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Equipamentos HVAC
Thermo King
Revisão A – 30/09/2013
Engenharia de Aplicação
INTRODUÇÃO
Este guia de instalação tem como maior finalidade auxiliar a montagem dos equipamentos de ar condicionado
Thermo King, e não faz garantias expressas ou implícitas com relação às recomendações de informações e descrições
contidas neste documento. As informações contidas não devem ser consideradas como única fonte de informação,
quaisquer extras informações e dúvidas, deve-se consultar a Thermo King para o correto auxílio.
A garantia da Thermo King não deverá ser aplicada a nenhum equipamento que tenha sido "instalado, recebido
manutenção, reparado ou alterado, a critério do fabricante, de forma a afetar sua integridade".
O fabricante não será responsável por qualquer pessoa ou entidade por qualquer ferimento, dano à propriedade
ou qualquer outro dano direto, indireto, especial ou consequencial, que surja em virtude do uso desse manual ou
quaisquer informações, recomendações ou descrições contidas aqui.
PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA
1- Ao trabalhar com o circuito de refrigeração, com a bateria, ou perto dos mesmos, utilize sempre óculos de
proteção. O líquido de refrigeração ou o ácido da bateria podem provocar danos permanentes se atingirem os olhos.
2- Não ponha nunca a unidade a funcionar quando a válvula de descarga do compressor estiver fechada.
3- Mantenham sempre as mãos e o vestuário folgado longe dos ventiladores e das correias quando a unidade
estiver a trabalhar, ou quando abrir e fechar as válvulas de serviço do compressor.
4- Se, por qualquer razão, precisar abrir orifícios na sua unidade, tome as máximas precauções. Pode estar a
enfraquecer componentes estruturais. As perfurações dos cabos elétricos ou dos tubos do líquido de refrigeração
podem provocar um incêndio.
REFRIGERANTE
Embora os líquidos de refrigeração fluorocarbonados estejam classificados como seguros, tenha cuidado quando
trabalhar com os líquidos de refrigeração ou nas imediações das zonas onde eles estejam a ser utilizados durante a
manutenção da sua unidade.
Os líquidos de refrigeração fluorocarbonados evaporam-se com facilidade podendo congelar objetos próximo, caso
forem liberados acidentalmente na atmosfera no estado líquido.
Os líquidos de refrigeração fluorocarbonados utilizados nas unidades produzem gases tóxicos que, na presença de
chamas ou em caso de curto-circuito, irritam gravemente as vias respiratórias e podem provocar a morte.
PELE: Lave a zona afetada com água tépida abundante e mantenha-a fria. Cubra as queimaduras com curativos
esterilizados para proteger contra infecções ou ferimentos. Procure cuidados médicos.
INALAÇÃO: Desloque a vítima para um local arejado e restabeleça a respiração, se necessário. Permaneça junto da
vítima até à chegada da equipe médica de resgate
ÓLEO DE REFRIGERAÇÃO
Cumpra sempre as seguintes indicações quando trabalhar com óleo de refrigeração:
IRRITAÇÃO: Para evitar a irritação, lave-se com cuidado logo após o manuseio.
PELE: Retire a roupa contaminada. Lave-se cuidadosamente com água e sabão. Procure cuidados médicos se a irritação
persistir.
INALAÇÃO: Desloque a vítima para um local arejado e restabeleça a respiração, se necessário. Permaneça junto da
vítima até à chegada da equipe médica.
INGESTÃO: Não provoque o vômito. Contate imediatamente o Centro de Informação Anti- Venenos ou o médico.
Os líquidos de refrigeração fluorocarbonados têm tendência de deslocar o ar e pode provocar o esgotamento do
oxigênio, o que pode causar a morte por asfixia. Tome precauções sempre que trabalhar com ou perto de líquidos de
refrigeração, ou de circuitos de ar condicionado que incluam líquidos de refrigeração, em particular em zonas fechadas
ou restritas.
PERIGO ELÉTRICO
Certifique-se de que desligou a alimentação da energia de alta tensão e desligue o cabo elétrico antes de trabalhar com
a unidade. As unidades com alimentação elétrica apresentam potenciais perigos elétricos.
FERRAMENTAS NECESSÁRIAS
1. Furadeira 19. Multímetro
2. Jogo de brocas 20. Jogo de chaves de fenda
3. Jogo de serra copo 21. Cortador de mangueira
4. Óculos de proteção 22. Alicate de corte
5. Adesivo de borracha 23. Alicate universal
6. Trena 24. Fixador
7. Gabarito de instalação (fornecido no kit) 25. Prensa para terminais elétricos
8. Lápis 26. Alicate para Speed Clip
9. Jogo de chave canhão 27. Conjunto de manômetros
10. Jogo de chave de boca 28. Bomba de vácuo com vacômetro
11. Chave inglesa 29. Detector de vazamentos
12. Selante de calafetação 30. Cilindro de nitrogênio com manômetro e regulador
13. Luvas de proteção 31. Cilindro de Refrigerante
14. Lima 32. Morsa
15. Cintas plásticas 33. Grua
16. Jogo de chave Allen 34. Óleo refrigerante
17. Terminais elétricos 35. Chave Torx
18. Corrugados 36. Equipamento para solda
ÍNDICE
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................................................... 1
PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA ................................................................................................................................................ 2
FERRAMENTAS NECESSÁRIAS ................................................................................................................................................. 4
ÍNDICE ..................................................................................................................................................................................... 5
MONTAGEM KIT BASE PARA O COMPRESSOR ........................................................................................................................ 6
FIXAÇÃO DO EQUIPAMENTO .................................................................................................................................................. 9
EQUIPAMENTOS MODULARES – LED-3H / DP-III / DP-IV ............................................................................................. 9
EQUIPAMENTOS DE TETO – SLR / SR-50 / LRT / X900 / LRT STREET .......................................................................... 10
ÁREA DE RETORNO ............................................................................................................................................................... 14
ÁREA PARA TROCA DE CALOR DO CONDENSADOR .............................................................................................................. 15
INSTALAÇÃO DAS MANGUEIRAS DE DRENO E CHICOTES ELÉTRICOS ................................................................................... 16
MONTAGEM DAS MANGUEIRAS DE REFRIGERAÇÃO ........................................................................................................... 18
FIXAÇÃO DA TUBULAÇÃO DE COBRE .................................................................................................................................... 24
DUTOS DE DISTRIBUIÇÃO DO AR REFRIGERADO .................................................................................................................. 25
VARIAÇÃO DA ÁREA DESTINADA A PASSAGEM DO AR REFRIGERADO ...................................................................... 25
DISTRIBUIÇÃO DE AR PELO DUTO ENTRE CORREDOR E JANELA ................................................................................ 26
CARGA DE REFRIGERANTE .................................................................................................................................................... 28
EVACUAÇÃO E DESIDRATAÇÃO .................................................................................................................................. 28
POLEGADAS X MICRONS ............................................................................................................................................. 30
UMA “BOA” BOMBA DE VÁCUO ................................................................................................................................. 31
BOMBA DE VÁCUO DE DUPLO ESTÁGIO ..................................................................................................................... 31
EVACUAÇÃO DO SISTEMA .......................................................................................................................................... 32
RELAÇÕES ENTRE PRESSÃO E TEMPERATURA ............................................................................................................ 33
CONCLUSÃO .......................................................................................................................................................................... 34
O kit base para o compressor pode ser fornecidos juntamente com o nosso equipamento ou não, dependendo
do método de compra utilizado, porém independentemente do método de compra utilizado, o kit base é fornecido
através de uma empresa terceira, onde suas recomendações para montagem também devem ser seguidas.
Junto com cada kit base para o compressor, o fornecedor especifica as instruções de montagem, ordem de
montagem dos componentes, tensões das correias, pontos de ancoragem (soldagem no chassi), tolerâncias para
alinhamento e torques necessários, conforme exemplo mostrado abaixo.
Terminada a fixação do kit base do compressor no chassi, é instalado o compressor e alternador no kit base,
onde ambos receberão a força necessária para seu funcionamento do motor através das correias enviadas juntamente
com o kit base. Esta etapa é muito importante, pois o alinhamento e a correta tensão aplicada nas correias, são os
principais fatores que determinam a vida útil destes componentes.
O mau alinhamento entre as polias do motor, compressor e alternador é o principal responsável pela quebra das
correias prematuramente (antes do fim da vida de utilização prevista), pois submetem as correias a esforços não
previstos pelos fabricantes. Já o tensionamento errado das coreias também diminui a vida útil das mesmas, sendo que o
trabalho em uma tensão superior a especificada pelo fabricante, causa o rompimento das correias, e com valores de
tensão abaixo do especificado, a correia “patina” entre as polias, gerando atrito e danificando as correias através de
queimaduras.
Correia queimada
Correia queimada
Ponto de atrito
com a correia
Quebra da correia
Com os pontos que necessitam atenção mencionados neste tópico, juntamente com as informações fornecidas
pelo fornecedor do kit base, obtemos uma montagem final do compressor, alternador e kit base do compressor
finalizada, alinhada e com correias tensionadas corretamente, situação necessária para que o chassi passe para a
próxima fase e entrar na linha de produção do encarroçador.
Exemplo de informações a serem seguidas por parte do fornecedor do kit base do compressor (página 6).
Sempre manter as válvulas de sucção e descarga do compressor tampadas com a proteção plástica, até a etapa
de montagem das mangueiras, a fim de evitar a penetração de sujeira no interior do compressor, o que pode causar
danos ao mesmo.
FIXAÇÃO DO EQUIPAMENTO
O chassi ao entrar na linha de produção do encarroçador, começa a se transformar no formato do ônibus final
com a fixação das estruturas laterais, frontal, traseira e de cobertura. É nesta etapa do processo de montagem do
ônibus, que acontece a fixação do aparelho de ar condicionado a estrutura do ônibus.
É necessária na instalação do evaporador uma área aberta no teto, para que o ar refrigerado proveniente do
mesmo, entre em contato com a parte interna da carroceria (passageiros). Esta área é chamada de área de insuflamento
do evaporador, que por sua vez é especificada para cada aparelho conforme seu tamanho. As especificações e desenhos
para que esta área seja recortada no teto é enviada pela Thermo King aos encarroçadores. Para exemplo vamos utilizar
as informações enviadas no equipamento LRT, conforme mostrado na próxima página, onde também é mostrado a área
de retorno, o que iremos abordar posteriormente.
Área de
Retorno
Área de
Insuflamento
Área de Área de
Insuflamento Retorno
Foto do teto preparado para o equipamento LRT Confort
Juntamente com os equipamentos são enviadas arruelas de nylon para realizar a interface do equipamento com
o teto do ônibus. Estas arruelas têm como finalidade reduzir a transmissão de vibração sofrida pelo ônibus, ao
equipamento. Em outras palavras, ela serve como uma espécie de “coxim” para o equipamento no teto, e devem ser
colocadas em todos os parafusos que irão conectar o equipamento a estrutura do ônibus.
Outro item também muito importante é a manta de isolação juntamente com o selante de calafetação, pois este
conjunto trabalha para evitar que o ar externo (ar quente), sujeira e água penetrem para o interior da carroceria.
Basicamente o local de aplicação do selante térmico é em torno da área de insuflamento e local dos furos dos parafusos
de fixação, porém em alguns casos existem outras área que necessitam serem seladas, informações também enviadas
pela Thermo King aos encarroçadores.
Parafusos de Fixação
Evaporador
Manta de Vedação
Área de Insuflamento
Selante de Calafetação
Arruelas de Nylon
Teto do Ônibus
Exemplo fixação evaporador do equipamento SLR
Condensador
Selante de Calafetação
Evaporador
Manta de Vedação
Área de Insuflamento
Cada encarroçador utiliza o raio de teto conforme o projeto de sua carroceria, e a fim de atender as diferenças
de curvaturas de todos os casos possíveis, são enviadas arruelas de aço juntamente com os equipamentos para que seja
minimizando a diferença entre o teto e o equipamento. Em alguns casos como o do SR-50, as próprias arruelas de nylon
mencionadas na pág. 11 servem para esta função também, porém em outros casos como o do X900 são enviadas as
arruelas metálicas, conforme mostrado abaixo.
ÁREA DE RETORNO
Para o funcionamento do evaporador, é necessário que o ar a ser refrigerado passe pela serpentina do mesmo,
e a coleta deste ar a ser refrigerado é feito pelo evaporador através da área de retorno. Assim como a área de
insuflamento, cada equipamento possui as especificações para cada área de retorno, que por sua vez também são
enviadas pela Thermo king aos encarroçadores.
Conforme mostrado na pág. 11 no exemplo do LRT Confort, nos equipamentos de teto é necessária mais uma
abertura no teto para a área de retorno, completando assim o funcionamento do evaporador, que através da área de
retorno recebe o ar a ser refrigerado, força a passagem do mesmo através das serpentinas, e o devolve para a carroceria
(passageiros) refrigerado, através da área de insuflamento. Nesta etapa deve-se atentar a área mínima especificada, a
fim de garantir a correta eficiência do evaporador.
Área de Retorno
Área de Retorno
Condensador
Exemplo à esquerda dos equipamentos DP-III e DP-IV, e à direita exemplo do equipamento LED-3H – Fixado
internamente na carroceria.
Evaporador
Condensador
Todos os chicotes necessários para instalação e comunicação entre painel de controle, compressores e
componentes do equipamento de ar condicionado, são enviados pela Thermo King. É também disponibilizado o
diagrama de fiação e esquema elétrico de todos os equipamentos aos encarroçadores.
Normalmente os chicotes são fixados a carroceria juntamente com a mangueira de dreno, e com as mangueiras
de refrigeração, e a recomendação nesta etapa é de que o caminho escolhido para a passagem destes componentes,
não seja o mesmo utilizado pelo duto para distribuir o ar refrigerado pela carroceria. A passagem destes componentes
pode ser feita juntamente com os outros cabeamentos da carroceria que passam pelo teto, conforme abaixo.
Após a ligação dos chicotes, é montado na cabine do motorista o painel de controle do ar condicionado,
componente responsável por definir o funcionamento do equipamento. Também todas as informações e dimensionais
do mesmo são disponibilizados para os encarroçadores.
Compressor
Devido as mangueiras absorverem a vibração dos componentes mecânicos, elas trabalham em movimento,
conforme mostrado na figura acima, e justamente por este motivo que as mesmas não devem estar em atrito com
quaisquer objetos por parte do chassi, quanto por parte da carroceria.
Qualquer outro contato das mangueiras do compressor em outros pontos que não sejam, compressor e
tubulação de cobre, certamente irá causar danos na mesma após algum tempo de trabalho do sistema, danificando-a e
reduzindo sua vida útil. A mangueira que sofreu danos devido o atrito entre a mesma a algum outro objeto, certamente
apresentará vazamento, liberando toda a carga de gás contida no sistema para atmosfera, o que prejudica o meio
ambiente, conforme algumas montagens mostradas abaixo.
Em alguns casos, é instalada uma proteção nas mangueiras, a fim de que a proteção suporte o atrito. Porém
como podemos comprovar na foto abaixo, a proteção só vai prolongar a vida útil da mangueira por mais alguns dias,
pois a mesma já é inexistente no ponto de contato.
O grande segredo para uma montagem ideal das mangueiras é seguir duas regras básicas. A primeira é de não
estar em contato com quaisquer objetos que possam gerar atrito a mesma, e que o posicionamento da mangueira seja o
mais suave possível, evitando torções, estrangulamentos e pontos de tensão ao longo da mesma, conforme melhor
explicado através dos desenhos na próxima página.
Exemplo de montagem com a mangueira fixa, sem que os movimentos sejam absorvidos pela mesma.
Após o conhecimento dos diversos casos que podem danificar as mangueiras, recomendamos sempre um
cuidado maior na instalação das mesmas para que nada fique em atrito (contato) depois de finalizada a montagem, para
que o objetivo final sejam mangueiras instaladas corretamente, atuando na absorção das vibrações do cofre do motor,
conforme exemplos abaixo.
Alerta ao posicionamento
das mangueiras, que
trabalham próximas a
possíveis pontos de atrito.
Situação 1
Situação 2
Situação 3
Para aplicações tipo rodoviária, onde o ônibus em questão somente possui passageiros sentados,
recomendamos que a distribuição de ar feita pelo duto seja de 40% destinado ao corredor, e os outros 60% seja
direcionado nas outras saídas de ar destinadas a janela e passageiros sentados nas poltronas, respeitando sempre a área
de retorno do equipamento que não deve conter saídas de ar, na região da mesma.
CARGA DE REFRIGERANTE
Após montagem de todos os itens descritos anteriormente, a última etapa da instalação é adicionar o gás
refrigerante ao sistema (equipamento, compressor, tubulação de cobre e mangueira). Após verificação através de
de algum possível vazamento, deve-se realizar um processo de vácuo para retirar toda humidade contida no sistema,
através da bomba de vácuo.
O próximo passo é adicionar a quantidade especificada do correto refrigerante, através do conjunto de
manômetros. Existe para cada equipamento, uma quantidade de gás refrigerante que deve ser inclusa ao sistema, a fim
de garantir a eficiência de rendimento do mesmo. Normalmente o gás utilizado é o R-134ª, porém existem
equipamentos no portfolio da Thermo King, que utilizam o gás refrigerante R-407C (exemplo LRT Street II).
EVACUAÇÃO E DESIDRATAÇÃO
A evacuação é o processo de utilizar uma bomba a vácuo para remover o ar e a umidade de um sistema de
refrigeração. Isto deve ser feito caso o sistema tenha sido aberto e antes de carregar o sistema com novo refrigerante. A
importância de uma evacuação completa não pode ser muito enfatizada. Mesmo pequenas quantidades de ar e
umidade no sistema podem causar sérios problemas.
Os vazamentos para a atmosfera e os procedimentos de manutenção incorretos são as principais causas de
contaminação do sistema com ar e umidade. Uma bomba a vácuo é usada para vaporizar e remover a umidade do
sistema. Um vácuo extremamente baixo pode vaporizar (ebulição) a umidade em temperaturas ambiente. Como a
pressão do sistema está reduzida, o ponto de ebulição também é reduzido.
A combinação de umidade, oxigênio e calor pode resultar em muitos tipos de dano. A corrosão, a borra, a
ferrugem, contaminação do óleo, a formação de carbono, e a eventual falha no compressor podem ser causadas por
estes contaminantes. As condições de operação também são influenciadas: os contaminantes de sistema podem
resultar em alta pressão de descarga, baixa capacidade de refrigeração, e congelamento das válvulas de expansão. Se os
não condensáveis são retirados do sistema você evita a carbonização do sistema.
A umidade, juntamente com ar e a alta temperatura, parece ser a principal chave para a instabilidade química e
formação de ácidos no sistema de refrigeração. Se a umidade for removida, estas reações podem não acontecer.
Qualquer lucro obtido pelas instalações e pelo trabalho feito pode ser rapidamente perdido caso os reparos sejam
repetitivos. A única maneira de utilizar bem o dinheiro é fazendo o trabalho correto na primeira vez. E a única maneira
de manter os clientes satisfeitos é fazendo todos os reparos da melhor maneira possível.
Um cliente que conhece a vida útil normal de um compressor nunca entenderá porque ele deve ter despesas
com falhas repetidas que acontecem. Nunca é barato fazer um trabalho pela segunda vez. De fato, o técnico se torna
seu próprio cliente quando o trabalho de manutenção deve ser repetido.
Os refrigerantes seguem uma definida e fixa relação de temperatura e pressão. Em uma pressão dada, o
refrigerante irá entrar em ebulição (vaporizar) a uma temperatura de saturação correspondente. A água segue
exatamente o mesmo padrão. Esta é a base para desidratação de um sistema de refrigeração pela evacuação.
Sabemos que a água entra em ebulição a 100 °C no nível do mar. A pressão do nível do mar é de 0 polegadas de
mercúrio em vácuo (0” Hg). De acordo com a tabela abaixo, se quisermos vaporizar a água na temperatura da sala de
(22 °C), teremos de criar um vácuo de pelo menos 29.12” Hg. Entretanto, quando conseguimos e mantemos um vácuo
de 29.82” Hg acreditamos que o sistema de refrigeração será completamente desidratado.
POLEGADAS X MICRONS
“É extremamente difícil de distinguir corretamente entre vácuo de 29,12 e 29,82” Hg em nosso manômetro
composto. É como tentar medir a largura de uma moeda em metros. Em baixas pressões, é necessário usar uma unidade
de medida menor uma vez que as polegadas de mercúrio são muito grandes para a leitura correta. O mícron, uma
unidade métrica de comprimento, é normalmente usado neste caso. Um mícron equivale à 1/1000 milímetros. Um
mícron equivale a 0,00004 polegadas.
Uma polegada equivale a 25.400 mícrons. A última polegada de vácuo (entre 28,92” Hg e 29,92” Hg) pode ser
dividida em 25.400 mícrons.
Um sistema de refrigeração não é totalmente desidratado até que ele possa manter um nível de vácuo menor
do 2000 mícrons durante cinco minutos ou mais. Um medidor de mícron é o único instrumento prático para determinar
o nível de vácuo necessário para desidratar um sistema de refrigeração. Ele é um instrumento de leitura direta,
calibrado em mícrons, capaz de medir corretamente um vácuo extremamente baixo.
O ar e umidade só podem ser corretamente removidos usando uma boa bomba a vácuo, procedimentos
corretos de evacuação e instrumentos corretos para medir o vácuo. Uma “boa” bomba a vácuo não é necessariamente a
mesma coisa para todas as pessoas. Geralmente vemos nas oficinas que uma boa bomba a vácuo é considerada
qualquer bomba que irá puxar um vácuo de 25 a 28 polegadas. Isto é FALSO!
Primeiro, um vácuo de 25 a 28 polegadas não é um bom vácuo quando estamos removendo a umidade e não
condensáveis de um sistema de refrigeração. Além disso, alguns tipos de bomba são melhores para evacuação. A mais
efetiva é a de duplo estágio, bomba de palhetas rotatórias com uma válvula de balastro de gás. Tendo dois estágios e
uma válvula de balastro de gás ajuda a reduzir a contaminação do óleo e aumentar a capacidade de bombeamento.
A válvula de balastro de gás ajuda a reduzir a contaminação de óleo da bomba. Quando você inicia uma
evacuação de sistema, uma grande quantidade de umidade pode ser extraída pela bomba e de seu sistema de
lubrificação. Esta mistura de umidade com o óleo da bomba reduz sua eficiência. Abrir a válvula de balastro de gás
quando você inicia uma evacuação permite que uma pequena quantidade de ar limpe a umidade do sistema de
lubrificação da bomba. A válvula de balastro de gás deve ser fechada quando a evacuação alcançar o nível de 5.000 a
10.000 mícrons. Então, uma grande quantidade de contaminantes foi removida do sistema e há uma pequena
contaminação por umidade no sistema de lubrificação da bomba.
Este procedimento mantém a bomba limpa e permite que ela realize um trabalho muito melhor de evacuação.
Se o óleo da bomba ficar contaminado, um vácuo profundo, simplesmente, não poderá ser atingido. Todas as bombas
devem ter uma manutenção regular e suas condições devem ser verificadas antes do uso. Troque o óleo da bomba de
vácuo antes de cada uso. Consulte o manual de operação da bomba para a manutenção exigida.
Uma bomba de duplo estágio usa o escape do primeiro estágio como entrada de pressão para o segundo
estágio. Esta pressão pode agora ser reduzida muito antes de a bomba expeli-la para a atmosfera. Uma bomba de
simples estágio é capaz de reduzir a pressão do sistema para apenas 27 ou 28 polegadas de vácuo ou 50.000 mícrons.
Uma bomba de vácuo de duplo estágio é necessária para alcançar um vácuo profundo (29,9” Hg ou 500 mícrons.) A
bomba deverá ter um deslocamento de ar de 3-6 C FM. Nota: Apenas use o óleo de alto vácuo, que está especificado
para a bomba de vácuo. Uma bomba de vácuo não pode criar uma pressão absoluta menor do que a pressão de vapor
do seu óleo.
Uma bomba de vácuo de duplo estágio e um medidor calibrado de mícrons IGUALAM a oportunidade de fazer a
coisa certa e assim eliminar as hipóteses! As falhas repetidas no sistema devido à contaminação do refrigerante são um
argumento econômico forte para usar sempre de forma correta o equipamento e os procedimentos.
A Evacuação e Desidratação são cruciais para a performance do sistema. A Thermo King recomenda que todos
os reparos no sistema de refrigeração incluam a remoção e reciclagem (limpeza) do refrigerante, seguida da completa
evacuação usando as ferramentas e procedimentos corretos.
EVACUAÇÃO DO SISTEMA
O principal objetivo da evacuação é levar a pressão do sistema a um baixo nível de mícron para garantir a
remoção da umidade e dos não condensáveis.
Considerações:
Evacue a partir de 3 pontos para acessar todas as partes do sistema. Isto evitará que o refrigerante fique preso
atrás das válvulas de retenção e das válvulas solenóide.
1. Válvula de Serviço de Descarga
2. Válvula de Serviço de Sucção
3. Válvula de serviço do tanque de líquido
Sempre abra as tampas da haste da válvula de serviço durante a evacuação e não movimente as hastes da
válvula enquanto a unidade está vácuo profundo. As vedações nas válvulas são propensas é vazamento.
Nunca tente uma evacuação sem um medidor de mícrons. O medidor de mícrons ajudará a determinar:
Se a bomba é capaz de alcançar um vácuo profundo.
Quando o óleo da bomba de vácuo está contaminado.
Se as válvulas e mangueiras de vácuo estão sem vazamento.
Se a unidade está sem vazamento.
Até quando você deve evacuar a unidade.
CONCLUSÃO
Com este guia de instalação, pretendemos melhorar as instalações dos equipamentos Thermo King junto aos
encarroçadores, abordando os pontos chaves com ilustrações, fotos e recomendações. Nos colocamos a disposição para
qualquer esclarecimento de duvida, envio de desenho e/ou melhor explicação de algum tema abordado neste
documento que possa ter surgido durante a leitura do mesmo, e antecipadamente, agradecemos a leitura e
compreensão de todos os envolvidos.