ibp.org.br
REVISÃO GERAL
• Roberto Odilon Horta
• Lisandro Gaertner
1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2 Aplicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3 Documentos de Referência . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4 Nomenclatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
5 Definições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Informações Necessárias. . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Normas de Segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Instrumental de Rotina . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Instrumental Especial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Equipamentos Auxiliares . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Inspeção Visual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
15 Reparos em Tanques . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
16 Registros e Relatórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Nomenclatura utilizada para tanques de teto fixo . 12
2 Aplicação
Aplicável para tanques para armazenamento de hidrocarbonetos
em serviço, instalados na superfície e localizados em plantas ou ter-
minais da Indústria do Petróleo e Gás. Estes tanques geralmente são
construídos e projetados pelos códigos API 620 e API 650.
3 Documentos de Referência
99Normas API 650, 653, 353, 580, 650, 579, 575, 581, 620;
99Normas ASTM D 86, D 610, D 659, D 661 e D 714;
99API RP 651;
99NACE RP 01-93;
99ABNT NBR NM ISO 9712;
99Apostila de Tanques de Armazenamento do professor Stenio Mon-
teiro de Barros;
99Guia de Tanques de Almacenamiento – ARPEL.
4 Nomenclatura
A seguir detalhamos a nomenclatura utilizada para elaboração des-
te Guia.
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Figura 1 – Nomenclatura utilizada para tanques de teto fixo
(fonte: apostila do Professor Stenio Monteiro de Barros).
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Figura 3 – Nomenclatura dos componentes da base do tanque
(fonte: apostila do Professor Stenio Monteiro de Barros).
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Figura 5 – Teto flutuante com chapas duplas – double deck
(fonte: apostila do Professor Stenio Monteiro de Barros).
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4.1.2 Tanques de Teto Flutuante
São tanques onde o teto flutua sobre o líquido armazenado. São
utilizados com o propósito de reduzir perdas por evaporação. Estes
tanques exigem algum tipo de selagem para o espaço anular entre
teto e costado. Conforme o aspecto construtivo adotado para o teto,
podem ser subdivididos em Tanques com Teto flutuante simples, com
flutuadores ou com dupla chapa.
5 Definições
ACFM – Técnica utilizada para detecção de descontinuidades superfi-
ciais baseada em medição de campo magnético de fuga.
Ancoragem – Sistema utilizado para fixação do tanque à sua base.
Anéis – Segmentos metálicos concêntricos que quando unidos formam
o costado do tanque.
Anodo de Sacrifício – Massa metálica utilizada para proteger estru-
turas metálicas enterradas ou submersas. O anodo se consome prefe-
rencialmente ao metal que protege.
Boca de Visita – Orifício flangeado para acesso de pessoas ao interior
do tanque ou do teto flutuante.
Calcinação – Também denominado como empoamento. É a degrada-
ção superficial das camadas de pintura provocada pela ação de raios
ultravioleta.
Condições de Operação –Parâmetros usuais que governam a operação
do tanque. São exemplos destes parâmetros o fluido armazenado,
temperatura, nível de líquido, etc.
Corrente Impressa – Sistema de proteção catódica que utiliza a in-
jeção de corrente elétrica para proteção de determinadas partes do
tanque.
Costado ou Casco – Componente vertical do tanque que contém o
fluido armazenado. Anéis concêntricos de aço unidos entre si que con-
têm o fluido armazenado pelo tanque e sustenta o teto.
Cupom de Corrosão – Placa de aço com dimensões e massa conhecida
que é exposta a um meio corrosivo para determinar a taxa de corrosão.
Deterioração – É a alteração das propriedades de um material ou
componente com consequente comprometimento de sua habilidade
em cumprir determinada função.
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END – Ensaio Não Destrutivo.
Falha – Quando um equipamento ou componente perde a aptidão para
executar uma função.
Fundo – Parte inferior plana do tanque que separa o fluido armaze-
nado do solo.
IBR (RBI) – Inspeção baseada no risco. Metodologia para gerenciamen-
to de inspeção que utiliza o risco de ocorrer acidentes como parâme-
tro para seleção e priorização das inspeções.
Inspeção Externa – Inspeção realizada nas partes acessíveis com o
tanque usualmente em operação.
Inspeção Interna ou Geral – Inspeção de todas as partes e componen-
tes acessíveis do tanque.
MFL – Técnica de Inspeção baseada na dispersão de fluxo magnético.
Pitting – Perda localizada de espessura onde o diâmetro da cavidade
é muito menor que sua profundidade.
Proteção Catódica – Método de proteção contra a corrosão de partes
do tanque fazendo com que estas se transformem em catodo de uma
célula eletroquímica.
Reparo – Atividade que restabelece as condições do tanque às condi-
ções originais de projeto.
Taxa de Corrosão – Perda de metal em um determinado período de
tempo.
Teste Hidrostático – Ensaio que utiliza a pressão hidrostática de uma
coluna de líquido para aplicar uma solicitação de pressão num tanque.
Teto Flutuante – Tipo de teto que flutua no líquido armazenado.
Vida Residual – Período de tempo contado a partir do momento onde
é efetuado o cálculo até o final de vida do equipamento ou parte dele.
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99Verificar se ocorre algum tipo de deterioração ou avaria, qual a
sua extensão e até que ponto pode afetar a integridade do equi-
pamento.
99Certificar-se que o tanque opera dentro das condições de seguran-
ça estabelecidas no projeto.
99Garantir a continuidade da operação com o menor número possí-
vel de paradas imprevistas.
99Evitar as perdas decorrentes de uma parada de emergência de ou-
tras unidades de processo, em consequência de parada inesperada
do tanque – tais perdas podem ser altas.
99Reduzir os custos de manutenção e de operação.
99Manter o rendimento da unidade.
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b) Registros históricos de cada inspeção devem ser mantidos docu-
mentados para futura referência. Estes registros devem ser inde-
léveis e rastreáveis.
c) As inspeções devem ser executadas por profissional qualificado e
habilitado, podendo ser pessoal próprio ou contratado.
d) Por ocasião das inspeções, quaisquer anomalias já conhecidas
pelo proprietário devem ser reportadas ao profissional responsá-
vel para os trabalhos.
e) Todas as especificações, critérios e padrões gerais de aceitação
que possam vir a ser necessários (p. ex. descrição dos materiais,
espessura mínima, valores de ajuste de válvulas de segurança
e alívio, parâmetros do teste hidrostático, etc.), devem estar
prontamente disponíveis nestas ocasiões, evitando dúvidas e
equívocos.
f) As inspeções devem ser constituídas de exame interno, exame
externo e testes complementares. Cada uma destas etapas é des-
crita neste guia de forma resumida, como orientação apenas.
Cabe ao profissional responsável utilizar sua experiência e conhe-
cimento para determinar a extensão, abrangência e detalhamen-
to das verificações e ensaios a serem aplicados. É necessário que
sejam gerados relatórios escritos conclusivos sobre os exames re-
alizados e recomendações deles resultantes.
g) O profissional responsável deverá certificar-se de que todos os
reparos e modificações advindas das inspeções sejam executados
em conformidade com as normas e códigos de projeto e constru-
ção do tanque, conforme estabelecido pela legislação vigente.
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c) Consulta aos registros operacionais onde podem ser obtidas in-
formações sobre pressão anormal, vibrações, contaminação de
fluidos, vazamentos, etc.
d) Verificação das datas em que o tanque esteve operando e os perí-
odos em que esteve fora de operação.
e) Quando aplicável, análise de ciclos de enchimento e esvaziamen-
to e análise de ciclos térmicos.
O plano de inspeção para tanques de armazenamento deve ser re-
visto sempre que ocorrer, mudança de fluido armazenado, alteração
nas condições de operação, quando detectado mecanismo grave de
deterioração e no final da vida útil.
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8.2 Condicionamento do Tanque para Inspeção
Para que seja possível realizar uma inspeção geral de um tanque é
necessária uma preparação que consiste no seu esvaziamento, aber-
tura de todas as portas de limpeza, limpeza interna para remoção de
depósitos e incrustações, a fim de que se possa observar minuciosa-
mente o estado das superfícies metálicas e demais componentes.
É importante, porém, que o inspetor examine o interior do tanque
antes da remoção dos depósitos, porque sua forma e sua composição
muito podem dizer das condições de operação bem como de deterio-
ração, levando a medidas preventivas. Em determinadas ocasiões é
interessante colher amostras dos depósitos para análise química.
A limpeza mecânica e preparação das superfícies para inspeção e
ensaios deve ser feita pelos meios adequados e com máximo cuidado,
a fim de se evitar a abrasão excessiva dos componentes do tanque
e consequentes perdas de espessura. O jato de areia está proibido,
devendo-se utilizar de jato d’água (hidrojato de alta pressão).
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9.3 Equipamentos Auxiliares
99máquina fotográfica;
99lanternas;
99escovas de aço;
99raspadores;
99estiletes;
99sacos plásticos para coleta de amostras;
99papel de tornassol;
99trena.
11 Principais Mecanismos de
Deterioração de Tanques
São muitos os mecanismos de deterioração que podem atuar num
tanque de armazenamento. Os mecanismos irão depender das condi-
ções atmosféricas a que fica exposto, das condições operacionais do
tanque, dos materiais de construção e dados de projeto do tanque.
Os mecanismos de Deterioração usuais em tanques de armazena-
mento são:
99Corrosão atmosférica nas partes externas.
99Corrosão interna pelo contato com o fluido armazenado.
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99Corrosão dos componentes do teto por vapores do fluido.
99Corrosão do fundo e primeiro anel pela presença de água decan-
tada.
99Erosão, abrasão e erosão corrosão.
99Fadiga de material.
99Fratura frágil a baixa temperatura.
A tabela 1 detalha os principais mecanismos de corrosão que po-
dem acontecer em Tanques de Armazenamento:
Mecanismo de
Tipo de Dano Descrição
Deterioração
Corrosão pelo solo Perda uniforme de Ocorre preferencialmente na parte inferior das chapas
espessura do fundo. O solo contendo seus diferentes constituintes
e umidade é o eletrólito. A velocidade de corrosão de-
pende da quantidade de umidade e oxigênio e da pre-
sença de micro-organismos.
Desgaste abrasivo Perda uniforme de Desgaste resultante do atrito entre dois materiais sóli-
espessura dos. Geralmente ocorre em tanques de teto flutuante
na região onde o teto flutuante entra em contato com
as chapas do costado. O desgaste é mais intenso quando
o interior do costado não é pintado.
Corrosão galvânica Perda localizada de Ocorre quando dois materiais distintos estão eletrica-
espessura mente conectados na presença de um eletrólito. O ma-
terial mais anódico se consome, protegendo o material
catódico. Esse tipo de corrosão pode acontecer próximo
ao borne de conexão do aterramento elétrico.
Desgaste erosivo Perda uniforme de Desgaste que ocorre por impingimento de um líquido ou
espessura de um sólido (areia). Ocorre em tanques próximo a área
costeira ou próximo a conexões do tanque.
Corrosão pela ação Perda uniforme de Caso o tanque não tenha pintura interna ou a mesma
do produto armaze- espessura esteja deteriorada pode ocorrer corrosão na superfície
nado interna. Este tipo de corrosão é mais intensa nas chapas
do fundo em função da presença de água salgada no las-
tro. Também pode ocorrer severo desgaste das chapas
do teto quando o tanque contém produtos intermediári-
os com elevada concentração de contaminantes (os mais
frequentes são compostos de enxofre).
continuação
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Tabela 1 – Mecanismos de Deterioração em Tanques de Armazenamento (continuação)
Mecanismo de
Tipo do Dano Descrição
Deterioração
Corrosão Perda localizada de Ocorre quando a corrosão é provocada por ação direta
microbiológica espessura ou indireta de micro-organismos. Na maioria dos casos
os micro-organismos modificam o pH do eletrólito ou
produzem frestas (tubérculos) que geram corrosão por
aeração/concentração diferencial. Este tipo de corrosão
é mais frequente no fundo do tanque em regiões em
contato com o solo ou com a água decantada.
Corrosão sob isola- Perda localizada de Esse tipo de corrosão ocorre quando a água penetra por
mento térmico espessura falhas do isolamento térmico e atinge a chapa metálica
do tanque. A água proveniente de chuva ou umidade
atmosférica condensada carrega sais dispersos que vão
se acumulando e aumentando a concentração à medida
que a umidade evapora. Também pode ocorrer por dis-
solução de contaminantes (p. ex. cloretos) contidos no
material do isolamento térmico. Este tipo de corrosão
acontece preferencialmente quando a faixa de tem-
peraturas oscila entre 15 e 80 ºC. Quando a chapa do
tanque for de inoxidável austenítico esta corrosão pode
se manifestar na forma de trincas.
Corrosão seletiva Perda localizada de Tipo de corrosão eletroquímica onde um dos elementos
espessura que compõem uma liga se deteriora preferencialmente.
A dezincificação em latões é um caso típico deste pro-
cesso que não é frequente em tanques.
Corrosão por corren- Perda localizada de Corrosão que geralmente ocorre nas chapas do fundo de
tes de fuga espessura um tanque quando existe na proximidade fontes de cor-
rente elétrica contínua (proteção catódica, máquinas de
solda, trens eletrificados). O desgaste ocorre nos pontos
onde a corrente abandona o tanque.
Corrosão por aera- Perda localizada de Este tipo de corrosão geralmente está associado a fres-
ção e concentração espessura tas. As frestas podem ser originárias de projeto (sobre-
diferencial posição de chapas, arruelas, juntas, etc.) ou pode ser
provocada por depósitos, tubérculos, etc.
Em tanques é muito comum aparecer este tipo de cor-
rosão na região das chapas do fundo que tocam o solo.
Corrosão por pitting Perda localizada de Trata-se de um processo de deterioração altamente lo-
espessura calizado. Este tipo de corrosão é mais frequente quando
o material é aço inoxidável.
Fragilização por hi- Alteração metalúr- É um processo pouco comum em tanques, pois ocorre a
drogênio gica temperaturas altas. Neste processo o hidrogênio com-
bina com o carbono do material provocando perda de
resistência e de ductilidade.
Empolamento por Bolhas Neste fenômeno o Hidrogênio nascente penetra no ma-
hidrogênio terial e combina-se em determinadas partes internas
resultando em H2. Este processo aumenta a pressão in-
terna e provoca deformação do material.
Ataque a alta tem- São mecanismos do tipo oxidação, sulfetação e fluência
peratura que geralmente não ocorrem em tanques.
continuação
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Tabela 1 – Mecanismos de Deterioração em Tanques de Armazenamento (continuação)
Mecanismo de
Tipo do Dano Descrição
Deterioração
Fadiga Trincas Este tipo ocorre quando o material fica submetido a ci-
clos de tensão. Geralmente a ruptura ocorre após um
determinado número de ciclos em tensões inferiores ao
limite elástico e sem prévio aviso. Este fenômeno parte
da superfície do material em regiões onde exista pontos
de concentração de tensão.
Fratura frágil a baixa É um fenômeno catastrófico, pois a propagação é muito
temperatura rápida. Ocorre quando o material é tensionado abaixo
de sua temperatura crítica (para aços-carbono aproxi-
madamente 20 ºC). A maior parte destas fraturas se
propaga através dos grãos do material (transgranulares).
Em tanque o processo pode ocorrer durante testes hi-
drostáticos com temperatura ambiente baixa.
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Figura 7- Acúmulo de água pluvial sobre o teto flutuante de um tanque de armazenamento.
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Figura 9 – Detalhe do dreno articulado de um tanque de teto flutuante, mostrando os cabos
para ligação elétrica nas juntas.
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Tabela 2 – Inspeção Visual Externa de Tanques de Armazenamento
Isolamento térmico Buscar por pontos com falhas que permitam a entra-
da de umidade. Juntas, anéis de contraventamento
e partes próximas a conexões são propícias a falhas.
Caso o tanque fique muito tempo fora de operação
todo o isolamento deve ser removido, pois nestas
condições a corrosão pode ser intensa. Para tanques
de baixa pressão recomenda-se retirar partes do isol-
amento para verificação das condições da chaparia.
Pintura As principais falhas observadas são: bolhas, calcina-
ção ou empoamento, abrasão e erosão, fendas e pon-
tos de corrosão.
Proteção catódica Se o tanque estiver provido de Proteção catódica o
potencial deve ser medido e as instalações específi-
cas verificadas.
Aterramento elétrico Pode-se usar o martelo para verificar a integridade da
conexão que costuma apresentar problemas de dete-
rioração. O cabo deve ser desligado e então deve ser
medida a resistência de aterramento.
Escadas e plataformas de acesso Verificar quanto a deterioração de pintura e corrosão.
Atenção aos pontos de fixação. Pontos baixos onde a
água possa se acumular devem ser furados.
Válvulas de pressão e vácuo e válvulas Verificar possíveis deteriorações atmosféricas e a ob-
de alívio strução de orifícios por ninhos de pássaros e abelhas.
Base do tanque Esta região deve ser verificada com atenção. O es-
tado das ancoragens, aparecimento de fendas entre
as chapas do fundo e a base e deterioração da berma
são problemas frequentes. Atentar também para in-
dícios de recalque.
Inspeção do costado Verificar visualmente as chapas do costado com rela-
ção a presença de falhas na pintura, indícios de cor-
rosão e possíveis abaulamentos. Para tanques com anel
de contraventamento verificar a desobstrução dos fu-
ros de drenagem e eventuais processos corrosivos
Inspeção do teto Executar rigorosa inspeção visual acompanhada de
medições de espessura. Tanques de armazenamento
de produtos intermediários podem apresentar severa
corrosão nas chapas do teto. Tetos flutuantes po-
dem apresentar problemas de obstrução de drenos,
acúmulo de água pluvial e corrosão severa.
Bacia de contenção Verificar a integridade dos diques, sistemas de drena-
gem. Verificar indício de vazamentos e a integridade
de canaletas
Bocais e conexões do teto e costado Procurar por eventuais vazamentos ou corrosão exter-
na. Verificar a possibilidade de formação de compos-
tos cristalizados a partir do vazamento e condensação
de vapores do produto armazenado.
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Tabela 3 – Inspeção Visual Interna de Tanques
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12.4 Inspeção com Partículas Magnéticas
Técnica de ensaio não destrutivo que utiliza o acúmulo de partí-
culas ferromagnéticas em regiões onde ocorre distorções do campo
magnético. As distorções normalmente ocorrem onde há descontinui-
dades e defeitos abertos para a superfície.
O campo magnético é aplicado por aparelhos conhecidos como io-
ques. As partículas magnéticas podem ser coloridas ou fluorescentes.
Este ensaio é utilizado geralmente para a inspeção de cordões de
solda e com objetivo de detectar defeitos, particularmente trincas ou
outros defeitos alongados.
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comprovação dos defeitos localizados é feita com ultrassom. O grau
de deterioração é avaliado qualitativamente em relação à espessura
da chapa.
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A vida nominal de projeto dos tanques é de aproximadamente 25
(vinte e cinco) anos. Esse valor depende do código de construção e
montagem e de características específicas de cada tanque. A expe-
riência prática mostra que a durabilidade de tanques geralmente é
muito maior que a prevista em projeto.
Há registros de tanques em operação há mais de 50 (cinquenta)
anos e alguns que ultrapassaram 100 (cem) anos. Estes resultados
dependem substancialmente da forma como o tanque é operado, da
atmosfera e do produto armazenado e da eficiência das inspeções e
manutenção.
14 Frequência e Programação de
Inspeção de Tanques
Recomenda-se que os tanques sejam inspecionados nas seguintes
ocasiões:
99antes de entrarem em operação, quando novos;
99depois de reforma, modificações, conserto importante ou após te-
rem sofrido qualquer acidente;
99periodicamente, em função do tipo de atmosfera e produto arma-
zenado;
99após intervalos de inatividade de seis meses ou mais.
Os registros da última inspeção externa e interna realizadas deve
ser tomado como base para estabelecimento do prazo e das ativida-
des de inspeção que serão necessárias realizar.
Recomenda-se que o intervalo para a primeira inspeção não seja
superior a 10 (dez) anos. Nesta situação ainda não há histórico nem
um perfeito conhecimento dos mecanismos de deterioração do tan-
que e deve-se adotar um prazo conservador.
À medida que as inspeções sejam realizadas e o conhecimento mais
exato dos mecanismos de deterioração passam a ser conhecidos, es-
tes prazos podem ser ampliados tomando-se como referência os limi-
tes máximos recomendados pelos códigos de projeto.
Quando a taxa de corrosão é conhecida e monitorada pode-se esta-
belecer como prazo limite 20 (vinte) anos. Caso o tanque seja objeto
de estudos de “Inspeção Baseada em Risco” (RBI – Risk Based Inspec-
tion) os prazos máximos podem ser de até 25 (vinte e cinco) anos.
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O prazo real de inspeção deve ser estabelecido e registrado no re-
latório de inspeção, pelo Profissional Habilitado (PH) responsável pela
inspeção do tanque.
15 Reparos em Tanques
Os tipos de reparo aplicáveis em tanques dependem do código de
construção e montagem, da natureza do reparo a ser feito, das condi-
ções locais e da experiência do profissional responsável. Caso neces-
sário, o fabricante do tanque deverá ser consultado; não faz parte do
escopo deste guia detalhar os reparos.
Conforme já mencionado no parágrafo anterior, após qualquer re-
paro que afete a estrutura dos componentes sujeitos a pressão, o
tanque deverá ser submetido a um ensaio de pressão hidrostática de
acordo com o respectivo código de construção do tanque.
O inspetor deve, ao final do relatório de inspeção, acrescentar uma
previsão de serviços e reparos necessários para a próxima parada do
tanque. Esta lista normalmente é debatida com o pessoal de operação
e produção e encaminhada para providência dos órgãos de manuten-
ção, na forma de documento conhecido como Recomendação de Ins-
peção (RI).
Algumas atividades são complexas podendo demandar muito tempo
de preparação e planejamento, inclusive tempo para aquisição de ma-
teriais e componentes necessários aos eventuais reparos e modificações.
16 Registros e Relatórios
Para cada tanque deverá ser mantido um prontuário, do qual de-
verão constar todos os registros de inspeção, incluindo os certificados
de fabricação, ensaios, análises, etc.
O resultado das inspeções deverá ser transcrito para relatórios in-
deléveis e rastreáveis.
Em formulário à parte deverá ser mantido controle das medidas
de espessura, tanto para as chapas do costado, do fundo e do teto,
calculando-se, para cada série de medidas, as consequentes taxas de
corrosão e a vida útil.
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