ASSÉDIO COMO PRÁTICA COMUM NAS EMPRESAS

O assédio é caracterizado por comportamentos e atitudes que causam

desconforto, humilhação, intimidação ou perseguição de forma insistente e
impertinente que ocorrem com frequência. Essas situações acontecem em diferentes
ambientes, onde existe relações interpessoais, sendo o assédio uma prática comum
nas empresas. O assédio pode ser classificado em diferentes tipos: moral, verbal,
psicológico e sexual.

O sofrimento e a opressão nas empresas não são algo novo, os maus tratos e
humilhações existem desde o início das relações trabalhistas, entretanto, nas últimas
décadas vêm ganhando novas formas e características, em função do novo modelo
organizacional das empresas que acaba por induzir a pressão sobre os colaboradores
diante das metas e objetivos estratégicos traçados pela empresa.

O assédio moral é o mais comum nas organizações e pode acontecer em

conjunto com outras formas de assédio, como psicológico e sexual, ocorre
desestabilizando a vítima, causando danos psicológicos e dependendo do grau do
assedio podendo causar até mesmo danos mais graves. Esta violência sutil e perversa
representa um risco à integridade, à saúde e até mesmo à vida do trabalhador. O
assédio moral interfere na autoestima, autoconfiança e autodeterminação da vítima,
como também, em suas decisões e iniciativas no âmbito profissional e pessoal, porque
a humilhação prolongada pode decorrer desde o comprometimento da sua dignidade
e seu relacionamento afetivo e social, como evoluir para a sua perturbação mental,
incapacidade laborativa, depressão e até mesmo a morte. Acontece também a
degradação no ambiente de trabalho, portanto, o dia a dia da vítima dentro do trabalho
acaba se tornando insuportável.

O funcionário vítima de assédio pode processar o assediador por danos morais,

pois o assédio foi instituído como crime, com pena de detenção de um a dois anos e
multa, aumentada de um terço se a vítima for menor de 18 anos. A causa só terá início
se a vitima representar contra o ofensor, não podendo retratar-se. Ou seja, a pessoa
não pode desistir da queixa.