INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

Bacharelado em Geografia
Disciplina: Geografia da América Latina
Turma 2020.1
Professora: Cristina Pessanha Mary

Alix Gabriel - 117003019

Estudo Dirigido 5 - INTEGRAÇÃO

A Unasul é a iniciativa de integração presente na América Latina, mais

especificamente dos 12 países da América do Sul, que menos se consolidou e que
portanto mais vê ameaçado seu futuro estando praticamente extinta.
O fracasso da consolidação da Unasul diante de outros casos melhor
sucedidos de blocos de integração no continente se deve antes mesmo à tentativa
de unificação e suplantação de outros dois blocos anteriores que a ela seriam
incorporados, o Mercosul e a Comunidade Andina, além de suas ambiciosas
intenções de integração não só econômica como a desses blocos de livre comércio,
bem como também de integração política, militar, portanto geopolítica de segurança
e defesa unificada. Essa incorporação não veio a ser muito bem sucedida pois a
natureza diversa dos dois blocos anteriores, um mais Atlântico e outro mais Pacífico
se voltavam para objetivos e parceiros diversos. A liderança política por parte do
Brasil e da Venezuela à frente do projeto de integração da Unasul foi fortemente
golpeada pelas crises econômica e política que logo se sucederam ao longo da
década de 2010 após a saída da liderança de Lula no governo brasileiro e da morte
de Chávez na Venezuela, fora as crises da desvalorização das commodities que se
sucederam. A partir de 2011 mais um golpe a tal projeto, a criação da Aliança do
Pacífico entre Chile, Peru, Colômbia e México, nações que representavam um maior
alinhamento às políticas intervencionistas estadunidenses na região, indo de
encontro ao ideal panlatino que fundava a Unasul de independência e concorrência
diante dos EUA, diante disso a Venezuela lidera a formação da ALBA, a Aliança
Bolivariana, como mais uma clivagem perante uma pretensa aproximação das
nações vizinhas aos norte-americanos. Por fim, a própria liderança brasileira, que
demonstrava ser uma assimétrica potência regional, gerava desconfiança às demais
nações que temiam algum ímpeto imperialista do Brasil em substituição ao vácuo
deixado pelos EUA nas últimas décadas.