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LEI EUSEBIO DE QUEIROS

Alguns anos antes, a Inglaterra criou a Lei Bill Aberdeen e


proibiu o comércio de escravos. Inseridos no contexto da Revolução
Industrial, os ingleses estavam interessados no fim da escravidão,
principalmente, para aumentar o mercado consumidor dos seus produtos
industrializados.
Não que o escravo fosse comprar seus produtos, mas em vez do
fazendeiro gastar dinheiro com escravos, ele poderia adquirir produtos
ingleses. Sendo assim, a Inglaterra pressionou o Brasil até que
foi instaurada a Lei Eusébio de Queirós.
A lei não surtiu efeito nos primeiros anos, dando origem ao dito
popular “lei para inglês ver”. Porém, a partir de 1870, a Inglaterra
aumentou a fiscalização e a prática diminuiu consideravelmente.
Como resultado, o tráfico ilegal ganhou forças e aumentou o tráfico
interno de escravos. De qualquer forma, esse foi o primeiro contato com
ideias relacionadas ao abolicionismo.
LEI DO VENTRE LIVRE

Considerada por muitos a primeira lei abolicionista, a Lei do


Ventre livre permitia a liberdade para filhos de escravos. Na prática, não
era tão simples assim.
Quando um filho de escravo nascia, existiam dois destinos para ele:
continuar na casa do senhor (dono dos escravos) ou enviar a criança
para o Governo.
Como muitas famílias queriam continuar juntas e como o
senhor não tinha mais responsabilidade sobre a criança, eles eram
aceitos sob a condição de, após atingir a maioridade com 21 anos, ter de
pagar a dívida por ter crescido, se alimentado e vivido na fazenda – eles
pagavam essa dívida com o próprio trabalho.
Ainda assim, a Lei do Ventre Livre foi um passo importante
para a abolição da escravatura no Brasil, pois começou a fomentar
debates e a sociedade começou a pressionar as autoridades para o fim
dessa prática.
LEI DOS SEXAGENARIOS

Aconteceu a mesma coisa com a Lei do Sexagenário que


havia acontecido com a Lei do Ventre Livre: do ponto de vista
econômico, não mudou muita coisa. Mas ela foi mais um passo político.
De acordo com a lei, escravos com mais de 60 anos eram
livres. Porém, como esses escravos eram submetidos a trabalhos
exaustivos e em péssimas condições, dificilmente eles conseguiam
atingir essa idade.
O ponto positivo dessa lei foi que, mais uma vez, o tema foi
levado às autoridades e discutido, resultando em avanços no
abolicionismo. A cada vez que uma nova lei era criada, mais a população
se acostumava com a ideia e defendia o abolicionismo.
LEI AUREA

Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assinou a lei


Áurea que aboliu a escravidão no Brasil. "Áurea" quer dizer "de ouro"
e a expressão refere-se ao caráter glorioso da lei que pôs fim a essa
forma desumana de exploração do trabalho. Em território brasileiro, a
escravidão vigorou por cerca de três séculos, do início da colonização
à assinatura da lei Áurea. Apesar disso, ainda hoje, tanto no Brasil
quanto em outros países do mundo, há formas de trabalho
semelhantes à escravidão. A sanção ou aprovação da lei foi,
principalmente, o resultado da campanha abolicionista que se
desenvolvia no Brasil desde a década de 1870, mas não se pode
negar o empenho pessoal da princesa Isabel
INTRODUCAO

No Brasil, o movimento abolicionista foi um produto da


década de 1880 e contou com a participação de vários setores da
sociedade como, por exemplo, políticos, médicos, advogados, jornalistas,
artistas, estudantes etc., com exceção dos grandes proprietários de terra,
como os cafeicultores paulistas, que perdiam com o fim da mão-de-obra
escrava.

Até a década de 1880, o que existiam eram tentativas


emancipacionistas que queriam a extinção gradual da mão-de-obra
escrava; já os abolicionistas aspiravam à abolição total da escravidão.
CONCLUSÃO

As leis abolicionistas foram de total importância aqui no


Brasil pois fortaleceu um movimento que ate os dias de hoje exerce uma
enorme influência sobre movimentos sociais

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