AS ORDENS DO AMOR NO FLUXO DA VIDA

ORDENS DO AMOR​1 
Quando  falamos  em  constelações  sistêmicas,  nos deparamos como os princípios ou 
fundamentos, chamadas por Bert Hellinger de ordens do amor. 
Na  verdade,  é  considerado que a vida ela flui de geração em geração e com a vida flui 
o amor. 
É  importante  cuidar  para que não haja bloqueios que possam interromper esse fluxo 
e quando eles existirem, temos então as ferramentas para o desbloqueio. 
Conhecer  as  ordens  do  amor  é  importante  para que as pessoas sejam bem sucedidas 
e possam deixar livre os canais Desse fluxo. 
Dessa  forma,  um  amor  cego  inconsciente  e  até  mesmo  imaturo,  que  desconsidera 
essas ordens pode gerar emaranhados, desajustes e até mesmo sofrimento. 
O perfeito amor lança fora o medo. O amor cura. O amor liberta. 
Bert  menciona três leis  eu arrisco incluir neste momento uma quarta lei,  que a meu 
ver é a pedra fundamental de todas as construções, veja o gráfico abaixo: 
 

PERTENCIMENTO 
Essa lei fala sobre a necessidade de pertencer, de estar ligada pelos vínculos. 
Vínculos familiares são eternos. 

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Sandra Santos - Apostila da FORMAÇÃO EM CONSTELAÇÃO FAMILIAR E SISTÊMICA

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E nós estamos sempre sujeitos aos movimentos que vem da vida dos nossos pais. 
O  pertencimento  não  pode  nem  a  ver  A  Hierarquia  e  também  não  há  a  lei  do 
equilíbrio. 
Alguns vínculos são o que são goste a gente ou não. 
Algumas  pessoas  podem  ser  excluídas  dentro  das  famílias  e  isto  vai  trazer 
impacto. 
Uma  morte  prematura,  abortos,  homossexuais,  assassinos,  pedófilos, 
estuprador, ex maridos… podem desencadear exclusões. 
A  sociedade  é  seletiva:  classe  social  exclui,  os  times  excluem,  a  religião 
exclui, os partidos.... 
Não  importa  o  tamanho  de  um  ser  dentro  de  um sistema, se ele for excluído, 
causará impacto, assim diz a TGS (teoria geral dos sistemas). 
A primeira necessidade do ser humano é pertencer. 
Pai  e  mãe  podem  ter  falhado  como  seres  humanos,  mas  deram  a  vida,  eu 
temos uma porcentagem deles na nossa essência.  
 
Freud  utilizava  a  figura  de  um  iceberg  para  ilustrar  o  consciente  e 
inconsciente. 
Podemos  buscar  um  relacionamento  para  justificar  um  movimento  do  meu 
sistema. 
A  exclusão  não  acontece  apenas  quando  alguém  é  excluído,  mas  em  função 
de  feridas,  a  própria  pessoa  pode  se  excluir,  falo  sobre  isso  no  curso 
CURANDO A ALMA FEMININA. 

TEORIA DO ICEBERG 
 
Existe  uma  teoria  chamada  de  “teoria  do 
iceberg”,  que  diz  respeito  às  nossas 
emoções,  ela  foi  muito  utilizada  ao  longo 
dos  anos  em  várias  áreas,  inclusive  em 
Recursos  Humanos,  Psicologia  e na área do 
Coaching.  Esta  teoria  diz  que  nós  só 
conhecemos  a  nosso  respeito  uma 
porcentagem  de  05  a  10%:  nossas 
reflexões, pensamentos, sensações. 
Sendo  que  entre  90  a  95%  do  que  nós 
sabemos,  conhecemos  e  pensamos  a  nosso 

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respeito  está  na  esfera  do  inconsciente,  ou  seja:  nossas memórias, fantasias, 
desejos, recalques compulsões, fuga, agressividade. 
Muito  disso  nós  nem  mesmo  temos  conhecimento  no  nosso  dia-a-dia  e 
precisamos  então  cavar  um  pouco  mais  profundo, para conhecermos melhor 
a nós mesmos. 
Às  vezes  não  parece  que  é  acionado  um  gatilho  e  você  tem  uma  reação  que 
não sabe de onde veio? 
 
No  caso  de  uma  exclusão  :  o  sistema  pode  achar  uma  forma  de  substituir  o 
elemento excluído ou o elemento que abandonou o clã. 
Todos  os  nossos  antepassados  pertencem  ao  nosso  sistema,  mas  de  uma 
forma  mais  direta  somos  influenciados  de  maneira  mais significativa pela 3ª 
e 4ª geração. “ ​ Há uma visitação do nosso legado até a 3ª e 4ª geração’. 
- Tataravós: com menor força; 
- Bisavós: com menor força; 
- Avós: com maior força; 
- Pai e mãe: com grande força. 
-  Vítimas  e  agressores  de  membros  do  sistema:  são  trazidos  para  dentro  do 
sistema  e  devem  ser  olhados  e  incluídos,  a  fim  de  interromper  um  ciclo  de 
legalidades e padrões repetitivos. 
 

HIERARQUIA 
O  que  dita  a  regra  é  o  fator  tempo:  os  mais  velhos,  vieram  antes,  têm 
prioridade, devem ser olhados como maiores, independente da situação. 
Isso  promove  relações  mais  harmoniosas e pode trazer mais respeito e honra 
para os relacionamentos, à medida que atribui o devido valor. 
Quando a hierarquia é quebrada há consequências. 
Quando  um  filho  olha  para  o  pai  ou  a  mãe  com  olhos  críticos,  tira  a 
dignidade, deixa de dar o devido respeito. 
É importante trabalhar a aceitação do outro dentro do sistema.  
Eu posso aceitar, sem concordar. 
Filhos não pode tomar o lugar do pai ou da mãe. 
As  circunstâncias da vida podem fazer com que filhos assumam um lugar que 
não  é  seu  (medo,  dor,  mortes,  separações,  desentendimentos  e  até  mesmo 
amor cego…). 

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Isso  pode  gerar  o  que  chamamos  de  emaranhados  -  viver  uma  vida  fora  do 
seu lugar. 
 

DAR E TOMAR OU LEI DO EQUILÍBRIO 

 
Quando  nós  olhamos  para  a  teoria  geral  do  sistema,  vemos que ela empresta 
da  Física  alguns  conceitos  para  ilustrar  então  a  lei  do  equilíbrio:  a  TGS 
explica  que  os  sistemas  podem  equilibrar  em  alguns  momentos  e 
desequilibrar  em  outros  momentos.  Em  algum  momento  podem  estar 
organizados, em outros podem se desorganizar.   
Os sistemas são vivos. Lembra da energia, ação, movimento? 
Nas relações damos e tomamos o tempo todo e isto tem que ser equilibrado. 
Relacionamentos funcionam na base das trocas. 
As ordens da ajuda falam sobre dar e tomar na mesma medida. 
O ser humano vive de troca - “Dai e dar-se-vos há”. 
A todo momento na vida, estamos nesta relação.  
Reciprocidade é uma palavra que define bem a lei do equilíbrio. 
Nossos  pais  nos  deram  a  vida,  assim  como  os  nossos  avós  deram  a  vida para 
eles e os bisavós para os nossos avós. 
E assim a vida vai cumprindo o seu ciclo. 
Em  muitos  casos,  pode  ocorrer  dos  filhos  não  tomarem  a  vida de seus pais e, 
neste  caso,  seguem  a  vida  fora  do  lugar,  vivendo  as  consequências  desta 
desordem. 
 
Com  o  uso  do  desenho  nos  atendimentos,  observando  como  o  cliente 
posicionou  cada  um  dos  representantes  no  papel,  podemos  identificar 
se  há  alguma  “desordem”,  ou  seja,  se  alguma  das  ordens  do  amor 
estão sendo “quebradas”. 

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