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Enfermagem em Centro

Cirúrgigo e Centro de Material


Esterilizado

Tipos
De
Anestesia

Enfermeiro do Trabalho: Maurício Granja de Oliveira.


Contato: (63)99224-2483
Anestésico

Fármaco ou agente capaz de


produzir insensibilidade total ou
parcial aos estímulos externos ou
internos.
PRINCIPAIS FUNÇÕES DO
ANESTESIOLOGISTA DURANTE A
CIRURGIA

Promover condições para a realização


da cirurgia;
Controle clínico do paciente;
Analgesia pós-operatória.
TIPOS DE ANESTESIA

Anestesia local

Anestesia Regional
Bloqueios periféricos
Anestesia peridural
Raquianestesia.

Anestesia geral
Objetivos do Ato
Anestésico:
 Suprimir a sensibilidade dolorosa
durante a cirurgia;

 Propiciar condições ideais para a


ação da equipe cirúrgica.
Tipos de Anestesia

 Objetivo: Estado de relaxamento,


perda da sensibilidade e dos
reflexos, de forma parcial ou total,
provocada pela ação de drogas
anestésicas, é evitar a dor e
facilitar o ato operatório pela
equipe cirúrgica. Anestesia geral
(inconsciência).
Tipos de Anestesia

MEDICAÇÃO PRÉ- ANESTÉSICA


 Deverá ser realizada, antes de toda e
qualquer anestesia;
 Orientações sobre o jejum;
 Orientar o paciente sobre a anestesia,
os cuidados pré-operatórios e
tratamentos dados para reduzir a
ansiedade e facilitar a recuperação.
Tipos de Anestesia

 Anestesia Geral: administra-se o


anestésico por via inalatória,
endovenosa ou combinado (inalatória
e endovenosa), com o objetivo de
promover um estado reversível de
ausência de sensibilidade,
relaxamento muscular, perda de
reflexos e inconsciência devido à
ação de uma ou mais drogas no
sistema nervoso.
Tipos de Anestesia

 Raquianestesia: é indicada para as


cirurgias na região abdominal e de
membros inferiores, porque o
anestésico é depositado no espaço
subaracnóide da região lombar,
produzindo insensibilidade aos
estímulos dolorosos por bloqueio
da condução nervosa.
Tipos de Anestesia

 Anestesia peridural: o anestésico é


depositado no espaço peridural, ou
seja, o anestesista não perfura a
dura-máter. O anestésico se
difunde nesse espaço, fixa-se no
tecido nervoso e bloqueia as raízes
nervosas.
Tipos de Anestesia

 Anestesia Local: infiltra-se o


anestésico nos tecidos próximos
ao local da incisão cirúrgica.
Utilizam-se anestésicos
associados com a adrenalina, com
o objetivo de aumentar a ação do
bloqueio por vasoconstrição e
prevenir sua rápida absorção para
a corrente circulatória.
Tipos de Anestesia

 Anestesia Tópica: está indicada


para alívio da dor da pele lesada
por feridas, úlceras e
traumatismos, ou de mucosas das
vias aéreas e sistema geniturinário.
Posições para Anestesia:
Raquidiana:
Tipos de Anestesia

 PERIDURAL E RAQUIANESTESIA
- INDICAÇÕES :
- Ambas podem ser utilizadas
individualmente ou em conjunto com
anestesia geral para procedimentos abaixo
do pescoço. Quando utilizadas
individualmente como anestesia única
geralmente se aplicam à procedimentos
cirúrgicos abdominais baixos, inguinais,
urogenitais, retais e ortopédicos de
membros inferiores.
Tipos de Anestesia

- CONTRA-INDICAÇÕES :
- Recusa do paciente, infecção no local da
injeção, discrasias sanguíneas, hipovolemia
severa, hipertensão intracraniana e outras;

- (Relativas):Sepse, déficits neurológicos


prévios, paciente não cooperativo.
Tipos de Anestesia

 POSIÇÕES DE BLOQUEIO
(VANTAGENS E DESVANTAGENS)
- DECÚBITO LATERAL.
- SENTADO.
- DECÚBITO VENTRAL
(PROCEDIMENTOS ANORETAIS).
Tipos de Anestesia
 RAQUIANESTESIA (BLOQUEIO
SUBARACNÓIDEO OU INTRATECAL)
- Bloqueia as raízes nervosas quando
passam através do espaço
subaracnóideo, quase “in situ”. Este
espaço se estende desde o forame
magnum até S2 (S3 em crianças). O
bloqueio deve ser realizado abaixo de L1
(L3 em crianças) devido a extensão da
medula espinhal até este nível.
Tipos de Anestesia

 RAQUIANESTESIA (NÍVEL DO BLOQUEIO)


Dependem de vários fatores:
- Tipo de anestésico;
- Posição do paciente;
- Dosagem da droga;
- local da injeção / velocidade de injeção;
- Volume da droga;
- Direção da agulha.
- Aumento da pressão intra-abdominal.
Tipos de Anestesia

 BLOQUEIO PERIDURAL OU EPIDURAL


- A anestesia peridural oferece uma gama
de aplicações mais ampla do que a
raquianestesia. Ela pode ser realizada na
região lombar, torácica ou cervical.
- Sua utilização vai além das descritas para
raquianestesia. Muito utilizada para
controle de dor pós-operatória e dor
crônica/oncológica, além da analgesia de
parto.
Tipos de Anestesia

 Difere da raquianestesia em vários aspectos,


pode ser utilizada continuamente através de
cateter peridural. Pode ter bloqueio motor total
ou nenhum, as fibras nervosas mais finas (C)
que conduzem a dor são bloqueadas antes
das motoras (alfa, mais grossas). Seu tempo
de instalação é mais demorado que o da raqui
(5min vs 15-20 min), as agulhas são mais
grossas e o volume de anestésico utilizado é
maior.
Tipos de Anestesia
 COMPLICAÇÕES DE AMBOS OS BLOQUEIOS
- DOR NAS COSTAS (queixa de 25% dos pacientes
só com anestesia geral, benigno, pode durar
semanas)
- CEFALEIA (punção inadvertida da dura, causa mais
comum;
- RETENÇÃO URINÁRIA (bloqueio s2-s4 e opióides,
diminui tonicidade da bexiga – mais comum em
mulheres);
- FEBRE MATERNA (associada à peridural, induzido
pelo bloqueio e pela inibição da sudorese e
hiperventilação).
Tipos de Anestesia
- SINTOMAS NEUROLÓGICOS TRANSITÓRIOS (dor nas
costas irradiando para as pernas sem déficit motor ou
sensitivo, após raqui ou peridural, associado a
neurotoxicidade – lidocaína pesada);

- RAQUI – TOTAL (início rápido-hipotensão, bradicardia e


insuficiência respiratória – tto suporte ventilatório e
hemodinâmico);

- INJEÇÃO SUBDURAL (comportamento igual a raqui-total,


inicia em 15-30min);

- PARADA CARDÍACA (mais comum em pacientes


desidratados/hipersedação com hipoventilação, hipóxia,
nível alto do bloqueio com hipotensão e bradicardia).
Tipos de Anestesia

ANESTÉSICOS GERAIS
 INALATÓRIOS: Halotano, enflurano, isoflurano,
sevoflurano, desflurano e óxido nitroso.

 VENOSOS: Barbitúricos (tiopental), benzodiazepínicos


(diazepam/midazolam/lorazepam), opióides
(morfina/meperidina/fentanil/sufentanil/alfentanil/remif
entanil), Ketamina, Etomidato, Propofol, Droperidol.

 ADJUVANTES DA ANESTESIA GERAL: Bloqueadores


neuromusculares, anticolinérgicos, inibidores da
colinesterase, agonistas e antagonistas adrenérgicos,
agentes anti-hipertensivos e anestésicos locais.
Anestesia Geral
Conceito

“É uma completa, contínua e reversível


depressão das funções do SNC, que leva
a perda da consciência, eliminação da dor
e perda da atividade muscular”.
AGENTES ANESTÉSICOS
INTRAVENOSOS

OPIÓIDES NÃO-OPIÓIDES

Fentanil Barbitúricos
Alfentanil (Tiopental)
Sufentanil Benzodiazepínicos
Remifentanil (Midazolam)
Etomidato
Propofol
Ketamina
OPIÓIDES

Controlam a dor;
Inibem os reflexos
fisiológicos ao estímulo
doloroso.
OPIÓIDES
USO CLÍNICO
Potentes analgésicos
Inibem os reflexos fisiológicos aos estímulos
dolorosos.
INDICAÇÕES VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Anestesia geral. IV
Bloqueios espinhais. Intratecal, Epidural
Bloqueios periféricos. Oral, SL, Retal
Analgesia pós-operatória. Transdérmica, SC
Tratamento da dor aguda. Nasal
Tratamento da dor IM
crônica.
FARMACODINÂMICA DOS OPIÓIDES
ANALGESIA POTENTE
SNC Analgesia, depressão respiratória,
sedação, náuseas e vômitos, dependência
química.
AR Diminuem a FR e o volume-minuto
Diminuem a resposta ao CO2
Rigidez torácica
Morfina e petidina: broncoespasmo
ACV Pequena ou nenhuma depressão direta
sobre o miocárdio. Estabilidade
hemodinâmica, mas diminuem a atividade
simpática, causando bradicardia e
venodilatação
FARMACODINÂMICA DOS OPIÓIDES

AGI Aumenta o tônus da musculatura lisa


aumenta pressão do trato biliar, diminui
motilidade GI, prolonga o esvaziamento
gástrico. Causa constipação intestinal,
náuseas e vômitos
AGU Aumenta o tônus do esfíncter vesical –
Retenção urinária
OUTROS Bloqueiam a secreção de catecolaminas e
EFEITOS cortisol, diminuindo a resposta ao
estresse cirúrgico
Rigidez da musculatura esquelética,
principalmente abdominal e torácica
OPIÓIDES UTILIZADOS EM ANESTESIA

OPIÓIDE
Petidina
(Meperidina)
Morfina
Alfentanil
Remifentanil
Fentanil
Sufentanil
MORFINA
Protótipo dos agonistas
opióides.
Metabolização hepática.
Libera histamina –
Hipotensão arterial.
PETIDINA (MEPERIDINA)

Um décimo da potência da morfina


Rápida metabolização hepática
Ação anestésica local
Apresenta semelhança estrutural com a
atropina
Libera histamina – vasodilatação arteriolar
transitória, venodilatação mais prolongada e
hipotensão arterial
Uso clínico: analgesia no pré e pós-operatório,
atenuação de tremores. Não deve ser utilizado
cronicamente, pelo risco de dependência
FENTANIL

Potente agonista opióide;


Elevada lipossolubilidade e grande VD;
Rápido início de ação e duração mais
prolongada, quando administrado por via IV.
ANTAGONISTAS OPIÓIDES

NALOXONA

Antagonista puro.
Indicado para reversão dos efeitos dos
agonistas.
Adjuvante no tratamento dos choques
séptico e cardiogênico.
AGENTES VENOSOS NÃO-OPIÓIDES

Barbitúricos – Tiopental;
Benzodiazepínicos – Midazolam
Etomidato;
Propofol;
Ketamina.
ETOMIDATO

Hipnótico não barbitúrico.


Rápido início de ação.
Curta duração de ação – Redistribuição.
Rapidamente hidrolisado no fígado e no
plasma – metabólitos inativos.
NÃO TEM EFEITO ANALGÉSICO.
PROPOFOL

Hipnótico não-barbitúrico.
Início rápido de ação.
Rápidas redistribuição e
eliminação – ideal para infusão
contínua.
Excreção hepática e extra-
hepática.
SEM PROPRIEDADE ANALGÉSICA
CETAMINA

Anestesia dissociativa de curta duração.


Causa alucinações e delírios.
Estimulação simpática central – liberação
de catecolaminas.
Pode ser usado por via oral, IM, IV ou
nasal.
POTENTE ANALGÉSICO.
Referências bibliográficas
POSSARI, J. F. Centro Cirúrgico - Planejamento,
Organização e Gestão. São Paulo: Saraiva, 2011.
CARVALHO, R.; BIANCHI, E. R. F. Enfermagem em Centro
Cirúrgico e Recuperação. São Paulo: Manole, 2016.
CARVALHO, R. Enfermagem em Centro Cirúrgico e
Recuperação Anestésica. São Paulo: Manole, 2015.
Doherty, G. M. CURRENT Cirurgia: Diagnóstico e
Tratamento. Porto Alegre: Grupo A, 2017
ROSA, M. T. L. Manual de instrumentação cirúrgica. 3.
ed. Rideel, 2009.

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