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Comportamento social
Relaciona-se com os colegas, professores e demais profissionais da escola nas diversas situações
do dia-a-dia;
Realiza suas brincadeiras preferidas (quais são, como participa dessas brincadeiras, precisa de
intervenções nesses momentos, respeita combinados do grupo...);
Como soluciona conflitos (com autonomia, com insegurança...);
Demonstra atitudes críticas diante de momentos conflitantes;
Participação tímida durante as atividades em sala, embora tenha um bom relacionamento com
todos os colegas;
Coopera com colegas e professora;
Apresenta cuidado com seus objetos pessoais;
Manifesta hábitos sociais (cumprimenta, agradece, desculpa-se; pede licença...);
Participa da roda da conversa;
Movimento
Participa com alegria das atividades que envolvem movimento com o corpo, ampliando a
confiança em sua capacidade motora.
Movimenta-se bem durante as brincadeiras ao ar livre: corre, pula , arrasta-se, pendura-se, etc,
ampliando gradualmente o controle sobre o próprio corpo.
Valoriza suas conquistas corporais.
Demonstra confiança em suas possibilidades de ação e movimento.
Mantém o equilíbrio ao transportar objetos com as mãos.
Caminha sobre uma linha sem cair.
É capaz de coordenar a sua ação com a dos colegas quando o jogo requer.
Matemática
Identifica semelhanças e diferenças entre objetos e figuras.
Compara objetos e figuras de acordo com o tamanho.
Identifica os números.
Separa objetos de acordo com o numeral em destaque.
Identifica algumas formas geométricas, como círculo, triângulo e quadrado.
Interpreta o sentido dos termos: muito/pouco, dentro/fora.
Consegue montar quebra-cabeças pequenos/grandes.
Identifica conjunto como um agrupamento de elementos.
Reconhece o zero como o numeral que corresponde ao conjunto vazio.
Memoriza e discrimina sequências, respeitando a ordem de sua apresentação.
Discrimina semelhanças e diferenças em detalhes, destacando as figuras que formam pares.
Relatório Individual
Quanto à correção:
O aluno não consegue corrigir os erros (clipes) sozinho, necessita que o professor lhe oriente
durante a correção, seja ela no caderno ou na apostila, pois se distrai com muita facilidade.
O aluno é excelente. Consegue identificar e corrigir seus erros (clipes) sem auxílio do
professor, sejam eles no caderno ou na apostila.
O aluno não corrige certo da lousa, pois apresenta deficiência visual.
O aluno não corrige certo da lousa, devido à falta de atenção.
Quanto à disciplina:
O aluno apresenta comportamento excelente tanto em sala de aula , como na fila.
O aluno apresenta comportamento excelente em sala, porém na fila, deixa a desejar.
O aluno conversa , porém acata às regras da sala.Uma chamada de atenção é suficiente.
O aluno é indisciplinado, cabendo ao professor chamar-lhe a atenção em muitos momentos.
Quanto ao reforço:
O aluno não necessita de reforço paralelo.
O aluno necessita de reforço e comparece a todos.
O aluno necessita de reforço, mas não comparece devido à resistência dos pais ou do próprio
aluno.
O aluno comparece aos reforços, mas apresenta resistência em realizar as atividades
propostas (pede para ir ao banheiro; beber água, distrai-se com facilidade, conversa, brinca).
Quanto à Leitura:
O aluno lê com fluência e entonação adequados.
O aluno lê, mas não respeita os sinais de pontuação.
O aluno tem dificuldade na leitura das palavras.
O aluno não lê.
Caso ELIZIANE.
A aluna Eliziane do Carmo Maia nascida no dia 16/02/1999, filha do senhor
Ademilson Ribeiro Maia e da senhora Giscélia Oliveira do Carmo. Eliziane é a caçula
tendo ainda duas irmãs mais velhas. A aluna é muito, superprotegida aparenta desejar
atenções diferenciadas para si, solicitando que sejam feitas todas as suas vontades,
em casa demonstra agressividade em situações de conflito; usa meios físicos para
alcançar o que deseja fica muito agitada, não gosta de barulho, fala baixo quando
falam baixo com ela, e fala alto se também falam com ela. Eliziane gosta de fazer
amizade quando não esta na escola certamente esta brincando com suas colegas,
gostar muito de estudar e tem em sua mãe o apóio para realização de todos os passos
principalmente para a escola e/ou atividade escolar, a aluna já foi reprovada, por
serias dificuldades de aprendizagem, Eliziane tem problemas de reumatismo e
bloqueio no coração seu Laudo médico afirma que Eliziane do Carmo, tem retardo de
aprendizagem com escrita espelhada confirma o CID 10 –F 71. É muito agitada faz
tratamento em salvador onde viaja com sua mãe toda semana.
A aluna foi encaminhada para a sala de recursos através dos seus pais,
estuda na escola comum, encontra-se na terceira série na qual a professora da escola
comum demonstra sua preocupação e vem buscando conduzir mudanças que sejam
significativas para o desenvolvimento da aluna.
A mesma participa frequentemente do (AEE) Atendimento Educacional
Especializado,onde venho desenvolvendo um trabalho lúdico que é uma das
alternativas para a aprendizagem, pois o lúdico é mais um recurso que utilizamos
para desenvolver atividades necessárias no processo de ensino
aprendizagem, observar como está sendo a participação nestas atividades e incentivar
a socialização já que a mesma necessita de mais tempo para aprender.Assim
exploramos ainda atividades pedagógicas: como quebra – cabeça, musiquinha com a
bandinha rítmica, trabalhando o projeto dona baratinha ouvir a historinha explorar os
sons dos animais encontrados com os fantoches; colagem, pintura e recorte. Atividade
de vida diária, usar ilustrações e fixas de leitura com o objetivo de acostumar o aluno a
relacionar a imagem a escrita.
Contudo pude perceber os avanços, criando e recriando através de atividades,
jogos e brincadeiras lúdicas, tornando assim as possibilidades mais rica e
produtiva. Caso escrito pelaProfessora: Jilvani Rocha Silva Belitardo .
Problema:
* Cognitivo: desenvolvimento e funcionamento cognitivo.
* Estilos e ritmos de aprendizagem.
Potencialidades:
* Gosta da escola, de estudar.
* É assíduo e tem bom comportamento.
* Com apoio realiza todas as atividades que lhe é proposta.
* Compreende comando e as propostas de atividade.
Dificuldades:
* Realiza sem intervenção / acompanhamento direto as atividades propostas.
* Ler e escreve convencionalmente e com desenvoltura.
Potencialidades:
* Criatividade.
* Adaptabilidade em trabalhar no grupo.
* Gosta da escola e de estudar.
* Tem um bom comportamento.
* Com apoio realiza todas as atividades propostas.
Dificuldades:
* Manter a atenção por muito tempo numa mesma atividade.
* Acompanhar o ritmo das atividades a serem copiadas em sala ( ditadas ou escritas
no quadro pelos professores).
* Realizar uma atividade por completo sem acompanhamento direto do professor.
* Escreve faltando letras / palavras por conta da distração.
Diante do que foi abordado neste relato, afirmamos que o Déficit de Atenção
e Hiperatividade ainda é um distúrbio que se encontra em um processo de pesquisa,
pois é tudo muito novo sobre este tema e com um enfoque que abrange áreas do
cérebro humano, que por ser muito complexa, a ciência ainda não tem respostas
precisas. Segundo nossas diretrizes do AEE, este distúrbio não se deve confundir com
DEFICIÊNCIA, mas que este aluno deve ser atendido no AEE.
Este estudo ampliou nossos conhecimentos e, conseqüentemente nos trouxe
dúvidas e questionamentos a respeito da fronteira entre o comportamento social e o
transtorno de déficit de atenção e( hiperatividade). Mas com os dados que temos, já é
um bom caminho para desenvolver um trabalho significativo com TAYLAN. Para isso,
precisamos contar com ATIVIDADES CRIATIVO-LÚDICAS cada vez mais
DIFERENCIADAS das oferecidas no ensino comum para favorece o aprendizado
deste aluno.
Adrielle Gonçalves Leite, 14 anos, mora com seus pais, uma irmã de 08 anos e
um irmão de 05 anos. Segundo sua mãe em casa: Adrielle gosta de afazeres
domésticos como lavar louça e passar ferro em roupas. Tem dificuldade de interação,
devagar, nervosa, não tem muitos amigos na escola e na vida. Só uma preferida M. de
infância e da igreja que frequentam. Em casa também gosta de jogos na internet, tudo
que for infantil lhe atrai, adora o dvd da Galinha Pintadinha. Sua idade mental é de 05
anos, relata sua mãe, Adrielle não gosta de errar e ser corrigida.
Clinicamente falando, desde os 05 anos que sua mãe percebeu que havia algo
errado, assim a partir da 1ª série, com 7 anos, iniciou o atendimento psicológico desde
os 9 anos. Já foi feito consulta com um neuro e o laudo não detectou anormalidade.
Como a situação permanece a mãe está em busca de um neuropediatra para clarificar
melhor a situação-problema de Adrielle. É uma pré-adolescente que não se abre, não
externaliza suas emoções, não gosta de beijo e abraços. Ultimamente tem levantado
curiosidade sobre sexualidade.
Seu histórico escolar inicia-se com 5 anos na Educação Infantil, esta primeira
experiência não foi boa para Adrielle, pois sua mãe relata que sua professora não era
paciente, neste período detectou-se problemas de dicção. Aos 7 anos estava na
primeira série na escola comum Municipal, aos 10 anos na 4ª série, repetiu de ano,
hoje com 14 anos se encontra na 6ª série, ela gosta em parte da escola, visto que não
consegue acompanhar o ritmo das aulas/conteúdos, deixa-os copiados no caderno
sempre pela metade. Quanto a este fato a mãe afirma que aos domingos ela já fica
triste, por segunda-feira ter que ir cedo para a escola. Pois a tarefa mais difícil que
encontra na escola é interpretar textos e a matemática, não concebe errar e apagar o
erro. Sua mãe destaca as seguintes habilidades: é solidária e gosta de afazeres
domésticos, canta lindamente na igreja, frequenta a biblioteca da escola para ler – ler
muito bem –e leva livros para casa e em 2010, na 4ª série com a professora Joacilda
foi eleita aluna leitora do ano em curso.
Seus professores atuais são:
Língua Portuguesa – Profª Ádria:
Matemática – Prof. Robério:
Ciências – Prof. Jidoval:
Geografia – Prof. Sebastião:
História – Profª Jeany:
Educação Física – Prof. Roberto:
Educação Artística – Profª Sílvia Cristina:
Inglês
Eixo Meio Ambiente:
Este ano a mãe buscou apoio do AEE na SRM com o intuito de minimizar a situação-
problema na qual Adrielle se encontra.
Problema:
* Desenvolvimento afetivo, social e de aprendizagem (discalculia [...], disgrafia [...].
Potencialidades:
* Gosta de ler e a faz com desenvoltura e interpreta satisfatoriamente.
* Realiza todas as atividades propostas.
* Compreende ordens.
* Tem bom comportamento.
* Realiza produções (desenhos / textos).
* Oratória satisfatória.
Dificuldades:
* Raciocínio lógico, resolução de problemas c.ment. escrita (caligrafia).
* Tem traço de disgrafia (letra feia “ilegível”).
* Cálculo mental.
* Esquecimento (de frequentar o AEE).
* Auto estima fragilizada por ter discalculia e questões familiares que lhe afeta
(mãe / pai).
Adrielle Gonçalves Leite, 14 anos, mora com seus pais, uma irmã de 08 anos
e um irmão de 05 anos. Segundo sua mãe em casa: Adrielle gosta de afazeres
domésticos como lavar louça e passar ferro em roupas. Tem dificuldade de interação,
devagar, nervosa, não tem muitos amigos na escola e na vida. Só uma preferida M. de
infância e da igreja que freqüentam. Em casa também gosta de jogos na internet, tudo
que for infantil lhe atrai, adora o DVD da Galinha Pintadinha. Sua idade mental é de 05
anos (em algumas atitudes do dia a dia), relata sua mãe, Adrielle não gosta de errar e
ser corrigida.
Clinicamente falando, desde os 05 anos que sua mãe percebeu que havia algo
errado, assim a partir da 1ª série, só aos sete anos sua mãe começou algumas
intervenções tipo: [...]. Iniciou o atendimento psicológico desde os nove anos. Já foi
feito consulta com um neurologista e o laudo não detectou anormalidade. Como a
situação permanece a mãe está em busca de um neuropediatra para clarificar melhor
a situação-problema de Adrielle. Ela é uma pré-adolescente que não se abre não
externaliza sua emoção não gosta de beijos e abraços. Ultimamente tem levantado
curiosidade sobre sexualidade. Sua maior dificuldade na escola é em MATEMÁTICA
cursando este ano a sexta série do Ensino Fundamental I.
Durante este primeiro semestre de 2012 confirmou-se (As hipóteses
levantadas) POR UM TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO realizado pela professora e
psicopedagoga Cássia Antônia que a atendeu em 2011, solicitado pela mãe da aluna
no intuito de descobrir o que realmente impede Adrielle de aprender matemática visto
que nas demais disciplinas ela vai satisfatoriamente bem, na leitura ela é 100% .Por
meio da análise da caderneta de rendimentos da 6ª série C matutino, pude perceber
uma queda no seu rendimento escolar em várias disciplinas. A saber:
DISCIPLINA PROFESSOR MÉDIA IU
Inglês Theobaldo 7,2
Língua Portuguesa Ádria 3,3
Matemática Roberio Pinto 6,6
Ciências Delma 6,1
Geografia Sebastião 5,7
Historia Aderino 3,8
Artes Cristina ?
Educação Física Roberto 6,8
Identidade Cultural Edineide 6,2
Isso deixa claro que o seu “ problema” tem interferido não só na área de maior
dificuldade -Matemática- mas, tem afetado todas as demais. Por quê? Será que suas
necessidades educacionais especiais estão sendo consideradas? Os professores
estão a par do problema da aluna? Acredito que não.
Para confirmação das hipóteses levantadas ano passado, fiz na SRM/AEE
neste I semestre as seguintes atividades: Jogos online tipo: quebra-cabeça, da
memória, tabuada com as quatro operações, labirintos, entre outros. Jogos de mesa:
dominó com as quatro operações, situações problemas com o material dourado, entre
outros.
Assim todas estas atividades envolvendo a matemática nas suas diversas
facetas com a referida aluna na SRM/AEE confirmam-se as hipóteses que ela tem
DISCALCULIA. (A Discalculiaé um distúrbio neurológico que afeta a habilidade com
números. É um problema de aprendizado independente, mas pode estar também
associado à dislexia. Tal distúrbio faz com que a pessoa se confunda em operações
matemáticas, conceitos matemáticos, fórmulas, seqüência numéricas, ao realizar
contagens, sinais numéricos e até na utilização da matemática no dia-a-dia.) Pois,
após este período foi feito uma nova análise de suas produções realizada com a
professora Cássia, e mediante as pesquisas realizadas chegamos a este resultado. E
ainda mais a sua caligrafia com algumas deformidades se dá porque a discalculia
causa a Disgrafia que é uma alteração da escrita normalmente ligada a problemas
perceptivo-motor, também perceptível em Adrielle.CONCLUSÃO:Espera-se que a
aluna avance em sua aprendizagem de MATEMÁTICA E MELHORE SUA AUTO
ESTIMA,através das atividades que lhes serão propostas no AEE em grupo e
individual neste II semestre de 2012.
Uanderson Peixoto dos Santos, nascido em 01/12/1988, mora com seus pais Joel Gomes
dos Santos e Marinalva Peixoto doa Santos; iniciou sua vida escolar aos seis anos em escolinha de
alfabetização e particular, vindo pára o ensino publico só com dez anos ; primeira série em 1998
,segunda série de 1999 a 2003,terceira série 2003 a 2007,quarta série 2007 ,quinta série 2008 e
2009,sexta série 2010,sétima série 2011.
Hoje com 24 anos cursando a oitava série do Ensino Fundamental I no turno vespertino.
Ele tem uma série de dificuldades do tipo: Acompanhar o ritmo de escrita dos colegas quando o
conteúdo é ditado ou escrito no quadro pelos professores (isto se dá por sua limitação motora que é
aparente)., não consegue ler convencionalmente e com desenvoltura Por esses motivos a mãe relata
que às vezes resiste a vir para escola, pois se sente inferior aos colegas por conta destas suas
limitações.
Para poder acompanhá-lo nas atividades escolares sua mãe recomeçou os estudos depois
de muito tempo de desistência, e na maioria das vezes resolve as atividades que o professores
passas para casa, no intuito de ajudar seu filho. O que sem saber acaba prejudicando-o, camuflando
de fato o seu real saber /potencial cognitivo. Sua mãe deixa claro que ele gosta da escola,o seu
“DESINTERESSE”(COMO RELATA ALGUNS PROFESSORES) se dá por conta da sua
defasagem na aprendizagem e a postura de alguns professores apagando do quadro as atividades
sem respeitar o seu ritmo.
Uanderson freqüenta a SRM desde 2009, embora a sua freqüência seja muito irregular
não favorecendo assim a superação de obstáculos encontrados na escola comum. Neste ano de
2012 o mesmo nos procurou por INCENTIVO das professoras VANÚSIA de Geografia e da
professora Maricélia de Língua Portuguesa para retornar ao AEE.
Várzea Nova, 25 de julho de 2012.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
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PROFESSORA DA S.R.M. DO C.E.J.S.O
5.Uanderson Peixoto
Problema: *
Cognitivo, envolvendo a dificuldade nas aprendizagens escolares. *Motor,
dificultando e interferindo no ritmo de aprendizagem nas atividades de Leco
escrita.
Potencialidades: *
Relacionamento Interpessoal bom. * Na
SRM realiza tudo que lhe é proposto, embora seja com total intervenção /
apoio. *Gosta da escola e
de estudar (falta por não aprender como os demais colegas).
Dificuldades: *
Dificuldade motora
fina. * Escrever no
ritmo dos seus colegas na sala. * Acompanhar as
atividades propostas na classe comum por não ler e escrever
convencionalmente. *
Lentidão ao escrever no caderno. *
Lentidão no manuseio de mouse em atividades de arrastar o cursor. * Ler e
escrever convencionalmente.
Caso Valéria.
Valéria da Costa Trindade, natural de Caem, nascida em 26/08/97, hoje vive
com sua mãe Vanderlea e seu irmão Vanderlei de 17 anos, que entra sempre em
conflito. Valéria ficou órfã de seu pai Júlio em 17/12/06. Atualmente o sustento da
família é a aposentadoria da mãe, acrescida da bolsa escola. Sua mãe ainda trabalha
no sisal para completar a renda, Valéria costuma ajudar nas tarefas da casa. Ela diz
gostar mais do irmão biológico Binho que mora em São Paulo, pois Vanderlei é seu
irmão só por parte da mãe. Seus pais se separaram quando ela tinha 05 anos. Teve
um padrasto por algum período que a batia muito, sua mãe ainda o faz por ela não
fazer as tarefas direito, segundo Valéria sua mãe privilegia seu irmão, relata também
que sua avó materna não gosta dela. Neste contexto familiar o convívio é conturbado
pelo alcoolismo da mãe.
Neste ano está cursando a 5ª série D matutino no CEJSO juntamente com seu
irmão. Sua trajetória escolar iniciou aos 04 anos, foi reprovada 03 anos na 3ª série e
01 ano na 5ª série. O Ensino Fundamental foi realizado no Povoado de Santo Antônio.
Disse gostar muito de estudar, escrever, ler, brincar, vem para a escola para aprender,
gosta de História e Educação Física por que os professores a tratam bem (profª. Sueli
Santos e profº. Roberto Dantas) e também do Diretor Eduardo. Não gosta dos demais
professores, pois ficam “dizendo coisas dela” ao diretor e, a ameaçam o tempo todo
de colocá-la fora da sala de aula. Na sala só gosta do colega Paulo e na sua
vizinhança as amigas Mayane, Edilene e Nairla.
Em entrevista com a mãe ela relata que até os 07 anos ela não lia, a partir dos
12 anos tornou-se agressiva verbalmente e bate no irmão quando ele a bate com o
cinto. Confirmou também que Valéria já namorou e sua maior preocupação é porque
há 02 anos ela já é “solteira” e teme uma gravidez indesejada mesmo com suas
orientações.
A escola ao observar que a VALÉRIA apresentava um comportamento
diferente dos demais adolescentes de sua idade - como dificuldades em
estabelecer relações interpessoais e não de aprendizagem (na sala de aula e em
outros espaços, como no pátio, na aula de Educação Física), no dia 18/04/12 ( na
pessoa do Diretor) fez o encaminhamento da aluna para SRM com a seguinte queixa:
”a referida aluna ficou 04 dias fora da escola e de sua casa sem conhecimento de seu
paradeiro, sendo acionado o Conselho Tutelar por ter alguns comportamentos
estranhos, assim descrevia os seus professores” (colocar por ex.: o dedo no anus e
colocar no nariz de colegas). Foi expulsa do PETI este ano, por sempre estar falando
de sexo entre os alunos/ seus colegas. Solicitando assim, uma avaliação na SRM.
Várzea Nova, 25 de julho de 2012.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
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PROFESSORA DA S.R.M. DO C.E.J.S.O
REGISTRO REFLEXIVO
SOBRE O ACOMPANHAMENTO
da aluna Valéria da Costa
Trindade no AEE neste
I semestre de 2012.
Por este contexto supracitado no final deste caso, Valéria da Costa Trindade
freqüentou o AEE neste semestre I de 2012, SOLICITAÇÕES E ENCAMINHAMENTO
REALIZADO pelo diretor Eduardo Rios no intuito de incluí-la de fato na sala comum,
na SRM foi agendado um horário para se fazer uma avaliação pedagógica, visto que
a aluna não apresenta nenhum laudo clínico que comprove algum tipo de deficiência.
Para tanto, foram feitas diversas atividades do tipo: Diagnóstico inicial com
entrevista oral (onde a mesma relata o descaso da família desestruturada de afeto e
financeiro em que vive, desde o alcoolismo da mãe, como a sua vida sexualmente
ativa - fato confirmado por sua mãe em entrevista no AEE, ela relata que a Valéria
perdeu a virgindade aos 12 anos, e que a mesma teme sua filha ficar grávida.).
Levando em consideração as questões da direção desta escola, bem como o
contexto confirmado pela adolescente e sua mãe. Busquei várias formas possíveis de
ajudá-la no contexto escolar e pessoal procurando elevar sua auto-estima. Foram
realizadas também atividades de leitura, escrita, caça-palavras, situações problemas
envolvendo as quatro operações, leituras de gráficos, jogos da memória, caça rimas,
pesquisas e conversas sobre sexualidade/droga /gravidez/meios contraceptivos
/abuso sexual,atividades estas realizadas com a aluna online e no caderno.
TODAS as atividades realizadas a mesma
teve EXCELENTE desempenho confirmando seu nível, leu, montou estratégias
escritas e mentais para resolver situações matemáticas (temos a pró CÁSSIA e o
vice-diretor JOSÉ DIVONILSIN que presenciouALGUMAS SITUAÇÕES NA
SRM/AEE, COMPROVANDO A SUA APRENDIZAGEM NA PRÁTICA, ou
seja, apresenta desempenho satisfatório para série em que se encontra. Estas
atividades deram-me suporte para desmistificar a suspeita inicial a qual a levaram a
ser encaminhada a SRM que Valéria tivesse Deficiência Intelectual.
Mas tudo leva-nos a crer que VALÉRIA é DOENTE MENTAL (no nível
LEVE ) e não INTELECTUAL . No entanto, esta suspeita precisa ser confirmada
através dos MÉDICOS competentes na área, pois, nós professores não podemos
diagnosticar, por não sermos MÉDICOS. Vale ressaltar que as pessoas DOENTES
MENTAIS não são atendidas no AEE. Pois a sua necessidade especial é de
acompanhamento psicológico ou psiquiátrico, a depender do caso. Com exceção ao
aluno que por motivo da doença mental esteja enfrentando problemas para
acompanhar o currículo, ou seja, esteja com problema de aprendizagem. Nesse caso,
deve se realizar o AEE paralelo ao tratamento clínico quer seja medicamentoso ou
terapêutico.
No entanto, esse estudo pode nos ajudar a refletir sobre a situação desta aluna
no sentido de procurarmos mudar de postura e começar fazer o ACOLHIMENTO da
mesma na sala de aula comum. Estas dificuldades são um sinal de alerta, que nos
informa que algo talvez não vá bem. Alertamos, ainda, que há uma variedade e uma
complexidade de situações abrangidas pelo conceito "doença mental” que precisam
serem desmistificados.
Caso Ozimar.
Ozimar é um adulto com 20 anos, que hoje cursa a 5ª serie D mat. Da CEJSO.
Foi encaminhado para SRM/ AEE em 25/04/12 por sua linguagem ser muito
comprometida e até hoje só sabe todas as letras do alfabeto, os números de 01 a 09,
escreve o seu nome [...]. Sendo que iniciou seu contexto escolar só com 10 anos por
conta da superproteção dos seus pais considerando que sua idade mental é inferior
a cronológica. No entanto, ele sempre teve vontade de ir à escola. Somente após 5
anos de escolaridade o aluno começou a se desenvolver na escrita.
Segundo relata sua mãe, Ozimar tem a mente infantil e por isso o retardo a
freqüentar a escola. Sempre foi tranqüilo, andou com 01 ano e 06 meses, só começou
a “falar” com 05 anos balbuciando “ma” para mamãe e “PA pá” para papai. Sua
dificuldade de linguagem não está aliada a audição, pois ele ouve perfeitamente, gosta
de lutar com animais, ajuda o pai nas tarefas, tira leite da vaca, ele é muito obediente,
diferente do irmão que tem “problemas”. Ozimar sempre teve amigos, tem 03 irmãos e
a família sempre teve dificuldade de comunicar-se, mas com muita dificuldade
“entende” o que ele “fala”. Ele não tem noção do tempo, embora tenha autonomia na
realização de suas atividades de vida diária. Deseja muito que sua mãe lhes dê um
celular, já teve por alguns dias um computador que gostava muito de manuseá-lo, ele
já é contemplado pelo BPC e a partir do mês de junho irá ser acompanhado pelo
fonoaudiólogo.
Segundo a descritiva dos seus professores da escola anterior que estudava (Santo
Antônio), confirma tudo que descrevi Ozimar é um aluno aplicado, se relaciona bem
com os professores e colegas da turma interagindo bem nos trabalhos em grupo.
Segue em anexo a xérox das descritivas do aluno.
Análise do caso e clarificação do problema
Problema:
* De linguagem no sentido da fala rudimentar.
* De contexto escolar na interlocução entre colegas.
* Desenvolvimento e funcionamento cognitivo.
Potencialidades:
* Gosta de frequentar a escola e realizar as atividades.
* Boa autoestima.
* Sociável.
* Tem familiaridade com as letras do alfabeto e os números de 0 a 9.
* Compreende perfeitamente os comandos.
* Manuseia o computador com desenvoltura.
* Realiza as atividades com orientação e intervenção do professor.
* Escreve seu nome completo.
* Interessa-se por tudo que lhe é proposto.
* Reproduz escrita.
Dificuldades:
* Linguagem oral (fala ).
* Acompanhar o ritmo das atividades em sala.
* Nível de escrita.
* Compreender a letra impressa minúscula.
Várzea Nova, 25 de julho de 2012.
SÍLVIA CARNEIRO DE OLIVEIRA SILVESTRE.
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PROFESSORA DA S.R.M. DO C.E.J.S.O
OZIMAR, aluno afetivo gosta da escola e de realizar as atividades que lhes são
propostas. Iniciou o AEE, em25/04/12. Vindo do povoado de Santo Antônio/Boa
Esperança, tendo no primeiro contato realizado uma entrevista diagnóstica/oral,
foi assustador, pois sua linguagem é muito rudimentar ( Os distúrbios na comunicação
oral em crianças são muito comuns, podendo ser causados por fatores FUNCIONAIS-
quando não existe alteração física, o atraso se dá devido a imaturidade das estruturas
dos órgãos da fala: lábios, língua e bochecha, e/ou ORGÂNICOS- a causa do atraso é
conseqüência de algum problema fisiológico como lesões neurológicas ou deficiências
auditivas ou psiquiátricos - autismo, esquizofrenia etc. É extremamente importante o
diagnóstico precoce e uma seqüência de intervenção e tratamento imediatos, a fim de
minimizar os déficits decorrentes desses distúrbios.)
O referido aluno já fez alguns exames neurológicos, mas foram bem
imprecisos. Não está esclarecido o porquê da sua falta de linguagem clara e precisa.
Segundo sua mãe pode ser hereditária, pois parentes paternos de primeiro grau
(TIOS) tem as mesmas dificuldades/DEFICIÊNCIA que Ozimar. Seu irmão mais velho
tem os mesmos problemas. .
Embora existam esses fatores/causa, características individuais da criança e
estímulos externos podem influenciar muito o ritmo de desenvolvimento da fala. Há
grandes variações de pessoa para pessoa e no CASO OZIMAR ainda não temos o
DIAGNÓSTICO preciso o do porque de sua ausência da fala convencional.
As queixas em relação aos atrasos de linguagem/fala são muito comuns em
crianças, podendo esse distúrbio ser causado por diferentes etiologias, sendo a perda
auditiva bastante relevante. NO CASO DE OZIMAR faz-se necessário uma pesquisa
minuciosa de todos os fatores relacionados à alteração, para um diagnóstico
adequado e tratamento positivo. Nesse caso, o papel do otorrinolaringologista e do
fonoaudiólogo (OZIMAR JÁ FOI ENCAMINHADO) é fundamental para a detecção de
possíveis perdas auditivas e reabilitação precoce, na maioria das vezes com a
adaptação de aparelhos auditivos em conjunto com a terapia fonoaudiológica
.Mediante atividades desenvolvidas neste período no AEE,não foi detectado por nós
problemas auditivos pois ELE compreende tudo que lhes é falado,penso ser outros
problemas neurológicos que ocasionou-lhes a falta de uma fala CLARA e
COMPREENSIVA,que espero ser descoberta ,para que possamos compreendê-lo
melhor e assim ELE avançar em sua aprendizagem na sala comum.
Entretanto, gostaria de colocar uma pauta importante: Ao iniciar o AEE com
OZIMAR, fiquei aflita ao estabelecer o primeiro diálogo com ele, pois não entendia
10% do que falava, com alguns atendimentos onde o foco foi a estimulação da fala,
vejo hoje um pequeno avanço. No dia 02/08/12, contou-me que estava estudando na
EJA,programa TOPA,FIQUEI FELIZ, POIS É ESTE O PAPEL DA SRM/AEE, em outro
momento contou-me que a mãe trouxe ovos de sua galinha para mim e não me
encontrou em casa e nem na escola. Fiquei muito feliz com isso visto que o aluno já
está conseguido estabelecer um diálogo coerente com sentenças completas. Todas as
atividades propostas são possíveis de realizar com ele pois gosta e tem o desejo de
aprender, principalmente quando as atividades é no computador, basta uma
explicação e toda a atividade é realizada. Espero em breve ter um reforço maior com o
trabalho do fonoaudiólogo ampliando assim a fala/LINGUAGEM de OZIMAR, PARA
QUE ELE TENHA SUCESSO NA ESCOLA,pois é o maior desejo dele e de sua
mãe.Neste segundo semestre pretendemos dar continuidade as mais diversas
atividades para que o mesmo continue avançando.
Segue abaixo uma tabela com o desenvolvimento quantitativo do aluno nesse
primeiro semestre.
PROFESSORA DA SRM/AEE.
VÁRZEA NOVA08/08/2012.