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As almas do purgatório me disseram: Do livro escrito por Maria Simma

07.02.2008 - Uma alma mística chamada Maria Simma de Sonntag, nasceu na Áustria
em 1915. Alma religiosa e mística foi favorecida de um carisma não muito raro na
história da Igreja e das almas eleitas. Esta pobre senhora que estivera em três conventos
onde passou um período de tempo, passou muito tempo ignorada segundo os planos de
Deus e encontrou, pouco a pouco, sob a guia do seu Diretor espiritual, Pe. Alfonso
Matt, a estrada da sua verdadeira vocação: o apostolado em favor das almas do
purgatório e o seu testemunho não pode deixar de nos convencer. Maria Simma, há mais
de 50 anos, é visitada pelas almas do purgatório. E que coisas dizem essas almas? Dão
advertências e notícias, pedem sufrágio e falam do sofrimento que elas passam no
purgatório (mesmo esperando alegremente encontrar-se cedo ou tarde no abraço de
Deus); revelam aos vivos a imensa possibilidade que esses têm de aliviar o sofrimentos
dos defuntos e de receberem em troca inumeráveis benefícios e ajuda para esta vida e a
outra. O testemunho de Maria Simma tem como objetivo nos fazer refletir sobre os
“novíssimos” (realidades futuras que nos aguarda após a morte) e quem sabe poderá
ajudar-nos a mudar os nossos hábitos e começarmos a viver de uma maneira diferente,
segundo a vontade de Deus. Sabemos que são muitos os canais que Deus se utiliza hoje
para falar ao mundo, aos seus filhos, para ajudá-los em suas necessidades espirituais.
Aproveitemos esta leitura e nos deixemos iluminar pelo Espírito Santo que age e fala
através de seus eleitos.

Padre Matteo La Grua


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As Almas do Purgatório me disseram...
Este é o titulo de um livro escrito por Maria Simma, uma senhora nascida na Áustria no
ano de 1915, na pequena aldeia de “Sonntag”, em família muito pobre. Segunda de oito
filhos, desde pequena rezava muito pelas almas, como a sua mãe. Teve a graça de
receber visitas de almas desde os seus 25 anos de idade, pelo resto de sua vida. Não
pretendemos resumir o livro, mas apenas mencionar alguns itens.
Pode parecer estranho, porém não é novidade na história da humanidade. Encontramos
uma série de relatos, inclusive feitos por santos canonizados, como o Santo Cura d’Ars,
São João Bosco, Santa Cata-rina de Gênoa (que escreveu muito a respeito), e muitos
outros. O mais interessante é que todos esses relatos são muito semelhantes um ao
outro.
A primeira alma veio à sua casa no ano de 1940, das 03 às 04 horas de madrugada. Diz
ela: Ouvi al- guém andando no meu quarto e acordei. Olhei para ver quem podia ter
entrado. Era um estranho, que andava lentamente. Perguntei severo “Como entraste?
Que coisa perdeste? Que fazes tu?” Mas como não me respondia, levantei-me de um
salto para segurá-lo, e toquei no nada... O homem havia desapa-recido. Voltei à cama e
de novo comecei a senti-lo. Outra vez me levantei para segurá-lo, mas de novo esbarrei
no nada. Perplexa voltei à cama. Ele não voltou, mas não consegui mais dormir. Aliás,
minha mãe dizia que desde pequena nunca tive medo de nada. Pela manhã, após a
Missa, encontrei-me com o meu Diretor Espiritual. Ele me disse: “Se tudo acontecer de
novo, não pergunte quem és, mas pergunte que coisa queres de mim?
Na noite seguinte, o mesmo homem retornou. Perguntei: “Que coisa queres de mim?”
Ele disse: “Manda celebrar três missas por mim e serei libertado.” Então compreendi
que era uma alma do purgatório. O meu Diretor Espiritual me confirmou. Aconselhou-
me a não rejeitar as almas do purgatório, mas de acolhê-las com generosidade. Por
alguns anos continuaram poucas visitas, mas depois vieram mais e mais. Muitas vezes
pedem Santas Missas por elas e de assistí-las. Pedem para rezar o Santo Rosário, a Via
Sacra ou outras orações em suas intenções.
QUE COISA É O PURGATÓRIO? Conforme contam as almas, é uma invenção
genial da parte de Deus. Imagina um dia lhe aparecer um ser extraordinariamente belo.
Ficaríeis fascinados e atônitos por esse ser de luz e beleza. Tanto mais que Ele
demonstra ser totalmente enamorado de vós. Queima já no vosso coração o fogo do
amor que vos faz querer abraçá-lo. Mas eis que vos dais conta que não sois lavados há
meses, tendes um mau cheiro, vos sentis horrivelmente feios... Então vós mesmos
direis: “Não, não é possível que me apresente neste estado. Preciso primeiro me lavar,
tomar um banho e depois tornar a vê-lo. O purgatório é exatamente para isto. Para o
pecador ter oportunidade de se purifi-car antes de abraçar Jesus.
Nenhuma alma do purgatório quer voltar para a terra, porque essas já têm um
conhecimento de Deus infinitamente superior ao nosso, e não querem mais retornar às
trevas deste mundo. Elas mesmas que decidem ir para o purgatório para se purificarem
antes de entrar no paraíso.
QUAIS OS PECADOS QUE LEVAM AO PURGATÓTIO? São os pecados contra a
caridade, contra o amor ao próximo, a dureza de coração, a hostilidade, a calúnia, sexo
livre, sim, todas essas coisas. Porém a maledicência e a calúnia são as mais graves, que
necessitam de uma longa purificação.
E COMO EVITAR O PURGATÓRIO? Ter um coração bom para com todos. A
caridade cobre uma multi-dão de pecados. Devemos fazer muito pelas almas do
purgatório, porque elas nos ajudam sempre. É preciso ter muita humildade. É esta a
maior arma contra o maligno. A humildade elimina o mal. Uma história contada por
Maria:
Conheci um jovem de vinte anos. Habitava um lugarejo vizinho ao meu. Este lugar foi
duramente castigado por avalanches que mataram grande numero de pessoas. Uma
tarde, quando se encontrava na casa de seus pais, inesperadamente veio um
desabamento terrível vizinho à sua casa. Ele ouvindo os gritos desesperados de socorro,
se levantou para prestar ajuda àquelas pessoas. A mãe, fechando a porta, disse: “Não! os
outros irão socorrê-los, não nós! Não quero que sejas um morto a mais.” Mas o jovem
disse: “sim, eu vou! Não quero deixá-los morrer assim!”. Mas eis que ele também, ao
sair, foi soterrado e morreu. Dois dias depois ele veio visitar-me durante a noite e me
disse: “Manda celebrar três missas por mim e serei libertado. Tive uma vida cheia de
pecados, mas pelo grande ato de amor, colocando em risco a minha própria vida, o
Senhor me acolheu assim tão depressa com benevolência. Sim, a caridade cobre uma
multidão de pecados.” Neste episódio se vê, como um só ato de amor des-interessado
foi suficiente para purificar este jovem de uma vida toda vivida no pecado. O Senhor
aproveitou este momento de amor para chamá-lo a si.
A SANTA MISSA é o meio mais eficaz para facilitar a libertação das almas do
purgatório, porque aí é o próprio Cristo que se oferece a Deus por amor a nós. Se em
vida tivermos rezado e participado das missas com todo coração, e durante a semana
tivermos vivido segundo o nosso tempo disponível, essas missas trarão um maior
proveito para nós quando morrermos, do que as que forem celebradas depois. Uma alma
do purgatório vê muito bem o dia do seu funeral, se se reza verdadeiramente por elas, ou
se simplesmente faz-se ato de presença ara mostrar que está lá. As almas dizem que as
lágrimas não servem de nada para ajudá-las. Ao contrário, serve muito a oração.
O SOFRIMENTO E O PURGATÓRIO: A primeira vez que uma alma me perguntou
se eu queria sofrer por três horas por ela, eu disse para mim mesma: “se é só por três
horas, vou aceitar”. Mas aquelas três horas me pareciam que duravam três dias, os
sofrimentos eram terríveis. Mas no final olhei para o relógio e vi que haviam passado
somente três horas. Esta alma depois me disse que por eu ter aceitado sofrer por três
horas, ela havia sido poupada de passar mais vinte anos no purgatório. Mas é possível?
Bem, quando se sofre sobre a terra, e ainda mais voluntariamente, podemos crescer no
amor de Deus. Isto não é o caso do sofrimento no purgatório, que serve somente para
purificar os pecados. Sobre a terra temos todas as graças, temos a liberdade de escolher.
INDULGÊNCIAS: As almas dizem que também as Indulgências têm um grande valor,
seja para liberta-ção delas, seja para nós. Talvez seja até uma verdadeira crueldade não
aproveitarmos esses tesouros que a Igreja nos propõe em favor das almas do purgatório.
É pouco sacrifício para muito proveito.
As almas do purgatório não podem fazer nada por elas mesmas. São totalmente
impotentes, e se os vivos não rezarem por elas, ficarão em completo abandono. Eis
porque é importante utilizar o imenso poder , incrível, que todos nós temos nas mãos
para ajudar a libertar as almas que sofrem. Esta é talvez a maneira mais bela de exercitar
a caridade.
REENCARNAÇÃO: As almas dizem que Deus nos dá uma só vida.
EXISTEM PADRES NO PURGATÓRIO? Sim, são muitos. Estão lá por não terem
ajudado aos seus fiéis a terem respeito pela eucaristia. Negligenciaram a oração e a sua
fé diminuiu. Porém, é também verdade que muitos mais foram diretamente para o céu.
EXISTEM CRIANÇAS NO PURGATÓRIO? Sim, mas para elas o purgatório não é
muito longo nem muito penoso, porque a essas falta o pleno discernimento.
PECADOS CONTRA A NATUREZA: As almas que eu conheci (do purgatório) não
se perderam, mas devem sofrer muito para purificar-se. Em todas as perversões está
presente a obra do maligno e, de um modo particular, no homossexualismo. Diria para
rezarem sobretudo a São Miguel Arcanjo, porque é ele, por excelência, quem combate o
maligno.
A PRÁTICA DO ESPIRITISMO: Não é boa. É sempre o diabo que faz mover as
coisas. Não é lícito chamar as almas. A mim elas vêm por permissão de Deus, eu não as
chamo. No espiritismo, invocam-se os espíritos, mas é o próprio demônio que vem
fingindo ser a alma deste ou daquele outro. Apresenta-se com falsa aparência, sem ser
chamado. Uma vez, uma alma veio encontrar-me e me disse: “Não deves acolher a alma
que virá depois de mim, porque ela te pedirá muito sofrimento. Tu não tens saúde para
aceitar aquilo que ela te pedir.” Fiquei perturbada, pois meu Diretor Espiritual me havia
dito que devo acolher com generosidade os seus pedidos. Pensei comigo: será que
aquele é o demônio? Fiz o sinal da cruz e disse àquele homem: “Se tu és o demônio,
vai-te!!!” De súbito soltou um forte grito e fugiu. E a alma que veio depois, era
verdadeiramente uma alma que precisava muito da minha ajuda, e a atendi.
OS BENS MAL ADQUIRIDOS: Fiquei mais conhecida, quando as almas começaram
a pedir-me para suplicar às suas famílias a fim de que restituíssem um bem adquirido
ilicitamente. Os familiares viram que o que eu dizia era verdadeiro. Muitas vezes as
almas vieram encontrar-me para dizer-me: “Vai a minha família, em tal lugar, e diz ao
meu filho, ao meu pai, ao meu irmão, para restituir tal propriedade, tal soma de
dinheiro, tal objeto, e eu serei libertada do purgatório quando estes bens forem
restituídos (porque eu participei do ato ilícito). E assim ficavam maravilhadas por eu
conhecer tudo. Fiquei conhecida, porque os jornais publicaram esses acontecimentos.
UMA PROPOSTA PARA TODOS: Tenho uma proposta para fazer a todos aqueles
que leram estes belos testemunhos. A proposta é esta: de tomarmos a decisão de
nenhum de nós ir ao purgatório. Isto é perfeitamente possível. Nós temos tudo nas
mãos. São João da Cruz disse que a providência de Deus provê sempre, na vida de todo
homem, a purificação necessária, a fim de que, quando chegarmos no momento da
morte, possamos ir diretamente para o Céu. A providência coloca nas nossas vidas
bastante contrariedades, provas, sofrimentos, doenças e faz com que esses meios de
purificação sejam suficientes para nos conduzir, se assim quisermos ir para lá (o Céu).
Mas porque são tão pouco utilizados? Porque nós nos rebelamos, não acolhemos com
amor, com reconhecimento, este presente valiosíssimo que são as provas e os
sofrimentos na nossa vida, e os perdemos por causa das nossas rebeliões e pela não
submissão. Agora, peçamos ao Senhor, a graça de saber acolher verdadeiramente cada
ocasião, a fim de que no dia da nossa morte, Jesus nos veja resplandescentes de beleza e
de pureza.
Certamente se nós decidirmos isto, não digo que o caminho será fácil, pois o Senhor
jamais disse que seria, jamais prometeu a facilidade, mas o caminho será na paz e será
um caminho de encontro e felicidade, isto sim. O Senhor estará conosco, sobretudo se
quisermos aproveitar o tempo que nos resta aqui na terra, tempo este tão precioso,
durante o qual nos é agora concedido crescer no amor, enquanto que as almas do
purgatório não podem fazer mais nada por si mesmas. Cada ato de amor que nós
oferecermos ao Senhor, cada pequena renúncia, cada pequeno jejum, cada pequena
privação, cada luta contra nossas tendências e contra os nossos defeitos, os pequenos
perdões aos nossos inimigos, em suma, todas as pequenas coisas que possamos oferecer,
será para nós, mais tarde, um ornamento, uma jóia, um verdadeiro tesouro para a
eternidade.
Agora acolhamos cada ocasião para sermos belos como Deus deseja desde já que o
sejamos. E se víssemos em plena luz, o esplendor das almas puras, o esplendor de uma
alma que é purificada, nós choraríamos de alegria, de maravilhados, tanta é a sua beleza.
Uma alma humana é qualquer coisa de esplendido diante de Deus, e é por isto que Deus
nos deseja perfeitamente puros. A nossa pureza não consiste em não havermos cometido
jamais erros, mas em saber arrepender-nos dos que cometemos e em sermos humildes.
Vejam! Isto é muito diverso. Os santos não são pessoas impecáveis, mas são aquelas
que sabem levantar-se e pedir perdão, cada vez que caem.
Agora, acolhamos também, nós todos, esses maravilhosos meios que o Senhor colocou
em nossas mãos para ajudar as almas do purgatório, que ainda sofrem por não terem
chegado até Deus. Não esqueçamos que a oração das crianças tem um poder imenso no
coração de Deus. Ensinemos as crianças a rezarem. Lembro-me de uma criança da qual
haviam falado as almas. No final, haviam dito: “Agora tu rezas pelas almas de todos os
teus familiares e de todos os teus amigos que já morreram. Não queres tu andar diante
de Jesus para rezar por elas?” Ela foi diante de Jesus e cinco minutos depois retornou e
eu lhe perguntei “Que coisa pediste ao Senhor?” Ela me respondeu: “Eu pedi para
libertar todas as almas do purgatório!” Esta resposta me deu tanta ternura, porque eu fui
um pouco mesquinha na minha pergunta. A pequena em vez, entendeu rápido que coisa
precisava pedir. As crianças têm ver-dadeiramente esta sensibilidade imediata, e têm
muito poder sobre o coração de Deus.
Queria dizer também que os aposentados, e todos aqueles que têm o tempo livre,
andassem mais assiduamente à Santa Missa. Poderiam acumular sufrágios não somente
para eles, mas também para os seus falecidos e por milhares e milhares de almas. O
valor de uma só Missa é incomensurável. Ah, se todos se dessem conta!
Quantas riquezas nós perdemos, por causa da nossa ignorância, da indiferença, ou
simplesmente pela nossa preguiça!
E dizer, que temos em nossas mãos o poder de salvar os nossos irmãos, tornando-se nós
mesmos co-redentores, junto com Jesus nosso salvador e redentor! (ass.) Maria Simma.

Elaborado em fevereiro de 2008: K.W. Lay, Laykw@terra.com.br

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