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. . ..,.~. P.ovo Maranhense


PELO INTERVENTOR FEDERAL

EM 15 DE AGOSTO
DE 1939

Blbliotec:a Públlc.a a.n.dito left•


5Jovo !!}ft;zanhenoe :
Pela terceirn vês, venho dar-vos ciencia
dos meus atos de governo, através de um do-
cumento oficial.
Oferece ensejo a esta prestação de con-
tas, simples e sincera, clara e verdadeira, a
coincidencia do terceiro aniversario de minha
investidura no {2"0vcrno d) :Maranhão, a terra
opulenia de tradições gJo-iosas e ue é a nossa
terra, onde se succdcrmn os dfas f cJizes da mi-
nha juventude despreocu_>c,da, onde f ormei o
meu espirita e plasmei o meu c·,ratcr no amor
cultua! ao tr1balho e na devoção conciente
do dever bem cum1Jri<lo.
")é) primeira vês, no lermo do primeiro
:-ino de admh,isír:1c;;o, ncsée mc:m10 recinto,
cu vos ;,sscgPrP va •que, si me não faltasse a
vossa ajuda, levardo de vencid3 as dificulda-
des, conduzirlri o :\!aranhão cm marcha ascen-
sional aos gr:1ndiosos destinos que lhe estão
rescrv3do5, C<•m os olhos f itos em Deu~. a ren-
der grGças peb mercê, que me concedeu, ·de
guiar, nesta etapa da nossa historia, homens
livres, esclarecidos e patriotas.
.,

Biblioteca Públlc.a a.n.dito left•


Da segunda vês, aos 15 de Agosto do ano
passado, da Casa do Governo, que é a Casa do
Povo, eu vos afirmei que, assentadas as bases
solidas da nossa prosperidade, não recusaria
o labor nem mesmo o sacrificio para o soer-
guimento da terra estremecida, continuando
a ser util á nossa gleba.
Nos intervalos dessas duas falas ao Povo
Maranhense, pronunciadas á passagem de
cada ano de governo, não deixei de dar cum-
primento á obrigação de prestar contas does-
tado dos negocios publicas confiados á minha
gestão e, assim, enderecei á extinta Assembléa
Legislativa a Mensagem de 7 de Setembro de
1937, e ao Exmo. Sr. Presidente da Republica
o Relatorio de 31 de Marco ultimo, referente a
1938, encerrando ambos o registo minucioso
dos atos e ocorrencias de maior relevancia na
Administração. .
..i

E' este, pois, o quinto documento oficial


que submeto á apreciação publica, ao julga-
mento sereno da opinião, no decurso de um
trienio de atuação governativa, e, ao redigi-lo,
passando em revista os meus atos de gover-
nante, fazendo um profundo exame de con-
ciencia, pesando bem o valor das minhas
ações, com a independencia moral de que me
ufano e com a sinceridade que me leva até ao
reconhecimento do proprio erro, para repa-
ra-lo, ou corrigi-lo, posso afirmar aos meus
conterraneos, aos meus concidadãos, que ne-
nhum sentimento doloroso, resultante da pre-

~
JB3JP?JB3JL
Blbliot..ca Públic.a a.n.dlto left•
sunção de haver cometido culpa voluntaria,
me constrange a voz secreta d'alma.
Ao invés de um desgosto pungente, ex-
perimento a alegria intima, o contentamento
moral de reconhecer que esses tres anos de-
corridos foram todos empregados num labor
continuado, resoluto e tenaz em favor do reer-
guimento do nosso Estado, prosseguindo sem
tibiezas o programa de restauração economi-
ca e financeira e de regeneração administra-
tiva do Maranhão.
E .o merecimento desses aplausos da con-
ciencia á minha conduta constituem, sem
sombra de dúvida, a paga generosa, a recom-
pensa justa que me é licito aspirar, acrescida
de valor pela certeza de que no desenvolvi-
mento da minha ação no governo, para fazer
a grandeza do Maranhão, não me faltará ja-
mais, como até agora não tem faltado, mercê
de Deus, a colaboração firme e decidida dos
maranhenses de hôa vontade. ·

8ibliotec:a Públlc.11 8ffledlto left•


..

VIAGEM A' CAPITAL FEDERAL

Logo após o primeiro trimestre deste ano, em


principio de Abril ultimo, empreendi uma viagem á
Capital da Republica, afim de, a exemplo do que fize-
ra em meiados de 1937 e no começo de 1938, pleitear
junto ao eminente Ch efe da Nação a solução de varias
problemas de imediato interesse p ara o nosso Estado.
No meu primeiro encontro com o Exmo. Sr. Presi-
dente Get ulio Vargas, t ive a honra de apresentar á .
esclarecida apreciação de S. Excia . o Relatorio das
atividades do Executivo no Estado do Maranh ão du-
rante o ano de 1938, docu..nento esse firmado em 31
de Março do corrente ano .
Como das vezes anteriorts, tive a s::::.tisfação de
merecer do preclaro estad.sta que re6'e os destinos da
Republica o mais carinhoso acoE im,mto, de par com
a honrosa reafirmação da confiança de S. Excia. no
.seu delegado no Maranhão.
Numa audiencia que ciurou mais de duas horas,
tive ensej o de expõr a S. Excia, as nossas necessida-
des mais prementes, sumariadn.s em diversos memo-
riais que apresentei ao Cheie do Gover no, vers::i.ndo
important~s problemas, atin entes ao porto de São
Luiz, aos transportes ferroviarios e rodoviarios, á

Bibliotec:a Públic.11 a.n.dlto leí1•


desobstrução dos rios, ao serviço telegrafico, ao com-
bate á tuberculose, á assistencia á infancia, á conces-
são de maquinas agrícolas, ao fornecimento de re-
produtores de raça, etc., reclamos esses que s. Excia.
considerou de logo merecedores de pronto atendimen-
to, sobrelevando aos demais o problema do porto e o
dos transportes e comunicações, fatores precípuos ao
progresso do Maranhão.
O Sr. Presidente Getulio Vargas, tomando conhe-
cimento desses memoriais, mandou submete-los ao
estudo dos seus dignos Ministros, declarando que,
para manifestar a sua satisfação em face dos resulta-
dos da atual Administração Maranhense, bastava as-
segurar que o Maranhão terá do Governo Federal o
awcllio necessario ao maior desenvolvimento e pro-
gresso do Estado.
A's vesperas do meu regresso a São Luiz, em
nova conferencia com o Chefe do Governo, S. Excia.
examinou com int eresse as soluções que tiveram, nos
Ministerios, os assuntos foc alizados e o andamento de
outros que ainda não estavam resolvidos.
Com referencia aos trabalhos realizados pela atual
Administr ação e ás iniciativas de empreendimentos
proj etados, na sua maioria j á contratados para breve
cxecuçri.o, o eminen te Sr. President e Getulio Vargas
honrou com o seu aplauso a atuação do Interven tor
no Maranhão, afirmando seu apoio á obra que va-
mos desenvolvendo no nosso Estado, numa sequen-
cia ponderada e refletida, de modo a assegurar ple-
no exito ao resu,·glmento da nossa tena, o que se con-
verterá muit o i....revc em realidade, atentos os resul-
tados OJ~l\_:os em ai;enas trcs anos de governo.
Registarei, a seJuir, cm linhas rapidas, as at ivi-
dades que dc~envolvi du;:nnte a minha estada no Rio
de J ancirn, junto nos dignos t itulares das diversas
pastas do Governo, todos eles merecedores da nossa
gratidão pela bõa vontade demonstrada em favor da
pronta decisão dos nossos reclamos.

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8ibliot..ca Públlc.a a.n.dlto left•


NO MINISTERIO DA AGRICULTURA - Ao
titular desta pasta, Exmo. Sr. Dr. Fernando Costa,
fiz minuciosa exposição sobre os assuntos relaciona-
dos aos Acôrdos celebrados entre o Ministerio da Agri-
cultura e o Estado do Maranhão, relatorio esse que
levou o ilustre Ministro a convocar, no dia seguinte,
uma reunião de quatorze chefes de serviços do seu Mi-
nisterio que, por sua vez, ficaram inteirados de todos
esses assuntos.
Em presença desses tecnicos, fiz longa e detalha-
da narrativa sobre a situação dos departamentos da
Agricultura no Maranhão, demonstrando as deficien-
cias que apresentam e o nenhum resultado dos tra-
balhos .
o relato, feito com veemencia, foi comprovado
por dados e fátos que impressionaram vivamente os
assistentes, havendo o Ministro declarado reconhecei;
a procedencia das reclamações formuladas, que exi-
giam prontas providencias em beneficio do Estado,
e do prestigio dos Serviços do Fomento, Fruticultura,
Industria Animal, Industria Mineral, Caça e Pesca e
Secção de Plantas Texteis.
O Diretor Geral do Ministerio, ouvido o Interven_
tor, assentou logo as medidas mais urgentes, dentre
as quais se destacam a concessão de maquinas e de
reprodutores, a mudança do Campo de Ingaúra para
Rosário e a designação de seis agronomos para servi-
rem no Maranhão.
Falando sobre o babassú, disse ainda o Diretor
Geral que pretende introduzir, aqui, um novo proces-
so de beneficiamento do côco, a cujo estudo se vem
entregando, de modo a obt er o maior desenvolvimen-
to na industrialização dessa riqueza.
No intuito de desenvolver, t an to quanto possível,
a agricultura no nosso Estado, solicitei ao Ministro o
aumento da verba para a execução dos diversos Acõr-
dos existentes entre o Governo do Maranhão e o Mi-
nisterio da Agricultura.
Atualmente o Governo do Estado concorre com a

.··
8
importa ncia de Rs. 205: 400$000, para êsses Acôrdos,
assim distribu ida: Rs. 100:000SJOO, para o Serviço de
Plantas Texteis; Rs. 50:400$000 para Agronõmos Re-
gionais; Rs. 30:0ooso oo para o serviço de Fruticul tu-
ra e Rs. 25: 000$000 para o Serviço de Fomento Agrí-
cola, sendo de Rs. 335:200$000 a contribuição daquele
Ministério, a saber: Rs. 200: 000$000 para o Serviço de
Plantas Texteis; Rs. 60:000$0JO para o Serviço de Fru-
ticultura ; Rs. 50:000$000 para o Serviço de Fomento
Agricola e Rs. 25: 200$000 para Agrouõmos Regionais.
Naquele proposito, a Administração Maranh ense
está resolvida a aument ar a sua quota até á quanti~
de Rs. 500:000$000 anualme nte, e estou certo de que
S. Excia., correspondendo a êsse designio, concorr erá
com a majoraç ão da verba federal, proporcionalmen-
te, dentro do criterio adotado em tais Acôrdos.
Para exercer as funções de inspetor-chefe dos
serviços dos Acõrdos, que passam a ter a denominação
de Serviços Articulados da Produção Vegetal no Ma-
ranhão, convidei o abalizado tecnico do Ministerio da
Agricult ura, sr. dr. Jaime Ferreira de Brito, ex-dire-
tor dos Serviços de Agronomia no Estado de Minas
Gerais. Esse ilustre engenheiro-agronomo, que rece_
bera, antes, convites para servir nos Estados do Rio
de Janeiro e da Bahia, aceitou o do Maranh ão, de sor-
te que, dentro de poucos dias, teremos aqui esse com-
petente profissional, acompa nhado de tres tecnicos
especializados .
Como ação inicial da nova orientaç ão dos
serviços agricolas no nosso Estado, já embarcou no
Rio, com destino ao Maranh ão, o seguinte material
agrario, cedido ao Governo pelo Ministerio da Agri-
cultura:
10 Arados de alveca Imperad or. 1 Grade de 10
dii::cos Massey Harris. 2 Grades de 8 discos Massey
Harris . 3 Grades de dentes de 2 secções de 30 dentes
Massey Harris. 10 Pulveris adores de latão Imperad or
capacid ade 18 litros. 6 Serrotes de podar semi-curvos
Renat. 6 Extintor es Imperad or. 2 Pás de cavalo Her-

~
:3~~: :~
81MMK•Pútt lfa~Leb
cules. 5 Enxofradeiras manuais Abram. 5 Enxofra-
deiras muchila Abram. 5 Bombas Vitas. 5 Tesouras
de podar Renat 9. 1 Destocador Smith A 4. 2 Desto-
cadores Smith A 3. 1 Estirpador de capim.

***Em 1938 o Sr. Ministro da Agricultura de-


signou uma comissão composta dos engenheiros-
agronamos João Maurício de Medeiros, então Diretôr
do Serviço de Plantas Texteis, e Jayme Ferreira de
Brito, do mesmo Serviço, para escolher, no Maranhão,
em zona que ,se recomendasse, terras para um campo
de sementes.
Depois de vis.i.tadas algumas zonas do Estado, es-
colheram, em Mata do Nascimento, município -ie
Codó, na confluencia dos municípios de Coroatá, Ca-
¾ias, Pedreiras, P.cos e Barra do Corda, os terrenos
p~ra a localização do referido campo.
Sem duvida, localizado em uma das mais promi~-
scras zonas do Est ado, o campo de Mata do Nasci ·
rr.ento m arcará exito brilhant e no fomento e melh:>-
rnment o das princ·pais culturas do Maranhão.
Não é bastante, porém, para a eficiencia do.s tra-
balhos, achar-se o campo de Mata do Nascimento
bem localizado . E' necessario, t ambem, esteja insta-
lado e devidament e aparelhado, porque, despido comi,
est á de instalações e aparelhamento, não será pos-
si vel conseguir resultados <-'\tisfatorios.
Apelei, portanto, p~.ra o Snr . Ministro da Agricul-
tura no sentido de ser instalado e aparelhado o Campo
c.r, Sementes de Mata do Nasciment o, afim de que êle
pos~a satisfazer, cabnlrrcnte, todRs as suas finali-
dades.

***O Govêrno da República, na mais alta visa'. >


j!l.c.'ministrativa, criou, para amparar e fomentar a
economia nacional, a obrigator~edade, no fabrico do
pão, da mistura, á farinha de trigo, de fécula ou fa-
rinha panificavel, até o maximo de 30%.

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Blbliot..ca Públic.a a.n.dlto left•


O Estado do Maranhão, Hspondo de condiçõ~s
excai= v • ..,11ais á expansão c.:a::; , ·1 ~uras da mandióca e
dos cereais, milho e arroz, especialmente, quer fo ..
menk.1' essas culturas, t endo em vista, de maneira
especial, a da mandióca, para o fabrico da fécula ou
da f9. rinh".. panifica.vel
:Não e ,.;; • .• e:1,~1a1 -se, em iniciativas novas e
num Estado onde ha deficiência de capitais, surgirem
organizações industriais capazes de empreenderem a
r.10ntagem de instalações para o benefic~amento '.le
produtos pouco ou quasi nada conhecidos na região.
Cabe, pois, ao Govêrno tomar a iniciativa em
tais empreendimentos, para estimular, despertar e
fomentar o interesse particular ás novas e promis-
soras fontes econômicas.
Nessa compreensão, pedi ao ilustre titular da
pasta da Agricultura, Dr. Fernando Costa, autorizar
a instalação no nosso Estado, de uma uzina para o
beneficiamento da mandióca e dos cereais - arroz e
milho - para o preparo da farinha panificavel.
" ... '"~-:.: ~~I
** *O Governo do Maranhão, achando-se gran-
demente empenhado na expansão agrícola do Estado,
base da sua maior fonte de riqueza, traçou e está exe-
cutando um plano rodov1ario que. facilite acesso ra-
pido e economico ás zonas de grandes possibilidades
produtoras, garantindo, ao mesmo tempo, escoadouro
certo e seguro a essa produção.
Nesse proposito, solicitei ao Snr. Ministro da
Agricultura, pioneiro do emprego do combustivel na-
cional, visando incentivar e estimular a iniciativa
particular, que o Ministério cedesse ao Governo um
caminhão a gazogênio, afim de demonstrar a sua efi-
ciencia e abrir novas aplicações aos sub-produtos do
babassú, através do consumo do carvão da sua casca.
O Ministro Fernando Costa me havia, antes, re-
ferido os otimos resultados obtidos com o emprego do
babassú nos ~parelhos a gazogenio para veiculos,

~
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8ibliot..ca Públlc.a Benedito left•
afirmando haver verificado que um kilo de casca de
babassú representa um litro de gazolina.
Atendendo ao meu apelo, S . Excia. ofereceu dois
aparelhos de gazogenio ao Estado, mandando colocar,
um deles no caminhão Internacional Modelo D-30,
por mim adquirido no Rio, por 23: 586$000, e enviando
o outro para ser colocado aqui.
S. Excia. aconselhou-me a trazer um pr9fissional
habilit?,çio no trato e manejo dos aparelhos de gª'zo-
genio, afim de difundir, no Maranhão, o seu uso, por
isso que será surpreendente e absoluto o exito com o
emprego do babassú. A proposito, citou o caso do ca-
pitalista patrício, sr. Guinle, que dispendia cerca de
· quatro contos diarios, em gazolina, e que passou a
gastar gazogenio nos seus veiculas, com uma despesa
diaria de, apenas, trezentos mil réis.

***N~o é exagero afirmar que os rebanhos do


Mar~nh?,o. t~ vivido no mais lamentavel aba:i;ido1:i9 .
Nada de efic~ente tem sido feito em favôr de nossa
população pecuaria, calculada em 1. 937. 800 cabeças.
A fébre aftosa e outras epizootias dizimam o gad•J
· -maranhense, sem que lhe seja dada a assistencia in-
dispensavel ao combate das enfermidades, garantindo
a conservação da especie .
O serv~ço de assi.stencia á produção animal nada
tem podido realizar entre nós, dada a exiguid~de àP.
sua dotação orçamentaria, que apenas dispõe da
quantia de Rs. 500$000, para a sua despesa de ma·
teria!.
O apµJo dos rebanh9s vem sendo de~çurado. O
gndo de córte é sempre de peso minlmo e não pódl'l
ccmpetlr com os exemplares de outras procedencia1.
No intuito de sanar essa lacuna da nossa pecua-
.ria, .encareci ao Snr. Ministro da Agricultura a ne-
cessidade de ser instalada e mantida, neste Estado,
~~a Fazenda Modelo de Criação para proquzlr, i,i-

····, ....

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Blbliot..ca Públic.a Benedito left•
loco, os reprodutores que se fazem tão necessarios ao
melhoramento dos nossos rebanhos, prestando, ao
rr.esmo tempo, assistencia pronta e diréta aos nossos
criadores, no combate ás epizootias, na formação de
l.lôa.s pastagens, no melhor arraçoamento e no aprn-
veitamento mais economico dos seus 1>rodutos .

***'Conhecedor dos propósitos do Dr . Fernando


Costa de fazer construir nas cap.tais dos Estados edl-
fícios destinados á instalação dos div~rsos serviços
do seu Ministério, alí em funcionamento, ofereci a S .
Excia. a área necessar:a áquela constroção em São
Luiz. O Governo maranh~nse, com êsse oferecimento,
quiz demonstrar o ·e mpenho que tem na execução ·cto
mesmo empreendimento, com ·que a patriótica gestão-
do ilustre titular á frente da pasta da Agricultura
vai favorecer as unidades f-ederativa.s.
Assim, organizado ·que seja o projéto do pré1io
e determinada a área necess-aria á sua -ecHficação, o
Governo do Estado porá imediatamente á dispos~çã.9
daquele Ministério o respectivo terreno ~m local apro-
priado, de modo a ser iniciada, s&m demora, .a c0ns·
tnição de que .se trata.

"** -E ntusiasmado ante a informação da enorme


abundancia de peixes, camarão e tubarão, no .Estada,
d-eterminou o Sr. Ministro ao Diretor de Caça e Pesca
que organizasse, imediatamente, mensagem pedindo
ao Sr. Presidente da Republica autorização pará apli-
car a dotação que tem, de 600 contos de réis, em uma
grande 'fabrica, em São Luiz, para a industrialização
do camarão e do tubarão. Deliberou tambem a desig-
nação de um técnico especializado para dirigir -0
s&tviço.
Da realidade dessas providencias já tem conhe-
cimento o publico maranhen~e, com a recente esta-
da, nesta capital, dos drs. Eloy Teixeira, inspetor fe -
deral de Caça e Pesca, e Manoel Nunes Pereira, tecni-

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8ibliot..ca Públlc.a e.n.dlto Left•
co do mesmo Serviço, que aqui realizaram os necessa-
rios estudos para a instalação da projetada fabrica .
O projéto abrange desde a entrada do pescatio
até a sabida dos multiplos produtos, aproveitand o in-
teiramente o tubarão, até mesmo os residuos prove-
nientes das diversas operações da industria. Prevê o
preparo do couro destinado a preciosas aplicações; a
extração do oleo e sub-produtos riquissimos em vita-
minas ; a secagem da carne com preparação seme-
lhante á do bacalhau; o preparo de cações de fumei.
ro tambem para alimentaçã o; o aproveitamento das
barbatanas maiores para a exportação e o tratamen-
to das menores para a extração da gelatina destina-
da a usos farmaceuti cos e domesticos; a extração do
algo<1ao empregado em expiosivos e mascaras para
gazes asfixiantes ; e, finalmente , o preparo da farinha
resu1tante dos resiouos, que tem sido empregacia na
alimentaçã o do gado com o maior sucesso. Os ossos e
dentes 'liem larga aplicação no fabrico de objétos de
luxo e obras de adorno.
A faonca disporá de camara frigorifica para a
conservação do pescado que nao possa ser industria-
lizado no mesmo dia e de um barco a motor, movido
a petroleo, com grande velocidade, possuindo dispo-
sitivos apropriado s para a pesca do tubarão e provi-
do tambem de a1·pões, espinheis, rêdes, etc.
O Ministério contratou um técnico especializado
no assunto, o Sr. Guida Gibelll, com longa pratica e
perfeito conhecime nto adquiridos na Africa e diver-
sos paizes da Europa. Esse técnico expôs ao Interven-
tor o funcionam ento da fabrica, em presença das
plantas que organizou, deixando otima impressão da
sua capacidade e competencia.
O dr. Ascanio Faria, diretor da Divisão de Caça
e Pesca, pretende vir breve ao norte, demorando em
Recite e Belém, antes da sua vinda a São Luiz.

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NO MINISTERIO DA VIAÇÃO não foram meno-
res as minhas atividades junto a S. Excia. o Sr. Ge-
neral Mendonça Lima, titular daquela pasta, a quem
fiz demorada exposição sobre as necessidades do Ma-
ranhão, dependentes daquele Ministerio, versando
principalmente os assuntos relativos ao porto de São
Luís, abertura de rodovias, prosseguimento das obras
da ferrovia Tocantina e desobstrução dos rios.
s . Excia. informou que, na elaboração do Plano
Quinquenal, procurara atender a todos esses proble-
mas, que reconhecia inadiaveis, fatores que são eles
do desenvolvimento do Maranhão. Entretanto - adi-
antou S. Excia., até agora não fôra distribuído o nu-
merario preciso para custear as despesas do Plano
na parte referente ao seu Ministerio.
A despeito, porém, dessa ocorrencia, posso anun-
ciar ao Povo Maranhense que S. Excia. o Sr. Presi-
dente da Republica, plenamente informado da im-
portancia que encerra o problema do porto do Mara-
nhão, aguarda apenas a conclusão dos respectivos es-
tudos para autorizar o inicio das obras.
Para ocorrer as despesas desses serviços, na faze
inicial, será concedido o credito de seis mil contos de
réis, sendo desejo de S . Excia. que as obras da cons-
trução do porto de São Luiz tenham começo ainda
este ano.
O Sr. Ministro Mendonça Lima informou tambem
que já havia recomendado ao diretor do Departamen-
to de Portos a conclusão da montagem da draga flu-
vial "Gomes de Souza", que aqui se encontra, bem
como as providencias para o inicio dos trabalhos de
desobstrução dos rios, já tendo sido distribuída a ver-
ba necessaria ao custeio desses serviços.

*** Apreciando a exposição que lhe fiz sobre as


rodovias construidas na minha administração, o Sr.
Ministro Mendonça Lima informou que já lembrara
ao Sr. Presidente Getulio Vargas a concessão a este
Estado de um equipamento completo para o serviço

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8ibliot..ca Públic.a &.nedlto Uft•


de al:ertura de estradas. Desse modo, tendo em vista
o meu apelo no sentido da concessão do citado equi-'
pamento, iria solicitar a necessaria autorização para
aquela aquü,ição ser feita sem maior demora.
NO MINISTERIO DO TRABALHO tive ensejo de
conferenciar vezes diversas, com o seu ilustre t,.tula.r,
Sr. Ministro Waldemar Falcão, sobre assuntos de in-
teresse do Maranhão .
A convite de S. Excia., tomei parte na reuniã.o,
convocada por aquele titular, dos presidentes de todos
os rnst.tutos, para tratar das construções de casas
no terreno do Largo do Santiago, oferecido pela Pra-
feitura de São Luiz.
Estudando o assunto e examinada a planta que
apresentei, assentou-se que as construções na re_
fE:rida área ficarão a cargo dos Institutos ·dos Indus-
triar.os, dos Comerciarios e dos Bancários, que div.i...
fürão o terreno em lotes com o minimo de dez por
vinte metros, edificando prédios de valôr nunca infé-
rior a quinze contos, obrigando-se a inda os Institutos
ao arruamento e pavim~nts.'},o do trecno ocupado.
Os demais Institutos, não contemplados, pediram-·
me lhes concêda terrenos em outros bairros, afim de
levantar edificações destin ada.s aos seus associados,
pleitaando, cada um, áreas para construir cincõenta
Cf.sas, sendo que as dos Estivadores, no valor entre
dez e vinte contos, cada casa, e as dos Marítimos no
valor maximo de cinco contos, cada uma.
Desejoso de que tenham instalação condigna os ser-
viços federais na nossa capital, declarei ao Ministro
do Trabalho que o Estado oferecr ·á um terreno para
a construção de um edificio para as repartições do Mi-
nistério, em São Luiz, desde que a obra seja de molde
a embelezar a cidade e iniciada dentro de curto prazo.
O Ministro Waldemar Falcão aceitou e agradeceu
o oferecimento, assegurando que iria promover os
meios para a realização do empreend~mento, com a
maior presteza.

16
NO MINISTERIO DE EDUCAÇÃO E SAúDE va-
ries foram os assuntos por mim tratados com o seu
ilu.stre titular, o Sr. Ministro Gustavo Capanema.
Pelo Departamento Nacional de Ensino me foi
r€~t:tuido o projeto do eãificio do Palacio de Educa-
ção, a ser construido no Parque Urbano Santos, tendo
o diretor, dr. Abgar. Renault aplaudido a iniciativa do
Governo, pois, de acôrdo com o parecer da secção d.e
obras do Ministério da Educação, o projéto atende,
satisfator..amente, ás exigencias do Departamento e
apresenta belo aspécto.
Acrescentou que o parecer sugere pequenas alte-
rações nos gabinetes de Fisica, Quimica e Historia.
Natural, que devem ser em fórma de anfiteatro, com
maior dimensão das áreas destinadas a ginastica e á
secretaria e o aumento de uma sala para os profes-
sores.
No Conselho Nacional de Educação, visitei o seu
presidente, professor Reinaldo Porchat, perante o
qual tratei da situação da Faculdade de Direito do
Maranhão. O parecer de cassação da fiscalização desse
instituto deixou de ser discutido na ultima reunião,
~fim de ~guardar o relatório do íiscal da Faculdade,
pertinente ao ano de 1938.
Visitei, ainda, o instituto de Estudos Pedagogi-
cos, confer~nciando com o diretor Lourenço Filho so-
bre os ensinos primario e secundaria no Maranhão.

** *Conferenciei tambem, com o dr. Waldomiro


P.ires, dlretor da Divisão de Psicopátas, no Departa-
mento Nacional de Saúde Publica, onde examinei a
planta organizada, ali, da futura Colonia de Insanos
Mentais, no Maranhão, discutindo detalhes do pro-
jéto.
A Colonia, cuja construção e custeio serão aten-
didos pelo erario estadual, abrangerá diversos pavi-
lhões, compreendendo um para a administração, outro
para os serviços gerais, inclusive refeitorios, lo.vanda-

1'1

~
J83IP?J83JL
8ibliot..ca Públlc.a e.n.dlto left•
ria, cosinha , dispe!1rn, etc., situados na part e central e
ladeados dos pavilhões de loucos calmos e loucos
agitados, do sexo feminino e do 'masculino, ~epara-
damente .
O p·r ojéto prevê outros pavtlhões a serem cons-
truidos posteriormeni;e, tais como enfermaria gera!
para cirurg.a e enfermaria para tuberculosos e in-
ternação de loucos sordidos.
O Minist ro da Educação, Dr. Gustavo Capanema,
submetera ao Sr. Presidente da Republica a proposta
para a construção do Sanatario de Tuberculosos, am
São Luiz, satisfazendo, desse modo, ao apêlo que, nesse
sentido, lhe fôra dirigido pelo Governo Maranhense.
Hoje, tenho a sat:sfação de anunciar aos meus
conterraneos que o Governo Federal acaba de con-
ceder o credito de 550:000$000, destinado á instalação
do Sanatorio de Tuberculosos nesta capital.
Não me descuidei, tambem, de pleitear junto M
titular da pasta da Saúde um auxilio destinado ao
Instituto de As.sistencia á Infancia do Maranhão, que
deverá, em breve, t er iniciadas as obras para uma
instalação mais condigna á sua alta finalidade.
O Dr. Barros Barreto, ex-diretor do Departa-
mento Nacional de Saúde Publica, concordando com
~ proposta do Departamento, mandou conceder verba
para a instalação de um Preventório para os filhos
de leprosos, no Maranhão.
Avisou-me, tambem, que, atendendo ao carinh,
com que o Governo Maranhense vem procurando so-
lucionar o problema de psicopatas, reservara uma
bolsa de quinhentos mil réis, das cinco que foram
criadas, afim de auxiliar um médico do Estado para
!azer um curso de aperfeiçoamento no Rio.
Out ro auxilio de igual quantia foi destinado a
um medico maranhense que deseje aperfeiçoar, no
Rio de Janeiro, a especialização de oftalmologista.
O Dr. Samuel Libanio, que responde pela dire-
toria do Departamento Nacional ~e Saúde Public9c1

~
JB3JPJB3JL
Blbliot..ca Públic.a a.n.dlto left•
ofereceu á Diretoria de Saúde e Assistencia do Ma-
ranhão uma bôa quantidade de remedios para serem
distribuídos pe.as pessôa. pop10,3, gesto esse que muito
nos sensibilizoa .
NOS OUTROS MINISTERIOS, da Justiça e Nego-
cios Interiores, da Fazenda, das Relações Exteriores,
da Guerra e da Marinha, entretive, por varias vezes,
audiencias com os seus titulares, os ilustres Srs. Dr.
Francisco Campos, Arthur Souza Costa e Oswaldo
Aranha, General Eurico Gaspar n utra e Almirante
Aristides Guilhem, todos eles, sem exceção, dedicados
amigos do nosso Estado, cujos interesses acompa-
nham com desvelo.
Perante esses eminentes patrícios o Interventor
do Maranhão versou varios a.ssuntos, todos perti-
nentes ao desenvolvimento da nossa terra, assuntos
esses que me dispenso de minuciar nesta Exposição,
afim de não alongar em demasia este trabalho.

* * *
Do que fica consignado infere-se que a viajem
empreendida á Capital da Republica foi de insofis-
mavel utfüdade ao Maranhão e dou-me por bem com-
pensado dos meus esforços diante do que consegui
realizar em favor do nosso Estado.

u,
' ,

Blbliotee1 Públlc.a a.n.dlto lel.1•


ECONOMIA E FINANCAS
.,

Conforme acentuei no Relatorio por mim apre-


sentado, em começo õeste ano ao Snr. Presidente
da Republica, os produtos maranhenses dé expor-
tatã.o, qu~, no tr1enio de 1935 a 1937, lograram. c<;-
tàções compensadoras nos mercados nacionais e es.
tran'geiros, tiveram seus preços 1eduzidos de ceri-. ..
de trinta por cento durante o exercicio financeiro
de 1938~
Essa já desfavoravel situação, ao invés de me-
lhorar, agravou-se no primeiro semestre do ano ei-,1
curso. Com -efeito, o -babassú, que, hojej consti1me a
coluna mestra da nossa economia, e que, em 19,}ô,, Se,
mantivera. entre 68 e 77 dolares, por tonalada, 1111i, ,
mei:cados norte-americanos, perdeu essa posição n08
seis primeiros mezes ..deste ano, durante os quais o~-
cilou entre 64 e 72 dolares, preço fob.
O algodão, que, no ano proximo findo, obtivera
de 3$200 a 3$500, por kilo, nas praças do sul do Paiz
desceu, no ultimo semestre, para 3$300 e 3$200, píe-
ço cif Rio de Janeiro.
O arroz, cotado, em média, em 1938, a 54$000
baixou, na primeira metade deste ano, para 43$000,
preço medio por saca de 60 quilos.
Assim, a situação da lavoura e do comercio ma-
ranhenses, seria, hoje, verdadeiramente desesper~·
dora, si o progressivo aumento do volume de noss;..
produção, felizmente verificado a partir de 1936, não

20:

Blbliot..ca Públic.a 8enedlto left•


tivesse cmuvensado a crescente depreciação dos pro-
dutos do Estado.
De fato, os mapas estatist1cos ultimamente ie-
vantados pela Diretoria da Fazenda, acusam, só na
parte referente á exportação efetuada no primeir.:>
semestre ãe 1939, exciuidos os generos exportados,
em Junho, diretamente pelos municipios do inter101
- o cons!àeravel aumento de mais de doze mil to-
neladas sobre a exportação de igual período do a!.I:,
de 1938, conforme se verifica do seguinte quadro:
Quilos Valor Oficial
Periodo de í939 .. 43.885.397 48.249:942$20C
Pericdo de 1938 .. 31. 63D. 961 38.503:040$4&:.i
Para mais em 1939 12.245.436 9.746:901$000
Contribuiu, unicamente, para esse auspicioso
resultado, o babassú, de que se exportaram, de Ja-
neiro a Junho deste ano, pela Capital, e de Janeir:>
a Maio, diretamente pelos municípios do interior,
25. 358. 785 quilos, no valôr oficial de 23. 981: 379$6GJ,
contra 13. 502. 481 quilos, no valôr oficial de ..... .
13.890:015$000, exportados em igual período de,
exercício de 1938. Essa difer~nça produziu, em f&.-
vôr do primeiro dos períodos supra indicados, a eie·
vada importancia de 10. 091: 364$600.
Parte, porém, desse apreciavel sa:..do foi absorvida
pelo deficit deixado pelos demais produtos, notada-
mente o arroz que, por sua inferior qualidade, já quasi
não encontra colocação nos mercados do sul da Re-
publica e é, por isso, vendido, a preço vil, em Forta-
leza e em poucas outras praças do norte do Paiz.
As cifras que venho de confrontar demonstram,
de modo a não deixar sombra de duvida, que a pros-
peridade do Maranhão repousa, presentemente, numa
unica fonte de riqueza - a industria extrativa do ba-
bassú; e isso não é, de modo algum, tranquilisador,
sabido como é, que as industrias extrativas, não cons-
tituem base economica em que se possa confiar.

~
JB3IP?JB3JL
8ibliot..ca Públlc.a a.n.dlto left•
Conciente desta verdade, empen ho-me, neste
moment,o, com t.oúaG as for-;as de que dispotl o Gover _
no, em melho rar os nossos proce.,sos agl'icolas e fomen-
t.ar a produção, de modo a podermos ooter, num futu-
ro pwxim o, produtos sc1ec10naaos e, por isso mesmo,
capazes de concorrer, em qualqu er merca do nacion al
ou estrangeiro, com os seus sinula res de outras proce-
dencias.
Visando a consecução desse objetivo, varias pro-
videncias estão sendo adotad as pelo meu Governo,
conforme referencias nesta Exposição, merecendo
menção especial o recente Decret o-lei n.0 294, que fiz
baixar a 9 de Agosto corrente.
Por esse Decreto-lei ficou aberto o crédito espe-
cial da impor tancia de cem contos de réis, afim de
atende r á compr a de maqui nas agrlcolas, peças so-
bresal entes e lnsectlcldas, para a venda aos lavrad o-
res do Estado, pelo preço do custo e pagas em pres-
tações razoavels. As impor tancia s resulta ntes das ven-
das efetua das poderão ser aplicadas em novas aqui-
sições, de modo a mante r um "stock " perma nente
das referid as maqui nas e insecticidas.
Conjugados os resulta dos dessas providencias com
os já obtidos e os que estamo s em via de obter do pla-
no rodoviario ora em execução no interio r do Estado,
penso que teremos proporcinado á economia mara-
nhense, por meio da agricu ltura, bases estaveis para
o seu progressivo desenvolvimento.
* * *
Do ponto de vista financeiro é - eu o proclamo
com prazer - desafo gada a situaç ão do Estado.
Orçada a receita, para o exerciclo corrente, na
quanti a de 18 .068 : 000$000, encerrámos o primei ro se-
mestre, com a arreca dação de 11 . 403: 208$200, ou se-
Jam 2 . 309:208$400 a mais ão previsto.
Por outro lado, a despesa geral do Estado, que
fôra fixada, para todo o ano, na mesm a impor tancia
de 18 .068:00J$000, nã.o ultrap assou, no semes tre em

22
referencia, de iL 170: 696$500, deixando, assim, um sal-
do a favõr c!a Fazen da de 863:303~300.
O saldo orçam entaria proven iente dos exercícios
de 1937 e 1938, que monta va, a 1.0 de janeir o deste
ano, a 4.802:2 50$500 , atingiu , a 30 de junho proximo
findo, a elevad a quanti a de 8.532: 000$000.
Cumpre assina lar, e o faço com desvanecimento,
c;ue, na histor ia financ eira do Maran hão, nunca se
registou a existen cia de um saldo orçam entario do
vulto do que se verificou a 30 de Junho ultimo, no en-
cerramento do semes tre de que estou a presta r contas .
O maior saldo alcanç ado nas admin istraçõ es ma-
rs nhenses, de que ha noticia, foi registado ha vinte
anos, em 1917-1918, no governo do Dr. Herculan.J
Parga, na impor tancia de pouco mais de dois mil:
contos de réis, e isso devido â Grand e Guerra , que
forçou a procur a dos produt os do contin ente amerl··
cano, quand o a export ação do Maran hão quadru pli-
cou o seu valor.
No semes tre findo, como referi linhas acima, o
saldo orçam entarlo elevou-se á Rs. 8 : 532:000$000,
sem prejuízo das despes as extrao rdinar ias feitas pelo
Estado com o melho r aparel hamen to dos serviços pu-
blicos e a execução da.s obras a que me refiro, de
modo especial, noutra parte do presen te trabal ho.
As dividas intern a consol idada e a flutua nte, con-
traida s por admin istraçõ es anterio res, vêm sendo,
desde o ano passado, consideravelmente reduzi das.
Duran te o primei ro semes tre do corren te exercicio,
resgat ou o Governo, media nte acordos feitos com seus
portadores, 4.231 apolices da divida publica, no
valõr nomin al d0 7!)0: 4.00$;,00, e liquidou, ainu...
com ,·antag em para o Estado, 342 cadern etas de cre.
dito, na impor tancia de 456: 116$300.
Do empre stimo de 12. OOJ: 000$000, contraido pelo
Estado com o Banco do Brasil e do qual foi utilizada
somen te a quanti a de 5.000:0 00$000 , foi paga regu-
larme nte a presta ção de 480: OOJSOOO, correspondente
ao seme&tre de Janeiro a Junho de 1939.

2J
Tambem a parte da divida flutuante não garan-
tida por cadernetas, está sendo apurada e paga, já
havendo o Tesouro liquidado 97 processos, no valor .de
80 : 107$000.
A Diretoria de Fazenda· do Estado, que superin-
tE;ndente a .arrecadação e fiscalização das rendas pu-
blicas, continúa a cargo do Dr. Clodoaldo Cardoso,
que en:ipresta a este importante departamento a ef.t-
ciente .direção que era de esperar da sua comprovada
capacidade.

--
"'·~·--·- · - - - --

24

Blbliotitea PúbliQ a.n.dito leí1•


OR~ANIZACÃO JUDICIARIA
->

O Poder Judiciario desenvolve normalmente a


SHl\ at.ivida.dP. num ambiente de completas e:ara11 ·
tias. Podendo assim nreencher olenamente a sua no-
bre fin.altdade. como orgáo aÚe é da sobera.nia do
E1-t~.cin.
Convencido da necessidade que se fazia sentir
do Tribunal de Apelação em turmas julgadoras e a
::1.mont.navam 11::i. snuer1or instancia, não hesitei e1...1
.onera,r mncHfJc::i~fíP.s nn anarelhamento .iudiciar:j(,
de modo a remover as causas que retardavam o jul-
gamento dos processos, atendendo, dessa forma, os
justos reclamos da coletividade maranhense.
Para tal fim, raixel o Decreto-Lei n.0 15 de 3 de
,Timeiro do ano passado, que estabeleceu a divisão
<'ln Tribunal de ApeJação em turmas julgadoras e ··.
distribuição equitativa das especies a todos os mem-
bros da nosso mais alta Côrte de Justiça.
Com essa modi1'.icacão introduzida no roecstni1--
mo do Poder Judjciario, ha pouco mais de ano, já são
Proclamadas as vantagens que ela trouxe ao breve
andamento dos processo.s que sobem a julgamen-
to lio T1·iJ>unal.
Basta salientar que no periodo de 1 de Janeiro
a 31 de Julho do corrente ano, proferiu essa Colen-

~5

8ibliotec:a Públlc.11 a.n.dito left•


da Côrte :)50 ju";üm cntos, ou sej o.m 117 a m.·.:s dJ~
julgamentos ve.lfic.;.t._,... u1 .i.g.1:ll pe.:l.- u, em l J .;~
e 87, cm 1937, qJancl o a~,_.da precio1:1inava o regim..:;
dn. di\ is.to uo Tribun al em Ca maras .
Mas não foi só. A eficiencin. das ultima s medt-
d~s i.::lspirac.i:•3 :io pfo1,os~to de bem aparel har o f-o-
dcr J udicia r.ia par:.i. 1,1•. hn 1 garant ~r os direit o::, dú
Povo, evidcnci&-sc cfo mcao iniludivel, ante os me-
lhores r esultad os de:::orr entes da execução do De ·
ereto-Lei n.º 236 de 24 de Março deste ano, decret o
que regula as con-eições dos serviços j udlcia rios.
E a compr ovação está no consideravel aurne, .!o
de remes sa de autos para a superior instan cia.
Em 1938, de 1 de Janeir o a 31 de J ulho, derau:
entrada na Secret aria do Tribunal, 193 autos, nume-
ro que, no mesmo pericdo, se elevou a 340 em 1939,
com um excesso de 147, o que ,em comprovar que
parte desses autos perma necia nos diversos carto -
rios sem o necessario andam ento e com manifesto
prejuizo do interesse publico. E nl\o obstan te o au-
mento sensivel do serviço forense, cumpr e registar
que o Tribun al de Apelaç ão está em dia com os jU1-
gamen tos que lhe compete profer Jr, sendo de notar
que, para essa auspiciosa situação, têm cont ribllid"
poderosamen te a assiduidade á& sessõe s e a ded!c&.-
ção ao serviço, dos egregios membros daquele Tri-
bunal, compe netrados do dever de bem servirem ,
causa da J ustiça .
Devo ainda frizar que !;ão das mais cordiais :-.i.s
relações do Poder Execu tivo com o Poder Judiciar10,
cooperando ambos no limite das atribuições de c1:1.ua.
um, para a bôa ordem que impera em todo o Estado.
Confir mando a assertiva, transc revo a seguir
o oficio que houve por bem dirigir .me o honrado e
Exmo. Snr. Desem bargad or Raymu ndo Publio Ban-
deira de Mello, integro Presidente do Tribunal de
Apelação do ~ tado.
Trlb~nal de Apelação - - íi.St 'l,1,..0 do Maranhão.
N. 0 341. São Lu'z, 10 de agosto de 1939.
Exmo. Sr. Dr . Paulo J~-~rt.ns de Souza Ramos
D. D. Int 1·ventor Federal. - Local.

Apras-me levar ao conhecimento de V. Excia.


que o Tribunal de Apelação tem funcionado com a
maxima :egularidade e está em dia com os julga-
mentos, d.e v,,z ce~ os proc,:,;.sos que se encontram
n~ super!.or instancia acham-se em andamento,
afim de serem julgados de:ntr0 ue curto praso.
Para esta auspiciosa situação, concorre inega-
velmente, ao lado da operosidade dos ilustres mer,1-
bros deste Tribunal, da süa Secretaria e da Procu-
radoria Geral do Estado, ó. divisão do mesmo em
turmas julgadoras, med:.da acertadamente introdu-
zida no organismo judiciaria, pelo Decreto-Lei ,1.v
15 de 3 de Janeiro do ano passado.
Assim poude esta Côrte de Jm,tiça julgar no pe·
riodo de 1 de J aneiro a 31 de Julho deste ano, 35il
processos, numero que em 1937, atingiu a 263 e em
1938, a 233. '
Cumpre-me ainda corr.unicar a V. Excia. que
tem sido por demais eficiente a execução do Decre-
to-Lei n. 0 236 de 24 de Março do corrente ano, qt.c
regula a correição dos serviços judiciarias.
Basta constatar o consideravel aumento de en..
trada de autos n::i. Secretaria do Tribunal, o que fa.;
acreditar que muitos deles permaneciam paradui,
nos diversos cartorios, com evidente prejulzo para
os interesses das partes. Sobreleva notar que, de 1
de Janeiro a 31 de Julho de 1938, subiram a estP.
Tribunal 193 autos, quando, em igual periodo deste
ano, ou seja em plena vigencia do referido Decreto-
Lei n.0 236, esse numero se elevou a 340, verificando-
se deste modo, o excesso de 1'±7 autos.
Das comarcas do Estado, não ha presentemente
reclamação a registrar.

~
J83JP?J83JL
8ibliot..ca Públic.a a.n.dlto left•
São estas as informações que julguei do meu
dever transmitir a V. Excia. no momento em que
se aproxima o 3.0 aniversario da honra.da_adminis-
tração de V. Excia.
Sirvo-me do ensejo para apresentar a V. Excia.
os meus protestos da mais elevada estima e subida
consideração.
a) Raymundo Puõlio Banàetra de Mello
Presidente do Tribunal de Apelação.
***Na Procuradoria Geral do Estado, a cargo-do
ilustre Dr. Edison Brandão, as atividades desse depar-
tamento no primeiro semestre de 1939 -estão consig-
nadas no seguinte -quadro:
Disl!riminações Entrados Despachados
Autos de processos crimes . 208 208
Autos de processos civeis . 31 31
Autos de inquéritos policiais 96 96
Habeas-corpus . . . . . . . 55 55
Reclamações . . . . . . . . 10 10
Autos de processos adminis-
trativos . . . . . . . . . . 209 109
• Existentes na Procuradoria .. 100
·Autos do Conselho Peniten-
ciário . . . . . 24
Oficios receb'idos . . 496
Ofic:os expedidos . . 310
-Telegramas recebidos . . 98
·Telegramas expedidos . . 38
No ~riodo de Julho de 1937 a Julho de 1938, isto
éi de _um ·a.no, o n:umero de autos para julgamento do
Tribunal de .Apelação foi de 247 processos, emquanto
·no semestre do ano em curso o numero elevou-se a
- ~a9 P?O®.Ssos. Independente da relaça.a dos trabalhos
acima espec11icados, compareceu ainda o esfo'rçado
· tit.ular ·dtL -Proauradoria a 87 sessões, realizatlas pelo
Tribunal de Apelação.

Blbliot..ca Públic.a a.n.dlto left•


OS MUNICIPIOS DO ESTADO' ·

PREF EITU RA MUN ICIPA L DE


SÃO LUIZ

A situação financ eira do municipio da capita l,


cuja admin istraçã o confiei ao zelo e capacidade do
Dr. Pedro Neiva de Santa na, Prefei to Municipal de
São Luiz, é a mais ltsonJelra posslvel, conforme o com-
provam os seguin tes dados :
Receit a orçada para o exercicio . . 4 .295:560$000
Previsão para o semes tre . . . . 2 . 147:780$000
Receit a arreca dada . . . . . . . . . . 2. 325:780$300
Supera vit alcanç ado . . . . . . 178 :000$300
Sobremodo interes sante, como indice do desen-
volvimento economico-financeiro do Municipio, é o
confro nto da arreca daç.ão do semes tre ora findo com
as de 1gual periodo nos anos de 1937 e 1938:
Arrecadação do l.º semestre de 1937 1. 704:363$700
Idem, idem 1938 .. .. . . .. .. .. . . 2 .133 : 625$800
Idem, idem 1939 .. .. . . .. . . .. .. 2 . 325: 780$300
As cauaas dessa melhoria financ eira devem ser
atribuidas, de um lado ao aperfeiçoamento do apa..
relho arreca dador e â criação de novas fontes de re•
ceita, como o Matadouro, o Mercado, as taxaa de cal-

' 29
~amento, etc; de outro, ao revigoramento do princi-
pio de autoridade oriundo do novo regime e ao sensi-
vel ressurgimento economico do Estado.
Náo menos lisongeira é a situação da Despeza no
semestre que vem de findar:

Despeza prevista p~ra'· o- exercicio 4. 279: 209$200


Previsão para o semestre . . . . . . 2 .139: 604$600
Despeza empenhada até 30 de junho 2.055:829$600
Diferença para menos . . . . . . . . . . 63: 775$000
Tal diferença é tanto mais significativa quanto é
certo que, no semestre em causa, foram abertos cré-
ditos especiais no valôr de 123:430$000, para a im-
permeabilisação da lage de cobertura do Mercado Cen-
tral, aquisição do sitio "Veneza", onde será instalado
o hôrto municipal, a aquisição e indenisação de imo-
veis.
Com todos os seus compromissos, rigorosamente,
em dia, dispunham os cofres municipais, em 30 de
Junho ultimo, da quantia de 467:693$657.
A arrecadação da Divida Ativa, graças aos esforços
empregados neste sentido e á abolição da ominosa
pratica das transigencias, atingiu, no semestre findo,
á elevada soma de 213: 913$000.
A rigôr estão sendo mantidas em dia as obriga-
ções para com a Caixa Economica do Rio de Janeiro,
resultantes do acôrdo por mim celebrado com aquêle
estabelecimento de crédito. Assim, fôram resgatados,
no semestre em referencia, 167: 934$600 do débito para
com a mencionada entidade.
Tambem em relação á Companhia Matadouro
Modêlo, estão em dia os compromissos da Prefeitura:
Fõram pagos á mesma companhia, neste semestre,
189: 754$800, que, adicionados á quantia de 320: 986$500,
perfazem o total de 510: 740$300 resgatados áquela so~
ciedade, até 30 de Junho ultimo. Tudo indica que, até
o fim do corrente ano, terá a Prefeitura, senão total-

30 ..

Blbliot..ca Públic.a a.n.dlto left•


ment e liquidada, ,pelo menos reduzida a quan tia
mi-
nima a divida em apreço. ·
No que respe ita á Divida Fund ada, até 30 de Ju-
va-
nho p. p., havi a a Prefe itura resga tado titulo s no 0
lôr de 337:200$000, sendo que, deste total , 298:4 00$00
inu-
se refer em ao seme stre findo naqu ela data. Cont
itura a receb er prop ostas de resga te dos
ando a Prefe para
titulo s em apreço, tem- n'as aceit o sem hesit ação ,
su-
o que torno u-se misté r a aber tura de um crédi totam-
plem entar de 100:000SO OJ, para refor ço da verb a
or-
bem de 100: 000$000 para esse fim desti nada na lei
çame ntari a.
Em pross eguim ento do resga te de residuos passi
-
de exerc icios anter iores , liqui dou a Pre-
vos oriun dos ....
feitu ra, no seme stre findo, dividas no valôr de .. s
59:435$900, que, adicionados aos 1.246 :881$ 349, pago
1938, perfa zem o total de
nos exercicios de 1937 e a
1.306:317$249 empr egad os na amor tísaç ão da Divid
Pass iva da Mun icipa lidad e, da qual está send o agora
ob-
procedido o levan tame nto total ; e, pelos dados já o
tidos, infer e-se alcan çar a mesm a uma cifra Já muit
dimi nuta .
Fiel á polit ica de realizações ence tada pelo Go-s
vern o do Estado, cont inua a Prefe itura a ataca r obra
e-
novas, sem inter rupç ão das Já inici adas, que pross es
guem o seu ritmo norm al, mau grad o as dific uldad
o os
enco ntrad as no meio. Assim , estão em anda mentalgu -
traba lhos de pavim entaç ão das vias publi cas,
leto
mas delas, até ha pouco, releg adas ao mais comp
desleixo. Dedicando a melh or atenç ão a este Justo
a
reclamo do progresso da cidade, calçou e recalçouxi-
Prefe itura , neste seme stre, 8. 028m 2,14, área apro
mad a da pavi ment ada no ano passado, que foi, neste
parti cular , o ano "reco rd", com 10.807m2,40.
Obra s sem duvida da maio r impo rtanc ia são as
se-
levad as a efeit o á Praç a Gonçalves Dias, as quaisdono
rão inaug urad as hoje. Da triste situa ção de aban
mais
em que Jazia, passo u aque la praç a á condição do

3.L
belo e moderno logradouro da Capital. Tambem a pra-
ça da Alegria, onde está ultimado o novo pavilhão do
"Jardim Decroly", obra por mim confiada á adminis-
tração da Prefeitura, passa atualmente por completa
reforma, que a tornará num dos mais encanta.dores
recantos da cidade.
Entre outras obras já conduidas ou em via de
conclusão, merecem referencia as seguintes: prosse-
guimento das obras do Mercado, salientando-se a con-
clusão da ala súl e a impermeabilisação da lage de
cobertura do tecto; continuação dos melhoramentos
no Matadouro Modêlo; reforma completa do trapiche
do deposito de lnflamaveis no Tamancão, melhora-
mentos no cemiterio do Gavião, etc.
Em todos os departamentos da administração,
verifica-se a melhor ordem e atividade, já nos ser-'
viços internos, já nos externos.
A Instrução Publica, inteiramente reorganizada
e utilisando-se de material, na quasi totalidade, novo
ou renovado, vem reaiizando, com a melhor eficien-
cia, os fins a que se propõe. Basta, a proposito, seja
consignado qu:;, neste semestre, a matricula acusou
a cifra ele 2 .114 amnos para uma frequencia média
cliaria de 1. 570, nas 19 escolas municipais, cont ra
1. 971 e 1214, respectivamente, de matricula e frequen-
cia, durante todo o ano pas~ado.
/',. Limpeza Publica, inteiramente reformada e do-
tada de novos e modernos veículos, executa, no mo-
mento, os trabalhos a seu cargo, do modo o mais sa-
tisfatorio possível.
No que concerne a jardins e arborização, servL
ços que a administração encontrou completamente
desprezados pelo poder publico, assistimos a um ver-
dadeiro ressurgimento em São Luiz. Sofrem os nossos
logradouros arborizados ou ajardinados reformas e
obras de embelezamento, assegurando-se-lhes acura-
da conservação. Providencia da maior relevancia com

32

~
JB3JP?JB3JL
Blbliot..ca Públic.a Benedito left•
lsiç:1o fei ta, nes te semes-
relação ao ass un to foi a aqu
igo sitio "Veneza", onde,
tre , pela Pre fei tur a, do ant tal ado um hô rto pa ra a
em oti ma s condições, foi ins till ada s aos Jar din s da ci-
cri a e seleção de mu das des , disporão de um a reser-
dade, que, de ago ra em dia nte s necessidades.
va ba sta nte pa ra tod as as sua
ização, ou tro ra tã.o
Ta mb em o SerViço de Fiscal ant e, vem, hoje,
ali im per
malstnado pela desordem
no con ten to, .atingindo os seus serviços
op era nd o a ple
pe rfeição.
o maximo de ren dim ent o e
ar, de modo claro e
Finalizando, pa ra dem on str
economico do Município,
expressivo, o ressurgimento lev ant am ent o economi-
do
cons.~qucncia, sem duvida,
do Est ado , sob o atu al Governo, bas ta
co e poUtico
a construções, rec on str u-
ref eri r as cif ras rel ati vas rio s de habitações pa r-
ções e me lho ram ent os san ita os de 1937, 1938 e pri -
an
ticulares em São Luiz, nos
o que ad ian te se vê:
meiro sem est re de 1939. E'
1937 1938 I.º sem. 1939
27 43
Construções .. .. . . . . 13
7
Reconstruções .. .. . .
2 8
37 38
Constrnções de w. e. .. 33
nte ao an o de 1937,
Se ja no tad o que, an ter ior me
ra mínima, reg ist ran do -se
tai s serviços alc anç ava m cif a construção de qu al-
tad
an os em que não foi lev an
qu er especie.
, as noticias que, das
Ta is são, em tra ços geraisl, posso oferecer á con-
ipa
· atlVidadcs do governo mu nic hen se, que das mesmas con-
sideração do Povo Ma ran
de modo eficaz, ao set õr
clu irá se ha ve r estendido, e ao Dr . Pedro Neiva Sa n-
da Administração confiado, disciplina, honestidade e
tana o -esplrito de ordemGoverno na gestão dos ne-
tra ba lho ina ug ura do pelo
gocios do..Estado.
,
es
PREFElTUR.A.S MUNICIPAIS DO
INTE_~IOR
Os mumc1p1os c~o i:.1.ter~or do Estado continuam
a merecer a atenção ú0svelada do Governo, que não
poupa esforços no ~e.1Udo de pro•• ove.: iniciativas
conducentes ao desenvolvimento da;:; cidade:. e vila.,
marnnhenses, e, co.1s8..:1uentemente, a meLtv. ·a. das
condições de vida dos nossos lauoriosos compa~ricios
que tanto contrilrnem, com a sua ati viuc.1.de, para a
economia do Maranhão.
Em outros topicos dc:;;a Exposição aludo ás
providencias do Governo afü.:.mtes aos problemas de
comunicações e transportes no interior do Estado,
cabendo agora referir apenas, de modo sumario, as
atividades verificadas nos municípios, durante o ul-
timo semestre, com o montante da arrecadação e o
registro dos serviços realizados:
ALCANTARA - Receita arrecadada Rs. 12:631$736.
ANAJATUBA - Renda Rs. 16:213$200. Constrnção da
estrada de rodagem "Olhos d'Agua".
ARAIOSES - Renda Rs. 87: 052$900. Fôram realiza-
dos serviços de conservação das rodovias. Foi de
Rs. 19:552$900 o superavit sobre a receita prevista.
ARARI - Renda Rs. 25: 180$000. Inauguração de um
pontilhão sobre o riacho "Pestana". Foi de Rs.
1: 180$000 o superavit sobre a receita prevista.
AXIXA' - Renda Rs. 14: 125$800.
BACABAL - Renda Rs. 98: 685$800. Inauguração de
uma ponte flutuante sobre o rio "Mearim"; cons-
trução do predio da Prefeitura; inauguração de
um campo de sementes da Escola Pratica de Agri-
cultura; conservação de algumas rodovias.
BAIXO MEARIM - Rs. 24:826$300. Construção de
uma ponte na rua Dr. Lopes Gonçalves; constru-
ção de uma estrada no logar "Jussaral"; servL
ços de conservação de algumas rodovias. Foi de
Rs. 826$300 o superavit sobre a receita prevista.

Blbliot..ca Públic.a a.n.dlto left•


BARh..A DO C: rnca Rr,. 42 :<'82$700. Cont i-
1:\, ) /.. - :

nuaçã o e.o. serviço:- de r~constrnção da ponte so-


bre os ric "r'.orct· " e "Mea rim" e serviços de
conSdt'. r.: . tiv l'C,..u)\ias .
V

BAl"~AO D:!:: GRAJ.A:J - Rend a Rs. 22:411$700. Servi .-


ços de coqservação de rodovias. Foi de Rs.. . . . .
761$700 o super avit sobre a re~cita prevista.
BARP..Err..:..·~rLs - Rs. 22 :4C3$3JQ, Foi de Rs...... .
2:405$300 o su_:3ravit sobre a recei ta prevista.
Cons trução de uma ponte sobre o riach o "Man da-
carú ".
BENEDITO LEIT E - Rend a Rs. 5:492$000.
BEQUIMAO - Rend a Rs. 12:404$100.
BREJO - Rend a Rs. 51:82 9$600. Foi de Rs .. . ..... .
11 : 829$6 00 o super avit sobre a recei ta previ sta.
Servicos de conservação de rodovias.
BURITI BRAVO - Rend a Rs. 17:04 7$410 . Foi de Rs.
47$41 0 o super avit sobre a recei ta previ sta. Ser-
viços de conservação de rodovias.
BURITI DE IGNACIA VAZ - Rend a Rs. 31: 027$200,
Foi de Rs. 4:027 $200 o super avit sobre a recei ta
prevista. Serviços de conservação de rodovias.
CAJAPIO' - Rend a Rs. 21: 775$200. Melhoramento do
porto de desembarqu e.
CAROLINA - Rend a Rs . 55 :733$640 . Serviços de
conse rvação de rodovias.
CARUTAPERA - Renda Rs. 16 :042$400 .
CAXI AS - Rend a Rs. 207 : 783M OO. Foi de Rs
... . . .
29:28 3$400 o super avit sobre a recei ta previ sta.
Calçamento das ruas "Afon so Pena ", Bene dito
Leite " e trave ssa "João Alecr im", const rução da
praça "Dr. Getullo Varga s", e serviços de conser_
vação de rodovias.
Rs .
CHAPADINHA - Rend a Rs. 29:92 0~800 . Foi de
5:570$800 o super avit sobre a recei ta previ sta.
Construção do predi o escol ar e serviços de con-
serva ção de rodovias.
CODO' - Rend a Rs. 96 : 508$500. Cons trução de um
necroterio; const rução de uma ponte sobre o ria-

35
'cho ' 1 Coàcsinho" no log2.r Santo Antonio lla es-
trada Pedro n.
COELHO NETO - Renda Rs . {1: 042$300. Foi 'd e Rs.
1: 042$300 o supera vit sobre a receita prevista.
COROA1rA - Renda Rs. 75:707$900. Conservação •das
·rodovias.
CURURUPú - Renda Rs. 50: 553$720. Construção de
uma ponte sobre o rio "Cururupú".
F'LôRES - Renda Rs. 46: 094$000. Foi de Rs...... .
1: 094$000 o superavit sobre a receita _prevista.
Construção do predio da Prefeitura, constru.ção
da "Avenida Presidente Getulio Val'gas"; cons-
trução do predio da passagem publica, conserva-
ção ·de rodovias.
GRAJAú - Renda Rs. 31:607$100. Foi de Rs ...... .
1: 607$100 o superavit sobre a receita prevista.
Cmistrução de um mercado publico.
GTJHviARA:ES - Renda Rs. 26:495$000.
HUJ'.,1:BERTO DE CAMPOS - Renda Rs. 24: 139$900.
Foi de Rs. 5:639$900 o superavit sobre a receita
prevista. Instalação de iluminação a petroma:x.
ICATú' - Renda R3. 13:020$600. Reconstr.ução .das
pontes existentes nos lagares "Itapeú" .e "'Bôa
Vista".
IMPERATRIZ - Renda Rs . 9:241$160,-somente até
Abril. Faltam dados sobre os mêses de Maio e
Junho.
I 'rAPECURú-MIRIM - Renda Rs. 43: 149$430. Foi de
Rs . 1:649$400 o superavit sobre a receita previs-
ta. Inauguração de um campo de aviação e ser-
viços de conservação de rodovias.
LOR:tTO - Renda Rs. 20: 622$600. Foi de Rs . .... . .
122$600 o superavit sobre a receita prevista.
MACA:PA' - Renda Rs. 12:283$100.
MIRADOR - Renda Rs. 17: 570$400. Calçamento da
rua "Duque de Caxias" e reconstrução 'do predio
da Prefeitura.
MONÇAO ~ Renda Rs. 13:320$100.

81blioteca Publk.a Benedito litM.


838$600 . Foi de
MONTE ALEGRE - Ren da Rs . 27:a rece ita previs-
Rs. 2:838$60J o supexavit sobr e
ndo Monte
ta. Construção de uma rodovia liga oatá . Ini-
Aleg re a Condurd no municipio de Cor Monte
est1 ·ada
cio dos serviços de con stru ção da
Alegre ao loga r "La gôa ".
certos de ruas .
MORROS - Ren da Rs. 13: 640$500. Con . Foi de Rs.
NOVA YORK - Ren da Rs. 18:254$800 ista . Cons-
2S4$8ú0 o sup erav it sobr e a rece ita
prev
de um cerc ado par a pren der o gad o des -
truç ão
tina do ao consumo publico .
22:690$200. Foi
PASSAGEM FRANCA - Renda. Rs. re a rece ita pre -
de Rs. 1: 690$200 o sup erav it sob
ada s.
vist a. Serviços de conservação de estr- somente
91$2 00
PASTOS BON S - Ren da Rs. 17:0
até Maio.
0. Construção
PEDREI RAS - Ren da Rs. 139:289$90ento de varias
de um mercado publico e piça rram
rua s da cidade. .. .... .
PEN ALV A - Ren da Rs. 28:256$100. Foi de Rs ista.
it sobr e a rece ita prev
3:256$100 o sup erav
PTCOS - Ren da Rs. 49: 873$
130 . Foi de Rs. . .... . .
14:873$130 o sup eravit sobre a rece
ita prev ista .
uma pon te flut uan -
Construção e inau gur açã o de inau gura ção
te sobre o rio "Ita pec urú -mt rim ";
estr ada liga ndo Pico s a São
de 14 kilometros de de rodo vias.
Domingos; serviços de conservação de Rs ....
Foi
PINHEIRO - Ren da Rs. 64:831$300. prev ista .
4:831$300 o sup erav it sobre a rece
ita
. 11: 276$ 300 .
PORTO FRANCO - Ren da Rs
Foi de Rs . .. . . .
RIACHAO - Renda Rs. 19:303$500. prev ista .
303$50J o sup erav it sob re a rece ita
Inicio dos servl-
ROSARIO - Ren da Rs. 36:749$200. da rua "Dr . Be-
908 de pav imenta ção a piça rra
ned ito Lei te".
00 .
STA. HELENA - Ren da Rs. 14:611$0300 .
9: 772$
STA. QU ITE RIA - Ren da Rs.
Rs. 45 :231$000.
ST. º ANTONIO DE BALSAS - Ren daadouro publico .
Con stru ção de um cur ral no mat
'.J
JI

~
,+ ,t J

~~ ...... lMI.
\\ d d

SAO BENTO - Rendà Rs . 35: 570$200. Reparos e
conservação dos proprios municipais.
S. BERNARDO - Renda Rs. 20 : 905$80J. Serviços de
conservação de rodovias .
S. FRANCISCO - Renõa Rs. í9:965$555 . Foi de Rs.
2:465$555 o superavit sobre a receita prevista.
S. J OAO DOS PATOS - Renda Rs. 19:525$900. Foi de
Rs. 4:525$900 o superavit sobre a receita previs-
ta . Construção e conservação cte rodovias.
S. JOSÉ DOS MATõES - Renda Rs. 21:967$700 .
s. LUI Z GONZAGA - Renda Rs. 33 :264$660. Inau_
guração da rampa do porto da cidade ; constru-
ção do predio escolar.
S . PEDRO - Renda Rs. 17: 408$000. Construção de
um mercado em Colonia Pimentel; melhoramen-
tos no merca do publico de s . Pedro e concertos
de ruas .
S. VI CENTE FERRER - Renda Rs . 21: 363$700 .
TURIASSú - Renda Rs. 37 : 564$572. Foi de Rs . . . .
2:564$572 o superavit sobre a receita prevista.
Conservação dos proprios municipais e concertos
de ruas.
TUTOIA - Renda Rs . 16:763$600. Construção do ..
predio da Prefeitura.
URBANO SANTOS - Renda Rs. 7: 615$650.
VARGEM GRANDE - Renda Rs. 61:176$350. Foi de
Rs. 19: 176;,350 o superavit sobre a receita pre-
vista . Conclusão dos serviços de construção das
r odovias Vargem- Itapecurú e Vargem-S. Bene-
dito. Construção de uma ponte na primeira das
r odovias em referencia; serviços de conservação.
de outras r odovias.
VI ANA - Renda Rs. 52:719$000. Reconstrução da
ponte de S. Benedito e conservação dos proprlos
municipais .
VITORIA DO ALTO PARNAIBA - Renda até Abril,
Rs. 4: 282$400 . Não chegaram os balancêtes de
Maio e Junho ultimos. Conservação de rodovias.

38
Cabe agor a referir, nesta altur a, impo rtant e ini-
dos
ciati va do Governo no que concerne ao progresso to-
mun icípios mara nl1en ses, digno s, sem duvid a, de
que
da a assis tenci a por parte do Executivo, fator es eco-
são das rezervas que form am a base da noss a
nomi a.
A refer encia é feita ao cont rato que acab a de
<.;-
ser assin ado entre o Goveruo 5o Estado e as empr
1cidc1.u::
sas associadas Com panh ia Bn1.:.:1eira de Eletr rel!
Slemens Schu ckert S. A. e Sociedade de Moto..i.:.;.-
Deutz Otto Legitimo Ltd., para a insta lação de
nas eletr ogen as e rêdes de ilum inaçã o publ ica s.
t
particular nas sédcs de dez dos nosso s mun icipio
São eles os de Coro atá, Bacabal, Pedr eiras, 1-'l'e-
de
jo, Picos, Araioses, Codó, Monte Alegre, Buri ti
Igna cia Vaz e Itape curú-miri m.
Ao Governo cabe rá a t.11.ecução das obta s rela-a
:i,
t ivas á cons truçã o dos edii1c1os para clS uzina e a.
capta ção d'agu a para refrl ~eração dos moto res
Cie
cons trução dos postes de n.a~e ira pa.ra as rêdesrá o
ilum inação, e ás empr esas ~ont ratan tes cabe
m-
fornecime nto de todo o matu rial eletr ico e meca sta...
co necessari o ás uzina s, espec i11ca do nas propo
Os preços das insta lações ficar am ajust ados da
form a seguinte :
L ocalid ades Par te em moéd a Parte em
brastl eira R. M

Coroatá . 40:964$000 12 .500


Baca bal . . .. 67: 186$000 12.500
Pedr eiras . . . 38:680$000 12. 500
Brejo . . . . . . 55:758$000 12.5()0
63: 670$000 12.500
Picos .. . . ..
38: 996$000 9 .250
Araioses .. ..
47:290$JOO 9 .250
Codó .
23:706$000 9 .250
Mont e Alegr e . . . .
33:545$000 14.900
Buri ti de Inacia Vaz
41:616$000 6 .950
I tapec uro-mirim )
::11

Encerrando es.te capitulo cumpre-me· informar
que a.. administração dos municípios do Estado é ri~
gorosamente controlada pelo Departamento das Mu-
nieipalidades, cuja direção é exercida, a contento do
Go.v&-no,. pelo dr. Helvidio Martins.

..

o

• j

LINHAS AÉHEAS

-~ tand o :do assm1to de comunicações e


trans -
o agric ultur a, constlitue o .prob le-
portes, que, com da
satis-
ma fund amen tal do Mara nhão , tenh o .a imen sadent
se ·que, ro
fa.Qão de ·a nunc iar ao Povo ;Ma:ranhen
para a sua soluç ão
em ·breve, daremos largo pas.so
defin itiva .
Conjugado ao desenvolvimenw 'da 'cons truçã o das
os,
rodovias, ique virá 1acl11tar os trans porte s, terem &.<ia s
tamb em, ;as comuni.caçOes gran deme nte faclltt
pelo estabelecimento ·.de •duas linha s aérea s, um&.
tc
desti nada -a ligar 'OS munictptos do ·upulento sertr
do lltw; al, .na parte norte .
mara nhen se ·e outra os
·o Governo do .Estado asslnarli., dent ro de poucos
dias, 1:om .o Sind icato Oond or Ltd., o cont rato para
r.tsmte servi ço, que abra nger á .o trans porte
eue .mipa
tas .posta es -e en-
regu lar :de :p~ elro s, correspondenc
comendas aéns ts, entre ,as diver sas .cida des .do 111te-
rn>r :do ~ran hão , -em .form a clroulaT, 'tendo como
Pont o de .p attd a e rde cheg ada :a noss a capit al.
:No tráfe go previ sto para -a -U nha -do ·utoa l serão,
escal adas as segu intes cidades: -Slo :X.ulz, •Guimarães
Qul'm upti, 'Tul'l assú e 'C~rutR.pera, na -tda, ,e :caru ta-
pera, Turiassú, Cu:urupú, I·ü1i.1eiro, São Bento e Ca-
japió, na volta. .
A linha c:o -::-~rt.:o, tam!Jem ci-ct::~r, terá as se-
g1.lintes csca!as: Slo r.,ui.z, .1.t~pc~~·rú, Coroatá, C~ias,
P!cos, Loreto, Da 1 1as, Grajaú, B:irr,, do Corda, Pe-
dreiras, Bacabal, Arar! Viana e São Luiz.
Será feita 1ezu1armcnte uma •1iagem por : · '!lana,
de r1odo a combinnr os ho!·arios com o do::; [", ii" .., cos-
teiros que servem e nosso aé1 J-p:1rt::, da ca1:-ital.
Na linha litoranea serào empregados h idro-
aviõcs do tipo W. '.'4 da fab. · a Jm~l:e::s, com acomo-
dações par:-. s -::; p1ssagciros ~ equipado com es.:;a.;ã.o
radio. e na linha ~ertn.ucja a,·iõ~s terrestres, tipo W.
34, da mesma fabrica, com igual capacidade .
O Sindicat.o Condor promete instalar, em São
Luiz, uma estação radlo-teleg raflca e outra no inte-
rior do Estado, provavelme n te em Grajaú, uma vês
verificada a sua necessidade e as possibilldades da
sua instalação .
Promete, tambem, a mesma organizaçã o de ser-
viços aéreos construir um a ro-porto em São Luiz,
para melhorar as condições de embarque e desembar-
que dos passageiros dos seus a viões.
Presentemente, o interior do Maranhão é servido
pela aviação, apenas nos municipios de Brejo, (Porto
de Repartição ); Benedito Leite, em frente a Urussuhy,
na fronteira com o Piaui; Carolina e Imperatriz , e o
Sindicato Condor se compromete a estender as suas
escalas a Tutola, Nova York. e Porto Franco.
Celebrados os contratos para as duas novas linhas
do litoral e do sertão, terá o Maranhão vinte e sete
nucleos de população do seu terrltorio ligados por via
aérea, apresentando, assim, a maior rêde aéro-vlaria
interna instalada num Estado do Brasil.
Estão ao alcance da mais simples percepção as
vantagens do serviço que o Estado vae realizar com a
celebração desses contratos, custeados por soma apro-
ximada de Rs . 500: 000$000.
Os municipios do interior experiment arão imedia-,
tamente as cõnsequencias beneficas desse importa nte
empreendimento e terão as suas rendas aumenta das,
a exemplo do que ocorreu em Carolina, onde a receita
municipal, de 30: 000SOOJ que era, ascendeu rapida-
mente a quasi 100 :000$000, após o estabelecimento da
escala dos aviões por aquele municipio maranh ense.
As viagens entre São Luiz e Ban·a do Corda, por
exemplo, em cujo percurso são gastos, presente mente,
vinte e dois dias, serão realizadas, pelo aéro_navega-
ção, em d uas horas, o que basta para afirmar que a
ligação dos municipios do nosso Estado pelas maqui-
nas voadôras marcará o advento de uma éra nova
para o Maranh ão.
***Associado a esse notavel empreen dimento do
Governo do Estado, assinalo com prazer a fundaçã o
do Aéro-Clube do Maranh ão, j á filiado ao Aéro-Cl ube
do Brasil.
Ciente dessa promissora iniciativa, o Sr. General
Izauro Regueira, esforçado diretor da Aeronau tlca
M111tar, prontifi cou-se a consegu ir do Governo Fede:-
ral a cessão, já autorizada, de um apa1·ciho "Wacco",
do Exercito, ao Estado do Maranh ão, e a vinda de um
piloto-aviador para ministra r aos associados do Aéro-
Clube Maranhense o aprendizado da aéronau tica.
Identica so!i:ltud e encontr ei da parte do ilustre.
Dr. Traj ano Rei<;, diretor da Aéron::i.utica Civil, que
nos promete u, tambem, obter um avião novo, no ano
proxlmo .

RODOVIAS
Dado o interesse que tenho em desenvolver o mais·
possivel o trafego rodoviario no interior do nosso Es-
tado, resolvi fazer aquizição á " International Har-
vester Export Compan y " de um equipamento complet o
para o serviço de abertura e conserva çúo de estradas
d~ rodag~m. c~mprec ndendo o seguinte materia l: ..un
trator modelo TD--8, bitola larga, motor de 6 cllln-

'
.
43

~
:Ss ~e,: :~
811111MK•Púb lka~Lffllt
dros. com roadbu tlder, por 155:615$800: um trator mo-
delo TD-40 , com motor de 4 cilindros e o respectivo
roadbu llder, por 94:931~000; um trator modelo TD
-4~. por 64:900$000; uma nivelad ora "Galio n", por
34:647$ 200; uma excava dora-tr anspor tadora, com o
respectivo guincho, por 72:240$000; uma oficina por-
tatil, electro -mecan ica para reparos do aparelh a-
mento acima descrito, por 5'7:209$000; lubrificantes
neoessarios ao trabalh o de constru ção das estrada s,
S.t0: 713$000, preços esses sujeito s ás oscilações cam.
biala.
Adquiri, tambem , por 22: 869$000, um auto-o m-
nibus rural, destina do a excursões no Interio r· do ·E s-
tado .
O· Dr . Helvidlo Martin s, diretor do Depart11.mento
des Munici palidad es, em compa nhia do nustre enge-
ntiell'o Dr. MINl.nda Carval ho, assistiu , no Rio, ao fun-
cionam ento dos tipos de maquin as para abertu ra
e consel'Vação de estrada s de rodage m, no trecho da
rodovia Rio-Ba hia, na localid ade Areal, pouco além
de-l!etropo Jle, e ficou bem impres sionado com os tt.
sultado s Obtidos pelos aparelh os adquiri dos pelo Go-
"81'1lO-M&rarihense.
-Assim que esse Import ante maquln arto, encom en-
dado na Amerioa do Norte, chegar a São Imfz; será- utt-
llr.ado no nivelam ento e retifica ção da estrada que
llg& a cepttal â vila de São José de Rlbam ar, -paasan
df>,depo ls-a runoton ar-nas estrada s do Interior.

RADIO-DIFUSORA
Ao problem a das comunicações estâ, de modo
Ulenttco, associa da a instala ção da Radio- Difuso ra de
São Luiz, que concon erâ, tambem , para- a afirma ção
e- desenvolvimento da nossa cultura arttstic a, alem· de-
18'al' aos nuoleos ,do·Interio r a noticia fàlada de todos
oa.acon tecimen tos.
A, noasa. esta9ão de broadc asttng será. uma reall-
dade-denm> -de- breve praso, tendo sido abel't4- a con-
correnci a para a sua instalação, entre cinco podero-
sas empresa s de reconhecido credito.
A comissão tecnica presidida pelo ilustre enge-
nheiro Dr. Miranda Carvalho, opinou pela aceitação
da proposta oferecida pela Radio Philipps, Justifica -
da a preferencia em bem elaborado parecer, que Já
submeti á apreciação do nosso Conselho Tecnico de
Economia e Finança s, aguarda ndo apenas o seu pro-
nunciamento para mandar lavrar o respectivo con-
trato .

ff
ADMINISTRACÃO GERAL
J

SECRE TARIA GERAL

Continu a a Secretar ia Geral a exercer a superin-


tendenc ia de todo o serviço publico, em contacto per-
manent e com o Gabinet e do Interven tor Federal e as
demais repartições do Estado .
Durante a minha estada no Rio de Janeiro, o Se.
cretario Geral, Dr. Boanerges Netto Ribeiro, exerceu
as funções de I nterven tor Federal interino , conduzin-
do-se, na gestão dos publicos negocios, com o ponde-
rado criterio que lhe é peculiar.
Após o meu regresso, esse digno auxiliar do Go-
verno, que vem servindo desde o inicio da atual admi-
nistraçã o, embarcou para o Rio de Janeiro, a fim de
tratar dos seus interess es particul ares, continu ando a
responder pelo expedie nte da Secretar ia Geral o seu
esforçado diretor sr. José dos Santos Ca:valho.
No decurso do semestr e findo, foram firmados, na
Secretaria Geral, os seguinte s contrato s:
-Entre o Estado e Apolinario Antonio Ri-
beiro, para manuten ção de uma linha de navegaç ão
a vela, entre Alcan1.ara e esta Capital;
--entre o Estado e a firma Brito Passos Lt<la ..
para construç ão do muro de airimo nos .armazens

46
e 1·econstruçã o
do Tesouro, que fora m desa prop riad os,
de ... . . . . .
desses mes mos arm azen s, pela qua ntia
1.54 0: 000$000;
es, para
-en tre o Esta do e o sr. Manoel Fern andGov erno ,
aàa ào Pala cio do
a rem odel ação da fach de conc;c.to
construç.i.o ac uma terrasi:e com 1age
000:
arm ado, pela imp orta .1ci a de ~62: 000$ ciada.. Ci~.
-eut 1:e o Gov eino e as emp resa s asso
Sch uck ert .Sli~
Bra silei ra ae t:1einc1uaue ~ier..enl) -
ll~ vtto Leg mm o L.,ú .,
e S0c1edade e.e Motore:. .l-'e
usm as eleL ~oge r,as e rede s o.e 1w ·
para msLalaç~o de
aos mur.ici ·
mm açao :i,n.ouca, e part.1cumr, u.i. ::.eae o, J.'1cus,
BreJ
p.io.s ae t;vroaiià, Bat::...ual, .t'.,areu:as, .u.1ac1a vaz e
Araio:a.es, <.;ouo, ~.1.on1,e aieg re, rlun1 ,1 ae
'""ª- "ecw :u-ru k.wl .

SA úDE PU BL ICA
tem como
A Dire toda de Saúc..e e A.;s1s1,~nc1a, que 1.1.ao \,em
.l.'11uo,
dire tor o 11ustre 1.,r. ·.1.d.1 4w.1. i.u .i...v_ve:a. utm o ua.s 11-
i.,ou.1,1auo e:a..1.0LÇO.i pa.1.a ~i: u1i.1;6 ....1· uo ao-, mai- , 11J.1-
11ah...,u..1:.; a 4ue l)e p i ulJo e, c u.uv
1a1,uL·
i;or1.au1.e~ U<-1. ...,u•• b.u1.. ,1,.id. yJ.Ú ),Juu1 1Ca.
M..:.J.Jll;.u .'tA .t'li.ci\l l!;NT.CVA - Ate
nde ndo ao de-
1uu ... "' vc:1.uLOn u.ar os
s1:Jo <..v ü,n1 :auu ...• 1:a...,... ....1, uo senr,
.t'a1z, a Inte. l.'ve m,ou a do M.1-
traualuo s sanu ,ano s no arta mtni.o
ao.s cunv .1.Lc s ao J.Jep
rani lê:1.0 teln c4.,o... uuo ae seus
Nac1ona1 oe i::iau.ue .r-..iu.uca, t:JlV nmu o
a.gu ns
.;.1. ú 1,;.,..... u .1.-=:b ... .... .1. uc :ui-
Il:1.-;l.il1,.-.1.1,1~u:; ., v1 ... ,t1.L• ... ... ....
euo , ora p,:1..a
g.en e e ~au ue :t:'uolica no .tt10 de Jan
a de es1,ucios cor re-
segu u, no (;ea rá, a seri e inte nsiv
lato s.
part ;ram
Ref erin do, prrmeiro, os med icos que
auto ri~a ção uo Go-
nest e ano, cump.1.·e consign ar: a os Drs .
m des. gna das
verno, em Virt uae da qua l fora n diza gem
bra, para apre
Harrueto Godois e Atico Sea n11a ram da
sani tari a no Cea rá, oncJ.e se ue:,e mpe
11 de Mar ço
lncu mbe ncia rece bida; o desp acho de

41
..
d<. 1939, que encarregou o Dr. Salomão Fiquene de
ceaUzar, cJ.urante dois mêses no Rio de J aneiro, prá-
t.'cas de Bromatologia e de Anatomia Patologica, após
a permanen cia de um mês em Fortaleza, para ensinar
,Parasitologja, no curso inten 3ivo sanitar..o, ali crea -
d\l; o decreto de 13 de Junho do ano corrente, que
cometeu ao Dr. Benedito Metre a responsabilidade
de especializar-se, no ruo de Janeil·o, em Ps.quiatr1a .
Em 18 de Novemt>ro de 1938, apresentou-se á Dl ·
r.etoria de Saúde e As:,Jstência, o dr. Cesario dos San-
tas V.éras, vindo <.lo ruo de Janeiro, depois do Curso de
Higiene e Saúde Pública, para cuJos estudos houvéra
bido designado por ato do Governo do Estado, em 7
de Abril de 1937 . Ainda no desempen ho da missão -:1-
tada, teve o encargo de fazer o Curso de B>o-EstaUs-
tica, ministrad o pelo Departam ento Nacional de
Saúde Pública. Levou t.ambem a termo a aprendiza -
gc.·m dessa disciplina .
Por decreto estadual de 26 de Abril de 1938, foi
e!.colhido o Dr . Pa ulo Bogéa para se especializar em
Malariologia, no Rio de Janeiro, tendo conseguido
este di:siderat um .
Ainda por ato do Governo, em 2ó de Junho ·ie
1938, seguiu o Dr. José Ribamar Viana Pereira, afim
de. na capital da Republica, estudar Tislologla. Fi-
nalmente , mediante autorização do decret.o estadual
de 21 .ele Setembro de 1938, v.aJou para o Rio de Ja-
neiro o Dr, Filogonio Lisbõa, com o proposit.o de rea-
lizar o Cur,$0 de Higiene e Saúde Pública, ali se. en-
CDJ}trand.o, ainda, no d.esempen ho desse encargo.
Né.o ficou adstlita :l.OS medicos a escolha para
melhores possib1Udades intelectivas, a serviço do Es-
~o: - três VlsltadQras de Saúde Pública, diploma-
d~. em S. LuiZ, merecera m a ctesignaç~o cl~ seguJ,r as
série$ integrais do alto padr~o de enfermet ra de
/laúde Pública, na Escola Ana Nery.
Da exposição feita, conclue.s e que o Governo do
Manmhà o tem o louvado propósito de dotar o F.stado

••
dum aparelham ento técnico-s anltario modelar, não
poupando esforços e sacrificios para atingir ao fim
colimado .

*** CONSTRUÇAO DO EDIFICIO PARA O CEN-


TRO DE SAúDE, EM SAO LUIZ: - Mediante custeio
federal, levantam-se as paredes do edif.cio destinado
ao Centro de Saúde, em Maranhã o. As obras inicia-
ram-se no primeiro trimestre de 1939, achando- se
multo adeantad as ..
Em virtude de prévio entendim ento entre o Go-
verno do Estado e o Ministerio da Educação e Saúde,
está sendo executada , á custa de contribui ção esta-
dual, a ampliaçã o do primitivo projéto, afim de ser,
no futuro predio, tambem instalada a Diretoria de
Saúde e Assistencia. Para o acresctmo proposto e me-
lhoramen tos consecutivos, foi aberto o credito de
lOJ:000$000, por Decreto estadual n. 0 289, de 13 de
Julho de 1939 .

• ...., APARELHAMENTO DO DISPENS ARIO DE


TUBERCULOSE: - Na serie das aquisições para do-
tar o Centro de Saúde, em São Luiz, dos recursos que
a organização santtarfa recomenda, avultam aquê-
les que dizem respeito ao novo Dispensá rio de Tuber-
culose, que ficará provido de todos os hodierno s recur-
sos da profilaxia da doença.
O· Governo do Estado vem de adquirir, além dos
aparelhos de pneumoto rax, uma instalaçã o modelar
de Raios X com adaJ)tação de Roentgen -fotograf la,
segundo o metodo de Manoel de Abreu, pela impor.
tancta de 60:609$600.
Com estes recursos técnicos, a Saúde Pública fi-
cará habilltad a a e:i..-am1nar , em massa, aos Raios X,
todos os grupos da populaçã o da capital, afim de lhes
poder prevenir a inctdenci a da peste branca e sem
impiedosos processos dizimadores.
Como medida eminente mente prática, na cam-
panha meritoria, acaba o Governo de contratar com
o
a Liga Brasileira Contra a Tuberculose o fornecimen-
to regular das dóses imunizantes de B . C. G. Quer
isto dizer que o Dispensario de Tuberculose irá, den_
tro em breve, iniciar entre os maranhenses, o salva-
mento de inumeras crianças, logo ao nascer, antes
que elas sejam postas á dura prova dos primeiros con~
tactos baciliferos.
*** MELHORIA DAS ATIVIDADES COM A Il~-
FANCIA E A NATALIDADE: - Por decreto n .0 167,
de 29 de Dezembro de 1938, houve por bem o Gover-
no do Estado atribuir á Diretoria de Saúde e Assis-
tência os encargos da direção do Instituto de Assis-
tência á Infancia.
Logo ao inicio da novel tarefa foi restabelecido
o funcionamento da créche, visando a bôa alimenta-
ção da criança e a diminuição da mortalidade in-
fantil.
Uma serie de melhoramentos materiais, no andar
térreo do predio do Instituto, foi empreendida, afim
de oferecer acomodações para as crianças que ali te-
riam de ficar.
Inaug1.1rou-se nova créche em 23 de Junho, ulti-
mo, dentro de modestas instalacões.
Assinalando ainda uma conquista, no ambito da
Medicina Preventiva, temos a grata satisfação de con-
signar as vantagens da obrigatoriedade do Metodo de
Credé, por força do Decreto estadual n.0 219, de 8 de
Março de 1939 .
H* DHCIO DA ATUAÇAO DAS VISITADORAS
DE SAúDE PUBLICA: - Em 11 de Janeiro do corren.
te ano, começaram, nesta capital, os trabalhos a car-
go das visitadoras de Saúde Publica.
· Soh orientação da Diretoria de Saúde e Assistên-
cia, preparou-se a primeira turma de visitadoras so-
ciais, cujo curso se iniciou em 7 de Fevereiro e se fin-
dou em 10 de Dezembro de 1938. Estas auxiliares, de
curso rapido e intensivo, em que pese ao fato de se
nãp poder_e}ll ~Õmparar ás enfern;teira:S· q,e al~Q _padrão,
que.o curf}9,regul~r~confere, ~ão suscept~vei$_, .~09~Via,..
de exercer pre:,timosos m~ster~s no plap.o . sal}).t~i:i'i>.
mpderno.,

* ** A'l'I-VJDADES ·DA SECÇ,ã.O ·'.{'Ji:GNIC&;\ - A ,..


secçâco técnica da Dii:etoria de S~úd~ vem -eumpr~ndQ, ·
suas reais finalidades, como orientadpr~ dQs -tral)p.~,
lhos sanitários,, Comp {rutps de seus estudQS.,..,te~QS:
a) Instruções de serviço para os Postos de Hig~,,..
ne do M~ranhão, organizada~ em 25 de M~r;ÇQ·Ãe·,1939,
peloiDr , Heitox Pinto;
b) Regimento dos Postos de Higiene dos Distri~;>
Sa1J,itári9a, orgarµzadQ-\ pelo .Dr. Heitoi; Pinto·- e .a pro-
vado pelo Governo, mediante decreto, n.0 75, ,de-22 d~:~
JuJho p.,.P ,
c) Relatorio contendo, 10. temas sarútár·io~ ., d~t. .
oportuno acolhimento em Maranhãp,, api:e.sentado .em.,.
24 de- Dezemb1;0 de 1938, pelo Dr. Cesario Véras, qv.an-
do de regresso a s. Luiz, após· os .estudos de .Higiepe,. ~
e Saúde Publica, no Rio de J~neiro. .
d) Normas para as atividades Bioestatisticas, em
Mar.anhão, organizs.das em 11 de Fevereiro de• 1939,
pelo Dr. Cesario Véras;
e) lnstruções para inquerit o .e .registro- dos. estar,_
belecimentos industriais- e comercio de generos .ali-,_
m~ntlrios, a:oresentadas. em 28 de Abril de 193.9, pelo ~
Dr. Cesario Véras .
f) Estudos sobre a Campanha Contra a Tubercu- .
lose, apresentados em -23· de Maio de 1939, pelo Dr ..
Cesario Véras, como contribuição da Diretoria de·Saú..·
de e Assistência ao recente Congresso. de Tuberculose, ·
no Rio.de Janeiro;
g) Contribuição para o abastecimento de leite1.
higienico, em São Luiz do ·Maranhão,, apresentada em,..
8 de Junho de 1938, pelo Dr. Cesario Véras, ao Curso
de Ht1:1;iene e Saúde Publica, e,. recentemente, subme-
tida á apreciação do Governo a titulo .de exame. da&....
possibilidades de efetiva;ção.

~
JB3IP?JB3JL
8ibliot..ca Públlc.a e.n.dlto left•
* ** PROVIMENTO DOS CA..~GOS DE MEDICOS-
AUXILIA RES DE DISTRITOS: - Iniciou-s e, no pri-
meiro semestre deste ano, o provimento de cargo de
Medico-Auxiliar de Distrito, mediante as normas de
concurso, estabelecidas em lei vigente. Os candidato s
á.s vagas existente s realizaram as provas regulame n-
tares, depois das quais assinaram contrato para os
seguintes distritos sanitários :
Dr. Clovis Eugenio de Vasconcelos Chaves - 2.0
Distrito.
Dr. Estevão Aquino Tavares - 3.0 Distrito.
Dr. Marcos Francisco de Araujo Costa - 5.0 Dis-
trito.
A 22 de Abril de 1939, foi contratad o o Dr. Bene-
dito Metre para exercer o cargo de Medico-.Psiquiatra
do Serviço de Assistência aos Doentes Mentais, tendo
sido igualmen te submetid o a concurso previo, por de-
terminaç ão do Governo.
ASSISTENCIA PUBLICA - Entre as muitas ati-
vidades, no dominio da assistência, destacam-se, nes_
te curto periodo de seis mêses :
* * * OBRAS DE MELHORAMENTOS DO HOSPI-
TAL GERAL: - O colonial edlflcio, onde funciona o
Hospital Geral vem experime ntando reformas suces-
sivas, afim de ser dotado de melhores condições mate-
riais. Entre outros empreend imentos avultam: o en-
cêrament o do soalho e a feitura do fôrro; preparo de
salas para refeições - uma para os médicos e demais
funclonarios do estabelecimento, outra destinada aos
doentes; rouparia, enfermar ia para tuberculosos;
provimento dum gabinete dentário; reforma do apa-
relhamen to sanitário e da rêde de abastecim ento da-
gua; limpeza geral do nosocomio e pintura das ca-
mas dos doentes; aquisição de material cirurgico.
** * PREDIO PARA O SERVIÇO DE PRONTO SO-
CORRO: - Em terreno cedido pela Santa Casa de
Misericordia, foram iniciadas, em Junho findo as
obras de construçã o do ))redio para o Se-rviço de Pron-
to Socorro. Por decreto n. 0 257, de 15 de Abril ultimo,
ficou aberto o credito de 150: 000$000, destinados a
essa finalidade.
••• COLONIA DE PSICOPATAS: - Em 11 (;te
Março de 1939 ,o Governo do Estado abriu o credito
especial de 30: 000$000, por decreto n.0 20, para aqui-
sição da ''Quinta dos Dois Leões", afim de ali ser le-
vantada a Colonia de Psicopatas. Realizada a compra
lançou-se em 14 daquêle mês, a pedra fundamen tal
do futuro nosocomio.
* ** MELHORIA DO SUPRIMENTO MATERIAL
DAS SECÇôES DA DIRETORIA DE SAODE: - Os
dispensarias do Centro de Saúde vêm sendo supridos
com material necessario ao perfeito funcionam ento:
ficharias metálicos para registro de consulentes; fi-
charias sistema Kardex, para cadastro predial e censo.
O Instituto Osvaldo Cruz recebe material para
seus laborator ios, como sejam estufa eletrica "Hera-
cus", térmo-reg uladores e outros instrumen tos.
Em despacho de 19 de Julho ultimo, o Governo
do Estado abriu o credito de 33: 8u7$700 para aquisi--
ção de novos materiais, inclusive os que se destinam
ao Laboratorio Bromatologico do Instituto Osvaldo
Cruz.
Em virtude do aumento de 26: 000$000 na verba
de medicamentos para o interior do Estado, conse-
guiu-se, no corrente exerclcio, suprir os Distritos Sa-
nitários, trimestra lmente, com os recursos necessarios
aos seus trabalhos .
Proporcio nar-se-á condução rapida aos trabalhos
do Centro de Saúde, adquirindo-se um automovel,
cuj as negociações já estão iniciadas.
Este ligeiro exame das condições e posslbilldades
atuais da Diretoria de Saúde e Assistência, demons-
tram o empenho do Governo em atender ao problema
sanitário do Maranhã o. Meios e recursos modernos

63
' f . • • •

·,vim· sendo ad~uirldos, em pról do· fim coli'mado: Des-


<'d obram-sé .as atividades, em busca de melhores resul-
1. tados, nas realizações empreendidas. Ainda se não
ajustaram todas as peças do complexo maquinismo
sanitário, e ja se prevêm os futuros resultados, em
•·tace . da orientação e marcha dos trabalhos em exe-
cução.
Tôdos os problemas de Saúde estão sendo cuida-
-..'dos: higiene1pre-natal, nat al · e neo-natal; higiene
:.:..i fitantil e ,escolar; trabalhos epidemiologicos e de
..:-p rofilaxia especializada; serviços de policia sanitá-
ria e de íiscalização do comercio de generos alimen-
ticios; organização .sanitaria e contrófo da marcha
,' das ativ1aaties; recursos de laboratorio e de gabine-
·~tes canicos espec1auzados; serv1ços varios de assis.
· ·tência social.
Com aparelhamento deste porte, não é licito du-
vidar pleno do exito futuro, quanto á Saúde Publica.
,,E!e viiá , em ~ua plenit ude, nos dias muito i,)l\}Ximos,
-que felit.mente Ja vamos 10grando deSV\!m~ar.
COLONIA DO BOMFIM - Em 17 de Outubro de
,...,1937, como é do conhecimen to de todos os mar:1nhen-
-ses, inaugurou-se o Lepro.sario do Bomfim, para o
'.. qual foram transferidos, entre 19 e 24 do mesmo mez,
- .os 124 doentes que se achavam recolhidos no .. Hospi-
tal dos Lazaros". O est abeiecimentu começou a fan-
,clonar na vigencia do atual Governo e depois de 5
anos· de começada a sua construç5.o. no segundo se-
. mestre de 1932.
A Colonia do Bomfim representa um granac. avan-
ço do poder publico no terreno da assistencia aos le-
y•})rosos, a qual, por sua vez, constitue a medida mais
\segura para· a defesa da população contra "a mais
cruel doença que a especie humana tem por heran-
~ ça", segundo a expressão dos notaveis leprologos bri-
..._ tanlcos Rogers e Muir.
v.O . Maranhão chegou a ser um dos principais fó-
·~os. de lepra -do paiz exatamente porque lhe faltaram,
. para impedir a disseminação do mal, estabelecimen_
tos onde realizar a conveniente segregação dos han-
senianos, alem de outras instituições complementa-
res e necessarias á repressão da doença. Os dois re-
colhimentos ou azilos que precederam o Bomfim não
- ei:am capazes, por suas pessimas instalações, de abri-
gar confortavelmente todos os portadores de lepra,
cujo isolamento teria evitado a difusão do morbo em
nosso meio.
O primeiro desses azilos, fõra estabelecido em
1830, numa pequena casa da Rua do Passeio, por traz
do cemiterio da Santa Casa, e em 1833 achavam-se
"nele recolhidos os 28 modeticos remetidos pelos juí-
zes de paz e outras autolidades da Capital". Funcio-
nou até o ano de 1870, mantido pela instituição do
Hospital da Misericordia, quando foi substituido por
outro, tambem nos fundos de um cemiterio e em ter-
renos da Santa Casa, e que era o Azilo do Gavião ou
"Hospital dos Lazaros", que veio até nossos dias.
Aproposito deste azilo escreveu em 1890 o grande
medico maranhense Dr. Nina Rodrigues : " . .. Dá-se o
nome decente de hospital de lazaros ás ruinas de uma
tosca construção". E ainda sobre o mesmo o Prof.
Souza Araujo, uma das glorias da leprologia brasi-
leira, emitiu o seguinte parecer: "Como azilo de le-
prosos é uma das peiores cousas que já vi no mun-
do ! E' sordido e tetrico o ambiente. Ali reinam a mi-
scria, a indisciplina, o vicio ! "
Alem dos dois azilos, uma tentativa de maior vul-
to foi feita em nossa terra, visando dota-la de um le-
procomio que merecesse este nome. Infelizmente, ape-
zar das proporções da obra, o seu plano era defeituo-
so e mesmo inadequado ao fim a que se destinava.
O "Leprosario São Luiz", no sitio Sá Viana, que era
esta a obra, não chegou a ser concluído, embora. ti-
vesse custado aos cofres federais a apreciavel soma
de 1. 404: 238$403. A sua construção, que tivera inicio
em 1920 foi definitivamente abandonada sete anos
depois.

.,55

~
J83IP?J83JL
8ibliot..ca Públlc.a e.n.dlto Left•
Apresentamos estes fatos para mostrar a penosa
evolução da asslstencia aos lazaros no nosso Estado
até o advento do leprosario da Ponta do Bomfim.
Embora a Colonia não conte ainda dois anos de
exlstencla e o seu aparelham ento não estej a comple-
to, já vai preenche ndo satisfato1lamente os seus de-
slgnios de amparo aos ,leprosos para a proteção da co-
letividade.
Os doentes são submetidos á moderna terapeuti -
ca anti-lepro tica e convenientemente tratados de suas
molestlas inter-cur rentes.
O estabelecimento oferece-lhes, alem de habita-
-~ão confortavel, alimentaç ão farta e vestuario higie-
aico. Proporcio na-lhes distrações sadias e aos válidos
assegura trabalho moderado e lucrativo na lavoura,
pesca, manufatu ra de sapatos, etc. A alguns empre-
ga nos seus serviços administrativos, havendo para
isto um quadro de funcionarios doentes.
Encerrou-se o primeiro semestr~ deste ano com
135 internado s, numero que dentro de poucos mezes
poderá ser elevado a 40J, pois já se acham bastante
adeantad as as obras de ampliação do leprosario .
Um aspecto interessa nte da Colonia é o de estar
µreparand o tecnicos para os serviços de profilaxia da
,epra no interior do Estado. Presentem ente encon-
tram-se no nosso " hintcrlan d ", trabalhan do no re-
censeamento de leprosos, dois jovens e dillgentes me-
dicos da Saúde Publica, que estagiaram no Bomfim
durante dois mezes e onde adquirira m solidos conhe-
cimentos de leprologia.
O Leprosaria está racionalm ente organizado, de
modo a se poder desenvolver naturalm ente, á medi-
da que dlspuzer de novos elementos e de maiores re-
cursos. Acha-se subordina do administr ativamen te á
Secretari a Geral do Estado e em ligaçã.o tecnica com
n Diretoria ãe Saúde e AssistCmcla. Mantem, igual-
mente, estreito contacto com o Departam ento Nacio-
nal de Saúdo, do qual continúa a receber valiosas
evntribuições.

56
Na direção do leprosario permanece o dr. Tomás
Pompeu Rossas, especialista contratado em 1937, para
organizar e superintender os seus serviços.
Até 31 de Dezembro do ano passado os Governos
da União e do Estado destinaram ao Bomfim verbas
no valor respectivamente de 2. 352: 821$100 e ..... .
508: 252$22J, ou seja um total de 2. 861: 073$320. Coube
á construção 2. 417: 586$120 e á manutenção ... . ... .
443:487$200. Desta ultima parcela passou para o atual
exercicio um saldo de 161: 000$000.

INSTRUÇÃO PUBLICA
Sob a competente direção do ilustre Dr. João Ma-
tos, a Diretoria Geral da Instrução Publica continúa
funcionando no confortavel predio á rua Dr. Tarqui-
nio Lopes, com as secções de Estatistica Educacional
e Tecnica, que lhe são anexas.
Entretanto, já se acha aberta concorrencia para
construção do Palacio da Educação, onde serão opor-
tunamente instalados a Diretoria Geral, o Liceu e o
Instituto de Educação.
NOVAS ESCOLAS - Continuando no seu pro-
grama extensivo e intensivo do ensino publico, foram
creadas no primeiro semestre deste ano mais 7 escolas
regidas por professores contratados, no Colegio de N.
S. da Piedade, em Carolina, na cidade de Passagem
Franca, no povoado "Sucupira", município de S. João
dos Patos, nos povoados "Baixão" e "Nogueira", mu-
nicípio de Riachão, no povoado "Brejo de João Pa-
raibano", município de Pastos Bons, no povoado S.
Agostinho, município de Macapá e em "Barro Duro",
municipio de Tutoia, e uma escola para os chamados
"pés descalços", com a denominação "Professor Nas-
cimento Moraes", o inspirador desse tipo de escolas
populares entre nós.
Pelo Decreto-Lei N. 186, de 19 de Janeiro, foi
creado o Instituto de Educação do Maranhão, com-
preendendo as seguintes escolas:

~., .

8ibliot..ca Públlc.a a.n.dlto left•


a) Escola Primaria, com curso primario e ,pre-
primario;
b) Escola Secundaria, com dous cursps: Funda-_
mental e Complementar, que estão sendo ministrados
no Liceu Maranhense, sob o regime federal;
c) Escola de Professor Primario.
Todas essas escolas vão funcionando regular-
mente .
E' evidente que o Instituto de Educação, nos m9L
des em que se acha organizado, á feição dos seus cop:-··
generes do Distrito Federal e outras entidades fede-
rativas do Paiz, nos proporcionará grandes vantagens
e benefícios, entre os quaes a elevação do nível te-
cnico-cultural do professorado, a nacionaliz~ção do
diploma de professor primaria e melhor encaminha- .
menta da nossa mocidade na escolha das profissões...
Sabe-se que o curso de professor primado .tell}
por base o curso fundamental, feito no Liceu, e dá a
quem o frequenta o preparo suficiente para discernir
sobre os problemas da vida e nesta entrar, com ou
sem o ornamento de um diploma de professor, situa-.
ção 'esta que muita vez serve de entrave a outros mes-: ..
téres de maior finalidade pratica para os destinos_da
Patria.
Por enquanto, tratando-se do primeiro ano de ..
seu funcionamento, só se acha instalada a primeira _
serie, para cujas diciplinas foram nomeados os respe- .
ctivos professores, que veel'!l lecionando com re_g ula-
ridade e real proveito para os alunos. -
Com o fim de intensificar o ensino nas nossas es-
colas primarias, o Governo do Estado expediu o De·_
ereto-Lei N. 0 237, de 25 de Março de 1939,.o quaLobtl: :
ga com rigor a frequencia do-; alunos, esi;abelecc.100
penas seve·r as para os responsaveis que ne·gugencia._ .
rem no cumprimento de seus 1..ti..:veres ne:;se ·s,mt1dc.
DECRETOS-LEI EM ELABORAÇAO _:_ ..Verfü- ·.
cou-se, este ano, grande numero de reprovações n..,
exame de admissií o ao Curso F;mdamental do Liceu.
o Governo, á vista disso, Iez algumas rec."m~r -
dações á Diret.oria Geral da Instrução Publica, no
sentido de cientificar do ocorrido aos inspetores re-
gionais e professorado primario e determinando pro-
videncias outras visando r11e,horar, cada vez n-:.a~.:
o ensino.
Entretanto, justo ,[l considerar, como caus~.':l
predisponentes a esse descaia.oro, que atingiu vanos
Estados e a prop1:ia Capital da Republica, a grana..:
desorganizaçíio dos serviços publicos, que pre..,en-
ciámos notadamP.nte de 19Jõ a 1936, com refkxo;;
mais frizantes justamente no sector da Instruçà"
Publica, situação essa que, lellzmcnte, cessou com o
advento do atual Governo. v::; efeitos dessa organiz8.-
ção, porém, haveriam de se fazei sentir, por a.igu11~
anos, consequentes ao decrese1mo que, então ::.e ve-
rificou no nivel de ensino rio Estado.
As administrã.ções a.ntenr,: es chegaram ao pon-
to de baixar, por decreto, as médias regulamentares
de promoção e habilitação, .:te 7 para 4, com o obj,:,-
ctivo pouco recomendavel d;.: "s~lvar" os prejuct~-
cados !
Todavia, dadas as encrgicas providencias to-
madas pelo atual Governo. inclusive a organização
de programas, a aplicação de teste prime para ho-
mogeneização das classes e testes pedagogicos, e
out ras medidas, sendo das Iúais importantes a es-
tab~~-~" de ca professor e o goipe de mort.e ao abu.;1
das designações graciosas, poude ainda aquela Direto-
ria, demonstrar que, se fosse observado nas sabat1-
nas finaes do 5.0 ano primario o mesmo criterio usa-
do nos exames de a dmissão ao curso fundament,:.;.i
no Liceu, isto é. o de s~ cunsíderarem eliminato,:ia'1
as provas de portuguez e matematica, os 27 alu..ios
das nossas escolas, que foram eliminados e os 3 re-
p!·ovados nos ditos exames, no total de 89 inhab1li-
tados no geral dos inscritüs, sê-lo-iam igualmente
nas sabatinas finaes nos grupos escolares, com ra-
ríssimas exceções em nada desabonadoras da coni-
petencia e zelo do nosso professorado.

~9

~
JB3IP?JB3JL
8ibliot..ca Públlc.a e.n.dlto left•
A maior soma de culpabilidade, deve recair sobre
os estabelecimentos particu!::;.:--e:; não sujeitos á fis-
calização do Estado.
Diante do c~or:r:cto, q ;:,;retor1a da Instrução
sugeriu ao Govc., no a d~c.€';:;:c:.,.ão cte varias me...üda1',
entrf> as qu2.~s a~ ser,n~ntcs . lJ r1ue as provas de po1·
tngu~.. " c.le msit:,m::;~ir:'1:-' na. s:.1.batinas finaes do 5.':>
ano primario fossem consideradas eliminatorias ; II)
qqe fossem inscritos para exame de admissão ao cur-
so funàamental do Liceu &umente os alunos .-p ·
apresentassem diploma de conclusão do curso prima-
rio, expedido pelo~ c.::tn.!>clec:imentos publico.:; 011
particulares devidament3 fii:>caliz.ados pelo E::.tado;
III) que fossem deci:etadas igualmente providencias
a respeito de escolas ou cuisos particulares.
Aceitss as sugesLões p t \> Governo do Est"'uc a.
Djr.etoria apresentou á sua consideração um ~nte-
p1:ojeto, concl0nsando E'.s relf:rida~ medidas e outr:i-.
a.tinentes o.o curso.
Es."'c ante-projeto foi ::mbmetido ao parecer do
Instituto Nacional de Estu<.hJS Pedagogicos, junt:i-·
mente com outro re:!'erente á oficialização do Orft:áu
de Frofessoras "15 de Ago:;w ·, sendo os parec~rei·.
inteiramente fo.vonweis e desvanecedores.
Transcrevemos. alguns trechos dos pareceres do
Instituto:
"O projeto de decreto anexo visa objetivo alta-
mente salutar, qual seja o de elevar o nivel de entradg.
qos alunos dos cursos secundarios mantidos p~ic
Governo Estadual.
De fato, uma das cavsas de inferioridade do
11ivel de estudos, nas escolas secundarias do paiz, é
a excessi·;a toleran,:-in, do3 exames de admissão. E:,-
tab~lecendo a Lei fedcrnl que possam ser admitiúv.,,
candidatos á matricula, com a· idade de 10 anos >:l
meio, muitas crianças logr:;,m inscrição sem a ba,>c
indispensavel, ás vezes sem mer...mo o nivel mental
neccss::i.rio para o desenvolvimento dos programa;:,
em vigor. Aliás, o problema d.J articulação do cun, J
primarfo com o secunda rfo tem preocupado educa-
e1orcs ci,:; mi.utos pa,zes, inc.~,.,1ve e, nosso.
A solução proposta no projeto do decreto parece
a mai.5 conveniE:ntc pos:,.ivc1, por isso que não esta-
be1ecc medms de carater ;;.r t1u cial, noa exames a c
admissão; mas snn, exige o :.üploma de ::onclusa o uo
cursa primario , expedido i..1.1r el>labelecimem,o pu-
i.Júco, ou c:;;co1a pa1·ticu1..i.r, ti1;;v1u:::..mente reg1stra.:!a
ua Diretori a da lnstr1.1çi.io.
A exigencia de se.cem as prnvas de portugu ez e
matllma tica considfü'aclas como eiiminat orias, no
quinto ano pl'imario, é prnviàen cla digna de todos os
louvores e que, cel'tament~. tra1á a mais benefica in-
fiuencia soiJre o ensino das escoms oficiais.
As demais proviàencias, consignr.das no decreto,
com referenc ia ás prova., c,.:.'iciais cio curso normal,
parecem atcnaer tambem aos ini,eresses do ensino" .
Quanto á oliciaúz ação cio Orfeão "15 de Agosto",
eis o que pareceu ao lnstii.uto de Estudos Pectagogi-
cos do Pa~:
"O projeto do decreto anexo visa oficializar um
orfeão cie pl'Ofes.wrc.::;, já cxis ..\,;111,c, para o .um de que
ele possa colaborar, ele moào eficiente, na educação
artistica do povo. E prevê que as realizações dessa
entidade sejam estabelec!das em re:gwamento especial.
:ifüo cabC; a este Instic;uto, evidente mente, senão
apre<'inr o aspecto geral da providencia proposta, por
isso que não possúe ele maiores informa ções sobre o
Orfeão dos Professores, re1erido no projeto.
Do po.1to de vista geral, é evidente o alcance da
tnedida. Uma orgaui.zaçã.o orfeonic a de professores,
que tenha o alloio do Governo do Estado, poderá mui-
to fazer pela educaçã o artistica popular , realizando
concertos e audições, promovendo o desenvolvimento
nas e:-.cola.s, nos ml)io.:; operarios, e na Juventu de em
geral. O exemplo do "O.L'feão de P1·otessores", no Dis-
trito Federal, é bust.ante expressivo a esse respeit.o".

'
PREDIOS ESCOLARES - No terreno das reali-
zações de seu programa, o Governo, acaba de cons-
truir um predio moderno, com todas as exigencias
tecnicas á praça da Alegria, para nele funcio-
nar o Jardim de Infancia "Dec:oly", cuj a inaugura-
ção oficial realizou-se hoje.
Em meu poder escão a planta e sugestões p ara
construção de par4ues infantis e desenhos de deta -
lhes dos aparelhos n ecessarios aos mesmos, tudo isto
organizado e executado pe,a Superintendencia de
Educação Física, Recreação e Jogos, do Departamen-
to de Educação do Rio de Janeiro.
Em b.ev e, serão iniciacios n ão só esses serviços
como a E:d1flcação de novos preà.ios para dous gran -
des gru..,~;; esco,ares, Jaldins de infancia " R.osa Ni-
na•· e '·Antonio LC°oo" e para a Esco1a Moúo~o "Be-
nedito Leite" .
TESTES :~.AS ESCOLAS PR!MAitIAS - . s· ani-
madora em geral a percentagem dos aluno~ ...prova-
dos na p.::.imeira sabatina seMestral deste ano, efe-
tuada por m.. : io de testes pedagogicos, n os g... upos es-
colares desta Capital.
Na Escola i:v!ocielo, a 1:;0rcentagem foi de 93% no
3.0 ano A, 65% no 3.0 an o B, 77% no 4.0 ano A, 84%
no 4.0 ano B, 83% n o 5.0 an o A, 6ii% no 5.0 a.10 B. No
Curso de Aplicaçao " Güben o ~os~a " foi a s:::guir.. .,1: a
percentagem: No 3.0 ano, 84%; 4.0 ano A e B, 91 e 35%,
respectivamente ; 5.0 ano, 35%. Grupo "Henriques
Leal": 71, 48, 68%, respectivameH~E:, no 3.0 , 4.0 e 5.0
anos. Grupo "Barbosa de God01s : ,"i.º ~i.., ,:;.o .... 1,0 A,
4.0 B, 5.0 A e 5.0 B, respect ivam·ente, 68, 73, 61, 66 57 e
15%. Grupo "Almir Nina ": 3.0 , 4.0 e 5.0 , respectiva-
mente, 75, 43, 89%, respect ivamente. Grupo "Raimun_
do Correia": 3.0 A, 3.0 B, 4.0 e 5.0 , respectivamente,
79, 45, 54 e 53%. Grupo "Sotero dos Reis": 3.0 , 4.0 e
5.0 , respectivamente, 54, 55 e 53%. Grupo "Pedro
Leal": 3.0 , 4.0 e 5.0 , respectivamente, 48, 14 e 57%.
Grupo "Almeida Oliveira": 3.0 , 4.0 e 5.0 , respectiva-

L
62

81bllotec• Publk:a Benedito leite


0
ndr ade ": 3.0 , 4.
men te, 25% , 46 e 44% . Gru po "So uza .
e 5.0 , resp ecti vam ente , 20, 30 e 25%
MATERIAL E MO BIL IAR IO ESC OLAR - Alem de
fora m distribuidos
gra nde copia de mat eria l escolar, uais, tipo "St a.
nes te sem estr e 452 car teir as individ
Cat arin a". tico de aqu isi-
Proseguindo no seu pla no sist ema out rora tão
las,
ção de cart~iras par a 2s nos sas esco a fez este ano
se mob iliar io, o Gov ern
desprovidas des par a esta C..pita l,
um a enc ome nua , 4ue já e.ab arco u 765 individuais,
las e
con stan te de 100 car teir as dup 000.
imp orta ndo esse pedido em 50: "05$
EüC CLA DE PROFE~SOR PRI
MARIO, DO INS -
as alu nas mat ricu -
T1T':.7TO DE EDUCAÇAO -- São 3 nes ta escola.
o,
laclas nes te prim eiro ano de curs de Março a 31 de
As aU:as fun :ion ara m de l.º
1 p1ova par cial .
Iv:aio, afim de ter inicio a ~~·i mckCastro, med ian te
Est a foi fiscalizada pelo Dr. Aiv aro . Após as féri as
ão
desfgnaçã.o da Dir etor ia de Ins truç as aul as a 1.0 de
rc gul ame ntar es de Jun ho, rea brir am
nte até esta da.ta.
Julh o, tendo fun cion ado reg ula rme~eJuintes: Nor ma-
São prof..:...so, es dest:i. esco.a 0.3
.o ia Edu cac ion al;
Jir.la Irac ema Ama.ral Matos - Bio 6 Fisio!ogi:l Hu-
o -
Dr. Luiz de Bdt o Pas.o.; Pin heir
; Nor mnli t:w Fel icid a-
ma na e Ant1op:::u~t ':i Esco:ar
"nh o e Ar~c, Ind ustr iats ;
de Roc:1a l.ic :\1. Re~c - Des lhos Eur ais; Dr
Alfredo Benn. - !'i.gr· .. u ~'..11"1 e Tr'.:l.bo. !nf2 .nti1 · Nor ma-
Jo!lo Bace r.•: Po1 ., ,,z. - . n'>i(o:og'?.
sica e Can to Or-
l!st a Ma ria Carva!ho Per e.ra - Mu 'fci xeir a - Ma .
mo
feonico; Norma!ista Ma ria do Car ; Nor mal ista Ma -
teri as e Pra tica de Ensino Prim aria cacional; Ma ria
ria Hel ena Roc ha - Ped~.gogia Eduis; Jos é Bon ifa-
Am aiia Campos - Tra balh os Ma
nua
o Net o - Edu caç ão Fisica, Recreação e
cio de Carvalh
Jogos . Con ttnd a não
ESCOLA NORMAL DE S. LUI Z -
.;ó esta Escala, como a de Pro
fessor Prim arlo , sob a
Ma ria do Carmo
com pete nte direção da pro fessora
Tei xeir a.

63
A Escola Normal, em via de extinç ão, uma vez que
para substi tui-la, foi creada a Escola de Professor
Prlma rio, está iunclo nando este ano somen te com 4
classes, o 2.0 ano com 28 alunas , o 3.º ano cam 47, o 1.0
com 36 e o 5.0 ano com 41 alunas matric uladas .
LICEU MARA NHEN SE - A' frente deste Educa n-
dai'lo, contln tla o provecto professor Dr. Anton io
Jdsé Cordeiro.
A Inspet oria Federa l, nos dous cursos, funu::i.men-
tnl e complement ar, se acha a cargo do Dr. Cesar Pi-
1es Chaves e Padre Freder ico Chaves, respec tivame n-
te. Ambos multo se teem esforç ado no cumpr imento
de seus deveres, fiscalizando co:n rlsor as provas e
sel'Viços do estabe lecime nto.
A nrntrlc ula nos diversos cursos é a seguin te:
Ftmda menta l-120 rapaze s e 143 menin as, total- 263.
Cómp lemen tar-69 rapaze s e 21 menin as, total-=-90.

Duran te o prtmel ro semes tre do corren te ano rea-
líznrarn-~e ós seguintes exames:
a) Exame s n nue se refere o A rt. 95, do Dec. Fed.
21. 241. Houve dous examinnndos, da quinta serie,
Mttdo ~mbos aprovados. Coeficiente de aprova ção -
100,00%,
b) Exame s a que se refere o Art. 100 do citado Dec.
tamb&m conhe ~idos ccn10 das "3 séries" . Inscreve-
1

ràm_rr ! 47 candid atos do:.: quais foram aprova dos 33.


Coci''ciente de aprova ção - 73,91% ,
e) E..camcs de Segun da Epoca, em Março. Compa-
rece·~ ~m 91 aluno.,, sendo 88 do Cu.-so Funda _ucnta l e
~ do C~m;o Com:) lcmen tar. Do tot::i.l, 52
obtive ram
npro·,:l.ç!lo, elevando-se, portan to, a 57,14% o coefici-
ente de nprova<_:ão.
No Liceu Maran hense foram realiza das duas ses.
sões '::o1enes, a prime ira em homen agem ao professor
cio c::;tabelecimento, sr. José Nascim ento Moraes, cujo
:::-etrato, oferecido pelos alunos, foi colocado no salfi.o
de honra, e a segund:i por ocasiã o da passag em da
tlatP, canten~nia do Marec hal Floria no Peixoto, o Con-
sollda dor da Repub lica.

64
OBRAS PUBLICAS
Os dols te~·ços de~orri1o., t'o ano de 1939 con
tinuo.m D, tlemoin;!,·~r o 1~s•.m.·.·.eJ e.stad:> tiL :;· 11-
seri·::içli:J cm r.:u~ a r-..ur.!. 2.01n1Listr::i.ção cnci;ntro·:
o:; prop~··os e:tada:1.es.
O Fn.la~'o do Grrrenw , nr:: •.·P aào cm 'ma. ,,arte
re$idcncial, (!Ue carecia de ~~r ,i,:os u:-gentcl":, está
:ir;ora sendo remodel ado cm sua Iachnda e depen-
dení; 'O.s onde fnn~lo:'.la a Secrct·.1.:·~a Geral, em to.ia
uma area que amPn.çava dcs~:.;an::::nto .
...",. E.,f'o·n Mcdcw Be11cci.ito Le:;.t.e, o nosso mei•1c•·
prcdio escolar, atravess ou um longo per!odo do aban-
dono q·.1a 1to ú :-ma consen·,1::ão. E:;t:lo em segui-
mento os tr'.lbalhos necc:sariu.; r~r::i. evitar surpr~
dcsagmd avel, garantin do-lhe o aspecto de llmpesa.
Avançam v~to<os amcnte as obras d0$ gr~ndes
armazen s da Diretori a de Fazenda , a cargo da iirma
Britto Passos Ltd., empreen dimento que só por sl mar-
cará vitoriosa mente uma epoca, facilitan do as opera-
ções do transito de mercado rias.
Ec;tá SCl'do eonvenlcntemen te estudad o o pr•:•-
blema dos guinclastes para o aparclll amento dps ar-
J:J.azens que se estio erguend o com finalida de defi-
nitiva.
Para o predlo onde funcion a a Escola "Rosa
Nina", á rl.'a ~;~!'ll Roclrigues já foram soUcHadol
orramen ios pam ::i sua rcfonna . E' má a sit.uaçíw
deS')(' proprlo.
De todos os predios estaduai s, o que estava em
s!tu~çtto vcrcta,lelramcnte. l)?rigosa, ameaça ndc
clernbamcnt,o, 0ra o imovcl situada á rua O:ivala.J
Cruz, o.r.cle fm~cior>ou o antigo Tribuna l Eleitora!.
Os tm?:::o.'.i.1os ahi foram iniciados, tendo em vistt>
adaptai -o para nele ser instalad o um grupo escolar.
No predio sito á Avenida Pedro II, em frente ao
Palacio do Governo, de propried ade do Estado, onde
runçion am a Dlrr.toria de Estatist ica e Publ11,ldade,
e o Banco do Estado, foi adaptad a uma das salas para


a insta lação da Junta Comercial e neste mon1ento
proje ta-se melhorar mais uma de suas divisões, .r.,011,
o Banco do Estado já necessita de ampl iação pw."'""
atend er o seu crescente movimento.
~tá publicado o edita l de conco rrenc ia para
o
levan tame nto do grand e Palacio da Educação, que se
ergue rá no Parqu e Urba no Santo s sendo solici tado aos
concorrentes um prazo máximo de doze mezes para a
entre ga da obra concluida.
A secção tecni ca comp etent e estud a a organ lsa-
ção dos edita is de concorrencia para a const rução do
Palacio da Justi ça que será construido á Ave--
nlda Pedro n, e de quatr o grupos escol ares. Acha
se no Rio a organ isaçã o do proje to para a const rução
da Colonia de Psycopatas, a ser levan tada em sitio ad-
quirido pelo Governo, á Aven ida Getulio Varga s.
A Colonia do Bomflm, ampl iada ainda mais uma
vez, segundo um plano já organisado, recebeu novo
auxilio federal. Lá as obras todas cami nham regul ar-
mente, para a solução de um problema capit al.
O predio da Biblioteca Publica foi refor mado de
modo completo, apres entan do-se com outro aspecto,
que não é mais o de vergonhosa rulna , a depri mlr os
fóros de cultu ra do Mara nhão
A ampliação da Sant a Casa, para o lado da Rua
Rodr igues Ferna ndes, com a neces saria composição
de tacha da, avan ça com a segur ança estud ada e pre-
vista, e, dentr o de pouco tempo, terem os naqu ela zona
uma edificação condigna.
Ao flanco da Sai1ta Casa levan ta-se o predio do
Centr o de Saude, tamb em ponto capit al na resolu -
ção de problema impo rtant e.
Da outra face ergue-se a construc_:ão para o Ser_
viço de Pront o Socorro, a comp letar o conju nto que
se tem em vista .
Vemos por toda a parte construções novas, indice
seguro de progresso.
Aos descrentes, se é que ainda os ha, basta um
estudo seguro para verificar, para const atar que o

66
consumo do material de construção, obtido á custa de
tanto sacrificio, mesmo assim, cst:'.l. muito aumentado,
demonstran do o avanço iniciado neste ponto de a ti-
vidade.
Está sendo ampliado o Quartel da Policia Militar
do Estado, de modo a conter os serviços daquela Cor-
poração .
O dr. Antonio Baima, que exercia a chefia da
extinta Diretoria de Obras Publicas, continúa a de-
sempenhar as funções de engenheiro do Estado, com
a sua comprovad a capacidade tecnica.
Em rapidas palavras, o Maranhão marcha no se-
tor construções, com a segurança de uma enti-
dade que em toda magnit ude de sua força resolveu
caminhar, subir, para no seio da Federação Brasi-
leira, sintonisar-se com os demais Estados. A hora
do Maranhão chegou .

POLICIA CIVIL
São, felizmente, de plena paz os dias que desfruta
a comunhão maranhense, não se registando nenhum
fato atentatorio á ordem publica.
As autoridades responsaveis pela segurança co-
letiva cumprem integralmen te o seu dever, aj udadas
na sua espinhosa missão pela indole pacifica e ordei.
ra do povo maranhens e.
A chefia da Policia Civil, cujo titular efetivo, o
ilustre Sr. Tenente-coronel José Faustino dos Santos e
S1lva, está superinten dendo, por solicitação do precla-
ro sr . Ministro da Guena, as obras da construção do
novo quartel do 24.0 batalhão de caçadores, vem sendo
exercid1., durante o afastament o daquele dedicado au-
xiliar da Administra ção, pelo 1.0 delegado-a uxiliar, Dr.
Flavio Bezerra, que continúa a dar eficiente desem-
penho aos seus encargos.
As atividades da Policia Civil, no primeiro semes-
tre deste ano, estão consignadas nos seguintes dados:
o
6i
SECRETARIA DA CHEli'ATURA DE POLICIA -
Of1cios expedidos, 737; Oficias recebidos, 915 ; Tele-
gramas expedidos, 485; Telegramas r ecebidos, 836 ;
Portarias expedidas, 30; Passaportes expedidos, 11;
P.assaportes "visados" p/exterior, 22; Registro de es- .
tra ngeiros, 2J5 ; Atestados a estran geiros, 205 ; I dem,
de ordem politicn. e socloJ, 50; Idem, de pobreza, 160 ;
P etições sobre conduta, 33; Idem, sobre identidade,
520; I dem, idem, diversos, 110 .
l.ª DELEGACIA AUXILIAR DE POLICI A - In -
querlt os sobre defloramento, 19; Idem, idem, incen-
dios, 4 ; Idem, idem, furto, 14; Idem, idem, ferimen-
tos, 14; Idem, idem, acidentes no trabalho, 9; Idem ,
idem, estupro, 1; Idem, idem, desastre, 17; Idem,
Idem, atropelam entos, 13; Idem, idem, jogo do "bL
cho", 1; Idem, idem, naufragio, 2 ; Idem, idem, sub-
mersã o, 3; I dem, idem, calunia, 1; I dem, idem, dano,
1; Atestados de conduta, 459; Idem , para fins milita-
res, 50; Idem, de residen cia, 87; Licenças para bailes,
299; Idem, pa ra blócos carnavalescos, 15 ; Idem, para
"foot-ball ", 16.
GABrNETE DE IDENTIFICAÇAO E MEDICO-
LEGAL - Pe·tições entradas, 530; Oficios expedtdos,
57; Ofícios recebidos, 49; Individuais datiloscopica.s,
40; Idem, idem, recebidas, 578; Identificações civis,
518; Idem, crim~nais, 27; Idem, policiais, 25; Cartões
<ie identidade policiais, 25; Classificação datiloscopi-
cas civis, 543; Idem, idem, criminaLs, 27; Idem, idem,
de outros Gabinet es, 578 ; Renda de identificação civil.
Idem de "vistos" em c/ identidade, Idem, de folhas
corridas.
SERVIÇO MEDICO-LEGAL (Exames) - Atesta-
po de v;rgindade, 1; At estado a o pudor, 1; Acidente
no trabalho, 15; Exames de ida de, 15; Idem, cadave-
ticos, 10; Idem, de sanidade mental, 1; Idem, de vir-
gindade, 6; Hom!cidio, 1; Lesões corporais, 98; Ne-
crop.sias, 2; Violencia carnal, 47.
- SERVIÇO MEDICO NA. PENITENCIARIA - Re-
:-ee;tas, 228.; Injeções, 141; .curativos, 2. 272 .

Blbliot..ca Públic.a a.n.dlto left•


P OLICIA MILITAR DO EST ADO
Continúa a Policia Mílitar do Estado sob o co-
mando do sr. major Luiz Corrêa Barbosa, digno ofi-
cial do nosso Exercito, e as atividades desta corpo·
ração, no primeiro semestre de 1939, foram as S<' •
guintes :
DíCORPORAÇAO DE VOLUNTARIOS - A ir: -
corporação de voluntarios tem sido feita dêsde J a-
neiro até a presente data, obedecendo as prescri-
ções regulamentares, tendo-se verificado o maim
numero de inclusões em Março, em virtude de têr
se solicitado dos Delegados :rvmitares. nos municí-
pios, candidatos para preenchimento dos claros eXls-
tentes, oriundos da reorganisação da Fôrça para G
corren te ano, cujo efetivo foi aument ado nos Con-
tingentes Especiais de Policiamento.
AQUARTELAMEJ.~TO - Com economias do
Conselho Adminis.tra.tivo e com artifices da Corpo
ração foi const ruida nova cozinha no quartel.
O orçamento feito pela extinta Diretoria de
Obras Publicas e Viação, importou em 17: 900$50l'.,
tendo-se gasto até a presente data a importaµcia de
1o:ocosono . o Governo do Estado autorizou a Dil e-
toria de Fazenda a emprestar a esta corporação a
quantia de 10 :000$000 para custear as despezas com
a construção, já tendo o C . A. indenizado 9:000$,
em prestações mensais de 1 : 000$000. A sua inaugu-
ração foi feita logo após o meu recente regresso
do Rio.
SERVIÇO DO RANCHO - Para o conveniente
aparelhamento do rancho e da cozinha, fôram adqui-
ridas no Rio de Janeiro, da firma Albert & Stadler,
aparelhos de alumínio no valõr de 4 :721$400.
Com e.ssas aquisições não só haverá mais higiene,
como evitar-~e-ão constant.es de.spezas com. · a subs-
tittúção dO;S utensmos de lo~ç~ que)?t~dpe... _ ·
,
e·~·.

8ibliot..ca Públlc.a a.n.dlto left•


FORRAGEM - A forragem continúa sendo ad-
quirida por meio de concurren cia, excéto o capim que
é co!hido no sitio ··cavaco" , de propueua de do &ta-
do e que se acha a cargo aa Corpo1açào, tendo apre-
sentaao boa econonua para a :.t.-aienua.
Aproveitou-se tambem o capim txisten te no sitio
"Dois Leões", Uii,J.mamem,e auqu1nao pelo l!;stado.
O con1anau 1,em lJ1'01..w·aa o memorar a q"anda-
de ae capim, aete1·nu11anuo a p1ai1i.a~...o ue quanaa-
des cujo vaior nuu·it,1vo 1>eJa superiul' ao caprm co-
mu1.u, Ja have11do .1.egUJ.a.1.· a..a:ea co1n o capim .. c.efan-
te", no s1t10 "Cavaco".
Oii':iC.lNAS - .h.S oncinas da corporaçã o têm fun-
cionauu .uu1.u1a.me111.,e, tenúo a de auaiaGes conxeci-
onado 4v'/ u11hu.1.mc:, ae brim caqm, 87 de mesc1a e ~00
Cé:&.J.ções ae mescla, lJa.."é:&. u..,1,ruç..o li.:ill.a• ..tuWl u~ aten-
Clt:1"-;,~ a.:. 11ecesi,1uaues wi cu.. .i.,u.;:aç.:.o, fOL am manaa_
aos contecc1onar rnra 4711 unn:or111es ae mesc1a. .11. ue
sapateiro s remontou 17J par€s ue bo1·zegulns, e a de
coneeao.., contecc:1ui1ou ll>u cmtos 'l' . I e '/IJ 01Gos para
passeio.
rnsTRUÇAO - No corrente ano a instrnção tem
sido minist.rl:l.ua com enc1enc1a, tendo sido 01 6 an:ua-
do um programa pelos molues re~u1amen1,a1.::;:; 1na1s
mode1·nos.
O primeiro periodo de instruçao inten..iva dos re-
crutas, iniciado em 1., de Abril, findou no dia l.:> de
Julho ultimo.
Nêsse pedodo fôram ministrad as aos recrutas as
seguintes matérias: Educação fisica e mo1a1, Instru_
çA.o Geral, Ordem unida, Exercicios preparato rios de
combate, A1·mamem.o, 'l'il o e Instrução Policial, sendo
que esta ultima têve um clcsenvolv imento bem acen_
tuado, afim de preparar os recrutas para a sua prin-
cipal missão.
APRESE.i.'lTAÇAO DA BANDEIRA - De acórdo
com o art. 251 do R. Cont. foi apresenta da a Bandei-
ra Nà.tlanal n.os recrut3si no dia 24 cte Maid tld OOl"-

10
rente ano, cuja solenidad~ foi assisti da pelas autori -
dades locáis, e presid ida pelo Interv entor Federa l
interin o, Dr. Boane rges Ribeiro.
Nessa ocasião distrib uiu-se aos recrut as a "Car_
tilha ae c,;on1,inenc1a indivi dual".
COMPROMISSO DOS Ri!.CRUTAS - Com todas
as formalidades regula menta res, realizou-se a 28 ele
Juli1o findo o compromisso dos recrut as.
CURSO DE APERFEIÇOiu"vIENTO DE OFICIAIS
- Acham-se no Rio de Janeh o, fazendo o Curso de
Aperfei~oam ento ele Oficiáis, da Policia Milita r do Dis-
trito Federal, o Cap. Carlos Martin s Moscoso e o l.º
Ten. Paulin o F'lavio Rodrigues.
E' uma medid a de grande valôr para a corpor a-
ção, pois dessa forma será possível elevar o prepar o
profissional dos oficiáis, com pequeno onus para os
co~res do Estado.
R.EPRESENTAÇAO -- Afim de tomar parte na
Comemoração do 130.0 aniver sario da Policia Millti:i r
do Distrito Federal, seguiu uma repres entaçã o da nos-
sa Po.iicia Mi~ita r, composta de um 1.º sargen to, um
cabo de esquad ra e oito praças, tendo regressado a 3
de Junho ultimo.
A corpor ação hospedou a Delegação da Policia
Militar do Estado do Piaui, que seguiu ao mesmo d~s-
tino, a qual regressou jumam ente com a do Ma-
ranhão.
SECÇAO DE BOMBEIROS - - A Secção de Bom-
beiros acha-se serv.d a de um moderno carro "Ma-
girus" , recebido em Dezembro do ano passado, o
qual, já twdo recebido as peças que faitava m, foi
submetido á experiencias, tendo demon strado otim:is
1'0-'ultados, em virtud e de sua e!ic.en cia.
A mesma Secção está montu ndo um ca1To para
transp orte de pessoal e de materi al, aprove itando para
êsse fim o chassts de um pequeno camin hão e a ma-
teria prima de um velho carro de bombeiros.
..titJmb'a .
Além disso foi conven.entem ente reform ada Ul11.l
a 'Yapól" que estava abandollBda, agua.rdandi,-

t
se apenas o fornecimento de um chassis de auto-
movel para nêle sêr montada essa bomba.
O Serviço de Bombeiros está a reclamar pessoal
habilitadQ para o manejo dos aparelhos de extinção
de incendios e com o conhecimento da técnica exi-
gida nas operações respectivas.
Desejando suprir essa lacuna, resolvi subme-te:· a
oficialidade e as praças da referida secção a um cur-
so sob a direção de profissional competente, de modo
a torna-las aptas nos misteres que lhes estão reser-
vado.e;.
Assim, solicitei ao ~nistro.tda · Justiça, Exmo.
..( designado um oficial
Sr. Dr. Francisco Campo.,; fosse
dc- Corpo de Bombeiros da Capit al Federal para, em ..
comissão, encarregar-se do referido·.J turso; -'cõncE;- .
dendo o Govêrno do Maranhão ao des:gnado as pas-
sagens de ida e volta para o seu transporte e arbi-
trnndo..Jhe ainda uma diária durante o período em
(lUO permanecer naquela comissão.
Atendendo ao meu pedido, S. Excia. mandou pôr
á di&pos!ç:10 do Governo do Maranhão o tenente João
Cunha, que já se encontra em S. Luis, incorporado
á Policia Militar, onde está ministrando os ensina-
mentos teonicos da sua especialidade.

DIHETOHL\ DE ESTATISTICA E
PlJBLICJI;_\DE
A Dirntoria de Estatistica e Publicidade, confia-
da 2, capacidade do Sr. Dj alma Fortuna, além de
seus enc2.::~os normais, vem, no corrente ano, desen-
vol.vendo m::i,ior .~om~ de atividades. com os serviços
prclimJnares d.o rec~m.seamento geral do Pais, a se
realizar em 1940.
Eficazmente ~rn.Y.His.da, no interior do Estado,
pelos agentes mtL1·üci:ais d0 estatística e pelos cole-
tores estad1iais, ft4-am ultimados os. seguintes tr:>.•
ba.lhos.:

8 1biloteca Publk:a Benedito leM.


Cadernos A e B do Prontuário Geral, por munici-
pios, das ocorrencms, empresas, in~tituiçJes e dem~is
objétos de inqueritos da est atística nat:iunal.
EsLatistica crir,ün~l, uorangenclo inqueritos so-
bre a pane Chil e pa_te C1iminal.
Estatistica Financeira elos municípios ctiscrimi-
nanclo as rubrica~·, determinando a arrec:;i.dação ete-
tuada, a orçada, a despesa fixada e verificada e fa-
zendo uma comparaçá.o dos dados obtidos no intuito
de estabelecer ás respectivas percentagens.
Registro Industrial, fórmulas de registro acom_
panbaclas dos respectivo:., questionarios.
Estatística ca Abatiçã.o de gr,do no~ Matadouros
Municipais, boletins men:.:lis ela aba.tição de gado.
Estatística das Organizações do Trabalho, ques-
tionario relativo 2s Organizacões do '.rrabalho exis-
tentes no município.
Inquerito sôbre Industria Extrativa vegetal (ques-
tionario por municípios).
Estatística das Olarias existentes no Estado
(questionario que deve originar êsse t1·abalho) .
Questionarios referente á estimativa do gado
existente em todo o Estado do ano dP. 1933.
Estatística de Uzinas Termo-Eletricos existentes
no Estado .
Inquerito sõ;:ire produtos agrícolas.
Inquerito sôbre o custo da vida nos diversos mu-
~ nicipios do Estado .
Boletins do culto católko, idem de cultos diver-
sos, idem do culto protestante.
Questionarios sõbre a existência de Teatros, Ci··
nematografos e outras casas de espetaculos.
Questionario relativo ao movimento das Associ::i.-
ções de Beneficências e Auxílios Mútuos.
Boletins de produção de açucar e aguardente .
Estatística das Despesas feitas pelas municipali-
dades com Educação e Sflúde.
Estatlstica de suic1dios e tentativas de s uicídros.

~
JB3JP?JB3JL
8ibliot..ca Públlc.a a.n.dlto left•
de
Esta tistic a sôbre instituições desportivas e
Educação Física.
Esta tistic a de desq uites .
Esta tistic a de desa stres . e
Movimen to das Associações de Beneficiêncla
Auxilies Mútuos.
Esta tist.ica Médico Hospitalar.
Esta tist,ica de na:,cimentos, casa men tos e des-
quites.
Esta tistic a de Transmissões de !moveis.
Esta tistlc a de Inscrições de Hipotecas.
Movimento de Assistência a Enfermos com e sem
inter nam ento.
Movimento de Asilos e Recolhimentos. as
Movimento dos Teat ros, Clnematografos e outr
casa s de espe taculos.
Esta tístic a das Organizações do Trab alho.
Esta tistic a de Caxias Econômicas.
Esta tistic a do Movimento de Condenados.
na-
Movimento do Port o de S. Luiz, entr adas de e-
assim num
vios, aviões e embarcações a vapor, bem os.
ro de passageiros embarcados e desembarcadpela s zo.
Mapa das distribuições elos mun lclpi os
e cont inge ntes espe ciais de poli-
nas de policiamento
ciamento. a-
Quadro demonst rativ o do movimento de passci-
les eletr icos ela
geiros que tran sitar am nos veicu
dade de s . Luiz . ão
Qua dro dem onst rativ o da quan tidade de algod o Es-
entrado nos arma zens da Pren sa de algo dão que
tado man tém. os
Quadro de cálculo do valor dos cont ratos para Esta -
leva ntam ento s topográficos dos mun lcipl os do
do do Mar anhã o. no
Mapa gera l da estim ativa do gado exist ente
Esta do do Mar anhã o. i-
Esta tistic a Fina ncei ra Fede ral relat iva ao mov
em 6 quad ros com pa-
men to do Estado do Maranhã.o
ratlvt>s.

f4
Quadro de preço médio por cabeça de gado em !)é.
Quadro demonstrativo dos Carris Urbano exis-
tentes na cidade de S. Luiz.
Quadro e.os portos maritimos e fluviais, especi-
ficando seus nomes e determinando o local exato onde
se acham situados.
Quadro dentonstrativo dos municipios do Estado
que possuem portos marítimos, portos fluviais e dos
que são servidos pela Estrada de Ferro S. Luiz-Te-
resina .
Mapa demonstrativo da quantidade de socata
existente no Estado.

** * COMUNICADOS - A Secção de Pu):)licidade


da Diretoria de Estatistica vem dando difusão aos as-
pectos, fatos e realizações do Estado.
Serviço instituído para satisfazer a premente ne_
cessidade de uma bôa propaganda em torno das for-
ças produtoras do Maranhão, esta organização tem
procurado divulgar a todo instante as. conquistas e
possibilidades do Estado no que ha de mais recente.
Dest'arte, a Secção de Publicidade já expediu até
~gora, mais 39 "Comunicados", excluído:;; aqueles que
cánstituiram o l.º volume do livro de "Comunicados",
vindo a publicidade em Maio de 1938.
A materia a fazer corpo áqueles 39 "Comunlc_~-
dos", está enfeixada num 2.0 volum.e dos alud~gos tr~
balhos, que grande proveito trará ás cousas public_a s
do Estado.
No volume a sair tre,ta-se de observações e es-
tudos em tôrno. dos Municipion de Alcantarn,, Anaja.-
tnblcl., Arnrí, Areioses, Axixó., Barão de Grajaú, Baca-
ba!, Barrn do Corda , Ba.rreirinbas, Benedito Leite, Be-
quimão, Brejo, Buriti Bravo, Baix.o Mearim, Buriti,
Cajapió, Carolino., Carutapéra, Caxias, Chapadinha,
Codó, Coêlho Neto, Coroatá, Cururupú,, I_ c atú e S~
Lu~. .
Cont,tnuando ruias . indagações, SC' estende até os

'

~
J83IP?J83JL
8ibliot..ca Públlc.a Benedito left•
limite s da situaç ão fisica, demogratica, admin istra-
tiva e economlca do Estado.
Com êsse trabalho, terá o Mara nhão oport uni-
dade de torna r publico as suas questões mais intim as
e os seus problemas mais recentes, carecidos todos
de bôa divulgação.
MONO GRAF IAS - Taes publicações de norm as
gerais para o Pais inteiro, prosseguem entre nós em
march a de conclusão.
Prevendo o plano que estabelece a elaboração da
monografia estatistico-desc1itlvas municipais, a As-
sembléia Geral do Conselho Nacional de Estati stica,
pela sua Resolução n.0 57, de 17 de Julho de 1937 re-
solveu organ izar êsse serviço, cujo valor estimativo
está ainda por avalia r-se, desde que os fins a que se
propõe estud ar, não estão ainda conclutdos.
O Conselho Nacional de Estati stica considerando
que é de grand e interesse para a Naçã.o o conheci-
mento das condições da vida comu nal do Pais e que
se deve estud ar a coordenaçã o de eleme ntos que for-
neçam noticias estati stico- descritivas dos Munlcipios
brasileiros, julgou por bem determ inar a realização
dêsse serviço.
As comissões, que são compostas de pessoas
sões municipais elaboradoras.
Essas comissões, que são compostas de pessoas
idone as e habili tadas, têm por presid êntes os Prefei-
tos locais e por secret arias os agent es municipais de
Estati stica.
O curso dêsses serviços, que no nosso Estad o se-
gue march a regula r, espera sua ultimação logo que
se afaste pequenos emba raços surgidos.
Dai por deant e o que resta fazer são apena s li-
geiros reparo s no trabal ho, tendo em vista ainda a
uniformização da ortog rafia .
Assim , dentr o em breve deverão ficar concluidas
as mono grafias estatlstico-descritlvas municipais,
distrib uidas pelas nossa s 65 Comunas.
JúNT A EXECUTIVA REGI ONAL DE ESTATIS.
TICA - Mafor soma de atividades vem desenvolver,..
do no corre nte ano, a Junta Executiva Regional de
Estat istica .
Orgão do Conselho Nacional de Estat istica e ins-
tituid a no Estado pelo decreto n. 66 de 19 de feverei-
0

ro de 1937, incum be á Junta Exec utiva Regional de


Estatistica , super inten der a coord enaçã o e o desen-
volvimento dos serviços estatisticos no Mara nhão, re-
solvendo auton omam ente as mate rias de economia
inter na do sistem a regio nal.
Nas diversas reuniões dessa entidade, foram dis-
cutid as e votad as varia s resoluções.
A Diret oria de Estat istica e Publicidade tem coo-
perado na estati stica educacional de 1937 e 1938, pro-
cedendo os levan tamentos das refer idas estati sticas
por meio das maqu inas Hollerith.
Maior e mais eficiênte vem sendo a colaboração
da Diretoria de Estat istica e Publicidade na organ i-
zação da estati stica educacional relati va ao corre nte
ano.
REGISTRO INDUSTRIAL - Compreendendo a
necessidade de se conhecer, com exati dão, o nume ro
e especie de estabelecimentos indus triais existe ntes0
no Estado, expediu o Govêrno decreto-lei sob o n.
228, datad o de 16 de março do ano em curso, instit u-
indo o regis tro obrigatorio e gratu ito dos estabeleci-
mentos em quest ão.
Com tal medi da ficou a Diretoria de Estat istica e
Publicidade com elementos seguros para o levan ta-
ment o da estati stica indus trial do Estado.
Até o dia 21 do corrente, foram efetuados 850 re.
gistro s, sendo que, j á deram entra da na porta ria da
repar tição , mais de mil petições, em que os intere s-
sados solici tam regis tro dos seus estabelecimentos.
Concluido o serviço de registro, serão distri bui-
cios os questionarios relativos á produção de cada um
dos estabelecimentos industriais, coletando-se· os da~
dos por especie de indus tna e qualidade de produtoS
~a~~!atu'J:ados e b~neficiados. · ·· · ··


EF1EMERIDES DA HISTORIA DO MARANHAO -
Atendendo a resolução emanad a da Junta Executiva
Central de Estatísti ca, a Duetori a de E.statistica e Pu-
blicidade, está organizando, em fo1ma tabular, as
principais efemerides da historia do nosso Estado.
Esse trabalho e as dema~ efemerides das Unida-
des Federad as do BrasH, irão tornar mais bem conhe-
cidos os principa is fatos da historia do nosso Pais.
TABOAS ITrnERARIAS - A resolução n.0 32 de
14 de Julho de 1937, da Assembléia Geral do Conselho
Nacional de Estatist ica instituiu a elaboração e di-
vulgação das taboas Hinerar1as brasileiras.
As taboas itinerar ias relativa s ao nosso Estado
estão sendo cuidadosamente elaborad as pelo corpo
técnico da respectiva Diretori a.
SERVIÇOS HOLLERITH - As vantagens, para o
Estado, com ,a reforma do contrato cios serviços Hol-
lerith, teem se acentua do no corrente ano.
O conjunt o de máquina s Hollerith, instalado, sob
aluguel, na Diretoria de Fazenda , vem servindo a in-
t.eiro contento, quer á Fazenda , quer á Estatíst ica.

IMPRENSA OFICIAL
Este departa mento, a cujo cargo está a edição do
Diarto Oficial, orgão dos Poderes Publicos do Estado,
e a confecção de todo o material de expediente das
dtVersas repartiç ões publicas, oiereceu o seguinte mo-
vimento no semestr e de Janeiro a Junho :
Renda arrecad ada diretam ente pela Im-
1>rensa Oficial . . . . . . . . . . . . . . 9 : 803$700
Idem, '])elas coletorlas do interior, de as-
sinatul'aS do Dtarw Oficial e contrl,
bulções das Prefeitu ras . . . . .. . . 9:108$900
~llcaçõ es .dos-atos do Govetno, .no Dia-
.. . if.lo ,a,JlcU&l, .;e. 48 expedie llte .das '8.
.~.'v4t1çe~ . . . ' . . '' ' . . . . . •• . . ...ul6tb'17$1>00
Custo dos tràbalh os executados nas ofi-
cinas da Imprensa Oficial para as
Repartições Puolicas . . 79 : 530$5JO
Total . . 284 :520$100
O predio em que funciona a Imprensa Oficial so-
freu, de Abril a Maio ultimos, comp1eta reforma in-
terna, apresentando melhor disposição as suas ofici-
nas, onde foram montadas as novas maquinas adqui-
ridas pelo Estado : - um prelo " Rapida de Lusso",
uma linotipo "Super-Relampago", uma platina a uto-
matica "Ideal", uma maquina de pautar, automatica,
"G. E. Rheinhard ", e um cutelo automatico " Per-
fecta " .
Dc:de 1 de Abril deste ano, a direção da Impren-
sa Oficial vem sendo desempenhada pelo Sr. João Al-
fredo de Mendonça, que até áquela data, exercera o
cargo de oficial de gabinete da Interventoria Fede-
ral, em cujas funções se houve com a inteligencia e
operO$idade que dá ao.s encargos que lhe confia o Go-
verno.
BIBLIOTECA PUBLICA
A 26 de Março findo, foi entregue de novo á fre-
quencia publica a Biblioteca do E.,tado, que, desde
Outubro tran.sacto, vinlla sofrendo importante refor-
ma nas suas instalações.
Sob todos os aspectos, era verdadeiramente de-
ploravel a situação em que se acllava a ::,eculai' insti-
tuição maranhense, cujo estado de ruína e desorgani-
sação despertava comentarios muito desairosos da
parte do.., frequentadores e visitantes da Casa de Li-
vros da Athenas Brasileira.
Suas valiosas coleções se encontravam em dcsor.
dem, muitas de:i.as estragadas, e o predio em pessimo
estado de conservação.
Designado o então oficial de g~binete da I nter-
V'.é'ntúrin, Sr. Joã o Al!re'do de.Mendonça, pa.i:a, -nQ µn-·

~
J83JP?J83JL
8ibliot..ca Públic.a a.n.dlto Left•
...
ca, bach arel
pedimento do dire tor efetivo da Biblioteo, respond er
Raim und o Correia de Araujo, licen ciad
pelo seu expedien te, foi feita completas a refo rma no
inst alaç ões
ediflcio e sensivelmente mel hora das
daquele dep arta men to cult ural . inado, rece-
O salão de leitu ra, fart ame nte ilum
o sido rest aura das toda s as
beu novo moblliario, tend lo Roc a",
esta ntes , incl usive a valio sa esta nte "Jul
da Rep ublica
oferecida ao Mar anh ão pelo governotota lme nte ar-
Argentina e que se enc ontrava quasi
ruin ada. dos livros
Atualmente procede-se á rest aura ção bibl iografico,
estragados, reca talo gaçã o do acer vo
izaç ões des-
aqui&iç~o de novas coleções e outr as realé. sua eleva-
tina das a hab ilita r a Biblioteca Pub lica
da finalidade. Biblio-
Foi o segu inte o movimento veri!icado na ultim os :
ho
teca Publica, de 27 de Março a 30 de Jun
FREQUENCIA
3. 013
Masculina ... ... ... . . . . .. . 253
Fem inin a . . . . . . . . . . . . . . . . 3 . 390
Infa ntil . . . ... .. . .. . . .
Tota l .. 6 .656
OBR AS CONSULTADAS
Por mat eria
5.078
O- Obras Ger ais . . . . . . . . . . . . . . 47
1 - Filosofia . . . . . . . . . . 22
2 - Religião . . . . . . . . 129
3 - Sociologia e Direito .. 137
4 - Linguisttca . . . . . . . . 82
5 - Ciencias . . . . . . . . . . 21
6 - Ciencias Aplicadas, tecnologia . . . . 1
7 - Belas Artes . . . . . . . . . . . . . . . . 1. 020
8 - Lite ratu ra . . . . . . . . . . . . . . . . 143
9 - Historia e Geograf ia . .
Total .. 6 ,680

80

Por linguas
Portuguez .. .. .. .. .. 6.520
Latim. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Francês . . . . . . 95
He.spanhol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Italiano . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . 3
Inglcz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Aien1ão .. . ...... ... .. . .. ...... .
Esperan to . . . . . . . . . . . . . . . .
Total . . . . . . 6 . 680
Aquisições . . . . . . . . . . . . . . . . 238
Dias de funcionament,o . . . . . . . . . . . . 74
Frequencia media . . . . . . . . . . . . . . . . 89

No ano de 1938, a frequen cia média atingiu a ci-


fra de sessenta e oito ledores, ao passo que, presente -
mente, a nossa Biblioteca está sendo frequen tada
por oitenta e nove pessoas.

BANCO DO ESTADO
O Banco do Estado, tendo sido aurorizado a fun-
cionar pela Carta Patente n.0 1973, expedida pelo ·Mi-
nisterio da Fazenda, em 8 de Maio do corrente ano,
deu inicio á.s suas operações em l.º de Junho ultimo.
No curto espaço de 60 dias, isto é, daquela data a
31 de Julho proxtmo findo, realizou operações de em-
préstimo no importe total de 2. 353 contos de réis, dls-
tribuida s pelas atividades e classes seguintes:
Comercio . . . . . . . . . . . . 688 contos de réis
Indústri a . . . . . . . . . . . . 724 "
Lavoura . . . . . . . . . . . . 32 "
Transportes . . . . . . . . . . 160 "
Funcionalismo publico estadu~ l 671 "
Diversas outras classes . . . . . . 78 "
Suas operações., ~ndee -se, já., a todo o terri-
torlo do Estado & do Pais, para tsso mantend o uma
• 21
• rêde de correspondentes que compreende todos os
nossos municipios e as principais praças comerciais
da Nação.
O valor dos títulos á cobrança, no interior e nos
Estados, montou a 734 contos de réis, em 31 de Julho. /
A renda bruta produzida pelas operações impor-
tou em 55: 119$400,-havendo o Banco adotado taxas
menores do que as cobradas pelos seus congeneres
locais. Para êsse montante, os emprestimos ao fun-
cionalismo estadual con.tribuiram com a soma de
7:101$500.
Sem considerarmos os beneficias prestados ás
classes conservadoras, só o fáto de haver o Banco pou-
pado ao funcionalismo o dispêndio de cêrca de 63 con-
tos de réis, que seria a diferença a mais produzida
pelos juros de dez por cento ao mês, que lhe teria
subtraido a agiotagem, bastaria, para demonstrar a
necessidade que tinhamas de organizar um instituto
nos moldes do Banco do Estado.
E' pensamento do Governo, prosseguindo no
programa de proteção á econorr,i.ia e auxilio ás clas-
ses produtoras, fazer instalar armazens gerais nesta
capital e nos principais centros convergentes de pro-
dutos do interior, para o serviço de "warrantagem",
a ser realizado por intermedio do Banco do Estado e
de suas agencias que também ali serão instaladas.
Na zona aurífera terá o Banco uma filial, para
o fim de adquirir o ouro diretamente ao faiscador,
ao preço corrente no mercado do Rio de Janeiro,
proporcionando, · assim, melhores vantagens nas
vendas, e afastando a interferência absorvente dos
que ali contrabandeiam o precioso metal para o
exterior.
Exerce as funções de diretor-presidente do Ban_
co do Estado o sr . Levy Santos, competente funcio-
naria do Banco do Brasil, posto á disposição do Go-
verno do Estado pe!a respectiv~ Matriz, e as de su.
pe1·intendente o sr. c~~onel. Al·thur ª9(lrJ_gu~.s Neves,
Jj.~1! <;,Ol}~~bmsJ@..

...
!:' "

8 1blloteca Publica Benedito leíle


JVNTA COMEHCIAL
Este dep::utamento, que tem como presidente o
cr. C;JlOní.!l 1..,. ·. •io ..... ::,is • ..,u o .:..czuinte movi-
0 ::::.,
....

mento no semestre ri:ido:


R~UISTRCS - 69 Firmas individua4s ; 37 Filmas
co.et.rns.
AI.Qüi.Vf...,,\IBNTOS - 54 Contrátos sociais; 10
D1strátc,, ; 9 Alterações de contrátos ; 1 Estatuto.
L~GALIZ AÇOES - 242 L.vros.
DIVERSOS - 41 Certidões; 6 Cancelamentos.

ALl\IOXARIFADO GEH,\L
Este departam ento, subordinado á Secretari a Ge-
ral, continúa a preenche r a sua função, que é adqui-
rir e fornecer o material destinado ás repartições do
Estado.
O Almoxarife geral, Sr. Antonio de Almeida Nu.
nes, que exerce essas funções, com atividade e zelo, ha
muitos anos, organizou o mapa demonstr ativo do mo-
vimento dessa repartição, o qual vat inserto no final
t'!este trabalho.

8S
CONCLUSÃO

Antes de encer rar esta Exposição em que vão


consi gnada s as princ ipais ativid ades do Gove rno n o
prime iro seme stre de 1939, cump re-me referi r, ain~
da, algun s fatos que considero de alta signif icaçã o
para o nosso Estad o.
Aludirei, em prime iro logar, á legalização da
união de velhos e modestos servid ores do Estad o e
laboriozos opera rios sindicalizados, com a corre s-
pond ente legiti mação das respe ctiva s proles .
Essa iniciativa do Governo, que teve larga e
·
simp atica reson ancia em todo o Pais, despertand o
ensa da Capit al Feder al e de vario s .
aplauzos da Impr ·
Estados, nada mais signif ica do que o cump rime~ to
integral do sabio postu lado do Estad o Novo, inscr i-
to no artigo 124 da Cons tituiç ão de 10 de Nove mbro · :
1937. ·· · · · -·
de
Sob o patro cinio do Governo do Estad o, foram
celeb rados treze ntos casam entos de . vario s funcio- .
naria s publi cas e nume rosos opera rios sindicalizados,
realiz ando- se a cerem onia no salão de honr a do Pa;
lacto do Gove rno, presi dida pelo Juis de .direi to da __
capital, Dr. Acrlslo Rebelo, com a .pres.e nça do In-:
terve ntor Feder al, Presidente do "I:rl~UAQ..l ~~ :A~~.:"
. :·
ção, Secre tario Geral, altas ~'1W.J ;ld~~--·~.. ~~~
~-:;.··=
sas pessoas grada s. ~ _:_ ..: ... :--=-~ .:.:. .--.: .:,~;..~ ..
. . .. .
8$
Após a c~lebraçf,o do n.io d,11, os 11ubent1:s 1·ca-
llzaram os ~eus casamente.., r-~~ante a Igrcj::t.
Todas as despesas decor ·er.teJ dos rJro.!e_·.,os de
habili tação !oram custeadas pela administrn.ção es-
tadual, que cfcrect;?u, :ünd::t, a cada casal, uma pe-
quena lembrança, cvme:::10r~mcio o acontecimen to.
Lesse modo, faci it:mdo a legalização de conu-
bios irregulares, coube ao Governo reali:tar umr. pro-
videnc ia altame nte :::ociul, cub:?1,t!o, t::unbe m, ao Ma-
ranhã o a primaz ia dc.,~.1. mcc.liJa moi·:1.Uzadora, muito
grata á Famili a Brasile ira.

***A 23 de Março deste ano, com a presen ça de


altas autoridades, repres entantes do comercio e
func1Pnallsmo, nas fornal has da caldei ra do guin-
daste da Recebedoria do Estado, fez-se a incine ra -
çA.o dos titulas da divida publica do Maran hão, re-
presentativos da elevada soma de mais de quatro mll
contos de réis, tltulos esses constituidos por doze mil
e vinte e cinco apoiices resgat adas no meu Governo,
no valor de 4.000:0 00$000 , e mais trezen tos e sessen ta
e seis Cader netas de Credito, proven ientes da divida
flutua nte, representand o, estus, 434:233$700 .
Esse. ato significou o cumpr imento do progra ma
admin istrativ o que me traçara ao assum ir o Góver -
no ·do Esiado. Iniciando, em 1938, o saneam ento das
finanç as maran henses , de tal modo s,giu o Governo
que, de Junho daquele ano á data da incineração, re-
d~u os 6 .ó45:800$ÔCO da nossa divida consol idada,
para 2 .044:90 0$000.
:Põze mil e vinte e cinco títulos, no valor de
4.000: 000$000 foram, de fato, resgatados nesse curto
periodo, e ali foram incineradas, sendo esta a, prime ira
vez que ~e registou. ; acontecimen to de tal nature z,,
desde que, ha oitent a e nove anm,, o Maran hão emitiu
as primel--as apollces de sua divida intern a.

86
***Outro fato importante, sem duvida, para o
Maranhão, é o da recente criação da Diocese de Ca-
xias, juntamente com a da Prelazia de Pinheiro, no
n.ossq Estado.
Quando da minha ultima viagem ao Rio, con-
ferenciei com o Nuncio Apo3tolico, mostrando a S.
Excia. a justiça da elevação de Caxias á dignidade de
bispado, o que, felizmente, acaba de ser convertido
em realidade, por decisão da Santa Sé.
Para constituir o patrimonio da nova Dioçese,
fiz baixar o Decreto_lei n.0 77, de 5 de Agosto corren-
te, abrindo o credito extraordinario de cem contos
de réis, nos termos da autorização expressa na Lei
n.0 99, de 14 de Outubro de 1937, da extinta Assem-
biéa Legislativa do Estado.

***O Governo da Republica, por Decreto-Lei n.0


1.202, de 8 de Abril de 1939, que dispõe sobre a ad.ni-
nistração dos Estados e dos Municípios, criou os Depar-
tamentos Administrativos, como orgãos cooperadores
da referida administração Para comporem o Depar-
tamento Administrativo no Maranhão, foram no-
meados os dignos conterraneos Srs. Dr. Djalma
Marques, Presidente; Claudlo Brandt, Vice-presi-
dente; Almir Cruz e Atila Costa, que já se encon-
tram investidos da função de confianca para que
foram designados.

***Preocupado com a solução do problema so-


cial de assistencia aos menores abandonados, cogita
o Governo do Estado de criar, nesta capital, um Pa-
tronato destinado a recolhe_los, ministrando-lhes ao
mesmo tempo a necessaria educação, para torna-
los cidadãos uteis á Patria.
Com esse objetivo, estou disposto a confiar a
organização do Patronato aos religiosos da Congre-
gação do Coração de Jesus, fazendo instalar o novo
Instituto no antigo Aprendizado Agricola "Ohrlsti-
no Cruz".
(J

87

8ibliot..ca Públlc.a a.n.dlto left•


MEU S CONCIDADAOS
a
Ai tendes, como acen tuei de inicio, em form a
deva neio s nem ficçõ es, a minh
clara e simples, sem
prestação de cont as ao Povo Mar anhe nse.
da
Por ela podeis form ar o vosso j uizo a respeito voss a
gestão dos publ1cos negocios, do desti no da
aplic ação desse s tri-
contribuição para o erari o e da s e le-
butos nas realizações até agor a empreendida
vadas a efeit o.
es
O esforço por mim dlspendido na execução dess cum -
serviços repre senta , apen as, o dese jo de
se, prom oven do a rea-
prir o meu dever de mara nhen dendo á
lidade dos anseios da comunhão e correspon inves-
confiança do preclaro Chefe Nacional, que me minh a
tiu do honroso man dato de gove rnan te da
terra estremecida.
em
Pela gran deza do Mar anhã o, traba lhem ose e o
paz, com o esplrlto eleva do á. Divi na Mag estad
Brasil.
pens ame nto fixado no futu ro esplendoroso do
Eu vos saúdo.
.
São Luis do Mar anhã o, em 15 de Agosto de 1939
PAU LO MAR TINS DE SOU ZA RAM OS
Inter vent or Federal.
MAPA DO MO VD IEN TO DO AL:'.\IOXAR
IFADO GERAL DO ESTADO, DE JANEffi
O
A JUN HO DE 1939
TITU LOS
Verba 2 - Mater ial
Conalsrnaçõee Fever eiro Março Abril .Junho rotai
Sub-Conalsrnac;õca
I - Juati,: a
Verba 2 - Mater ial
- Perma nente
1 - Perma nente
01 - Tribu nal de Apela çlo
465$00 0
li - de Consu mo 466$00 0
2 - de Consu mo
01 - Tribu nal de Apeln clo • . . .
02 - Juetiç a da capita l . . . • . • 216$10 0 122$400
266$60 0
S76SOOO 226$30 0 1 :488$8 00
03 - Re11lau-o Civil .. .• .• •• 181$50 0 178$10 0 137$1100 711$80 0
04 - Tribu nal do Juri . . . . . . . . 275$70 0 136$10 0
05 - 162$60 0 275$00 0 410$80 0
Mlnla tcrlo rublic o _ . . . . . . • • 179$20 0
101$10 0 112$7/IIJ 816$80 0
46$500 166$60 0 428$90 0 S :607$10'}
li ·· ,1 clmitli•troçclo Gaal
Verba 2 - Mater ial
- Perm11nente
1 - Perma nente
OI - Palaci o do Gover no
-- Refor ma do mobll larlo ..
06 - Direto ria de Estatl stica e PubJic,i. 3 :600$0 00
dadc . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3:600$ 000
770tooo 770SOOO 4 :37'1IO'lt
11 - de Consu mo
2 - de Consu mo
OI - Palacl o do Gover no
02 - Secret aria Geral .. 806$20 0 836$9110 742$500 6 :061$701) 6 :796$9 00 2 :578$8 00 111 :818$1100
03 - Almox arifad o Geral 665$40 0 196$00'1 9~(1SSOO 896$80 0 161110 0 1 :104$2 00 3:902$ 300
04 - Impre nsa Oficia l , , 50$100 21$000
83$100 23$800 204$80 0 299$00 0
05 - Depar tamen to das Munic ip11lid ades 4 :12782 00 10 :OS~SIOO 8:967$ 400 7 :735$0 00 10:607$1100
116 - Direto ria de Estatl atlca e Public i- 861SROO 41:598$300
140S'l00 175$00 0 159SS0 0 1 :836$8 00
dade . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
07 - Junta Comer clàl . • . . . . . 296$00 0 l :177$2 00
. . . •• i;9,S00 0 613$400 S:S54$BUO
181$8 00 131$80 0 '" :789$8 00
08 - Comb uatlve l para todas as repart i·
cões
Pa!act o do Gover no
Secret aria Geral .• 8~8$90 0 : :31150 00 1 :620$1 00 1 :254'5 00 1 :207$9 00 194$90 0 1:1107$300
Almox arifad o Geral , • • , 680$30 0 3Gol\!r,o 3S6$90 0 470$70 0 672$80 0 17$700
l mPren aa Oficia l . • , • · • ·, .. .. .. 895$50 0 420$5, 1) 391$50 0 2:488$ 700
398$80 0 402$1100 19$200
T-ur o . . . . . . . ,. •. ••• . 2:028$ 100
Reeeb edorla • . • • .. , • • • , .. .... ...• •. 1 :200$0 00
62SOOO 62$000
Direto ria de Saude e Aalst. encla .• 430$80 0 1 :810$800
1 :456$0 00 14'600 14$1100
Polici a Civil • • , . , , 1 :7113~400 1 :RSOS100 1 :429SOoo
888$90 0 667$6M 1 :063$8 00 1 :696$POO 10:208 $100
Oficin as do Estad o , , 647$60 0 1 :020S6 00 l :129S9 00
Ensren helro do Estado 116$00 0 ,a3s;1 0 222$~0 0 4 :471$'700
49U30 0 5US200 163S90 0
395$90 0
8$900 1 :630$8 00
Ili ~ f;d• ~ e Stuule Pvblk u 196$900
Verba 2 - Mater ial
1 - Perma nente
1 - Perma nente
01 - Direto ria da Inatru tão Public a -
Dlve1'80a • • • • .. • • • • • • .. .. • . •
05 - Biblio teca Public a . . . . . . , , •• •
OS - Direto ria de Saude e Anl.st li :412$0 00 6:UUO OO
encia 6SSOOO
3 :616~0 • O 1 :t>SOSOOO 66$000
li :930IOOO 201188SOOO
JI - de Consu mo 23 :GGS,008
2 - de Consumo
01 - Diretoria da Instru ção P ublica
Livro . para alunoe pobre . . . . . . .
Dlve ,- • • •.•• •••. ••.• ,, .• li :990$0 00
02 - Biblio teca Public a • • • • • • 257$50 0 13 :141$4 00 2 :990$1 11:141$000 91181$ 000
• • •• • . 00 1 : 106110 0 l :816$800 69ql0 0 191402$ll00
01-I> bwt,o rlade . . . . . . ~ •
67$100 926'80 0 22$600
Mt-ditament.os pnra o intl'rio r . . . . •• 1 :CIOIS400
Divcroos .. , . . . . . . . . . , ...• , . 131 1)00
65 :504$0 00 10 :!12C~S00 lü:~17
r., C2ÕU 11 :!199S~OO 9' \IÕÕ h:J1moa
fl00 12 :0~217 00 12 :866$5 00 16 :165$4
IV - Sca•r a"(a 1'..Wi ca 00 124 :856$6 00
V trba 2 - Mater ial
1 - Perma nente
• - P -te
01-P oacf a Clril
1•-c 1ee o--- 180$000 H Otoeo
l • 0...- .0
01 ' P ~ Ch•U
h r - Dlv.,. ... u..._..
l -~o
11- nt&
p r;-
Boapà, ~ e a11-11tatão de
,,.._ •
DI..... ...
eap1taJ a:msaoo 3 :006$~ 00 6 :8%1$000 li :71'1$400 12 :876$1100
• . . . . .• .. •. 6:808$ 600 85 :996$8 00
~ . ,...,..,
,,r"'9 ~
l(atel ial
3698000
189$000 36 ,aen,oo
J ,._....te
l Fel'IIIUellte
os - ~ .. .... . 880$000
880$000
II - Couumo 880$00 0
t
-.1-eoa

• n-
Teaouro
-
, . •• . . • , . ,
Reeebe4orla . . . • 226$800 4 :914$0 00
1 :128$0 00 20$000 8:6114$ 700 8:1168$'700
TI :OUHOO 49 :hOS900 61 : 94UIO O 60
: 090$10 0 11 :«8$8 00 69 :883$8 00
8~6 :'l'USCOO
U :llOQIOO 11 :011$8 00 17 :488$100
18 :9 1 ~ 12 :140$800 12 :8'1'7$800
85:188 $oot
81 :319SIOO 811&02ttOO 71 :ssarroo 87
:001., 00 '78 :889$6 00 721781$600 4821'5
8$300 4U :~GSSllOO
Almox arifad o Geral do l!'.atado lio Maran
hão, ein 8. Lula. 20 de .Junho ele 1989.
VIS'l'O· - Aato11io tk AI••' "- NHe- Almo xarlf e
Geral do Estad o MoNoe l ~tr,ro L .,. ü Cona lA-Ou
071 arda,J lvroa do Almox arif"d o Ge r~
do Eatado.

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