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Documento impresso em 14/09/2020 00:06:34, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

JUN 1999 NBR 13030


Elaboração e apresentação de projeto
de reabilitação de áreas degradadas
ABNT-Associação
Brasileira de
pela mineração
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
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Telex: (021) 34333 ABNT - BR


Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA

Origem: Projeto NBR 13030:1998


CEET - Comissão de Estudo Especial Temporária de Meio Ambiente
CE-01:602.07 - Comissão de Estudo de Poluição das Águas na Mineração
NBR 13030 - Rehabilitation guidelines for surface mined lands - Procedure
Descriptors: Soil. Mining. Environment. Pollution
Copyright © 1999,
Esta Norma substitui a NBR 13030:1993
ABNT–Associação Brasileira de Válida a partir de 30.07.1999
Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavras-chave: Mineração. Meio ambiente. Reabilitação. 5 páginas
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados Área degradada

Sumário subsídios técnicos que possibilitem a manutenção e/ou


Prefácio melhoria da qualidade ambiental, independente da fase
1 Objetivo de instalação do projeto. Para tal, é necessário consultar
2 Referências normativas os documentos relacionados no anexo A.
3 Definições
4 Requisitos 2 Referências normativas
ANEXOS
A Itens para elaboração e apresentação de projeto de As normas relacionadas a seguir contêm disposições que,
reabilitação de áreas degradadas pela mineração ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para
B Bibliografia esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no
momento desta publicação. Como toda norma está sujeita
Prefácio a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos
com base nesta que verifiquem a conveniência de se
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas é o usarem as edições mais recentes das normas citadas a
Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês em um dado momento.
Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização Se-
torial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo NBR 13028:1993 - Elaboração e apresentação de
(CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, projeto de disposição de rejeitos de beneficiamento,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros em barramento, em mineração - Procedimento
(universidades, laboratórios e outros).
NBR 13029:1993 - Elaboração e apresentação de
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito projeto de disposição de estéril, em pilha, em
dos CB e ONS, circulam para a Votação Nacional entre mineração - Procedimento
os associados da ABNT e demais interessados.
3 Definições
Os anexos A e B desta Norma são de caráter informativo.
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes
definições:
1 Objetivo
Esta Norma fixa diretrizes para elaboração e apresen- 3.1 adequação paisagística: Harmonização da
tação de projeto de reabilitação de áreas degradadas paisagem de áreas mineradas com o seu entorno, com
pelas atividades de mineração, visando a obtenção de intuito de minimizar o impacto visual.
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3.2 adequação topográfica: Conformação topográfica 4 Requisitos


com vistas ao uso futuro da área.
Esta seção trata das recomendações e condicionantes
3.3 áreas degradadas: Áreas com diversos graus de específicos, de caráter orientativo, visando a atender aos
alteração dos fatores bióticos e abióticos, causados pelas objetivos desta Norma.
atividades de mineração.
4.1 O projeto de reabilitação de área degradada ne-
3.4 cenário comportamental: Antevisão do processo
cessariamente deve exibir as seguintes características:
interativo da área degradada após implementadas as
medidas de reabilitação.
4.1.1 Atender às exigências de qualidade ambiental da
3.5 compensação: Modalidade de ressarcimento com- área após reabilitada, fixando previamente a qualidade,
plementar à reabilitação. compondo o cenário comportamental da área reabilitada
e, a seguir, concebendo e desenvolvendo soluções para
3.6 manejo auto-sustentável: Conjunto de práticas e alcançar tal resultado.
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controles compatíveis com a manutenção dos parâmetros


ambientais, dentro de limites previamente estabelecidos,
4.1.2 Incluir sempre justificação fundamentada das ações
visando a dispensar a ação antrópica futura.
e dispositivos integrantes do projeto.
3.7 medidas mitigadoras: Ações e procedimentos visan-
do a minimizar os impactos nos meios físico, biótico e an- 4.1.3 Incluir recomendações específicas de cunho exe-
trópico. cutivo com vistas ao objetivo acima.

3.8 minimização: Redução ao nível mínimo possível dos


4.1.4 Utilizar amplamente as características constitutivas
impactos ambientais, durante as diversas fases de
operação do empreendimento, considerado o contexto e comportamentais do sistema ambiental local, em todos
tecnológico atual. os aspectos de que dependam a economicidade da
reabilitação, sua eficácia quanto à estabilidade dos
3.9 reabilitação: Conjunto de procedimentos através dos resultados e o desempenho futuro da área reabilitada.
quais se propicia o retorno da função produtiva da área
ou dos processos naturais, visando adequação ao uso 4.1.5 Incluir programa de monitoramento.
futuro.

3.10 recuperação: Conjunto de procedimentos através 4.2 Caso haja a construção de pilhas de estéril e/ou
dos quais é feita a recomposição da área degradada para barragens de contenção de rejeitos, a orientação deve
o estabelecimento da função original do ecossistema. ser seguida de acordo com as NBR 13028 e NBR 13029,
atendendo inclusive a aptidão, o uso futuro da área e a
3.11 restauração: Conjunto de procedimentos através conformação topográfica e paisagística da área.
dos quais é feita a reposição das exatas condições eco-
lógicas da área degradada pela mineração, de acordo 4.3 Os itens para elaboração e apresentação de projeto
com o planejamento estabelecido. de reabilitação de áreas degradadas constantes no ane-
xo A devem contemplar atividades de controle ambiental
3.12 sucessão natural: Substituição progressiva de uma nas fases de planejamento, implantação, lavra, suspen-
comunidade por outra em determinado ambiente, são temporária ou definitiva e abandono do empreen-
compreendendo todas as etapas desde a colonização dimento.
ou estabelecimento das espécies até o clímax.

3.13 clímax: Último estágio de uma sucessão, onde uma 4.4 Nos casos de empreendimentos em operação e su-
comunidade se estabiliza em um equilíbrio dinâmico. jeitos a licenciamento ambiental corretivo, nas minas com
atividades paralisadas ou reservas exauridas, o projeto
3.14 uso futuro: Utilização prevista para determinada de reabilitação de áreas degradadas deverá ser ela-
área, considerando suas aptidões, intenção de uso e borado em nível de projeto executivo fundamentado no
fragilidade do meio físico e biótico. anexo A .

/ANEXO A
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Anexo A (informativo)
Itens para elaboração e apresentação de projeto de reabilitação de áreas degradadas pela mineração

A.1 Descrição geral do empreendimento A.1.2.3 Sistema de disposição de estéril/rejeito.

A.1.1 Informações gerais: A.1.2.4 Estruturas de apoio.

- identificação da empresa; A.2 Diagnóstico ambiental


- legislação pertinente;
A.2.1 Definição das áreas de influência direta e indireta.
- identificação das áreas junto ao órgão competente;
A.2.2 Meio físico:
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- localização da área;
- climatologia;
- identificação da empresa que elaborou o plano
(registro no órgão competente); - geologia (aspectos constitutivos e comportamentais:
constituição e estrutura geológica, geomorfologia, hi-
- número do processo no DNPM; drogeologia, aspectos geotécnicos, aspectos pedo-
lógicos e edafológicos);
- endereços para correspondência;
- hidrologia.
- nome e endereço do proprietário do solo.
A.2.3 Meio biótico:
A.1.2 Caracterização do empreendimento:
- caracterização qualitativa e quantitativa da fauna e
- substância mineral explotada; flora;

- método utilizado para extração;


- inter-relações fauna/flora (terrestre e aquática);
- capacidade instalada, produção anual e vida útil;
- caracterização da biodiversidade e estrutura dos
- conformação topográfica original, atual e final da habitates.
área;
A.2.4 Meio antrópico:
- caracterização geral das áreas de disposição;
- dinâmica populacional;
- rendimentos operacionais.
- uso e ocupação do solo e seus ordenamentos;
A .1.2.1 Plano de desenvolvimento da atividade de lavra.

- atividades econômicas e estrutura produtiva;


- descrição do plano;

- elementos do patrimônio natural, histórico, cultu-


- características dos solos orgânicos de ocorrência
ral e arqueológico;
na área a ser implantada;

- classificação do estéril e rejeito quanto ao grau de - caracterização de interesses potencialmente con-


inertibilidade; flitantes.

- viabilidade de aproveitamento econômico do estéril. A.2.5 Fisionomia ecológica da região:

A.1.2.2 Sistema de beneficiamento: - integração dos aspectos bióticos e abióticos da


paisagem.
- descrição dos processos;
A.3 Impactos ambientais
- recuperação;
- descrição e avaliação dos impactos e efeitos am-
- caracterização físico-química e mineralógica do bientais nas fases de implantação, operação, aban-
rejeito; dono e desativação do empreendimento nas áreas
de influência direta e indireta, considerando os meios
- viabilidade de aproveitamento econômico do rejeito. físico, biótico e antrópico.
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4 NBR 13030:1999

A.4 Aptidão e intenção de uso futuro A.7 Renúncia do título de lavra

Por ocasião da renúncia do título da lavra, por exaustão


- descrição dos impactos;
da jazida ou interesse do concessionário, este deve so-
licitar a renúncia do título ao órgão competente do Mi-
- utilização prevista para determinada área, consi- nistério de Minas e Energia, acompanhado dos seguintes
derando-se o diagnóstico e os impactos ambientais; documentos:

- plano de desativação da mina por ocasião da exaus- - relatório dos trabalhos efetuados, do estado da
tão das reservas, incluindo cavas e aberturas subter- mina e suas possibilidades futuras;
râneas, depósitos de estéreis, barragens, áreas in-
- certidão do órgão ambiental competente, compro-
dustrial e residencial.
vando o cumprimento das obrigações ambientais na
área.
A.5 Conformação topográfica e paisagística
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A.8 Programa de acompanhamento e


A.5.1 Detalhamento do processo nas áreas de influência monitoramento
direta e indireta, levando-se em consideração o uso fu-
turo da área: - água (superficial e subterrânea);

- estabilidade, controle de erosão e drenagem; - ar;

- solo;
- adequação paisagística;
- fauna;
- revegetação com predominância de espécies na-
tivas locais; - flora;

- em caso de pilha de estéril e barragens de rejeitos, - biodiversidade;


deve-se adequar à conformação topográfica e paisa-
gística local. - instrumentação de estrutura e obras;

- acompanhamento e manutenção das obras exe-


A.5.2 Concepção esquemática da área reabilitada.
cutadas.
A.5.3 Identificação e caracterização de materiais de outros A.9 Fluxograma de planejamento e execução
sítios.
A.10 Cronograma executivo
A.5.4 Efeitos antrópicos sofridos por outros sítios.
- físico;
A.6 Ações emergenciais para riscos de acidentes
ambientais - financeiro;

- descomissionamento do empreendimento junto ao


A.6.1 A empresa deverá estabelecer guias práticos e
órgão ambiental competente.
aplicáveis, com procedimentos e instruções relativas de
como atuar em condições anormais, de acidentes e de A.11 Referências bibliográficas
situações potenciais de emergência.
A.12 Equipe técnica
A.6.2 Definir níveis de gravidade de risco que poderão
ser gerados pelos incidentes e acidentes, permitindo: - responsáveis técnicos pela elaboração do projeto;

- detectar o incidente; - anotação de responsabilidade técnica (ART).

- identificar o nível de gravidade; A.13 Anexos

- desenhos;
- estabelecer ações correspondentes para inter-
venção rápida e tipo de tratamento. - fotografias;

A.6.3 Avaliação de riscos de acidentes ambientais. - mapas;

A.6.4 Estabelecimento de atendimento de emergências, - planilhas de custo;


abrangendo ações corretivas de monitoramento e pre-
ventivas. - outros.

/ANEXO B
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NBR 13030:1999 5

Anexo B (informativo)
Bibliografia

Código Florestal IBAMA. Manual de recuperação de áreas degradadas


pela mineração: Técnicas de revegetação. 96 p. Brasília -
Código de Mineração DF
Constituição Federal do Brasil de 1998 Legislação Ambiental Federal, Estadual e Municipal
Constituição Estadual e lei Orgânica Municipal
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