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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Economia e Gestão

Processo de Orçamento de Capital nas Micro e Pequenas empresas para Decisão de


Investimento de Longo Prazo. Um caso de estudo da empresa Beparthner, S.A

(2015 à 2017)

De:

Joaquim Tomás

Monografia apresentada como exigência parcial para a obtenção de grau de Licenciatura em


Contabilidade e Auditoria, a comissão julgadora da Universidade Católica de Moçambique

Beira,
Abril de 2019
DECLARAÇÃO

O presente trabalho foi realizado pelo autor da Universidade Católica de Moçambique, em


2019. Este trabalho é da sua autoria, excepto para as citações que aqui foram referenciadas. O
trabalho nunca foi e nem será submetido a nenhuma outra universidade ou instituição de ensino.
Nenhuma parte deste trabalho deverá ser reduzida ou acrescentada sem não com a prévia
permissão do autor ou da Universidade Católica de Moçambique.

Nome do autor:

__________________________

Data: 05 de Abril de 2019

Nome do Supervisor

__________________________

Data: 05 de Abril de 2019

I
DEDICATÓRIA

Aos meus pais Tomás Samuel e Angelina Tomás pelo seu


incansável suporte.

Aos irmãos pela tolerância de me ceder aos livros para


estudos.

Aos meus pais, irmãos, familiares amigos e pela


disponibilidade por apoiar me e motivar sempre que fosse
necessário.

II
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradecer a Deus todo-poderoso que me deu a vida e saúde. Agradecer a
Universidade Católica de Moçambique em particular a Faculdade de Economia e Gestão e ao
meu supervisor Dr. Leote Armindo Banze, pelo esforço, vontade e dedicação na resolução de
problemas. O meu profundo agradecimento a minha família, particularmente aos meus pais,
irmãos que sempre deram o seu apoio incondicional para procedimento da pesquisa. Muito
obrigado por tudo!

III
SUMÁRIO EXECUTIVO

A presente pesquisa sobre o processo de orçamento de capital nas micro e pequenas empresas
para a tomada de decisão de investimento de longo prazo, tem como caso de estudo os anos
2015 à 2017 da empresa Beparthners, S.A. A empresa em estudo está voltada a prestação de
serviços no fornecimento de serviços de aluguer de imóveis.

Devido a crescente demanda de satisfação dos cliente e tendência do fornecimento de melhores


serviços, as empresas comprometem se a estender-se mais de modo que haja satisfação
serviços, assim sendo, o estudo em causa tem como objectivo principal analisar o processo de
orçamento de capital nas micro e pequenas empresas com vista a trazer soluções para várias
categorias e sectores de trabalhos, principalmente para as que possuem ou pretende possuir
activos imobilizados. Para isso, o pesquisador optou pelo método de estudo qualitativo, e
entrevistas estruturadas com a intenção de alcançar os objectivos preconizados e
consequentemente poder responder a grande problemática em estudo.

Palavras-chaves: Processo de Orçamento de Capital, Decisão de Investimento de Longo


Prazo.

IV
ÍNDICE
DECLARAÇÃO ................................................................................................................................... I

DEDICATÓRIA ................................................................................................................................. II

AGRADECIMENTOS ...................................................................................................................... III

SUMÁRIO EXECUTIVO ................................................................................................................. IV

LISTA DE FIGURAS E TABELAS ................................................................................................. III

GLOSSÁRIO ...................................................................................................................................... V

CAPITILO I: INTRODUÇÃO ........................................................................................................ VII

1.1 Introdução ............................................................................................................................... VII


1.2 Justificativa ............................................................................................................................ VIII
1.3 Definição do Problema............................................................................................................. IX
1.4 Objectivos do Estudo ................................................................................................................ X
1.4.1 Objectivo Geral .................................................................................................................. X
1.4.2 Objectivos Específicos ........................................................................................................ X
1.5 Perguntas da Pesquisa .............................................................................................................. X
1.6 Delimitação do Estudo ............................................................................................................. XI
1.7 Limitação do Estudo ............................................................................................................... XII
1.8 Organização do Trabalho ....................................................................................................... XII
CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................ XIII

2.1 Introdução .............................................................................................................................. XIV


2.2 Revisão da Literatura Teórica .............................................................................................. XIV
2.2.1 Conceito de Empresa ...................................................................................................... XIV
Tabela 2.1: Classificação das Micros e Pequenas empresas em Moçambicanas ......................... XIV

Número de Micro e Pequena Empresa em cada distrito de Sofala ............................................... XV

Tabela 2.2: Número de Micro e Pequena Empresa ........................................................................ XV

2.2.2 Conceitos .............................................................................................................................. XVI


2.2.3 Decisão de Investimento.................................................................................................. XVI
2.2.4 Orçamento de Capital .................................................................................................... XVII
2.2.5 Fluxos de Caixas .............................................................................................................. XXI
2.2.6 Técnicas e Riscos a serem reconhecidos no Processo de Orçamento de Capital ....... XXII
Técnicas de Avaliação ............................................................................................................. XXII
2.2.7 Termologia de orçamento de Capital........................................................................... XXIV

I
2.2.8 Determinação do Investimento Inicial ......................................................................... XXIV
2.3 Revisão da Literatura Empírica ......................................................................................... XXVI
2.3.1 Orçamento de Capital nas Decisões de Investimento ................................................. XXVI
2.4 Revisão da Literatura Focalizada ...................................................................................... XXVII
2.4.1 Avaliação do Processos Financeiros para Sobrevivência das Micros e pequenas
Empresas ............................................................................................................................... XXVII
CAPITULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA ................................................................ XXVIII

3.1. Introdução ......................................................................................................................... XXVIII


3.2. Desenho de Pesquisa ........................................................................................................... XXIX
3.3. População em Estudo .......................................................................................................... XXIX
3.4. Processo de Amostragem ..................................................................................................... XXX
3.5. Tamanho da Amostra .......................................................................................................... XXX
3.6. Método de Colecta de Dados .............................................................................................. XXXI
3.6.1. Colecta de Dados Primários ........................................................................................ XXXI
3.6.2. Colecta de Dados Secundários ..................................................................................... XXXI
3.7. Duração do Inquérito.......................................................................................................... XXXI
4. CAPITULO IV: ANÁLISE E INTERPRETAÇAO DOS DADOS ....................................... XXXII

4.1 Introdução .......................................................................................................................... XXXIII


4.2 Perfil dos Entrevistados na População de Estudo............................................................ XXXIII
4.2 Análises de Dados Primários – Entrevista ....................................................................... XXXIV
4.2.1 Constatações dos Motivos e condições necessárias para a realização do orçamento de
capital.................................................................................................................................... XXXIV
4.2.2 Técnicas orçamentais e os riscos que devem ser reconhecidos no processo de
orçamento de capital ........................................................................................................... XXXVII
4.2.1 Importância do processo de orçamento de capital nas micro e pequenas empresas XXXVIII
5. CAPITULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES DA PESQUISA ..............................XL

5.1 Introdução ................................................................................................................................XL


5.2 Conclusão da Pesquisa .............................................................................................................XL
5.3 Recomendações .......................................................................................................................XLI
5.3.1 Às Micro e Pequenas Empresas e aos Futuros Pesquisadores ......................................XLI
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .......................................................................................XLII

II
LISTA DE FIGURAS E TABELAS

Tabela 1: Classificação de Empresas Moçambicanas ................................................................ 8


Tabela 2: Número de Micro, Pequenas Empresa ....................................................................... 8
Tabela 3: Tabela de Cronograma ............................................................................................. 24
Tabela 4: Tabela de orçamentos .............................................................................................. 24

III
LISTA DE ABREVIATURAS

OC – Orçamento de Capital

INE – Instituto Nacional de Estatística

FC – Fluxo de Caixa

FC – Fluxo de Caixa Inicial

MBA – Administração e Gestão de Negócios

MIC – Ministério de Industria e Comércio

MPE's – Micro e Pequenas Empresas

MPME's – Micro, Pequenas e Média Empresas

Pr – Período de Retorno

TIR – Taxa Interna de Retorno

VAL – Valor Actual Liquido

IV
GLOSSÁRIO

Activo – "é um conjunto dos valores activos, abrange o que se possui e o que se tem a receber"
Costa & Alves (2008, p. 127) .

Passivo – "corresponde ao saldo das obrigações devidas"

Longo Prazo – é o período de tempo conceptual para o qual não temos factores para a produção
fixa.

Micro Empresa - "é aquela empresa que exerce as suas actividades com volume de negócio
de 1.200.00,00Mt e com um número considerável de trabalhador no intervalo de 1 à 4
trabalhadores e sem mais de 25% de participações detidas por grande empresa ou Estado"
Decreto-lei Moçambicano nº 44/2011 de 21 de Setembro.

Pequena Empresa – "é aquela empresa que exerce as suas actividades com volume de negócio
de 1.200.00,00Mt à 14.700.000,00Mt e com um número considerável de trabalhador no
intervalo de 5 à 49 trabalhadores e sem mais de 25% de participações detidas por grande
empresa ou Estado" Decreto-lei Moçambicano nº 44/2011 de 21 de Setembro.

Gerente Financeiro – "é o responsável pela gestão da empresa no dia-a-dia e pela execução
das políticas estabelecidas pelo conselho administrativo" Gitman (2004, p. 6).

Decisão de Investimento – "é avaliada em termos financeiros, de um profissional financeiro


que desempenha um papel essencial dentro da organização" Gitman (2010, p. 321).

V
Orçamento de Capital – "é um programa de aplicação de capital de longo prazo vinculado ao plano
estratégico e trata de investimentos permanentes obtidos ou detidos para produção de bens ou venda do
mesmo" Hoji (2010, p. 127).

Accionistas – "são os proprietários de uma sociedade, ou capital, é evidenciada por acçoes


ordinárias ou preferências" Gitman (2010, p. 5).

Substituição – "é o método que visa renovar o imobilizado existente devido a causas internas
ou causas externas, como a obsolência dos equipamentos" Martins, Cruz, Augusto, Silva, &
Gonçalves (2016, p. 38)

Investimento – "Investimento é todo o sacrifício, substanciado numa troca de satisfação actual


(associada ao custo) por satisfação futura (associada aos benefícios esperados incertos), tendo
como o objectivo a produção (venda) de bens ou a prestação de serviços" (2012, pp. 24, 25)

Expansão – "é a situação em que o projecto se insere na actividade da empresa, mas que tem
de ser avaliado por si, isto é, é necessário elaborar uma análise experimental" Martins, Cruz,
Augusto, Silva, & Gonçalves (2016, p. 38).

Tomada de Decisão – "é o processo de avaliação das demostrações contabilísticas, com base
no desenvolvimento de dados na análise marginal" Gitman (2010, p. 11).

Risco – "é a probabilidade de um projecto revelar-se inaceitável. Representa grau e viabilidade


dos fluxos de caixa" Gitman (2010, p. 394).

VI
CAPITILO I: INTRODUÇÃO
Esta secção tem como objectivo fornecer informações sobre a estrutura, o conteúdo a
relevância do tema, o problema, a sua finalidade, a delimitação e as limitações da pesquisa.
Neste contexto, o estudo tem o seu marco neste capítulo, onde para além de um breve
introdução, analisam-se as causas que contribuíram para a realização e os objectivos traçados
para o mesmo.

1.1 Introdução
Em um mundo de negócios em constantes mudanças estratégicas e financeiras, as empresas
apresentam-se mais restritas e desafiadoras, pelo que estas exercem pressão em analisar as suas
situações financeiras e consequentemente criar necessidade de aprimoramento. Neste quadro,
a área das administrações financeira torna-se fundamentalmente importante para que as
empresas alcancem as suas metas planeadas.

Segundo Chiavenato (2004), este entende que,

"A administração financeira possui basicamente duas (2) tarefas fundamentais em uma
empresa, a de obter recursos monetários necessários para a realização das operações da empresa
nas melhores condições possíveis e de posse desses recursos, distribui-los de forma eficiente.
Deste modo o recurso deve ser realizado (distribuído) satisfatoriamente para que mediante estas
tarefas algumas decisões financeiras possam ser tomadas devidamente." (p. 15).

A tomada de decisões financeiras para investimento de longo prazo é considerado a maneira


pela qual muitas empresas incorrem a qualquer gasto ou a aplicar recursos de modo a obter um
retorno futuro. Deste modo as micro e pequenas empresas, vêm demostrando diferentes
situações quanto ao alcance dos seus objectivos preconizados devidos as maneiras
diversificadas pelas quais estas tomam as decisões de investimento de longo sem uso das
informações financeiras. E em Moçambique não tem sido diferente, principalmente no que
cerne aos investimentos de longo prazo nas micros e pequenas empresas.

O presente estudo tem como base teórica, livros com conteúdos direcionados aos diversos
assuntos estudados, dando destaque para a Administração financeira, com foco principal no
processo de orçamento de capital das micros e pequenas empresas para a tomada de decisões
de investimento de longo prazo. Findo esta o objectivo de propor soluções para as principais

VII
dificuldade enfrentadas pelas micros e pequenas empresa no cerne ao processo de orçamento
de capital para tomada de decisão de investimento de activos de longo prazo.

1.2 Justificativa
A escolha deste tema justifica-se na medida em que se pretender fazer o processo de orçamento
de capital para tomada de decisão de investir a longo prazo nas micros e pequenas empresas.
Este tema é de extrema importância porque ajudará a sociedade de investimento a tomar em
consideração aos impactos que são gerados pelo uso do processo de orçamento de capital nas
micros e pequenas empresas e também visará contribuir para a literatura teórica de
Moçambique, principalmente para a sociedade comercial, com particularidade no enfoque para
os que querem investir em activos de longo prazo.

O presente estudo pretende contribuir significativamente para propor soluções aos diversos
motivos pelos quais muitas empresas são levadas a não fazerem o uso dos processos de
orçamento de capital quando pretendem investir em activos de longo prazo.

A pesquisa é de grande relevância, e vem juntar a outros já realizado sobre investimentos nas
micros e pequenas empresas que são de um número considerável em Moçambique, porém, está
apresenta como diferencial no seu foco que é o processo de orçamento pelo qual as micros e
pequenas empresas devem passar para poder decidir sobre qual projecto é aceitável ou não,
apresentando também as razões, condições que podem influenciar para a realização de uma
aquisição, troca, substituição, ou liquidação de um activo de investimento de longo prazo.

Segundo MIC (2007), citado por Virgílio Maúne

"As micro e pequenas empresas constituem o centro do desenvolvimento de um país,


na medida em que contribuem para a geração de postos de trabalhos, estimulam e
disponibilizam produtos, aumentando assim a competitividade da economia. Em
Moçambique, estas constituem uma importante ferramenta no desenvolvimento sócio
– económico, contribuindo para a redução do desemprego e da pobreza." (p. 43)

Este estudo teve maior relevância para o autor devido as constatações colhidas durante a sua
formação como estudante do curso de Contabilidade e Auditoria e ao se deparar com uma
situação actual e real numa pequena empresa, onde a aplicabilidade dos métodos financeiros,
concretamente no que cerna ao processo de orçamento de capital é escassa, ou seja, se os
mesmos são aplicados, então é de forma incorrecta, pois as informações financeiras não
apresentavam a real situação da organização.

VIII
1.3 Definição do Problema
Segundo Marconi & Lakatos (2003), "definir um problema consiste em dizer, de maneira
explícita, clara, compreensível e operacional, sobre qual é a dificuldade com o qual nos
enfrentamos e que pretendemos resolver, limitando o campo e apresentando suas
características" (p. 56).

Nos dias actuais percebe-se que o mercado de negócio vem demostrando forte crescimento na
procura de melhores serviços, bem assim como, há maior tendência de fornecer os melhores
serviços por partes das organizações, havendo assim a indispensabilidade de investimentos de
curto, médios e longo prazo, o que de um modo geral possa constituir desembolso de fundos
por parte das organizações.

Segundo Gitman (2010), "os investimentos de longo prazo representam desembolsos


substanciais de fundos que comprometem a empresa com determinada linha de acção. Deste
modo, as empresas devem contar com procedimentos para analisar e selecionar de maneira
adequada os investimentos de longo prazo" (p. 327).

Embora haja maneiras não financeiras usadas pelas micros e pequenas empresas para constituir
o processo de orçamento de capital para poder decidir sobre quais são os melhores activos a
adquirir, e saber sobre quando os existentes precisam ser modificados, substituídos ou
liquidados, de maneira que estas alcancem as suas metas e maximizem os lucros. As micros e
pequenas empresas na maioria das vezes não chegam a superar as suas necessidades e alcançar
as suas metas porque estas não possuem um administrador financeiro ou um departamento de
contabilidade. Por consequência disso estas não fazem o estudo correcto para o orçamento de
capital.

Contudo o grande problema é que muitas entidades, concretamente as micro e pequenas


empresas que decidem investir a longo prazo desconhecem os parâmetros utilizados para o
processo orçamento de capital, que permitem o alcance dos objectivos

IX
1.4 Objectivos do Estudo
Os objectivos desta pesquisa irão orientar o trabalho da pesquisa no campo e na abordagem de
outras literaturas realizadas no âmbito do mesmo contexto.

Apresentam se a seguir os Objectivos Gerais e Específicos.

1.4.1 Objectivo Geral


Analisar o Processo de orçamento de capital nas micros e pequenas empresas para decisão de
investimento de longo prazo. Um caso de estudo da empresa Beparthner nos anos 2015 à 2017.

1.4.2 Objectivos Específicos


 Caracterizar de forma detalhada os motivos e as condições necessárias que conduzem
a realização de um projecto de investimento de longo prazo nas empresas;
 Identificar as principais técnicas do orçamentais e os riscos a serem reconhecido no
processo de orçamento de capital dentro do investimento da Beparthners, SA;
 Enunciar a importância do processo de orçamento de capital para melhor decidir e para
o alcance dos objectivos da Beparthners, SA.

1.5 Perguntas da Pesquisa


O processo de elaboração da presente pesquisa é resultado de várias discussões com
investidores da área de investimentos financeiros e não financeiros, pelo que formulou-se as
seguintes perguntas da pesquisa:

 Quais sãos os motivos e as condições necessárias para realização de um investimento


de longo prazo?

 Quais são as técnicas orçamentais e os riscos que devem ser reconhecidos num processo
de orçamento de capital?

 Qual é a importância do processo de orçamento de capital nas micros e pequenas


empresas?

X
1.6 Delimitação do Estudo
A pesquisa em estudo debruça sobre processo de orçamento de capital nas micro e pequenas
empresas para decisão de investimento de longo prazo. Este terá como base teóricas, livros
com conteúdos direcionado aos diversos assuntos estudados, dando destaque para
administração financeira, limitando-se no estudo da problemática em análise, com caso de
estudo de dois mil e quinze a dois mil e dezassete (2015 à 2017) de uma empresa prestadora
de serviços de imóveis, com um total de 26 trabalhadores, dos quias, 9 são do sexo feminino e
16 do sexo masculino, localizado no 4º bairro Chaimite, cidade da Beira. Distrito este que tem
uma área total de 633km3, uma altitude media de 14 metros acima do nível do mar, situada nas
seguintes coordenadas 19º 50` S 34º 51` E. A cidade actualmente, segundo o censo
populacional preliminar realizado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estatísticas, estima-se
533.825 habitantes, sendo 263.045 Homens e 268.780 Mulheres e uma densidade populacional
de 681.8/km2.

XI
1.7 Limitação do Estudo
Para além dos limites climáticos, temporais e financeiros que assolaram a cidade (ciclone
tropical Idai) onde está a se realizar o estudo do presente trabalho e porque os mesmos sempre
atravessaram os estudos de investigação e compilação dos dados desta magnitude estes
serviram de grande limitação para a concretização dos objectivos preconizados na investigação,
estas contribuíram negativamente aos recursos aplicados. A cultura de liberdade de informação
conjugada com conceitos poucos claros no nosso mercado sobre os princípios de
confidencialidade e sigilo profissional da parte dos entrevistado, consistiram como alguns dos
elementos de limitação do Estudo.

1.8 Organização do Trabalho


Por forma a obedecer aos padrões estabelecidos pela instituição de ensino, a Universidade
Católica de Moçambique, no concernente aos parâmetros a seguir nas metodologias de
elaboração de trabalhos científicos, abaixo cita os cincos (5) capítulos a serem compreendido
no presente trabalho, a saber:

XII
Capitulo I – Introdução: Neste capítulo é apresentada a temática do estudo e todas as
evidências que levaram a realização deste trabalho, os objectivos dos trabalhos, resultados
esperados, delimitação e as questões que nortearam o desenvolvimento.

Capitulo II – Revisão da Literatura (Teórica, Empírica, e Focalizada): Neste capítulo é


apresentado os fundamentos teóricos que sustentaram a discussão central do enigma da
pesquisa no campo prático. Este capítulo debruça o modo sistemático de fazer os conceitos
teóricos das questões selecionadas para a pesquisa destacando aqueles que procuram o alcance
dos resultados esperados da pesquisa.

Capitulo III – Metodologia de Pesquisa: Nesta sessão é apresentada as principais


metodologias que orienta o trabalho de pesquisa, contudo, a definição de todo o processo de
investigação é estabelecida pela regras e normas que compreende este tipo de estudo.

Capitulo IV – Análise e Interpretação dos Dados da Pesquisa: neste capítulo é


apresentado de uma forma geral as ideias do autor, obtidos através de métodos de pesquisa
com o objectivo de responder ao enigma em estudo e consequentemente poder alcançar os
objectvos da pesquisa. É neste capítulo em que o autor expõe uma ideia ou opinião a respeito
de uma determinada situação que lhe apoquenta sobre a matéria em estudo.

Capitulo V – Conclusão e Recomendações: findo dos parâmetros, nesta sessão é apresentada


o resumo e recomendações das ilições dos principais delineamentos dos estudos em causa e
revela ainda a posição doam autor em termos críticos sobre o tema em causa.

CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA

XIII
2.1 Introdução
De modo a compreender a questão relacionada ao tema em estudo e construir uma base de
teorias sólidas e sustentável nos diversos pontos desse capítulo, assim como das conclusões,
apresenta-se a revisão da literatura, onde é feita a menção dos processos de orçamento de
capital para tomada de decisão de investimento de longo prazo, tal como, é feita a
caracterização separada das micros e pequenas empresas na cidade da Beira.

A revisão da literatura será feita sequencialmente nos subcapítulos da revisão da literatura


teórica, revisão da literatura empírica, e revisão da literatura focalizada.

2.2 Revisão da Literatura Teórica


Neste subcapítulo é apresentado uma diversidade de conteúdos teóricos relacionados com as
micro e pequenas empresas nos processos de orçamento de capital.

2.2.1 Conceito de Empresa


Em Moçambique, o estatuto geral para as Micro, Pequenas e Médias empresas (MPME`s) foi
aprovado pelo Decreto nº44/2011, de 21 de Setembro que define dois critérios fundamentais
para classificação das empresas, a saber:

 O volume de Negócio (Critério determinante);

 Número dos trabalhadores.

Ainda à luz do referido decreto, para ser considerada micro, pequena ou média empresa, não
devem ter mais de 25% das participações detidas por grande empresa ou Estado.

2.2.1.1 Classificação das Micros e Pequenas Empresas


O Estatuto geral das micro pequenas, e médias empresas segundo Decreto nº44/2011, de 21 de
Setembro define o que é uma micro e pequena empresa (MPME) em Moçambique.

Tabela 2.1: Classificação das Micros e Pequenas empresas em Moçambicanas

XIV
Categoria Número de Trabalhadores Volume de Negócio
Pequena Empresa 5 – 49 De 1.200. à 14.700 Mil
Micro Empresa 1–4 Até 1.200 Mil Meticais
Fonte: adaptado pelo autor a partir do Decreto nº44/2011, 21 de Setembro

Número de Micro e Pequena Empresa em cada distrito de Sofala


O quadro abaixo apresenta o número de micro e pequenas empresas localizada na província
em estudo, com destaque a Cidade da Beira que representa em termos percentuais o segundo
distrito com maior numero de empresas, isto com, 63,37%, em um universo total de 7 945
micro e pequenas empresas na Província de Sofala.

Tabela 2.2: Número de Micro e Pequena Empresa

Distritos de Sofala Total de Unidade Pessoal ao Serviço


Cidade da Beira 5 035 56 917
Búzi 527 4 390
Caia 198 1 236
Chemba 114 934
Cherimgoma 113 620
Chibabava 167 2 036
Dondo 570 5 699
Gorongosa 177 1 709
Machanga 96 632
Marínguè 103 725
Marromeu 158 6 618
Muanza 56 210
Nhamatanda 631 6 516
Fonte: INE (2014)

XV
2.2.2 Conceitos
Capital

Segundo Marion (2008) "o termo capital contabilisticamente é obtido como recursos, capital
próprio, portanto, denota recursos financeiros ou materiais dos proprietários aplicados na
empresa. Capital de terceiros, por seu lado, significa recursos de outras pessoas aplicados na
empresa" (p. 55).

Activo

Segundo Costa & Alves (2008) "Activo é um recurso controlado pela empresa como resultado
de acontecimentos passados e do qual se espera que para a mesma fluam benefícios económicos
futuros" (p. 127).

Gerente financeiro

Segundo Groppelli & Nikbakht (2002), "Gerente financeiro é um individuo que deve ser capaz
de decidir se um investimento é um empreendimento valioso ou não, e de escolher de maneira
inteligente, entre duas ou mais alternativas" (p. 102).

2.2.3 Decisão de Investimento

Segundo Wernken (2005), "Todo o custo é um investimento, mas nem todo investimento é um
custo. Classifica investimento como os gastos na aquisição do activo, com a perspectiva de
gerar benefícios económicos em períodos futuros" (p. 201).

Segundo os actores Couto, Pinho, Morreira, & Soares (2012), "Investimento é todo o sacrifício,
substanciado numa troca de satisfação actual (associada ao custo) por satisfação futura

XVI
(associada aos benefícios esperados incertos), tendo como o objectivo a produção (venda) de
bens ou a prestação de serviços" (pp. 24, 25).

Segundo Berti (2002) "o investimento pode ser definido como gasto para aquisição de activo,
com a finalidade de obtenção de benefícios a curto, médio e longo prazo" (p. 27).

Segundo Gitman (2010) "Investimentos de longo prazo representam desembolsos substâncias


de fundos que comprometem a empresa com determinada linha de acção" (p. 327).

Segundo Securato (1993), "decisão de investimento envolve pensamentos que antecedem o


momento decisório e é influenciada por informações, experiências ou treinos e observações,
consideradas muito tempo antes do acto de decidir " (p. 74).

Segundo Gitman (2004), “decisão de Investimento dentro de uma empresa é avaliada em


termos financeiros, de um profissional financeiro que desempenha um papel essencial dentro
da organização” (p. 178).

Segundo Hoji (2010) "a tomada de decisão de um investimento deve ser comparado com outro
investimento" (p. 262).

2.2.4 Orçamento de Capital


Segundo Gitman (2010) "Orçamento de capital é aplicável a projectos nacionais e
internacionais, a avaliação de oportunidades de investimentos externo exigem abordar muitos
outros factores" (p. 332).

Segundo Vasconcelos (2012) "Um orçamento é um plano financeiro que estabelece, de forma
mais precisa possível, como se espera que transcorram os negócios de um departamento ou de
uma empresa, geralmente num prazo mínimo de um ano" (p. 11).

XVII
Segundo Horne (1974) "O orçamento de capital vem a ser uma tentativa de se prescrever o
processo decisório, considerando as etapas do planeamento, efectivação e gestão de
investimentos internos em activos que venham a gerar retornos ou benefícios em períodos
futuros, superiores a um ano" (p. 78).

Para autor Gitman (2010) define o orçamento de capital da seguinte maneira:

Orçamento de capital é a avaliação e seleção do processo de organização do capital para


investimentos de longo prazo condizentes a objectivos empresariais de maximizar a riqueza dos
proprietários. As empresas costumam fazer muitos tipos de investimento de longo prazo, mas
comuns entre as indústrias são em activos imobilizados, que abrangem terrenos, instalações e
equipamentos. Estes activos as vezes chamados de geradores de lucros, porque costumam dar
base a rentabilidade e ao valor do negócio durante o período em que elas são colocadas a
disposição" (p. 327).

Para Hoji (2010) este entende que,

O orçamento de Capital é um programa de aplicação de capital de longo prazo vinculado ao


plano estratégico e trata de investimentos permanentes obtidos ou detidos para produção de
bens ou venda do mesmo. As decisões relacionadas ao orçamento de capital devem ser tomadas
somente após profundo estudo (processo para orçamento de capital), pois uma vez iniciado o
processo de dispêndio de capital, sua interrupção ou reversão não será fácil devido ao
comprometimento do activo durante uma determinada linha de acção (p. 127) ".

O orçamento de capital é uma ferramenta que quando bem usado pelo gerente financeiro ou
entidade patronal este passa a ser um instrumento financeiro indispensável para tomada de
qualquer decisão de investimento qualquer organização. Pois uma das responsabilidades de um
gerente financeiro na maioria das vezes é escolher e decidir os investimentos com fluxos de
caixa satisfatórios. Não obstante da realidade das micro e pequenas empresas que na maioria
das situações, procuraram gerir investimentos que geram fluxos de caixas maiores em menos
tempo.

Segundo aponta Brigham & Gapenski (1997) "Um orçamento de capital é a expansão de activos
e está fundamentalmente associada à expectativa de vendas futuras e a decisão de adquirir um
activo fixo envolvendo esse mesmo horizonte temporal. Tais decisões definem o

XVIII
direcionamento estratégico da organização, pois o posicionamento em novos produtos e
serviços, ou mercados, devem ser precedidos de desembolsos" (p. 529).

Motivos para realizar investimentos de Capital

Após a compilação e compreensão de pensamento de vários actores, apresentam se a seguir os


motivos que indicam a aceitação ou negação de um determinado projecto.

 Expansão

Segundo aponta Gitman (2010), "A expansão é o motivo mais comum para o investimento de
capital a todo nível das operações. Normalmente por meio de aquisição de activos
imobilizados. Muitas vezes, uma empresa em crescimento precisa adquirir novos imobilizados
de forma rápida" (p. 327).

Segundo Martins, Cruz, Augusto, Silva, & Gonçalves (2016), "É a situação em que o projecto
se insere na actividade da empresa, mas que tem de ser avaliado por si, isto é, é necessário
elaborar uma análise experimental" (p. 38).

 Substituição ou Reforma

Segundo Gitman (2010), " Reforma é a medida que uma empresa sofre desaceleração do
crescimento e amadurece, a maioria dos investimentos de capital terá objectivo de substituir ou
renovar activos obsolectos ou desgastados" (p. 327).

Segundo Martins, Cruz, Augusto, Silva, & Gonçalves (2016), " Substituição visam renovar o
imobilizado existente devido a causas internas ou causas externas, como a obsolência dos
equipamentos" (p. 38).

 Outros

XIX
Segundo Lemes, Rigo, & Cherobin (2000), "para certos tipos de projectos, uma análise
relativamente detalhada pode ser justificada; para outros, procedimentos mais simples devem
ser usados" (p. 287).

Etapas do Processo de Orçamento de Capital

Segundo Gitman (2010), o processo de orçamento de capital consistem em cinco (5) etapas
distintas, porém inter-relacionadas entre elas, a saber:

 Geração da Proposta

"Propostas são feitas em todos os níveis organizacionais e revistas pelo pessoal financeiro de
cada organização. Aquelas que exigem grandes desembolsos são submetidas a um escrutínio
maior do que as mais modestas".

 Revisão e Análise

"Realizam-se revisões e análises mais detidas para avaliar a adequação e a viabilidade


económica da proposta. Uma vez concluída a análise, um relatório resumido é submetido aos
tomadores de decisões, que geralmente são os acionista (stakeholder) da organização".

 Tomada de decisão

"As empresas costumam delegar a tomada de decisão em investimento de capital com base em
tectos, ou seja, limite de valor estimados. De modo geral, é necessário obter autorização do
conselho de administração para dispêndios além de um determinado valor, muitas vezes, os
directores de unidades produtivas recebem delegação para tomar as decisões necessárias para
manter a linha em funcionamento".

 Implementação

"Depois da aprovação, os investimentos são realizados e os projectos, implementados. Os


dispêndios em projectos de grande porte muitas vezes ocorrem por etapas".

XX
 Acompanhamento

"Os resultados são monitorados e os custos e benefícios efectivos comparados com expectativa.
Poderá ser necessário tomar algumas providências, se os resultados efectivos forem diferentes
dos planeados".

Procedimentos para elaboração de um Orçamento de Capital

Segundo Lemes Júnior, Rigo, & Cherobin (2000), ao proceder ao processo de orçamento de
capital é necessário a análise dos itens a baixo citados, a saber:

 Determinar do valor financeiro do projecto;

 Estimar os fluxos de caixa esperado do projeto, inclusive seu valor residual dos activos ao final
da vida útil esperada;

 Determinar o fator de risco dos fluxos de caixa estimados;

 Identificado o risco do projeto, determinar o custo apropriado de capital (Taxa de desconto) em


que os fluxos de caixa devem ser descontados;

 Encontrar o valor presente das receitas do fluxo de caixa, para a obtenção de uma estimativa do
valor do ativo da empresa;

2.2.5 Fluxos de Caixas

Segundo Gitman (2010), "os fluxos de caixas não são usados dados contabilísticos, pois estes
afetem directamente a capacidade da empresa para pagar as suas contas e comparar activos"
(p. 329).

XXI
Fluxos de Caixas Relevantes

Segundo Gitman (2010), "Fluxos de caixas relevantes são as saídas de caixas incrementais
(investimento) e as entradas resultantes e subsequentes" (p. 329).

Fluxo de Caixa Incrementais

Segundo Gitman (2010), "representam os fluxos de caixas adicionais, saídas e entradas que se
espera obter de uma proposta de investimento de capital". (p. 251)

2.2.6 Técnicas e Riscos a serem reconhecidos no Processo de Orçamento de Capital


Técnicas de Avaliação
Segundo Gitman (2010), "técnicas de orçamento de capital são as que determinam se um
projecto é aceitável ou fazer uma classificação de projectos" (p. 219).

Período de Payback (Pr)

Para Gitman (2010), "o período de Payback é o tempo necessário para que a empresa recupere
o investimento inicial em um projecto, calculado a partir das entradas de caixa" (p. 366).

Método do Valor Presente liquido (VPL)

Segundo Gitman (2010), "considera o valor do dinheiro no tempo, é considerado uma técnica
de orçamento de capital" (p. 369).

Sua forma matemática:

e VPL  FCt xFVPr ,t   FC0


n
FCt
VPL    FC0
t 1 (1  r )

XXII
Onde:

VPL – Valor Patrimonial Liquido

FC – Fluxo de Caixa

FC – Fluxo de Caixa Inicial

n – Período

Taxa Interna de Retorno (TIR)

Para Gitman (2010), "a taxa consiste na taxa de desconto que faz com que o VPL de uma
oportunidade de investimento seja igual" (p. 371).

Sua forma matemática

n
FCt
 (1  TIR)
t 1
t
 FC0

Onde:

VPL – Valor Patrimonial Liquido

FC – Fluxo de Caixa

FC – Fluxo de Caixa Inicial

n – Período

Riscos

As empresas nacionais e internacionais enfrentam vários tipos de riscos nos períodos de curto
ou lango prazo dependendo do investimento.

Segundo Gitman (2010), "as empresas enfrentam Riscos de curto prazo do processo de
orçamento de capital e os fluxos de caixas deles resultantes sobre tudo os riscos cambias".

Segundo Gitman (2010), "Riscos Políticos são aquelas que podem ser minimizado por meio de
estratégias operacionais e financeiras" (p. 332).

XXIII
2.2.7 Termologia de orçamento de Capital
Segundo Gitman (2010), este entende que,

Para uma boa compreensão e aproveitamento das práticas e técnicas relacionadas ao processo
de orçamento de capital é necessário compreender algumas termologias básicas que são
mencionadas abaixo:

 Quanto aos Projectos

Projetos Independentes – são projectos cujos fluxos de caixa não são relacionados ou
dependentes um do outro; a aceitação de um dos projetos não exclui os outros de considerações
adicionais.

Projectos Mutuamente Excludentes – São projectos que competem uns com os outros, de tal
modo que a aceitação de um dos projetos descarta a consideração de todos os outros que
possuem a mesma finalidade.

 Quanto aos Fundos

Fundos ilimitados – Situação financeira na qual uma empresa pode aceitar todos os projectos
independentes que prometem um retorno aceitável.

Racionamento de capital – Situação financeira na qual uma empresa possui uma quantidade
fixa de dinheiro disponível para dispêndios de capital e diversos projectos competem por este
valor.

 Quanto ao Enfoque da decisão

Enfoque da Aceitação-Rejeicção – Avaliação de proposta de dispêndio de capital para


determinar se atendem ao critério mínimo de aceitação da empresa.

2.2.8 Determinação do Investimento Inicial

Custo

XXIV
Segundo Nascimento (2001), "custo é o somatório dos bens e serviços consumidos ou
utilizados na produção de novos bens ou serviços, traduzidos em unidade monetária" (p. 25).

Custo Irrecuperáveis

Segundo Gitman (2010), "desembolsos que já ocorreram e, portanto não tem nenhum efeito
sobre os fluxos de caixas relevantes para uma decisão corrente" (p. 331).

Custo de Oportunidade

Segundo Gitman (2004), "são os fluxos de caixas que poderiam ser obtidos com a melhor
utilização alternativa de um activo possuído pela empresa" (p. 331).

Custo Total de um activo novo


Para Gitman (2010), "custo total de um activo novo é a soma do custo de aquisição com os de
instalação" (p. 334).

Custo de activo novo

Segundo Gitman (2010), "custo de activo novo representa a saída liquida necessária a
aquisição" (p. 335).

Custo de Instalação

Para Gitman (2010), "custo de instalação consiste em qualquer custo adicional necessários para
colocar um activo em funcionamento" (p. 334).

2.2.5 Importância do Orçamento de Capital

XXV
Segundo Brigham & Gapenski (1997), "vários factores combinam-se para tornar as decisões
sobre a elaboração do orçamento de capital mais importante que os gerentes financeiros devem
tomar" (p. 529).

Assim sendo, o orçamento de capital possuí, estrategicamente, um importante papel no


gerenciamento das organizações, seja esta as micros e pequenas empresas, pois estas decisões
têm um impacto directo na rentabilidade da organização.

2.3 Revisão da Literatura Empírica


Neste subcapítulo são apresentados alguns estudos empíricos realizados nos outros países do
Mundo, sobre o tema em estudo.

Os conteúdos que serão apresentados nos subcapítulos, irão obedecer uma determinada ordem
cronológica quanto a relevância dos seus estudos, independentemente da sua localização.

2.3.1 Orçamento de Capital nas Decisões de Investimento


Conforme Cueva (2012), efectuou uma pesquisa sobre o "Orçamento de Capital para
Decisões de Investimento" na perspectiva Internacional. Na sua dissertação do grau de
Mestrado em Contabilidade e Finanças aplicada no sector de Ciências Sociais pela
Universidade Federal do Paranã em Brasil, com objectivo geral identificar os factores
económicos que foram considerados no uso do orçamento de capital para subsidiar as decisões
de investimento de investidores brasileiros no Paraguai.

A pesquisa pretendia fazer menção dos factores económico nas decisões de investimentos de
modo a dar uma performance aos investidores daquele estado. A pesquisa foi realizada no
Brasil, motivado pela necessidade de poder responder a problemática, de saber quais eram os
factores económicos que eram considerados no uso do orçamento de capital para subsidiar as
decisões de investimento de investidores brasileiros no Paraguai. Com isto, a pesquisa visava
também observar o interesse de ambos países em gerar uma parceria que viria a fluir benéficos.
O Brasil, buscando novas oportunidades de competitividades, e o Paraguai, fomentando o seu
desenvolvimento económico e social.

A pesquisa debruçada pela autora Cueva (2012), aborda situação relevante que hoje é levantada
na pesquisa em estudo, com o mesmo enfoque que era o processo de orçamento de capital em
estudo, mas com uma visão voltada as micros e pequenas empresas.

XXVI
Com a pesquisa a autora chegou a conclusão que a prática do Orçamento de Capital ainda é
realizada de forma empírica pelas empresas brasileiras instaladas no Paraguai e sua aplicação
era prática nas ferramentas de análise do Orçamento de Capital podendo assim fornecer
incrementalmente os investimentos no exterior e no interior. A análise de investimento deixaria
de ter foco somente por aspectos relacionados ao “cenário do país” dando assim maior
sustento nas aplicações de Capital.

2.4 Revisão da Literatura Focalizada


Neste subcapítulo irei fazer um levantamento dos dados realizados no país, com base nos dados
já existem, mas, com a bordagem das pesquisas sobre o processo de orçamento de capital nas
micros e pequenas empresas. Os estudos apresentados abaixo foram realizados em
Moçambique de modo a ultrapassar a problemática constatada.

2.4.1 Avaliação do Processos Financeiros para Sobrevivência das Micros e pequenas


Empresas
Conforme Maúne (2015), que levou a cabo o tema subordinado da "Avaliação do impacto
dos Processos Financeiros para as Micros e Pequenas Empresas (MPE`s)" na cidade da
Beira, para a conclusão do grau de Mestrado em Administração e Gestão de Negócios (MBA)
na Universidade Católica de Moçambique, com o objectivo geral de avaliar o impacto
financeiros para as MPE`s no distrito da Beira.

De modo a fazer face a realidade das micros e pequenas empresas em Moçambique,


concretamente na cidade da Beira, este autor identificou a problemática de qual era impacto do
planeamento financeiro na sobrevivência das micros e pequenas na cidade da Beira? Visto que
em Moçambique, as micro e pequenas empresas representam a classe dominante com o maior
número de empresas.

A pesquisa apresentada pelo autor trouxe resultados para as principais perguntas, que era de
avaliar os rácios financeiros, verificar a influência dos processos de orçamento de capital para
o desempenho das micros e pequenas empresas e interpretar a importância do ambiente
económico na qual as empresas desempenhavam as suas actividades na cidade da Beira.

XXVII
Com a pesquisa e mediante os questionários o autor concluiu que as condições do mercado de
investimento não estão adequadas as políticas governamentais de promoção e financiamento
das micro e pequenas empresas;

Também apresentou que a falta do planeamento financeiro tem conduzido a baixa lucratividade
das micros e pequenas empresas, e que uma boa margem de lucro é suficiente para considerar
as micros e pequenas empresas bem-sucedidas. Nisto constata se a relação do saber investir
nas organizações, o estudo em causa apresenta como relação o impacto do orçamento de capital
nas empresas, visto que a situação prevalece que algumas organizações, concretamente nas
micros e pequenas empresas.

CAPITULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA

3.1. Introdução
Segundo Marconi & Lakatos (2003), "a metodologia é um conjunto de actividades sistemáticas
e racionais que com maior segurança e economia permite alcançar os objectivos preconizados,

XXVIII
traçando assim o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista"
(p. 56).

Mediante este cenário, será apresentado neste capitulo as metodologias a serem usadas para
efectuar a pesquisa. A pesquisa irá abordar o método qualitativo, pelo que a primeira parte
desta apresenta o desenho da pesquisa e faz menção de todos passos a serem usados para
alcançar os objectivos traçados nos subcapítulos anteriores, apresenta-se ainda a luz do capítulo
acima referido a população em estudo, o processo de amostragem, tamanho de amostra, método
de colecta de dados, e por fim último a duração do inquérito.

3.2. Desenho de Pesquisa


Segundo Danton (2002)"desenho de pesquisa é um plano que mostra, por meio de evidências
para fazer" (p. 21).

A pesquisa tem como o objectivo central, analisar os processos de orçamento de capital nas
micros e pequenas empresas para decisão de investimento de longo prazo, para tal será
adoptado o método Qualitativos. Os dados da pesquisa serão obtidos primeiramente por meio
de Entrevistas, análise documental e posteriormente por observações. As Entrevistas
(questionários) serão dirigidos aos integrantes directos da organização, ou seja, aos gestores
seniores, contabilistas responsáveis da avaliação do desempenho dos activos (quem faz o
acompanhamento), podendo assim responder as questões que serão submetidas por diversos
canais de comunicação de maneira que haja o cumprimento dos objectivo e construir uma base
de estudo sólido.

Segundo o autor Gil (2014), este entende que:

"questionário para entrevista é técnica de investigação composta por um conjunto de questões


que são submetidas as pessoas como propósito de obter informações sobre conhecimento,
crenças, sentimentos, valores, expectativas, aspirações, temores, comportamento, presente ou
passado etc" (p. 121).

3.3. População em Estudo


Segundo Reis (2012), "a população constitui um conjunto de indivíduos ou objectos que
representam uma ou mais característica em comum" (p. 43).

XXIX
A pesquisa terá como alvo a população de uma empresa que arrenda imóvel que segundo
círculo do estudo do decreto-lei moçambicano nº 44/2011 de 21 de Setembro sobre as MPEM`s
esta é considerada pequena empresa com um total de 12 micro e pequena empresas nela
contida. A população em estudo são todos moradores da cidade da Beira, concretamente as da
Beparthners, SA e compreendidos entre 2 a 6 anos de existência no mercado, do regime normal
e simplificado de tributação, onde quais 3 são micro e pequenas com um número total de 13
colaboradores e 2 pequena empresa com um número total de 78 e colaboradores do sexo
masculino e feminino respectivamente, perfazendo assim um total de 91 colaboradores do sexo
masculino e feminino. Apenas serão

3.4. Processo de Amostragem


Segundo Reis, Melo, Andrade, & Calapez (2008) "A amostragem é um dos instrumentos que
possibilita o conhecimento científico da realidade, onde outros processos ou métodos
alternativos, por razões diversas, não se mostram adequados ou até mesmo possíveis" (p. 17).

A pesquisa irá contemplar o tipo de amostragem não probabilística, pois os elementos da


amostra não iram possuir nenhum procedimento de modo a assegurar que todos os indivíduos,
ou as suas características, estejam representadas.

3.5. Tamanho da Amostra


A amostra nesta presente pesquisa de estudo será de 5 Micro e Pequenas Empresa diferentes
extraídas no universo total de 12 Empresas (91 trabalhadores), sendo que somente foram
selecionados gestores seniores, contabilistas, e operacionais de produção. A amostra foi
selecionada da seguinte maneira:

 Tempo de Operacionalidade no mercado de negócio;


 De acordo com a actividade principal da empresa.

XXX
3.6. Método de Colecta de Dados
Com vista a dar mais enfase ao alcance dos objectivos da pesquisa em estudo, irá adoptar se os
métodos de colecta de dados primários e secundários respectivamente, que são apresentados
nos subcapítulos a seguir.

3.6.1. Colecta de Dados Primários


A população em estudo constitui a própria fonte para os dados primários, visto que estes foram
obtidos com base em entrevista estruturadas dirigidas aos gestores seniores, contabilistas,
operacionais das empresas contida na Beparthers, SA. Assim sendo, tais dados dependeram da
capacidade do investigador na observação e elaboração de perguntas relevantes para a pesquisa.

O autor optou por uma entrevista estruturada e questionários com 16 perguntas, das quais 10
perguntas são fechadas e as remanescentes 5 aberta, deste modo o entrevistado e o entrevistador
encontraria meios-termos para apresentação das informações que sejam materialmente
relevantes para a pesquisa em estudo e os mesmos possam detalhar o seu parecer de cada
situação que será abordada segundo o seu ponto de vista.

Para as perguntas abertas e fechadas serão abordados assuntos sobre dados pessoais não
aprofundados, de seguida a respeito do processo de orçamento de capital e sobre importância
da tomada de decisão de um determinado investimento de longo prazo, numa linguagem
corrente de modo que o entrevistado fique familiarizado e não sobre pressão.

3.6.2. Colecta de Dados Secundários


Os dados secundários desta pesquisa consistiram na base de diversas literaturas para o suporte
da interpretação dos dados primários colectados durante a pesquisa, e fonte para emissão de
um determinado parecer e recomendações a respeito da pesquisa.

Para a implementação serão obtidos através de pesquisas já realizadas, monografias,


dissertações, teses, e relatórios que tem ocorrido no dia-a-dia na sociedade comercial.

3.7. Duração do Inquérito


Para a compilação dos dados para o computador e construção de questionários em média terá
uma duração de trinta e cinco (35) dias, que corresponde a um mês e cinco dias (5). Com esse

XXXI
período de tempo poderá se construir dados que possam responder as necessidades dos
objectivos e poder se emitir uma opinião materialmente relevante para a pesquisa.

4. CAPITULO IV: ANÁLISE E INTERPRETAÇAO DOS DADOS

XXXII
4.1 Introdução
Segundo Marconi & Lakatos (2003) "a análise e interpretação de dados da pesquisa é
importante não em si mesmos, mas em proporcionarem respostas às investigações" (p. 167).

O presente capítulo destina-se a análise e interpretação dos dados recolhidos no âmbito da


pesquisa, foi através de entrevistas, análise documental e observação, a qual foi possível validar
os objectivos apresentados nos subcapítulos anteriores.

A análise e interpretação dos dados obtidos por intermedio de entrevistas, análise documental
e observações foram feitas de forma linear, sendo depois apresentado comentários, de forma
tabelar, seguido de citação de autores adquiridos durante a pesquisa e por fim último a
conjugação de todos conteúdos do tema em análise de maneira que pudesse imitir uma opinião
materialmente relevante para melhor compreensão, com vista a materialização dos objectivos
e consequentemente para propor solução ao enigma em questão.

4.2 Perfil dos Entrevistados na População de Estudo

Na BEPARTHNERS, S.A fora recolhidos dados primários e Secundários das micro e


pequenas empresas em estudo, através de entrevistas, análise documental e observação. Para
tal, as entrevistas foram efectuadas para os gestores seniores e aos contabilistas, ao passo que
as observações foram feitas mediante parecer dos responsáveis sobre o acompanhamento de
um determinado activo investido pela empresa. Os dados secundários foram obtidos, mediante
relatórios financeiros formais e não formais existes dentro da organização.

As empresas entrevistadas são micro e pequenas empresas segundo o decreto nº44/2011, de 21


de Setembro, dentre elas três (3) são micro empresa e as duas (2) remanescentes são pequenas
empresas.

Micro e Pequenas empresa – Beparthners

As empresas entrevistadas estão no mercado de negócio formalmente a mais de um ano (1 ano)


com num número mínimo de 2 trabalhadores para as micro empresas e um mínimo de 6
trabalhadores para as pequenas empresas dentro da Beparthers. As empresas em estudo, duas
delas estão voltada a prestação de serviços tipográficos (uma micro, e uma pequena empresa),
ao passo que para as duas remanesceste micro estão voltada a prestação de serviço de
cosméticos e a pequena no fornecimento de delivery (entregas via motociclo).

XXXIII
4.2 Análises de Dados Primários – Entrevista
De modo a fazer face aos dados a serem aprestados na análise dos dados primários, as respostas
obtidas da população em estudo pelo método de entrevista estruturada segundo apresenta o
capítulo anterior, será designada por um nome abstracto de modo a cumprir o que foi salientado
nos capítulos anteriores, sendo estas as primeiras três (3) micros e pequena empresas
representadas pelo termos primeiro, segundo e terceiros para as empresas remanescentes pelo
quarto e quinto.

4.2.1 Constatações dos Motivos e condições necessárias para a realização do orçamento

de capital

ENTREVISTADOS PARECERES
"…os motivos e as condições necessárias que me levaram a constituir o orçamento
de capital na minha empresa foi de querer aumentar o meu capital social. Deste
Primeiro
modo aumentaria a o nível de maximização dos meus lucros".
"Os motivos que e as condições para o orçamento de capital são vários começando
pela vontade de satisfazer a demanda, estas podem ser levadas a aumentar o seu
Segundo
fluxo de produção na empresa para atender a necessidades dos clientes ou pelos
fornecedores".

Terceiro Indisponível
"Para melhor mapiar e orçar o capital da empresa devemos olhar para os nossos
objetivos traçados e o nosso público-alvo, com isto, controlar os recursos que
Quarto
temos para melhor ofertar e despender. Então o motivo essencial para que uma
MPE faça o orçamento daquilo que pretende adquirir a longo prazo é necessidade
de produzir com eficiência e eficácia".
"As condições para orçamento de capital são as de ter um bem disponível e em
bom estado para ser explorado ou em condições de ser liquidado a justo valor de
modo que este possa ser canalizados os seus valores monetários aos seus devidos
Quinto
fins … os principais motivos que nos conduziram para expandir o negocio e
substituir aqueles que já estava desgastados e com fraca produção
Fonte: Dados Primários (2019)

Mediante aos pareceres colhidos na recolha dos dados primários constatou-se que apenas duas
(2), das empresas, isto é, a empresa segunda e quinta, apresentaram motivos que são gerados
pela necessidade de se realizar o processo de orçamentar o capital. Também percebemos que

XXXIV
no ano 2013 a empresa quinta adquiriu um activo com fim de ser explorado pelos funcionários
da instituição nas suas actividades, devido a necessidade dos seus clientes, estes abriram uma
excepção (cresceram mais uma actividade no seu alvarál) para realização de actividades
voltadas aos seus clientes, com isto, a empresa resolveu substituir o activo adquirido em 2015
por um maior e com capacidade de produção acima da média de modo a responder as
necessidades dos seus clientes e da organização. Consequentemente o resultado fluiu nos
meados do ano 2017, obtendo assim uma margem acima de 44% da estimativa esperada pela
empresa. Acrescenta ainda que esses resultados foram obtidos por meio de estratégias
financeiras aplicada pelo departamento de contabilidade e por meio de experiencias vividas
pela empresa no decorrer da sua actividade normal.

Com isto, é conjugado a estratégia aplicada pela empresa quita, isto é, cita a baixo os motivos
e condições necessária para que se faca o orçamento de capital segundo Gitman (2010) e outros
autores.

Existem vários motivos para elaboração do orçamento de capital, mas os compreendidos pela
área da administração financeira são aqueles que são indispensáveis e que suscita maior análise
possível na sua constituição, a saber:

 Expansão (activo existente ou em novo activo);


 Substituição;
 Outros.

Segundo Gitman (2010), " consiste em gerar gastos para aumentar a produção e na maioria das
vezes já existentes ou para expandir os postos de venda ou em instalações de atribuição em
mercados na qual a empresa opera" (p. 241).

Ainda a luz deste motivo, segundo Gitman (2010), "consiste nos gastos necessários para
produzir um novo produto ou para expansão do produto para uma nova área" (p. 241).

Segundo Martins, Cruz, Augusto, Silva, & Gonçalves (2016), " substituição visam renovar o
imobilizado existente devido a causas internas ou causas externas, como a obsolência dos
equipamentos" (p. 38).

XXXV
Segundo Lemes, Rigo, & Cherobin (2000), "para certos tipos de projectos, uma análise
relativamente detalhada pode ser justificada; para outros, procedimentos mais simples devem
ser usados" (p. 287).

Para tal, ainda a luz dos motivos gerados pela empresa, consideram se alguns dispêndios de
capitais como sendo motivo para tomada de decisão, pois estes não resultam da aquisição ou
transformação de activos; antes envolvem um comprometimento de recurso de longo prazo, na
expectativa de um retorno futuro. Nos tais dispêndios podem ser inclusos os gastos com
propagandas, pesquisas e desenvolvimento, serviços de consultoria a administração entre
outros.

No geral, entende-se ainda que os projectos que mais usados pelas MPE`s adoptam o método
de substituição porque algumas ainda carecem de se firmar nos seus negócios, entretanto, e
segundo os autores, estes entendem que o método de expansão é o que envolvem as decisões
estratégicas que podem ser alterados em grandes somas monetárias por períodos longos. Deste
modo, as decisões são tomadas pelo alto escalão da empresa e para empresas de grande porte,
fazendo parte do plano estratégico da empresa.

XXXVI
4.2.2 Técnicas orçamentais e os riscos que devem ser reconhecidos no processo de

orçamento de capital

ENTREVISTADOS PARECERES
ʺ…Os métodos recomendados pela norma (Financeiros) não me vem a mente
agora, mas posso assegurar que a análise comparativa das entradas no activo e do
Primeiro
passivo pode dar a situação real da empresa e servir como técnica para orçar o
capital…ʺ
ʺExistem varias técnicas… Para que as decisões de orçamento tenham um
determinado significado, estas apenas deve se contemplar no contexto dos
objetivos. Se não houver um objectivo a ser alcançado, não interessa muito qual a
Segundo
decisão a tomar.
Então a usamos o método de debates e opiniões dos consumidores dos nossos
produtos.ʺ

Terceiro Indisponível
ʺum erro nas projecções de activos pode ter sérias consequências.ʺ
Para a tomada de decisão pode sê-a doptar o método de medida do valor presente
líquido do imóvel que quero adquirir, isto é, .. . Tivemos um caso no ano 2014 e
em 2015 onde adoptamos pelos métodos financeiro por sob orientação de um
Quarto gestor financeiro que estava a passeio na cidade, acreditamos e tivemos resultados
saudáveis no investimento realizado, quanto ao tempo de retorno, e recebimento
dos recursos monetários que estava na posse de terceiros…acrescenta ainda que a
administração financeira é um grande instrumento financeiro para início e
continuidade de negócio nas MPMGE`sʺ.
ʺ… os possíveis riscos que podem ser encarrados e solucionados no processo de
orçamento de capital são aqueles que são gerados pelas distorções não constatadas
nas demostrações financeiras da empresa, para isso são usados algumas técnicas
Quinto
sempre que precisamos investir algumas técnicas são usadas para saber o tempo
de retorno daquilo que será investido dentro da empresa, para tal, um dos métodos
e o inquérito e o procurement ʺ
Fonte: Dados Primários (2019)

Várias são as empresas que aplicam diversas metodologias para tomada de decisão de
investimento, mas ainda entende-se que só as grandes fazem o processo de orçamento de capital
e usam as técnicas de avaliação de projectos. Segundo a empresa quarta, afirma que ao aplicar
as técnicas financeira a probabilidade de um investimento dar certo é mais ou menos de 99%
(afirmou). Diferentemente das respostas apresentada pela empresa primeira que aplica
metodologia diferente como a análise e aplicação da demostração do fluxo de caixa na empresa,

XXXVII
esta conclui que mediante a demostração pode saber se o património esta em crescimento ou
não. Apresenta se abaixo a conjugação das constatações.

Segundo Gitman (2010), "técnicas de orçamento de capital são as que determinam se um


projecto é aceitável ou fazer uma classificação de projectos".

Esta contempla três ferramentais essenciais para tomada de decisão dos projectos aceitáveis ou
não, apresenta-se abaixo as técnicas usadas por uma da empresa no período compreendido entre
2014 à 2016 sobre orientação de um administrador financeiro. Com isto este concluiu esta que
as técnicas de orçamento de capital são a base para o sustento e acompanhamento de todo
negócio que queira fluir e construir base sólidas, assim sendo, este passa a ser importante para
todas as organizações independentemente da constituição do porte da empresa, segundo
Decreto nº44/2011 de 21 de Setembro.

 VAL – Valor Actual Liquido;


 TIR – Taxa Interna de Retorno;
 Pr – Período de Retorno.

4.2.1 Importância do processo de orçamento de capital nas micro e pequenas empresas

Mediante as constatações colhidas por diversas fontes, quer por intermedio de entrevistas,
análise documental e observações, o autor constatou que o processo de orçamento de capital
nas micro e pequenas empresas tem sido de extrema importância pelo que apresentou
resultados positivos quando aplicou as ferramentas utilizadas por um administrador financeiro
segundo a empresa quarta, dando destaque para melhor resultados alcançados em 2015 segundo
o parecer da empresa quarta. Ainda a luz do orçamento de capital, constatou se ainda a
importância do processo de orçar pelo que é apresentado pela empresa quinta quando pelo
método alcançou-se resultados plausíveis com um valor superavaliado em 46% segundo autor.

Para as demais, não se pode dizer o mesmo, pelo que, algumas desconheciam os métodos
financeiros e contabilísticos, mas este aplicavam as suas técnicas que outrora eram compatíveis
para a tomada das suas decisões de longo prazo segundo a empresa primeira e empresa segunda
respectivamente.

XXXVIII
Com isto, é importante fazer o processo de orçamento de capital sempre que se pretende tomar
uma decisão de investir em tudo aquilo que se espera ter um retorno. O processo de orçamento
de capital vem sendo usado por diversas organizações nacionais e internacionais como sendo
método de avaliação dos activos gerados por diversas fontes.

Segundo Brigham & Gapenski (1997), "vários factores combinam-se para tornar as decisões
sobre a elaboração do orçamento de capital mais importante do processo de orçamento de
capital que os gerentes financeiros devem tomar" (p. 529).

Como vários factores combinam para tornar as decisões de investimento possível, o importante
é usar as ferramentas financeiras indicadas e adequadas mediante a necessidade de cada factor.

Martins, Cruz, Augusto, Silva, & Gonçalves (2016), ʺo processo de orçamento de capital nas
micros e pequenas empresa é importante porque é com base nele que as empresas conseguem
adquirir e instalar os seus activos e medir quando precisam ser substituído ou modificados e
quanto estes estão a valerʺ. (p. 131)

Segundo Lemes, Rigo, & Cherobin (2000) ʺo gerente ou o administrador sempre terá
importantes factores abaixo citado na tomada de qualquer decisão de investimentoʺ. (p. 287)

 Decisões de aquisições de capital de longo prazo: Se a empresa investe demais em activos


incorre em custos desnecessários em excesso de equipamento, altas taxas de financiamento,
etc. Entretanto, se investe no que é necessário, pode perder competitividade, não atender à
demanda e ser superada pela concorrência;

 Decisões de aquisições de capital no tempo correcto: Antecipar ou adiar o momento certo


da decisão da empresa investir trarão as mesmas consequências que as descritas acima;

 Planeamento antecipado: Podem negociar com o fabricante do equipamento que está


adquirindo, pode treinar melhor a mão-de-obra, obter melhores taxas de financiamento para
o projeto, entre outros.

XXXIX
5. CAPITULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES DA PESQUISA

5.1 Introdução
Finalizado o estudo das etapas que compreendem a organização da pesquisa, o presente
capítulo pretende trazer as considerações referentes as informações pesquisadas ao logo do
trabalho, assim sendo, as advertência e os aspectos que o pesquisador achou relevante e de
extrema importância para todos os possíveis interessados nas informações em estudo. Portanto,
é indispensável esta sessão, pelo que, são compostas as conclusões e recomendações.

5.2 Conclusão da Pesquisa


A presente pesquisa foi desenvolvida com o objectivo de evidenciar os efeitos do processo de
orçamento de capital nas micro e pequenas empresa para a tomada de decisão de investimento
de logo prazo.

Em consonância do estudo em causa conclui-se que o processo de orçamento de capital nas


micro e pequenas empresas não tem sido relegada ao mero cumprimento de forma apropriada,
podendo haver uma constante procura na melhoria dos métodos adoptados para a constituição
do capital aplicado na tomada de decisão de investimento de longo prazo.

Com isto, objectivo principal das empresas não deve ser de adquirir conhecimentos sobre como
maximizar mais, mas sim de quais maneiras podem ser adoptadas para poder se alcançar os

XL
objectivos preconizados, pós as decisões mais importantes requerem conhecimentos, maior
cuidado e análises mais profundas. Caiado & Caiado (2008, p. 121)

5.3 Recomendações
Durante a pesquisa realizada as micro e pequenas empresas na Beparthners, constatou-se que
alguns procedimentos adoptados não estão em conformidade com os preceitos descritos na
literatura consultada, conforme se descreve nas recomendações abaixo.

5.3.1 Às Micro e Pequenas Empresas e aos Futuros Pesquisadores


Nos termos em que foi colocado a problemática, o objectivo essencialmente vago para ser
operacional e útil. Em primeiro lugar pretendo dizer que sempre existe um elemento na
organização que tomada a decisão final sobre uma determinada situação, com isto, o termo
administrador é utilizado com sendo título conveniente, podendo ser aplicado a todo e qualquer
executivo que tome decisões financeiras. A demais recomenda-se que:

 Continuem a prosseguir as políticas financeiras e contabilísticas para análise e tomada de


decisão de investimento de longo prazo, sobre tudo para as empresas que fazem o processo
de orçamento de capital;

 As empresas e os empreendedores no geral, devam propor iniciativas de capacitação


financeira e estudos contínuos de matérias relacionados ao processo de orçamento de
capital, tanto no seio nacional e internacional, de forma a enriquecer informações úteis aos
membros e aos órgãos da organização de modo que estas possam responder as necessidades
das empresas, quanto ao processo de orçamento de capital e tomada de decisões financeiras;

 A aplicação dos métodos financeiros de forma prática e generalizada pelas entidades


(Micro, Pequenas, Medias e Grades Empresas) que aprovam e concedem financiamentos.

XLI
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. 44/2011, D. n. (2011). Estatuto Geral das Micro e Pequenas Empresas. Moçambique:
Sebrae.

2. Berti, A. (2002). Uma Estratégia de Gestão (1ª ed.). São Paulo: Icone.

3. Brigham, E., & Gapenski, L. (1997). Financial Manegment - Theory and Practice.
Dryden: Pearson Makron Books.

4. Caiado, A. C., & Caiado, J. (2008). Gestão de Instituições Financeiras. Lisboa: Silabo,
Lda.

5. Chiavenato, I. (2004). Introdução Geral a Teória da Administração Financeira (7ª ed.).


Brasil: Elsevier Editora Ltda.

6. Costa, C., & Alves, G. (2008). Contabilidade Financeira (6ª ed.). Lisboa: Rei dos Livros.

7. Couto, J., Pinho, C., Morreira, J., & Soares, I. (2012). Decisões de Investimento: Análise
Financeira de Projectos. (L. Silabo, Ed.) Manchest-Lisboa: Europress, Lda.

XLII
8. Cueva, J. (2012). Orçamento de Capital das Decisões de Investimento na Perspectiva
Internacional. Curitiba.

9. Danton, G. (2002). Metodologia Científica. Brasil: Virtudebooks.

10. G. L. (2004). Princípios da Administração Financeira (2ª ed.). Porto Alegre: Bookman.

11. Gitman, L. (2010). Príncipios de Administração Financeira (12ª ed.). São Paulo: Hall,
Pearson Prentice.

12. Groppelli, A., & Nikbakht, E. (2002). Administração Financeira (2ª ed.). Sao Paulo:
Saraiva.

13. Hoji, M. (2010). Administração Financeira e Orçamentária. São Paulo: Atlas.

14. Horne, J. (1974). Política e Administração Financeira. São Paulo: Atlas S.A.

15. Lemes, A. B., Rigo, C. M., & Cherobin, A. P. (2000). Administração Financeira –
Princípios, Fundamentos e Práticas Brasileiras (2ª ed.). São Paulo: Campus.

16. Marconi, M. A., & LaKatos, E. M. (2003). Fundamento de Metodos Científico (5ª ed.).
São Paulo: Atlas, SA.

17. Marconi, M. d., & Lakatos, E. M. (2004). Fundamentos da Metodologia Científica. São
Paulo.

18. Marion, J. C. (2008). Contabilidade Básica. Sao Paulo: Atlas, S.A.

19. Martins, A., Cruz, I., Augusto, M., Silva, P., & Gonçalves, P. (2016). Manual de Gestão
Financeira Empresarial. Lisboa: Editora, Escola.

20. Maúne, V. (2015). Avaliação do Impacto do Processo Financeiro para as Micro e


Pequenas Empresas. Beira.

21. Nascimento, J. (2001). Custos. São Paulo: Atlas S.A.

22. Reis, E. (2012). Estatística Descritiva. Lisboa: Silabo, Lda.

23. Reis, E., Melo, P., Andrade, R., & Calapez, T. (2008). Estatística Aplicada (7ª ed.). Lisboa:
Silabo, Lda.

24. Robichek, a. A., & Myers, S. C. (1981). Otimização das Decisões Financeira. New Jersey:
Atlas, SA.

XLIII
25. Securato, J. R. (1993). Decisões Financeiras em Condições de Risco. São Paulo: Atlas.

26. Vasconcelos, Y. (2012). Planeamento Financeiro. Rio de Janeiro: Lesde.

27. Wernken, R. (2005). Análise de Custo e Preço de Venda. São Paulo: Saraiva.

28. Weston, J. F., & Brightm, F. E. (2000). Fundamento da Administração Financeira (10ª
ed.). Makron.

XLIV
ANEXO

Anexo 1

Em 2015 a empresa quinta adquiriu este activo com o objectivo de realizar as suas actividades
internas.

XLV
Fonte: Dados Secundários observados, (2019)

Anexo 2

Dos investimentos realizados pela empresa quinta, este foi o activo adquirido em 2017 com o
objectivo de dar maior azo a sua produção.

XLVI
Fonte: Dados Secundários observados, (2019)

APENDICE A – Guião de Entrevista aplicado às Micros e Pequenas Empresas

XLVII
Guião de Entrevista

O presente Guião de Entrevista foi elaborado pelo autor Joaquim Tomás, com o intuito de ser
utilizado como fonte para a obtenção de dados primários com vista a elaboração da sua
monografia do grau de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria, sobre o processo de
orçamento de capital nas micros e pequenas empresas para tomada de decisão de Investimento
de longo prazo, nos anos 2015 à 2017, a ser apresentada pela Universidade Católica de
Moçambique na Faculdade de Economia e Gestão.

Sendo assim, muito importante a sua colaboração para este estudo, pelo que solicita muita
serenidade nas possíveis respostas.

Garante-se toda confidencialidade nos dados que for a nos fornecer.

Agradecemos desde já pela colaboração prestada.

DADOS PESSOAS

Data: _____/___________/_____

INSTRUÇÃO: Marque com um "X" as respostas que correspondem a sua opção.

Parte I

1 – SEXO

( ) Masculino ( ) Feminino

2 – GOSTA DO TRABALHO QUE FAZ?


( ) SIM ( ) NÃO
3 – A QUANTO TEMPO TRABALHA NA EMPRESA?

XLVIII
( ) Menos de 1 Ano
( ) Mais de 1 Ano
( ) Mais de 5 Anos

4 – NÍVEL DE ESCOLARIDADE?

( ) Nível Básico
( ) Nível Médio
( ) Licenciado/a
( ) Mestrado
( ) Nenhuma das alternativas

5 – QUAL É O PRINCIPAL MOTIVO QUE LHE LEVOU A CONSTITUIR UMA


ENTIDADE OU GERENCIAR A EMPRESA

( ) Maximização de LUCROS
( ) Satisfação dos CLIENTES
( ) Reconhecimento
( ) Necessidade dos CLIENTES

6 – AS MICROS E PEQUENAS EMPRESA PODEM INVESTIR EM UM PERIODO


SUPERIOR A UM (1) ANO?
( ) SIM ( ) NÃO

Se a resposta for não. Porquê? ________________________________________________

Parte II

XLIX
DADOS DA EMPRESA

Data: _____/___________/_____

Actividade (s): ______________________________________________________________

Início da Actividade: _______________________ Sede:______________________________

Nº de Trabalhadores ______________________ Regime Tributário_____________________

1 – A EMPRESA TEM ALGUM GESTOR FINANCEIRO?

( ) SIM ( ) NÃO

2 – A empresa já investiu em algum activo de longo prazo?

( ) SIM ( ) NÃO

3 – A QUANTO TEMPO VEM INVESTINDO?

( ) Menos de 1 Ano ( ) Mais de 1 Ano ( ) Mais de 5 Anos

4 – QUAL FOI O MOTIVO QUE LEVOU A INVESTIR?

Resposta:______________________________________________________

______________________________________________________

5 – CONHECE ALGUM TIPO DE MOTIVO USADO PARA ELABORAÇÃO DO


ORÇAMENTO DE CAPITAL?

( ) SIM ( ) NÃO

Se for sim, assinale com "X".

( ) Expansão ( ) Substituição ( ) Outros

6 – CONHECE ALGUMA TÉCNICA DE ORÇAMENTO DE CAPITAL USADO NA


TOMADA DE DECISÃO DE INVESTIMENTO DE LONGO PRAZO?

L
( ) SIM ( ) NÃO

Se for sim, mencione:__________________________________________________________

___________________________________________________________________________

7 – JÁ COSTATOU ALGUM RISCO NA TOMADA DE DECISÃO DE INVESTIMENTO?

( ) SIM ( ) NÃO

Se for sim, mencione:__________________________________________________________

___________________________________________________________________________

8 – QUAL é A IMPORTANCIA DO PROCESSO DE ORÇAMENTO DE CAPITAL PARA


TOMADA DE DECISAO DE INVESTIMENTENTO?

Resposta:__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

9 – APOS A TOMADA DE DECISÃO DE INVESTIMENTO HÁ A NECSSIDADE DE


ACOMPANHAMENTO DO NOVO INVESTIMENTO?

Resposta:__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

10 – QUAL é A RECOMENDAÇAO QUE DEIXA PARA QUEM PRETENDE INVESTIR


EM ALGUM ACTIVO DE LONGO PRAZO?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

LI
LII

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