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Biologia-10ºano

Obtenção de matéria pelos seres heterotróficos multicelulares:

 Para que os alimentos ingeridos pelos seres heterotróficos possam ser utilizados a nível
celular têm que, primeiramente, passar por vários processos, como:

 Ingestão – introdução dos alimentos no organismo;


 Digestão – é o conjunto de processos que permite a transformação de moléculas
complexas dos alimentos em moléculas mais simples;
  Absorção – consiste na passagem dos nutrientes resultantes da digestão para o
meio interno.
Digestão extracelular: Ocorre em cavidades digestivas que, apesar de se encontrarem dentro
do organismo, fazem parte do meio externo. Nestas cavidades, são lançados sucos digestivos
que contêm enzimas, que atuam sobre os alimentos, transformando-os em substâncias mais
simples, capazes de serem absorvidas. Ocorre fora das células, contudo pode ocorrer no
interior ou exterior do organismo.

Pode ser: -Intracorporal: Realiza-se em compartimentos especializados no interior do corpo;

-Extracorporal: São lançadas enzimas para o exterior do corpo.

A digestão Intracorporal pode ocorrer em: - Tubos digestivos completos: Possuem duas
aberturas (boca, ânus). -Tubos digestivos incompletos: (cavidades gastrovasculares):
Possuem apenas uma abertura, não possuem regiões especializadas e acumulam as funções de
digestão e distribuição de alimentos.

Vantagens dos tubos digestivos completos: os alimentos deslocam-se num único sentido,
sofrendo sequencialmente, os processos de digestão e absorção, existem regiões
especializadas no armazenamento e no processamento mecânico e químico dos alimentos, o
que evita que o organismo esteja constantemente a captar alimento e permite um maior
aproveitamento dos nutrientes.

Digestão intracelular: Ocorre no interior das células em vacúolos digestivos. As partículas


alimentares são captadas por endocitose e os vacúolos digestivos formam-se a partir da fusão
das vesículas endocíticas com lisossomas. No interior dos vacúolos digestivos, moléculas
complexas são transformadas em moléculas simples, que são, posteriormente, absorvidas para
o citosol, por difusão através da membrana do vacúolo digestivo. Os organismos com digestão
intracelular não têm capacidade de armazenar alimento e necessitam de estar
constantemente a captá-lo.

Vantagem da digestão extracelular: Os organismos podem ingerir quantidades significativas de


alimento em cada refeição, que é armazenado e vai sendo lentamente digerido. Desta forma, o
organismo não precisa de estar continuamente a captar alimento.

Bactérias Digestão extracorporal


Fungos Digestão extracorporal e extracelular
Protozoários Digestão intracelular
Invertebrados Digestão Intracorporal
Vertebrados Digestão Intracorporal e extracelular
Hidra e planária: digestão intracelular e extracelular, tubo digestivo incompleto, no qual são
lançadas enzimas e se inicia a digestão que termina no interior das células.

Minhoca: Tubo digestivo completo


Fotossíntese:

Nos seres eucariontes ocorre nos cloroplastos, nos seres procariontes ocorre nas lamelas
fotossintéticas.

A fotossíntese compreende duas fases sucessivas:

 fase fotoquímica – as reações dependem da luz – ocorre na membrana interna dos


cloroplasto
 fase química - as reações não dependem diretamente da luz – ocorre no estroma.

Objetivo: produção de compostos orgânicos.

Via: Anabólica.

Fonte de matéria: matéria mineral, CO2 e H2O

Fonte de energia: luz solar

Realizada por seres dos Reinos: Plantae; Monera (alguns, ex. cianobactérias), Reino Protista
(alguns, ex. algas).

Local onde ocorre: Plantae e Protista nos cloroplastos; Monera em estruturas membranares
chamadas lamelas fotossintéticas.

Produtos finais: compostos orgânicos, oxigénio e água.

Fase fotoquímica:

1. Oxidação dos pigmentos fotossintéticos. - Conversão luminosa e energia química


2. Fotólise (oxidação) da água. - Desdobramento da molécula de água em hidrogénio e
oxigénio
3. Libertação de oxigénio.
4. Fosforilação do ADP (= produção de ATP). - Fosforilação do ADP
5. Redução do NADP (acetor) (= produção de NADH). - Por ação do hidrogénio libertado
durante a fotólise da água

Quando as moléculas de clorofila são atingidas pela luz, origina-se uma corrente de eletrões
que se propaga ao longo de uma série de proteínas (acetores) que se encontram dispostas ao
longo da membrana interna do cloroplasto.

O fluxo de eletrões liberta energia que é usada para formar ATP e oxigénio, a partir de
moléculas de ADP e de um grupo fosfato. Além disso, o fluxo de eletrões permite formar
moléculas de NADPH.

Os eletrões perdidos pela clorofila são repostos pela molécula de água que sofre um fenómeno
de fotólise- separação dos átomos de hidrogénio dos átomos de oxigénio

Fase química: Ocorre no estroma; fase independente da luz

 Ocorre a redução do CO2 e a síntese de compostos orgânicos, sendo utilizados CO2 (do
exterior), ATP e NADPH. -Provêm da fase dependente da luz
 Formam-se compostos químicos, ADP e NADP+
 Ciclo de Calvin:
1. Fixação do Co2
2. Produção de compostos orgânicos
3. Regeneração da ribulose difosfato
Ciclo de Calvin:

O CO2 combina-se com a ribulose difosfato (RuBP)- uma pentose de 5 carbonos- que origina
um composto com 6 carbonos instáveis.

Este composto instável dá origem imediatamente a 2 moléculas de com 3 carbonos cada uma,
o ácido fosfoglicérico (PGA).

O ATP atua nestas 2 moléculas (ácido fosfoglicérico) -são fosforiladas e posteriormente estas
são reduzidas pelo NADPH, formando o aldeído fosfoglicérico (PGAL).

Por cada 12 PGAL, 10 são utilizadas para regenerar o RuBP e 2 são para sintetizar compostos
orgânicos (glícidos e outros).

Para se formar uma molécula de glicose é necessário que o ciclo ocorra 6 vezes gastando-se: 6
moléculas de CO2;18 moléculas de ATP (3 por ciclo);12 de NADPH (duas por ciclo).

Nota :O aldeído fosfoglicérico é utilizado não só para a formação da glicose e frutose, mas
também de outros compostos orgânicos: aminoácidos, glicerol e ácidos gordos.

Nota: No ciclo de Calvin ocorre a redução do CO2, não diretamente; sempre que há
fosforilação ocorre a adição do grupo fosfato ao ADP; desfosforilação perda do grupo fosfato
do ATP.

Quimiossíntese: Semelhante à fotossíntese, processo de produção de compostos orgânicos.


Divide-se em duas fases:

1ºFase 2ºFase
Produção de ATP e NADPH. Ocorre a oxidação de compostos Ocorre o ciclo das pentoses e produzem-se compostos
minerais. Esta oxidação permite a obtenção de protões e orgânicos a partir do dióxido de carbono absorvido, do
eletrões que são transportados ao longo de uma cadeia, no poder redutor do NADPH e da energia contida no ATP.
sentido de produzir ATP e reduzir o NADP+ a NADPH.

Diferenças entre a fotossíntese e quimiossíntese:

Diferem na energia utilizada para a síntese de compostos orgânicos e na fonte de protões e de


eletrões.

Enquanto na fotossíntese é utilizada energia solar e os protões e eletrões provêm da água,


na quimiossíntese a energia, os protões e os eletrões têm origem nos compostos minerais
que são oxidados.
Transporte nas plantas:

As plantas vasculares desenvolveram não só um sistema radicular que lhes permite absorver
do exterior água e sais minerais, mas também um sistema condutor formado por dois tipos de
vasos: o xilema que transporta essencialmente água e sais minerais (seiva bruta), e o floema
que transporta água, compostos orgânicos e sais minerais (seiva elaborada).

Absorção radicular:

O transporte de água faz-se de acordo com o gradiente de concentração, do meio hipotónico


para o meio hipertónico, o processo é por osmose.

O solo é um meio hipotónico.

A maior parte da água e dos iões necessários para as várias atividades da planta é absorvida
pelo sistema radicular.

O meio intracelular das células da raiz é hipertónico relativamente ao exterior, pelo que a água
tende a entrar na planta por osmose, movendo-se desde o solo até aos vasos xilémicos
existentes no interior da raiz.

Os iões minerais, quando presentes no solo em concentrações elevadas entram nas células da
raiz por difusão simples: no entanto, é natural verificar-se uma elevada concentração destes
iões no meio intracelular. Neste caso, os iões entram nas células por transporte ativo, com
consequente gasto de energia.

A entrada de sais nas plantas faz-se por difusão simples, contudo pode ocorrer normalmente
por transporte ativo.

Xilema Floema
Transporta: água e sais minerais Transporta: água, sais minerais, compostos orgânicos
Seiva bruta Seiva elaborada
Sentido ascendente Sentido descendente

Xilema- Constituição:

1. Elementos condutores: tracoides e elementos dos vasos


2. Fibras lenhosas
3. Parênquima lenhoso

Floema- Constituição:

1. Células dos tubos crivosos


2. Células de companhia
3. Fibras
4. Parênquima

Transporte no Xilema:

O movimento ascendente de água no xilema envolve a ação de forças físicas. Para explicar o
movimento de água e dos solutos no xilema, foram apresentadas duas hipóteses: a hipótese
de a pressão radicular e a hipótese da tensão-coesão-adesão.
Hipótese de a pressão radicular: No xilema a absorção da água faz-se por osmose e dos iões
minerais por difusão simples, em alguns casos por transporte ativo.

A ascensão de água no xilema é explicada por uma pressão que se desenvolve ao nível da raiz,
graças à ocorrência de forças osmóticas. A contínua a acumulação de iões nas células da raiz
tem como consequência a entrada de água para a planta. A acumulação de água nos tecidos
provoca uma pressão na raiz que força a água a subir no xilema.

O efeito da pressão radicular pode ser observado quando se efetuam podas tardias em certas
plantas, verificando-se a saída de água pela zona dos cortes, num processo conhecido por
exsudação. Quando a pressão radicular é muito elevada, a água é forçada a subir até às folhas,
onde é libertada sob a forma líquida, num fenómeno designado por gutação. Estes processos
verificam-se em condições de humidade atmosférica elevada e muita água no solo.

No entanto, A pressão radicular medida em várias plantas não é suficiente para elevar a água
até ao ponto mais alto de uma árvore grande. A maioria das plantas não apresenta gutação
nem exsudação. Existem determinadas espécies não possuem pressão radicular.

Acumulação de iões Entrada de água Pressão da raiz A água sobe no xilema


Hipótese da Tensão-coesão-adesão: A hipótese da tensão-coesão-adesão explica a ascensão
da seiva bruta desde a raiz até às folhas com base na existência de uma relação entre a
absorção radicular e a transpiração estomática ao nível das folhas. A hipótese da tensão-
coesão- adesão não está associada a mecanismos que envolvem gasto de energia.

Qual relação entre a absorção radicular e a transpiração? A saída de água pelas folhas
(transpiração) causa uma tensão na parte superior da planta, o que provoca a ascensão de
água. As moléculas de água tendem a ligar-se umas às outras, por pontes de hidrogénio – força
de coesão. As moléculas de água têm ainda a capacidade de aderir a outras substâncias,
constituintes das paredes do xilema – adesão.
Transpiração Coesão e adesão no xilema Entrada de água que vem do solo
Há um fluxo passivo de água de áreas de potencial hídrico elevado, a raiz, para áreas de
potencial de água mais baixo, as folhas. Forma-se uma coluna de água contínua. Este sistema
só funciona quando existe uma contínua coluna de água. A coluna de água pode ser
interrompida por bolhas de ar ou por um arrefecimento intenso da água.

Características do xilema que facilitam o transporte: Ausência de conteúdo celular – não cria
resistência ao fluxo; Membranas espessadas com lenhina o que impede o colapso; Diâmetro
reduzido que facilita a adesão entre as moléculas de água e as dos vaso.

Transporte no floema: A seiva floémica/elaborada difere na seiva xilémica, pois contêm


produtos orgânicos resultantes da fotossíntese, o que lhe confere viscosidade. A translocação
desta seiva está relacionada com a atividade das células vivas do floema. O conteúdo floémico
encontra-se sobre pressão e flui em todas as direções, a uma velocidade variada. Para explicar
o transporte da seiva elaborada foi apresentada a hipótese do fluxo de massa.

Hipótese do fluxo de massa: A glicose, produto resultante da fotossíntese, é convertida em


sacarose. A sacarose desloca-se do mesófilo (na epiderme), para os elementos do tudo crivoso
por transporte ativo com a ajuda da célula companhia (gasta energia).

À medida que a sacarose vai entrando nas células do tubo crivoso, estas elevam a sua
concentração, o que provoca um acréscimo da pressão osmótica.
Com o aumento de concentração da sacarose no floema dá-se um aumento da pressão
osmótica nos tecidos circundantes e a água do xilema e das células vizinhas entra por osmose
nos tubos crivosos do floema aumentando a pressão de turgência e causa a deslocação da
seiva elaborada, através das placas crivosas para locais com menor pressão. As células dos
tubos crivosos ficam turgidas.

A sacarose passa, possivelmente por transporte ativo para os órgãos onde vai ser utilizada ou
de reserva. Esta saída faz com que as células dos tubos crivosos fiquem hipotónicas, a pressão
osmótica desce, e água regressa às células vizinhas e ao xilema por osmose. A passagem da
sacarose a todas as células será feita, posteriormente, através de transporte citoplasma a
citoplasma. É depois degradada em glicose e utilizada para a respiração celular, ou polimeriza-
se e forma amido (produto de reserva).

NOTAS:
Nos locais de consumo ou de O transporte da seiva elaborada no floema não
reserva a sacarose sai por implica gasto de energia, mas, a entrada e a
transporte ativo. saída da sacarose dá-se por transporte ativo.

O sentido do fluxo é determinado pelas concentrações relativas da sacarose que é produzida e


utilizada, o que gera um gradiente de concentração decrescente, desde o local de produção
(folhas) até ao local do consumo ou de armazenamento.

OBTENÇÃO DE ENERGIA: FERMENTAÇÃO e RESPIRAÇÃO AERÓBIA

Como é que a célula transforma a matéria em energia? A matéria possui energia acumulada
nas ligações químicas estabelecidas entre os seus átomos. Se estas ligações forem quebradas,
poderão libertar quantidades de energia suficientes para determinadas funções celulares.

Reações catabólicas/reações exoenergéticas: Os compostos orgânicos são degradados em


moléculas mais simples ocorrendo libertação de energia. Ex: Respiração aeróbia; fermentação

Reações anabólicas/reações endoenergéticas: Ocorre a formação de moléculas mais


complexas a partir de moléculas mais simples, ocorrendo consumo de energia. Ex:
Fotossíntese

Anaeróbios facultativos: são capazes de extrair a energia contida na matéria orgânica de modo
aeróbio ou anaeróbio.

Anaeróbios obrigatórios: Os seres vivos menos complexos, utilizam apenas a fermentação


como único processo de obtenção de energia.

Como são efetivadas estas transferências de energia? As reações de oxidação-redução, que


são muito importantes no metabolismo celular, são a resposta para esta questão. Ao dar-se
início à degradação de uma molécula orgânica, esta é progressivamente oxidada, iniciando-se
transferências de protões e eletrões de umas moléculas para outras, libertando energia. Os
eletrões que são libertados de uma molécula têm de ser aceites por outra, o que explica o
facto de estas reações ocorrerem em cadeia. Quando uma molécula perde eletrões, sofre uma
oxidação e, quando outra os recebe, sofre uma redução. O segundo fenómeno é consequência
do primeiro fenómeno: estes acontecem simultaneamente.

Fermentação (incompleta): A fermentação é um processo simples, que ocorre no hialoplasma


das células, compreendo duas etapas:
Glicólise: Fase de ativação: desfosforilação do ATP; fosforilação da glicose; formação de duas
trioses (aldeído fosfoglicérico). Fase de rendimento: oxidação das trioses; redução do NAD+
(formação de NADH); fosforilação do ADP (produção de ATP); formação de duas moléculas de
ácido pirúvico. Balanço energético da glicólise: 2 moléculas de ATP (4 ATP produzidos -2 ATP
gastos = 2 ATP). No final da glicólise formam-se: 2 moléculas de NADH; 2 moléculas de
piruvato; 2 moléculas de ATP.

Redução do ácido pirúvico:

 Na fermentação alcoólica: o piruvato, resultante da glicólise, é descarboxilado (é


removida uma molécula de CO2), originando aldeído acético (acetaldeído). Este
composto é, então, reduzido pelo NADH, formando-se etanol (álcool etílico).
 Na fermentação lática: o ácido pirúvico, resultante da glicólise, é reduzido pelo NADH,
originando ácido lático.

Nota: Em caso de exercício físico extremo, as células musculares humanas, por não receberem
oxigénio em quantidade suficiente, podem realizar fermentação lática, além da respiração
aeróbia. Desta forma, conseguem sintetizar uma quantidade suplementar de moléculas de
ATP. No entanto, a acumulação de ácido lático nos músculos é responsável pelas dores
musculares que surgem durante estes períodos de intenso exercício. O ácido lático, assim
formado, é rapidamente metabolizado no fígado, sob pena de se tornar altamente tóxico para
o nosso organismo.

Respiração aeróbia (completa): As mitocôndrias são capazes de realizar a oxidação completa


do ácido pirúvico na glicólise, originando compostos muito simples (H2O e CO2). Este processo
só ocorre na presença de oxigénio. A respiração aeróbia divide-se em 4 etapas:

 Glicólise: é a etapa comum à fermentação, esta 1ºestapa ocorre no hialoplasma e


conduz à formação de duas moléculas de NADH +H+ e duas moléculas de piruvato.
 Formação de acetil-coenzima A: Ocorre na matriz da mitocôndria. Na presença de
oxigénio, o piruvato entra na mitocôndria, onde é descarboxilado (perde uma
molécula de CO2) e oxidado (perde um hidrogénio, que é usado para reduzir o NAD+,
formando NADH+H+).
 Ciclo de Krebs: Ocorre na matriz da mitocôndria. Cada molécula de glicose origina 2
moléculas de piruvato, que por sua vez originam 2 moléculas de acetil-CoA, que
iniciam 2 ciclos de Krebs. A actil-CoA, junta-se com o ácido oxalacético formando ácido
cítrico, que vai sofrer diversas reações de oxidação e redução. No final do ciclo origina-
se: 6 moléculas de NADH;2 moléculas de FADH2; 2 moléculas de ATP e 4 moléculas de
CO2
 Cadeia transportadora de eletrões e fosforilação oxidativa: Ocorre nas cristas
mitocondriais. As moléculas de NADH e FADH2, transportam eletrões que vão, agora,
percorrer uma série de proteínas até serem captadas pelo acetor final, o oxigénio.
Estas proteínas acetoras constituem a cadeia respiratória e encontram-se ordenadas
na membrana interna das mitocôndrias, de acordo coma sua afinidade com os
eletrões. Os eletrões que são transportados pelas moléculas acima identificadas, são
cedidos aos acetores, iniciando um fluxo, ao longo do qual estas moléculas vão sendo
sucessivamente reduzidas e oxidadas. Este fluxo é condicionado pela disposição das
moléculas transportadoras de eletrões. Cada transportador tem maior afinidade para
os eletrões do que o transportador anterior, garantindo-se desta forma um fluxo
unidirecional até ao acetor final (oxigénio). Depois do último acetor receber os
eletrões, capta os protões presentes na matriz da mitocôndria originando-se água. À
medida que os eletrões passam de transportador para transportador liberta-se
energia, que é utilizada para fosforilar o ADP, formando ATP- a este processo de
formação de ATP denomina-se por fosforilação oxidativa (diversas reações de oxidação
e redução).

Balanço energético da respiração aeróbia: Em algumas células animais, a membrana


mitocondrial interna é impermeável às moléculas de NADH (que se formaram durante a
glicólise, no citoplasma). Nestas células, os eletrões do NADH são cedidos a moléculas de FAD,
implicando a produção de menos duas moléculas de ATP, e um rendimento final de 36
moléculas de ATP.

C6H12O6 + 6O2 CO2 + 6H2O + Energia (36 ou 38 ATP)

Diferenças entra a fermentação e a respiração aeróbia:

Processo Fermentação Respiração aeróbia


Via Catabólica Catabólica
Objetivo Produção de ATP Produção de ATP
Matéria necessária Glicose Glicose e oxigénio
Produtos intermédios ADP-ATP; NAD+-NADH ADP-ATP;NAD+-NADH;FAD-
FADH2
Produtos finais 2ATP-2CO2-2etanol 36/38 ATP
2ATP-2 ácido lático 6CO2
6H2O
Balanço energético 2ATP 36/38ATP
Realizada por Eucariontes e Procariontes Eucariontes e Procariontes

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