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Luz
LUZ
FÍSICA MODERNA
A interação eletromagnética
Toda partícula dotada de carga elétrica interage com outra partícula também
carregada, obedecendo à famosa lei de duFay (mesmo sinal: repulsão/ sinais
opostos: atração).
A partícula que permite essa interação é o fóton. Todos os fótons se propagam
no vácuo com velocidade de 300.000km/s, mas podem ter energias diferentes. Isto
significa que eles possuem massas diferentes. Apesar disto, todos eles possuem
massa de repouso nula. Ou seja, se pararmos um fóton, ele transfere totalmente sua
energia para outra partícula (normalmente um elétron) e deixa de existir.
Se este elétron estiver vinculado a um átomo, ao absorver a energia de um
fóton, ele dará o chamado “salto quântico”, pulando para um orbital mais energético.
Com o tempo poderá voltar ao orbital original, reemitindo um fóton.
Quando um fóton se move no espaço vazio, produz a formação de um par
elétronpósitron, que se aniquila imediatamente, restaurando o fóton original (o par
é denominado virtual, pois não é observável). No instante seguinte, induz a
formação de um par virtual
invertido ( se o elétron estava “em cima”, agora estará “embaixo”).
Essa alternância fez com que, durante muito tempo, os cientistas
considerassem os fótons uma onda, denominada onda eletromagnética, na qual
um campo elétrico, alternado a um campo magnético, estaria oscilando com
freqüência f.
A energia E de cada fóton associado a uma onda eletromagnética de freqüência
f é dada pela relação: E=h.f, onde h é denominada constante de Plank, em
homenagem ao primeiro cientista que reconheceu o caráter “corpuscular” das
radiações eletromagnéticas.
A força eletromagnética é a responsável pela estrutura do átomo, mantendo os
elétrons nas proximidades dos prótons dos núcleos. O efeito residual desta força
permite que os átomos interajam, formando moléculas.
A interação gravitacional
A força gravitacional é sempre atrativa e existe entre partículas dotadas de
massa. É a mais fraca de todas as interações fundamentais. Por exemplo, a força de
repulsão eletrostática entre dois corpos é cerca de 10 36 vezes maior do que a
respectiva força gravitacional entre eles.
A força gravitacional entre a Terra e um corpo em suas proximidades é o peso
do corpo. A força gravitacional que o Sol aplica sobre um planeta é responsável pela
manutenção de sua órbita.
Embora a força gravitacional seja a mais fraca, é a mais importante na
Astronomia, para explicar a formação de estrelas galáxias e planetas pelas seguintes
razões:
continua atuando em corpos eletricamente neutros
é sempre atrativa e torna-se muito intensa, porque, em escala
astronômica, as massas dos corpos tornam-se extremamente grandes.
As interações nuclear forte e nuclear fraca, devido a seu alcance curto, só têm
relevância para explicar fenômenos em escala nuclear.
Do ponto de vista macroscópico, só têm importância as interações
eletromagnética e gravitacional.
A estrutura dos átomos e as forças interatômicas estão ligadas à interação
eletromagnética.
Radioatividade
Alguns isótopos são instáveis e decaem espontaneamente com emissão de
algum tipo de radioatividade. Os principais tipos são aqueles que resultam na
emissão de partículas alfa(núcleos de hélio), beta(próton-nêutron-elétron) e
radiação gama(fótons gama).
Quando os primeiros cientistas começaram a lidar com radiação, começaram a
sofrer as conseqüências a curto (queimaduras) e longo prazo (câncer), percebeu-se
imediatamente que os efeitos nocivos exigiam precauções.
Já em 1906 Bergonie e Tribondeau estabeleceram a lei básica da radiobiologia:
“Os efeitos biológicos da radiação são diretamente proporcionais ao índice
mitótico das células e inversamente proporcional ao seu grau de
diferenciação”.
Assim, células-tronco e células basais da epiderme, são, portanto, bastante
sensíveis à radiação. Já as células musculares, os neurônios e espermatozóides são
mais resistentes.
É claro que existem algumas exceções.
Uma mesma dosagem de radiação não produz efeitos iguais quando recebidas
em intervalos diferentes de tempo. Quando mais fracionado for o recebimento,
menos danosos são os efeitos. Uma coisa é receber a dosagem em dois anos e outra
é receber em um dia!
Não existe um limite inferior de dosagem abaixo do qual não exista
possibilidade de se contrair câncer, por exemplo. Uma dosagem ínfima pode produzir
um dano extremamente perigoso no DNA de uma célula, enquanto uma dosagem
alta pode não produzir mal algum, ou por não danificar o DNA ou por atingir regiões
desprovidas de significado genético.
Matéria e Antimatéria
As partículas de matéria e antimatéria têm massas iguais e cargas com sinais
contrários. As principais partículas de antimatéria são:
antielétron, também chamado de pósitron
antipróton
E=m.c2
Apenas 3g de matéria, convertidas em energia, seria equivalente a energia
dissipada com a bomba atômica que destruiu Hiroshima.
Teoria da relatividade
Apesar do primeiro postulado ser quase senso comum, o segundo não é tão
óbvio. Mas ele é de certa forma uma consequência de se utilizar o primeiro postulado
ao se analisarem as equações do eletromagnetismo. Através das transformações de
Lorentz pode-se demonstrar o segundo postulado.
Porém, é necessário dizer que Einstein, segundo alguns, não quis basear a
relatividade nas equações de Maxwell, talvez porque entendesse que a validade
destas não era ilimitada. Isto decorre da existência do fóton, o que tacitamente indica
que as equações de campo previstas por Maxwell não podem ser rigorosamente
lineares.
Efeito Fotoelétrico
O efeito fotoelétrico é a emissão de elétrons por um material, geralmente
metálico, quando exposto a uma radiação eletromagnética(como a luz) de frequência
suficientemente alta, que depende do material. Ele pode ser observado quando a luz
incide numa placa de metal, literalmente arrancando elétrons da placa. Os elétrons
ejetados são denominados fotoelétrons, e a radiação eletromagnética usada é,
geralmente, a radiação ultravioleta. Observado pela primeira vez por A. E. Becquerel
em 1839 e confirmado por Heinrich Hertz em 1887, o fenômeno é também conhecido
por "efeito Hertz", não sendo porém este termo de uso comum.
De acordo com o modelo ondulatório da luz, as expectativas eram:
Qualquer superfície metálica deveria ejetar elétrons quando excitada com uma
radiação eletromagnética, de qualquer frequência, desde que essa radiação
demorasse um tempo suficiente para o átomo armazenar energia e liberar,
posteriormente, esse elétron; Os elétrons que giram à volta do núcleo atômico são
aí mantidos por forças de atração. Se a estes for fornecida energia suficiente, eles
abandonarão as suas órbitas. O efeito fotoelétrico implica que, normalmente sobre
metais, se faça incidir um feixe de radiação com energia superior à energia de
remoção dos elétrons do metal, provocando a sua saída das órbitas: sem energia
cinética (se a energia da radiação for igual à energia de remoção) ou com energia
cinética, se a energia da radiação exceder a energia de remoção do elétrons.
Para testar essas ideias, os cientistas montaram um experimento.
A grande dúvida que se tinha a respeito do efeito fotoelétrico era que quando
se aumentava a intensidade da luz, ao contrário do esperado, a luz não arrancava os
elétrons do metal com maior energia cinética. O que acontecia era que uma maior
quantidade de elétrons era ejetado.
Por exemplo, a luz vermelha de baixa frequência estimula os elétrons para fora
de uma peça de metal. Na visão clássica, a luz é uma onda contínua cuja energia
está espalhada sobre a onda. Todavia, quando a luz fica mais intensa, mais elétrons
são ejetados, contradizendo, assim a visão da física clássica que sugere que os
mesmos deveriam se mover mais rápido (energia cinética) do que as ondas.
Quando a luz incidente é de cor azul, essa mudança resulta em elétrons muito
mais rápidos. A razão é que a luz pode se comportar não apenas como ondas
contínuas, mas também como feixes discretos de energia chamados de fótons. Um
fóton azul, por exemplo, contém mais energia do que um fóton vermelho. Assim, o
fóton azul age essencialmente como uma "bola de bilhar" com mais energia, desta
forma transmitindo maior movimento a um elétron. Esta interpretação corpuscular
da luz também explica por que a maior intensidade aumenta o número de elétrons
ejetados - com mais fótons colidindo no metal, mais elétrons têm probabilidade de
serem atingidos.
Aumentar a intensidade de radiação que provoca o feito fotoelétrico não
aumenta a velocidade dos fotoelétrons, mas aumenta o número de fotoelétrons. Para
se aumentar a velocidade dos fotoelétrons, é necessário excitar a placa com
radiações de frequências maiores e, portanto, energias mais elevadas.
A explicação satisfatória para esse efeito foi dada em 1905, por Albert Einstein,
e em 1921 deu ao cientista alemão o prêmio Nobel de Física.