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Delimitação
Setor do ordenamento jurídico que define crimes, comina penas e prevê medidas de
segurança aplicáveis aos autores das condutas incriminadas (Cirino)
FINALIDADE PREVENTIVA:
O papel preventivo do Direito Penal pode se dar a titulo de prevenção geral (impacto na
comunidade) e Especial (no apenado)
Prevenção geral – negativa – temor das pessoas que potenciais criminosos terão quando a
pena é aplicada (inibitório). – Positiva – Reafirmação da ordem jurídica
FINALIDADE SUBSIDIÁRIA
Direito penal como ultima ratio, somente lesões especialmente graves aos bens jurídicos
FRAGMENTARIADADE
*Bittencourt: Lesividade exige perigo ou lesão ao bem; ofensividade exige que seja lesão
significativa (relacionado a insignificância)
Jakobs – não serve pra delimitar a atuação do legislador, só a const pode fazer. Reforçar nas
pessoas a confiança no sistema jurídico
BEM JURÍDICO
Luis Greco - Duplo aspecto – realidade necessária p o bem estar dos indivíduos e para
subsistência do sistema social
Bem jurídico: Abstrata (ex: patrimônio), objeto material: algo concreto. (ex: celular)
Teleologica – interpretação dos tipos penais. Ex: “Qualquer vantagem”, precisa interpretar a
partir do bem jurídico tutelado
Consequencias do conceito de BJ
- ñ pode punir um modo de ser (direito penal do autor) *direito penal do fato: pune conduta;
*direito penal do autor: pune um modo de ser da pessoa. Vadiagem é contravenção penal do
direito penal do autor. Antidemocrático e retrógrado.
A2) proibições que não afetem um bem jurídico (apesar de não expressamente prevista na CF,
a lesividade advem da dignidade humana; o homem não pode ser “coisificado” ao sofrer uma
punição. A punição penal só é compatível com a dignadade humana se tiver interesse de
proteger bens jurídicos de todas as pessoas. Se vc admitir punir o sujeito sem q ele tenha
lesionado bem jurídico, vc o está “coisificando”.
Será que para algo ser um bem jurídico penal, deve estar previsto na CF?
2c – Basta que seja compatível com os princípios, pois a CF não tem como prever todos os bens
passiveis de tutela (Greco, Marinucci). Ex: Fé Pública
Seria uma eventual legalização do aborto inconstitucional por proteção deficiente a um bem
jurídico previsto na CF?
1c: Existem mandados de criminalização extraídos da CF, portanto leis que fragilizem muitos BJ
previstos na CF seria inconstitucional (Feldens) (Proibição do abolicionismo penal, não
revogação de normas q incriminam condutas previstas na CF. Se p fatos menos graves há
mandado expresso, pros mais graves tb deve haver (ex. retenção de salário). Principio da
proporcionalidade e eficácia objetiva dos DF.
2c: A cf prevê a necessidade de proteção do bem jurídico, mas não como deve ser protegido.
Logo, o modo de proteger esses bens está dentro da esfera de discricionariedade do legislador
(adm, civil...) Não cabe ao judiciário dar a palavra do modo como esses bens jurídicos são
protegidos. O legislador é quem detém a legitimidade democrática
STF: Admite a proteção deficiente como algo válido (305 do CTB) e homofobia (ana Paula
considera aberração jurídica tal criminalização pelo STF), pois estendeu um mandado de
criminalização a hipótese não prevista em lei, sendo in malan partem
Pseudobem jurídico coletivo (junção de vários bens individuais) ex: saúde pública, pois é a
junção de todas as pessoas. O problema é que são usados como discurso de legitimação para
penas mais altas que os bens jurídicos individuais. Ex: Lesão corporal gravíssima x trafico de
drogas. Pena mais alta desse último sob a ótica do “bem coletivo”