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RESUMO
Este trabalho apresenta a visão estratégica desenvolvida pelo Núcleo Softex de Juiz de Fora,
Lavras e Viçosa, voltada para o agronegócio, especialmente nos aspectos que motivaram a
organização do Curso de Gestão da Informação no Agronegócio e, a partir daí, na proposta de um
ambiente aberto de ensino à distância.
INTRODUÇÃO
Desde 1993 quando foi criado, o Núcleo Softex de Juiz de Fora, o Agrosoft, definiu sua
opção estratégica focada no fomento ao desenvolvimento do setor de informática aplicado à
agropecuária e ao agronegócio. A definição deste foco não inibiu que o Núcleo fomentasse também
empresas com produtos para outras áreas, como por exemplo, para a área de saúde e que tem no
Prodoctor e no Detalpro, hoje dois sucessos incontestáveis de vendas nascidos no Softex.
A definição deste foco vem permitindo que as empresas associadas usufruam desta estratégia
de modo compartilhado. O setor de software agropecuário, em que pese a pujança do agribusiness
brasileiro, ainda é relativamente pobre na uso da informática, quando comparado com outros
setores da nossa economia. Contribui para isso a benevolência de recursos naturais (clima, água e
terra) e a uma bem conduzida política de pesquisa conduzida pela Embrapa e pelas universidades
brasileiras, o que tem permitido proezas em termos de aumento da produtividade e incorporação de
novas áreas ao nosso estoque de terras agricultáveis, cujo o maior exemplo de sucesso se encontra
na produção agrícola dos cerrados brasileiros.
Entretanto, não é difícil perceber que apesar de todos estes recursos a disposição do setor
agropecuário brasileiro, há e haverá cada vez mais, uma saturação no uso dos mesmos, agravado
por nossa eterna carência de recursos financeiros (crédito a juros baixos e subsídios diretos e
indiretos), fartos nos EUA e Europa. As mudanças climáticas já são objeto de preocupações em
escala mundial; a terra é um recurso finito e há pressões internacionais muito fortes para que se
conserve a floresta amazônica ao máximo; a disponibilidade de água já dá sinais claríssimos de
esgotamento em algumas regiões brasileiras; e aliado a tudo isto, a população brasileira é cada vez
mais urbana e a sua taxa de crescimento anual global é cada vez menor.
A informática, apesar de ser uma tecnologia cujo uso não desperta os temores que as bio
manipulações despertam, seu uso requer uma adaptação cultural muito maior, tanto por parte de
quem usa quanto por parte de quem a produz. Basicamente ainda não está muito claro para os
agricultores e pecuaristas qual o ganho que o uso da informática pode trazer às atividades
agropecuárias. Contribui para isto, a abundância de fatores produtivos. Por exemplo, se a água
ainda é farta, porque se preocupar em racionalizar seu uso. A superação deste obstáculo passa
fundamentalmente por uma ação educativa que está em curso mas que precisa ser repensada.
Contribui para isto a formação universitária recebida pelos profissionais de ciências agrárias, quase
que exclusivamente voltada para melhorar a reprodução e o crescimento das espécies vegetais e
animais.
Este segmento, o da comunicação em grupo via Internet, ainda está num estágio primário de
desenvolvimento, não tanto por causa das questões tecnológicas mas muito mais por que não
aprendemos ainda a viver no novíssimo mundo da interatividade propiciada pela Internet. Tentando
explicar melhor, um evento (reunião, aula, etc.) virtual ainda é comparada ao evento presencial
congênere. Nossa postura no evento virtual ainda é como se estivéssemos no evento presencial.
Nossa mente fica constantemente "traduzindo" os nossos sentimentos e ações de um mundo para o
outro. Na verdade, chegará o dia em que o mundo virtual irá se incorporar ao nosso mundo sem
necessidade de "traduções" em tempo real. É mais ou menos o que acontece quando aprendemos
uma nova língua ao residir num outro país, no início ficamos traduzindo as palavras e frases, depois
de um certo tempo, nosso pensamento se dá na língua estrangeira, sem tradução.
CONCLUSÃO
Ao adotar uma política de fortalecimento tanto na direção da educação do profissional de
ciências agrárias quanto no desenvolvimento de uma plataforma aberta de ensino a distância, o
Agrosoft concentra seus esforços materiais e humanos em busca de uma estratégia que dê
visibilidade e resultados nestas áreas de seu foco, procurando beneficiar tanto o setor do
agronegócio quanto o setor de software.
REFERÊNCIAS
VILLELA, PAULO R. C. & Carvalho, Carlos A. (2001) UM AMBIENTE ABERTO DE
ENSINO A DISTÂNCIA PELA INTERNET. III Congresso da SBI-Agro, Foz do Iguaçu
(PR).
AGROSOFT - SOFTEX (2001). CURSO ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA
INFORMAÇÃO NO AGRONEGÓCIO (www.agrosoft.com.br/posgrad).