ELETRICIDADE,
CONCEITOS E MEDIÇOES
Eletricidade, Conceitos e Medições 2
SUMARIO
1. O QUE É ELETRICIDADE ..................................................................................................................................... 5
1.1. Histórico ............................................................................................................................................. 5
2. CARGAS ELÉTRICAS ............................................................................................................................................... 7
5. ELETRODINÂNMICA ........................................................................................................................................... 12
5.1. Corrente Elétrica / 5.2 Fluxo De Corrente ...................................................................................... 12
5.3. Resistividade Elétrica ........................................................................................................................ 13
5.4. Resistor Elétrico ................................................................................................................................ 14
5.5. Lei De Ohm ....................................................................................................................................... 15
5.6. Código De Cores Para Resistores ...................................................................................................... 16
5.7. Potência Elétrica ............................................................................................................................... 17
1. O QUE E ELETRICIDADE
1.1. HISTÓRICO.
A palavra eletricidade tem sua origem na antiga palavra grega usada para designar o
âmbar - elektron. Os gregos primitivos observaram que quando o âmbar, que é uma resina
fossilizada era esfregado com um tecido, adquiria a propriedade de atrair pequenos pedaços
de materiais, tais como folhas secas.
Resumindo o que estava sendo observado nos materiais era um excesso ou uma
deficiência de partículas chamadas elétrons.
Figura 1.
b) ISOLANTES: São materiais que não permitem o livre movimento de muitos elétrons.
Placa de silício
Material semi-condutor
Fios de Alumínio
E Cobre
Isoladores de
Fios de Alumínio
Cerâmica
E Cobre
2. CARGAS ELETRICAS
a) CARGA NEGATIVA:
São cargas elétricas que possuem excesso de elétrons.
b) CARGA POSITIVA:
São cargas elétricas que possuem deficiência de elétrons.
e) ELETRICIDADE ESTÁTICA:
São cargas elétricas em repouso.
g) CAMPO ELÉTRICO:
É o campo de força criado em torno de um corpo carregado.
Quando dois corpos carregados com cargas opostas são aproximados, os elétrons em
excesso no corpo carregado negativamente serão atraídos na direção do corpo carregado
elétrons do corpo com carga negativa se deslocarem em direção ao corpo com carga positiva,
e então as cargas se neutralizarão. Ao invés de ligar os corpos por um fio, você pode encostá-
los (por contato) e outra vez as cargas se neutralizarão.
Quando dois corpos carregados com cargas elevadas são aproximados, os elétrons
poderão pular do corpo com carga negativa para o corpo com carga positiva, antes mesmo
dos dois entrarem em contato. Neste caso a descarga será sob a forma de uma centelha. Em
cargas muitos elevadas, a eletricidade estática poderá ser descarregada entre grandes
espaços, causando centelhas de muitos centímetros de comprimento.
DESCARGAS ESTÁTICAS
ATRAVÉS DE UM FIO
POR CONTATO
Figura 2
POR ARCO
4. ELETRICIDADE ESTATICA
4.1. O ÁTOMO
Alguns átomos são capazes de ceder elétrons e outros são capazes de receber
elétrons. Quando isto ocorre, a distribuição positivas e negativas que era igual deixa de
existir. Um corpo passa a ter excesso e outro falta de elétrons. O corpo com excesso de
elétrons passa a ter uma carga com polaridade negativa, e o corpo com falta de elétrons terá
uma carga com polaridade positiva.
4.4. O COULOMB
A quantidade de carga elétrica que um corpo possui é dada pela diferença entre
número de prótons e o número de elétrons que o corpo tem. A quantidade de carga elétrica é
representada pela letra Q, e é expresso na unidade COULOMB (C).
Ex.: Um material dielétrico possui uma carga negativa de 12,5´1018 elétrons. Qual a
sua carga em um Coulomb?
e = 1,6 x 10-19 C
Q=nxe
Exercício:
Toda carga elétrica tem capacidade de exercer força. Isto se faz presente no campo
eletrostático que envolve cada corpo carregado. Quando corpos com polaridades opostas são
colocados próximos um do outro, o campo eletrostático se concentra na região
compreendida entre eles. Se um elétron for abandonado no ponto no interior desse campo,
ele será repelido pela carga negativa e atraído pela carga positiva.
5. ELETRODINAMICA
Secção Transversal
Exercícios:
2) Um fio percorrido por uma corrente de 1 A deve conduzir através da sua seção
transversal uma carga de 3,6 C. Qual o tempo necessário para isto?
3) Qual a carga acumulada quando uma corrente de 5 A carrega um isolante durante 5s?
Matematicamente:
É devido a este efeito joule que a lâmpada de filamento emite luz. Inúmeras são as
aplicações práticas destes fenômenos. Exemplos: chuveiro, ferro de engomar, ferro elétrico,
fusível, etc...
O efeito joule é o fenômeno responsável pelo consumo de energia elétrica do circuito,
quando essa energia se transforma em calor.
Mudando o valor da d.d.p. para E1, E2, ... En , o resistor passa a ser percorrido por uma
corrente I1, I2, … In. O Físico alemão George Simon Ohm, verificou que o quociente da tensão
aplicada pela respectiva corrente circulante era uma constante do resistor.
A resistência elétrica não depende nem da tensão, nem da corrente elétrica, mas sim da
temperatura e do material condutor.
Exercícios. Calcule:
R= 50 W; E = 10 V; I = ?
E= 3,5 V; I = 5mA; R = ?
E= 180 V; R = 30 W; I = ?
E= 220 V; I = 4,4 A; R = ?
OBS.: A primeira faixa será a faixa que estiver mais perto de qualquer um dos
terminais do resistor.
Exemplo:
1º Faixa Vermelha = 2
2º Faixa Violeta = 7
3º Faixa Marrom = 10
4º Faixa Ouro = 5%
O valor será 270W com 5% de tolerância. Ou seja, o valor exato da resistência para
qualquer elemento com esta especificação estará entre 256,5W e 283,5W.
Exercícios:
2 A em mA 0,00196 V em mV 14.800 V em kV
6. LEIS DE KIRCHOFF
A Lei das Tensões de Kirchoff pode ser utilizada para determinar as várias correntes
em um circuito elétrico. Uma vez em que as correntes elétricas estão definidas, torna-se
simples a tarefa de calcular as várias tensões do circuito. Esta lei pode ser definida como:
A soma algébrica das tensões em um circuito fechado é sempre igual a zero
E1 + E2 + E3 + E4 = 0
Ex. 1:
Ex. 2:
a)
b)
Esta lei visa o equacionamento das correntes nos diversos nós de um circuito, e por
isso é também conhecida por “Lei de Nós”.
A soma algébrica das correntes em um nó é igual a soma das correntes que dele saem.
I1 + I2 + I3 + I4 + I5 + I 6 = 0
O método nodal da análise é baseado nas equações da “Lei de Kirchoff” para corrente,
em termos potenciais (tensões) nodais, os quais são tomados como desconhecidos para um
conjunto de equações simultâneas.
d) Escreva uma equação de corrente para cada um dos nós conhecidos; Sentido da
Corrente:
Exemplo 1:
Exemplo 2: Encontre a corrente que circula pelo resistor de 30 do circuito abaixo.
ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
Os resistores que compõem a série podem ser substituídos por um único resistor
chamado de Resistor Equivalente.
Como a corrente é comum a todos os termos da equação ela pode ser simplificada
(cortada) nos dois lados da igualdade:
A R eq de uma associação em série é igual à soma das resistências dos resistores.
Quando a ligação entre resistores é feita de modo que o início de um resistor é ligado
ao início de outro, e o terminal final do primeiro ao termina final do segundo, caracteriza-se
uma ligação paralela.
Neste tipo de ligação, a corrente do circuito tem mais um caminho para circular, sendo
assim ela se divide inversamente proporcional ao valor do resistor. Já a tensão aplicada é a
mesma a todos os resistores envolvidos na ligação paralela.
Analisando o circuito vemos que: t123t . Pela Lei de Ohm temos que a
corrente elétrica é igual a tensão dividido pela resistência, então:
Como a tensão é a mesma, e é comum a todos os termos da igualdade, ela pode ser
simplificada, restando então:
O inverso da R eq de uma associação em paralelo é igual à soma dos inversos das
resistências dos resistores.
Para dois resistores em paralelo é possível calcular a Req através de uma outra fórmula:
Exercícios:
a) E= 120 V; P= 60 W; = ?; R=?
b) E= 8 V; = 0,2 A; P= ?; R= ?
c) R= 2.000 ; E= 40 V; = ?; P=?
A Lei de Ohm pode ser definida como a relação entre a Tensão, a Corrente e a
Resistência em um circuito elétrico de corrente contínua. Ela pode ser definida como uma
constante de proporcionalidade entre as três grandezas.
Com a passagem da corrente elétrica pelo condutor, há choques dos elétrons contra
os átomos do material, com consequente aumento da temperatura (efeito Joule). Este fato
acarreta dois fenômenos opostos no condutor: um aumento da energia de vibração dos
átomos do material, opondo-se à corrente elétrica (aumento da resistência); e um aumento
do número de cargas livres e também de suas velocidades, favorecendo a passagem de
corrente elétrica (diminuição da resistência).
Exercícios:
2) Qual a corrente total fornecida pela bateria no circuito abaixo e a potência dissipada
em cada resistor?
5) Quatro lâmpadas idênticas L, de 110 V, devem ser ligadas a uma fonte de 220 V, a
fim de produzir, sem queimar, a maior claridade possível. Qual a ligação mais adequada?
Num circuito série, cada resistência produz uma queda de tensão “E” igual a sua parte
proporcional da tensão total aplicada.
Uma resistência R mais alta produz uma queda de tensão maior do que uma
resistência mais baixa no circuito série. Resistências iguais apresentam quedas de tensão
iguais.
Exercícios:
No circuito abaixo calcule a queda de tensão por divisor de tensão em cada resistor.
Quando se considera somente dois ramos do circuito, a corrente nem ramo será uma
fração da total . Essa fração é quociente da segunda resistência pela soma das resistências.
Onde 1e 2são as correntes nos respectivos ramos. Observe que a equação para a
corrente em cada ramo tem o resistor oposto no numerador. Isto porque a corrente em cada
ramo é inversamente proporcional à resistência do ramo.
Exercícios:
1) Qual o valor de um resistor que deve ser ligado em paralelo através de um outro
resistor de 100 kpara reduzir a Req para:
Alguns circuitos possuem resistências interligadas de uma maneira que não permite o
cálculo da Req pelos métodos conhecidos – série e paralelo. As resistências podem estar
ligadas em forma de redes Y ou . A solução do circuito então é converter uma ligação em
outra, de modo a permitir a associação em série e/ou paralelo após essa conversão.
Exercícios:
a) b)
7. KIT STATUS
CAIXA DE ALIMENTAÇAO
PROTEÇÃO / SEGURANÇA
a) Características elétricas
- Tensão de entrada = 220VAC
- Tensão de saída = 220 VAC
- Corrente nominal = 10A
b) Painel frontal
- Adesivo personalizado;
- Disjuntor mini 10A - 3 polos – Steck;
- 01 Tomada 2P+T;
- 08 bornes de segurança, sendo:
- Amarelo = R
- Verde = S
- Vermelho = T
- Azul = Terra
c) Painel superior
8. KIT STATUS
INSTRUÇOES DE MONTAGEM
7. Rosqueie as lâmpadas
cuidadosamente nos respectivos
soquetes.
9. FATOR DE POTENCIA
P=VxI
P = em watts;
V = em volts;
I = em ampères.
Potência reativa é a potência trocada entre gerador e carga sem ser consumida - Q
N=P+Q
Para entendermos estes conceitos, basta imaginarmos que, em circuitos com motores
ou outros enrolamentos, a tensão ou voltagem se adianta em relação à corrente de um certo
ângulo Ɵ, quando são representados em gráfico. Estes são os circuitos indutivos (Fig.
2.47), onde V está sempre avançado em relação a i.
P = V x I x fator de potência
√3 ou 1,73:
P = 1,73 x V x I x fator de potência
EXEMPLO: Um motor trifásico de 220 volts exige da rede 25 ampères por fase, com
fator de potência de 80%. Calcular a potência fornecida pela rede.
Solução:
O fator de potência abaixo, isto é, menor que 0,85, pode trazer sérios problemas numa
instalação, como, por exemplo, aquecimento dos condutores, por isso deve ser corrigido com
a instalação de capacitores.
10. CAPACITORES
Tratamos até agora das propriedades resistivas dos circuitos elétricos. A resistência,
que é a oposição ao fluxo de corrente está associada à dissipação de energia.
Além da propriedade resistência, um circuito elétrico também pode possuir as
propriedades da indutância e da capacitância, sendo que ambas estão associadas ao
armazenamento de energia.
10.1. CAPACITÂNCIA
Existe uma relação entre a tensão aplicada entre duas placas paralelas separadas por
um dielétrico, e a carga que aparece nestas placas.
Analise o circuito abaixo:
Ao fecharmos a chave, circulará uma corrente da
fonte para as placas, no início alta. Quando houver um
equilíbrio de cargas, isto é E = v, a corrente tenderá a
zero. Este processo é chamado “carga”, e leva um tempo
muito pequeno.
C = capacitância em Farad;
A = área das placas em m2
d = distância entre as placas em m
10.6. SIMBOLOGIA
Associação em série
Então:
Quando dois capacitores são conectados em paralelo, a carga total adquirida pela
combinação é dividida pelos capacitores da associação, e a capacitância total é a soma das
capacitâncias individuais.
Ct Et C1 E 1 C 2 E2 C3 E 3 → Ct Et C1 Et C 2 Et C3 Et Et
Exercícios:
a) capacitância total
Exercícios:
3) Dos capacitores iguais são ligados em série e, aos extremos da associação aplica-se
uma tensão de 400 V. A seguir descarrega-se um deles, e verifica-se que o calor desenvolvido
foi de 0,5 J. Calcule a capacitância de cada capacitor.
A tensão e a corrente num circuito contendo somente reatância capacitiva pode ser
determinada utilizando-se a Lei de Ohm. Entretanto, no caso de um circuito capacitivo
substitui-se R por Xc.
Exercícios:
11.1. INTRODUÇÃO
b) QUANTO À CORRENTE:
Instrumentos de corrente contínua – CC;
Instrumentos de corrente alternada – AC.
e) QUANTO AO USO:
Instrumentos industriais:
Instrumentos de laboratório.
Na parte interna de uma bobina, uma chapa de ferro doce fixa é montada em oposição
a uma chapa móvel. Se na bobina circula corrente, então ambas as chapas são magnetizadas
identicamente em relação aos polos resultantes, e desta forma, se repelem. Quando se dá a
inversão do sentido de circulação da corrente, na bobina, as chapas são novamente
magnetizadas identicamente, e continuam se repelindo. Por isto, os instrumentos de ferro
móvel são adequados para a medição, tanto de corrente quanto de tensão, em corrente
contínua e em alternada.
P = U x I x cosϕ.
O amortecimento é obtido por uma câmara com ar, tal como no instrumento de ferro
móvel.
Às vezes são empregados instrumentos de medição blindados por uma chapa de ferro,
para evitar influências magnéticas presentes no ambiente externo. Neste tipo, a bobina fixa é
montada dentro de um anel de ferro fechado e laminado, evitando-se assim a formação de
correntes parasitas. A precisão do instrumento é menor devido ao ferro.
Este instrumento se compõe de um corpo de ferro quadripolar, que possui dois pares
de bobinas cruzadas entre si.
No circuito de corrente de um destes pares de bobinas, inclui-se uma indutância. Disto
resulta um deslocamento de fase entre os pares de bobinas e desta forma, a existência de um
campo girante.
Um tambor de alumínio, montado de tal modo que apresente um movimento
giratório, fica sob efeito indutivo deste campo girante. As correntes induzidas neste tambor
desenvolvem um conjugado e, com isto, uma deflexão do ponteiro. A força contrária a esta
deflexão é conseguida da ação das molas espirais. O amortecimento do instrumento é feito
por um imã, em forma de ferradura, cujo campo atua sobre o tambor girante.
Entre os polos de um imã permanente, duas bobinas interligadas entre si, porém
cruzadas, estão dispostas de tal forma que possam girar. Cada uma das bobinas é ligada à
determinada tensão. Por esta razão, cada uma das bobinas influi com certa força magnética
sobre o imã permanente.
Medição, à distância, de pressões por meio de um instrumento de bobinas cruzadas.
existência de correntes iguais em ambas as bobinas. Se cada uma das bobinas estiver ligada à
tensão diferente, então apresentam-se também campos magnéticos de intensidade diferente,
do que resulta que o campo mais forte irá determinar a deflexão do corpo da bobina. Disto se
pode concluir que o instrumento de bobinas cruzadas apenas se destina a indicar diferenças
de tensões. Seu emprego é encontrado sobretudo na medição de resistências, assim como na
de temperaturas e pressões, à distância. para estas finalidades as tensões correspondentes
são enviadas ao instrumento por meio de um divisor de tensão, que se altera em função da
temperatura ou pressão.
Neste instrumento, é utilizada a dilatação que um fio fino sofre devido ao calor
originado pela passagem da corrente. Fixa-se um fio de tração a um fio esticado de platina-
irídio, estando o fio de tração fixo a uma mola, passando por um rolo ou bobina. Quando da
dilatação do fio térmico, a bobina é movimentada pela ação da mola, e o ponteiro é ativado,
deslocando-se. A subdivisão da escala não é uniforme, uma vez que o calor dissipado varia
com o quadrado da corrente. O instrumento é adequado para corrente contínua e alternada,
sendo empregado sobretudo nas medições em alta frequência.
Caso o amperímetro deva ser utilizado para uma faixa de medição n vezes superior a
existente (fator de amplificação n), então uma parte da corrente passará pelo amperímetro e
(n-1) partes deverão passar pelo derivador.
Exemplo: A faixa de medição de amperímetro deve ser ampliada de 100A para 1A. A
resistência interna é de 2 ohms. Qual o tamanho do derivador Rn?
Fator de amplificação:
Se a tensão a ser medida é n vezes superior a faixa de medição existente, então o valor
de tensão a ser consumido pelo resistor é de (n - 1) volts.
A determinação da resistência de uma carga pode ser feita por medição indireta. Para
tanto, o elemento resistivo é ligado a uma tensão, medindo-se a sua queda de tensão e a
absorção da corrente. O valor da resistência é obtido segundo a Lei de Ohms: R = E/I.
Ω
A fonte de tensão é normalmente uma bateria de 4 volts. O valor da deflexão máxima
do instrumento (valor zero) é ajustado mediante o pressionamento do botão de prova
(eliminação do resistor Rx) e pelo ajuste do resistor preligado. Quando diferentes baterias são
usadas, a tensão exata é obtida por meio de um divisor de tensão.
Isto significa:
Os resistores R3 e R4 podem ser feitos variáveis, mediante um cursor que desliza sobre
o fio metálico. Desta forma, é possível determinar o valor de um resistor Rx desconhecido.
Neste caso:
Assim, evita-se que entre as duas bobinas esteja atuando toda a tensão, o que poderia
dar origem à descarga no instrumento.
Se a deflexão do ponteiro se der no sentido inverso ao desejado, então é necessário
inverter a polaridade de uma das bobinas não modificaria o sentido de deflexão.
Nos casos de igual carga para a fase, a potência total é 3 vezes maior que a potência
de uma fase. Por esta razão, um medidor de potência pode ser ligado a um dos condutores de
fase (A). A bobina de tensão é ligada entre a fase considerada (R) e o condutor neutro ou
ponto de estrela.
No caso de cargas desequilibradas nas diversas fases, a medição pode ser feita por
meio de 3 wattímetros.
A potência total é dada pela soma das 3 potências parciais. A bobina de corrente é
ligada nas 3 fases, e os terminais das 3 bobinas de tensão são unidos entre si ou levados a um
condutor neutro existente. A ligação com 3 wattímetros é pouco usada, empregando-se mais
o sistema de 2 wattímetros, que permite obter o valor total, somando-se os valores medidos
em ambos os instrumentos.
14.1. GENERALIDADES
rotação, em função da própria rotação e das correntes parasitas que se desenvolvem. Desta
forma, os efeitos de rotação e de frenagem mantém a rotação num certo equilíbrio, fazendo
com que a rotação represente a grandeza da corrente do induzido. A rotação do eixo do
induzido é transmitida ao mecanismo de medição por meio de uma engrenagem. Como o
número de voltas do disco depende da corrente do induzido e do tempo, o número de
ampère-horas pode ser lido diretamente, levando-se em consideração uma relação de
transmissão adequada.
Considerando-se constante a tensão de rede, este mecanismo pode ser calibrado para
indicar o consumo de kWh. A construção deste medidor é simples e, por isto, relativamente
barata. Os terminais devem estar com a polaridade certa, pois, caso contrário, o medidor
andará para trás.
Este medidor também baseia o seu funcionamento nos motores de corrente contínua
e assemelha-se na sua construção ao instrumento eletrodinâmico de medição.
Duas bobinas de corrente fixas, pelas quais passa a corrente de carga, originam o
campo magnético fixo (campo do estator). O induzido, que é uma bobina de tensão sem
núcleo de ferro e formato circular, ligado à tensão da rede, recebe a alimentação da corrente
por meio de escovas e um coletor de metal nobre. As forças de frenagem desenvolvem-se
devido às correntes parasitas, empregando discos de alumínio e imãs permanentes. O
número de voltas depende tanto da corrente como da tensão, em virtude da montagem
dinamométrica. O valor medido ao longo de um certo tempo é dado em kWh.
Para a compensação das perdas devido ao atrito, acrescenta-se uma bobina auxiliar.
Esta bobina é ligada ao circuito de corrente do induzido e fica assim permanente sob tensão.
É de se observar, porém, que esta bobina auxiliar poderá fazer com que o induzido
gire mesmo sem carga, quando ocorre uma sobretensão ou aparecem vibrações mecânicas.
Para evitar tal situação, o eixo é dotado de uma lâmina de ferro, a qual é presa pelo imã de
frenagem perto da posição deste.
A designação dos terminais dos medidores de corrente contínua e corrente alternada
é normalizada.
Um campo magnético pode ser blindado parcial ou totalmente, quando o polo do imã
é dotado de um anel metálico. O mesmo efeito tem uma lâmina de ferro em presença de um
campo.
O fluxo magnético induz, assim, de um lado o anel metálico, e do outro, com seu fluxo
não blindado, o disco.
Desta forma desenvolvem-se correntes de igual sentido em ambos os lados, cujos
campos se atraem, dando ao disco o movimento de rotação.
Medidores de corrente alternada são construídos de tal modo que dois campos
alternados, defasados entre si, atuam sobre um disco de alumínio.
Um dos campos é criado pela bobina de tensão, o outro pela bobina de corrente. O
defasamento de 90° entre ambos é devido, em grande parte, ao fato de a bobina de tensão,
com elevado número de espiras, apresentar uma indutância bem superior à bobina de
corrente. Além disto, a bobina de tensão é feita com um circuito magnético paralelo, de modo
que apenas parte do fluxo passa pelo disco. Desta forma, aparece mais um defasamento
angular. Para o ajuste exato da posição de fase, os enrolamentos de tensão e de corrente são
dotados de mais um enrolamento auxiliar, que é curtocircuitado por meio de um reostato.
CONSTRUÇÃO:
O mecanismo registrador é acionado por meio de uma engrenagem, que está ligada ao
eixo do induzido. Um imã permanente forma também aqui a força oposta à rotação, por meio
a ação das correntes parasitas.
Os dois discos do induzido são, neste caso, montados sobre um mesmo eixo.
No caso de um sistema de 4 condutores, ou seja, três condutores de fase e um neutro,
são empregados medidores com três sistemas de medição.
Os três discos são montados sobre um eixo comum, de modo que as suas forças de
rotação se somam.
O campo magnético criado pela bobina B1 será forte e oposto ao criado pela bobina, o
que fará com que o conjunto de bobinas móveis se desloque para outro lado, levando o
ponteiro para o ponto zero da escala graduada.
Se os bornes L e T forem fechados através de um resistor Rx de valor elevado, a
corrente que fluirá pela bobina B1 terá uma intensidade menor, ocasionada pela queda de
tensão no resistor Rx.
O campo magnético criado pela bobina B1 terá uma intensidade menor, porém ainda
em oposição ao campo criado pela bobina B.
Nessa situação o conjunto móvel se deslocará levando o ponteiro para um ponto
intermediário da escala graduada. Esse ponto intermediário é o valor da resistência ôhmica
do resistor Rx.
A escala do megôhmetro é graduada em megohms e a sua graduação não é
homogênea.
14.9. O FREQUENCÍMETRO
O fator de potência pode ser determinado por cálculo baseado na tensão, corrente e
potência útil, ou senão diretamente por meio de um medidor de fator de potência. A
construção deste instrumento corresponde ao de um instrumento eletrodinâmico blindado
em invólucro de ferro, com bobinas cruzadas móveis. Os polos do núcleo de ferro, que é fixo,
são estabelecidos por meio de uma bobina de corrente. Ambas as bobinas do sistema móvel
de bobinas cruzadas são ligadas à tensão e apresentam um comportamento em oposição.
Aplicando-se corrente alternada monofásica, uma das duas bobinas cruzadas, ligadas em
paralelo, irá comandar uma indutância, enquanto a outra comandará um resistor puro.
No caso de corrente trifásica, ambas as bobinas cruzadas estão ligadas a duas tensões,
defasadas entre si, da rede trifásica.
sobre a deflexão do ponteiro é determinado pela bobina, cuja tensão apresenta um maior
deslocamento de fase em relação à corrente da bobina de corrente. O ponto zero do
instrumento, tal como em todos os instrumentos de bobina cruzada, é dado apenas após a
ligação da tensão. Estes instrumentos tem amortecimento por correntes parasitas.
Para sabermos o resultado da medição basta dividirmos o valor lido pelo número de
vezes que o condutor estiver passando pelo gancho.
Suponha que o instrumento da figura acima esteja indicando uma corrente de 3A.
Para que a medição de uma grandeza elétrica seja correta, dois fatores devem ser
observados:
A escolha correta dos instrumentos;
Precisão de leitura.
Cada tipo de instrumento apresenta variações na precisão de sua escala, ou seja, a
precisão da escala varia, de acordo com o princípio de funcionamento do mesmo.
Numas escalas, as divisões são homogêneas, isto é, suas divisões são uniformes,
mantendo do início ao fim da graduação a mesma distância entre uma divisão e outra.
Em outras escalas, essas divisões são heterogêneas, suas divisões são mais
concentradas no início e mais afastadas no centro.
A distância entre o número zero e o número 1 é menor que a distância entre o número
1 e o número 2. Essa variação ocorre porque o deslocamento do ponteiro, nesse tipo de
instrumento, não é linearmente proporcional ao aumento da corrente em sua bobina.
Com a passagem de 1 A na bobina do instrumento, o ponteiro deflexiona 1 unidade na
escala graduada.
Note que as distâncias vão aumentando até o centro da escala, decrescendo a seguir e
voltando a concentrar-se no final. Essa variação é devido a este tipo de instrumento ter duas
bobinas cruzadas, responsáveis pela variação do ponteiro (uma fixa A e outra móvel B que se
repelem mutuamente com a passagem da corrente).
A repulsão, no início da passagem da corrente, é mais fraca, aumentando de
intensidade até que bobina móvel B atinja o centro do fluxo magnético da bobina fixa A. A
partir desse ponto a repulsão volta a enfraquecer.
Com a passagem dos primeiros 10 A o ponteiro deflexionará 2 mm.
Para fazer a leitura de sua escala, devemos ficar de frente ao instrumento , de tal
forma que possamos ver somente o fino perfil do ponteiro.
Estando bem posicionado não lhe será possível visualizar as faces do ponteiro, mas
somente o seu perfil.
Na posição abaixo o leitor está visualizando as faces do ponteiro.
Isso provavelmente causará um erro de leitura, por efeito paralaxe.
Para leitura da escala graduada desse tipo de instrumento devemos ficar em posição
frontal ao aparelho, de tal forma que possamos ver o ponteiro refletindo no espelho.
Na posição abaixo, o leitor está fazendo a leitura do instrumento de um ângulo
desfavorável. Ele está vendo a sombra do ponteiro refletida no espelho. A leitura efetuada
estará errada, por efeito paralaxe.
Esse resultado indica que os 120 V lidos no instrumentos são na realidade 120 4,5 V,
ou seja, pode variar de 115,5 a 124,5 V.
Para ter segurança no uso dos instrumentos de medidas elétricas você deverá escolher
aquele que tem as características necessárias à medição a ser feita.
Para tanto, observe que os instrumentos se distinguem por símbolos gravados em seus
visores.
Instrumentos de alta
Instrumentos para fins normais
Classe precisão
0,1 0,2 0,5 1,0 1,5 2,5 5,0
Erro em percentagem
do valor, no final da + 0,1 + 0,2 + 0,5 + 1,0 + 1,5 + 2,0 + 5,0
escala
Note que na posição inclinada o símbolo assinala também os graus da inclinação além
dos símbolos normalizados, você poderá encontrar outras formas de representar a posição do
instrumento:
Além dos símbolos normalizados, você poderá encontrar outras formas de representar
o tipo de corrente.
Observação: A existência da estrela sem número em seu interior indica que o valor da
tensão de isolação é de 500 V.
Nas figuras abaixo ambos os voltímetros recebem o mesmo valor de tensão (12V).
Porém, um dos instrumentos indica 12 V e outro 10 V.
EXEMPLO 1:
Seja um voltímetro do tipo ferro móvel que necessite de 1 A para que seu ponteiro
atinja o final de sua escala graduada.
EXEMPLO 2:
Seja um voltímetro do tipo bobina móvel que necessite de 0,05 A para que seu
ponteiro atinja o final de sua escala graduada.
EXEMPLO 1:
Ele é alimentado por uma fonte de 6 VCC e é formado por uma carga com resistência
de 3 Ω.
Vamos supor que na medição dessa corrente o amperímetro tenha indicado o valor de
1,5 A em vez dos 2 A calculados.
Re = R + Ri = 3 + 1 ⇒ Re = 4 Ω.
Esse aumento de resistência ôhmica do circuito fez com que o valor da corrente
diminuísse:
EXEMPLO 2:
Re = R + Ri = 3 + 0,03 ⇒ Re = 3,03 Ω.
O novo valor de corrente (1,98 A) está bem próximo do valor calculado (2A). Portanto,
o amperímetro do exemplo 2 é mais apropriado para a leitura da corrente do circuito do que
o amperímetro do exemplo 1.
5) Considerando que este wattímetro indique 800 W, o valor real da potência pode
variar entre:
a) ( ) 799,5 e 800,5 W;
b) ( ) 760 e 840 W;
c) ( ) 796 e 804 W;
d) ( ) 720 e 880 W;
e) ( ) 794 e 806 W.
9) Os instrumentos eletrodinâmicos:
a) ( ) são utilizados apenas em C.C. e possuem escala homogênea;
b) ( ) são utilizados apenas em C.A.;
c) ( ) é aplicado frequentemente em wattímetros, tanto em corrente contínua como
alternada;
d) ( ) utilizam obrigatoriamente em TC e TP;
e) ( ) são ligados sempre em paralelo com a carga.
14) Considerando que este amperímetro indique 4A, o valor real da corrente pode
variar entre:
a) ( ) 3,8 e 4,2 A;
b) ( ) 3,92 e 4,08 A;
c) ( ) 3,98 e 4,02 A;
d) ( ) 3,9 e 4,1 A;
e) ( ) 3,2 e 4,8.
16) O galvanômetro da figura abaixo não é atravessado por corrente elétrica. Qual o
valor de resistência Rx?
a) ( ) 3 Ω ;
b) ( ) 16 Ω;
c) ( ) 10 Ω;
d) ( ) 4 Ω;
e) ( ) 3,3 Ω.