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ANTUNES, 2005, p. 55
ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola Editorial,
2005.
Coerência
[..] construções textuais que estão tecidas por sentidos partilhados ou que
sinalizam pistas para esses sentidos que são possíveis de ser construídos pelo
interlocutor do texto.
1- Coerência narrativa - personagem tem capacidade (poder) para realizar a ação. Não se pode afirmar que um
cego (total) viu a paisagem, com os próprios olhos, pois a personagem não possui capacidade para realizar a
ação.
2- Coerência argumentativa - "Toda cidade tem pobres. São Paulo tem pobres. Logo São Paulo é uma cidade“
3- Coerência figurativa - Posso descrever uma praia apresentando as figuras como sol, muito calor, pessoas com
trajes de banho, vendedores de picolé, areia. Mas, dependendo do meu texto, se acrescento a descrição de
pessoas com casacos de pele, galochas, gorros, por exemplo, pode haver incompatibilidade de figuras entre si
para formar o tema: dia de muito calor na praia.
4- Coerência temporal -pode ser incoerente afirmar que a personagem tomou café da manhã e depois acordou
5- Coerência espacial - "Todos se dirigiram para a cozinha da casa para jantarem. A única mesa da cozinha
ficava no canto esquerdo do cômodo. João queria estar junto à sua família e assim sentou-se à mesa no centro
da cozinha." João, que queria ficar junto com todos da família, jamais poderia ter se sentado à mesa no centro da
cozinha, pois lá só havia uma mesa e que ficava no canto esquerdo da cozinha.
6- Coerência no nível de linguagem- quando um aluno vai escrever um artigo científico não deve fazer uso de
linguagem informal, muito menos empregar xingamentos, palavras de baixo calão como recurso discursivo para
sustentar sua argumentação diante da comunidade acadêmica.
Fiorin, J. L., & Savioli, F. P. Lições de texto: leitura e redação. 2ª edição. São Paulo: Ática, 1997.
Intencionalidade