Unidade 1

06/07/2020 Ead.
br
INTERNET
DAS COISAS
Felippe Fernandes da Silva
INICIAR
introdução
Introdução
Nesta unidade, você estudará os conceitos básicos que norteiam a Internet das Coisas (IoT) e qual o seu
envolvimento com as redes de computadores. Conforme veremos, a nossa dependência à Internet está cada
vez mais presente no nosso cotidiano, embora, por muitas vezes, essa tecnologia facilite nossa vida e otimize
nosso tempo. Dessa forma, abordaremos assuntos relacionados ao cenário atual e a de nição da IoT,
considerando seus conceitos e pessoas envolvidas na criação da ideia da Internet das Coisas. Identi caremos
alguns dispositivos e meios de comunicação com a Internet, analisando alguns termos utilizados para o
melhor entendimento do conteúdo, e teremos uma visão sistêmica de redes de computadores,
contextualizada na área de IoT. Acompanharemos também o uxo de dados em uma rede e seus respectivos
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protocolos. Além disso, aprenderemos sobre o que é LAN e WAN, os benefícios de conectar um dispositivo e
alguns modelos de computação.
A partir dessas introduções, você terá um melhor entendimento a respeito da Internet das Coisas, vai
constatar, assim, que a experiência do dia-a-dia se mostra mais e caz e passará a perceber que há tempos já
está envolvido com a ideia de Internet das Coisas.
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Internet das Coisas
Neste tópico serão apresentados as ideias e de nições relacionadas à Internet das Coisas (IoT), o avanço
tecnológico obtido por ela e a explicação de pessoas ligadas à história do início desse movimento. Também
conheceremos um pouco sobre os pilares que regem a IoT, como dados, programação, hardware e rede, além
de uma explicação de como eles estão interligados para o funcionamento da Internet da Coisas.
Definição
Com o avanço tecnológico, e considerando que a Internet está cada vez mais presente no nosso cotidiano –
desde o preparo de uma comida rápida, até as ligações telefônicas, ou vendo um programa de TV qualquer –,
tornou-se necessária a utilização de coisas e Internet simultaneamente. De certa forma, pessoas, objetos e
tecnologia estão inteiramente interligados.
A Internet é quase totalmente dependente de recursos humanos para informação. Quase todos os 50
petabytes (um petabyte é 1.024 terabytes) de dados disponíveis na Internet foram capturados pela primeira
vez e criados por seres humanos por meio de digitação, pressionando um botão de gravação, tirando foto
digital ou até mesmo digitalizando um código de barras. Diagramas convencionais de Internet, por outro
lado, incluem servidores, roteadores, e assim por diante, mas eles deixam de fora os mais importantes e
numerosos roteadores de todos: pessoas. O problema é que as pessoas possuem tempo, atenção e precisão
limitados. Tudo isso signi ca que eles não são muito bons na captura de dados sobre as coisas no mundo real
(ASHTON, 2009).
Com essa necessidade humana de unir os assuntos citados acima, criou-se então o termo Internet of Things
ou, na tradução da língua portuguesa: Internet das Coisas. Esse termo tem sido usado frequentemente em
palestras sobre o desenvolvimento humano e tecnologia.
Internet of Things (IoT) é parte integrante da Internet do Futuro e poderia ser de nida como uma
infraestrutura de rede global dinâmica com recursos de autocon guração baseados em protocolos de
comunicação padrão e interoperáveis. Assim, a Internet of Things permite que os recursos físicos e virtuais
tenham identidades, atributos físicos e personalidades virtuais, uma vez que usa interfaces inteligentes e é
perfeitamente integrada na rede de informação . Na IoT, “coisas” são esperadas para se tornarem
participantes ativos em processos de negócios em que eles estão habilitados para interagir e se comunicar
entre si e com o ambiente, trocando dados e informações enquanto reagem aos eventos do mundo real,
in uenciando-se através da execução de processos que acionam ações e criam serviços com e sem
intervenção humana direta. Interfaces na forma de serviços facilitam as interações e fazem com que a
Internet seja capaz de consultar e alterar esses serviços e qualquer informação associado a eles, levando em
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conta os problemas com segurança e a privacidade . Portanto, a Internet das Coisas permite que as pessoas e
coisas sejam conectadas a qualquer hora, em qualquer lugar, com qualquer coisa e qualquer um, idealmente
usando qualquer caminho ou rede e qualquer serviço (CERP IoT, 2009, p. 6-8) .
Pilares
O termo Internet of Things foi utilizado pela primeira vez por Kevin Ashton (1999) em um trabalho
desenvolvido no qual a identi cação automática de radiofrequência recuperava e armazenava dados
remotamente (RFID) . Esse trabalho foi aplicado na multinacional Procter & Gamble e buscava chamar a
atenção de empresários pelo fato de que existem coisas que o computador é capaz de fazer de formas muito
melhores que os seres humanos.
Em um artigo, Ashton escreveu:
Se tivéssemos computadores que soubessem tudo sobre as coisas em geral usando dados que
coletassem sem a nossa ajuda -- seríamos capazes de rastrear e contar tudo, e reduzir bastante o
desperdício, a perda e os custos. Nós saberíamos quando é necessário substituir, reparar ou fazer
um recall de um produto, e se estão novos ou ultrapassados. Precisamos capacitar os
computadores com seus próprios meios de coletar informações, para que possam ver, ouvir e
cheirar o mundo sozinhos, com toda a sua glória aleatória. O RFID e a tecnologia de sensores
capacitam os computadores a observar, identi car e entender o mundo sem as limitações dos
dados inseridos pelos humanos. (ASHTON, 1999).
Logo em seguida, aparece o primeiro eletrodoméstico inteligente: em junho de 2000, a LG apresentou sua
geladeira inteligente durante um evento na Coreia do Sul. O produto deveria fazer par com outros
dispositivos, todos conectados à Internet e gerenciáveis através de um sistema da própria LG. Na ocasião, o
presidente da LG nos Estados Unidos, Simon Kang, disse que o eletrodoméstico não apenas resfriava os
alimentos como também "Consumers can use the Internet refrigerator as a TV, radio, Web appliance, videophone,
bulletin board, calendar and digital camera. (Os consumidores podem usar o refrigerador inteligente (ou
refrigerador de Internet) como TV, rádio, aparelho de Web, videofone, quadro de avisos, calendário e câmera
digital.)" (SINGER, 2012, tradução nossa).
A Internet da Coisas funciona como uma ligação entre os conceitos da tecnologia em geral, e essa relação
ocorre entre dados, programação, hardware e redes. Os dados, por exemplo, constituem um volume muito
grande de elementos relacionados cuja organização de informações é constantemente relevante para que se
possa tomar algumas decisões. Dessa forma, o seu computador colhe dados relevantes a você mesmo e passa
a ter essas informações e a sugerir temas relacionados às suas buscas.
Já a programação, aparece como uma maneira de ltragem das informações, como por exemplo, na forma
com que os dados serão recolhidos e tratados para que sejam utilizados ao seu favor. Um código por muitas
vezes é inteligente e utiliza uma técnica chamada de machine learning, na qual ele aprende sozinho, por meio
dos dados obtidos, as suas preferências pessoais e, através dessas preferências, indica comportamentos que
a máquina pode ter.
O outro conceito da IoT está envolvido com o hardware. O hardware é o responsável pelo recebimento das
informações e pode ser tratado no conceito das “coisas”. Um hardware nada mais é que um equipamento
físico que tem como objetivo realizar uma determinada atividade computacional. Seu computador é um
hardware, assim como seu mouse, e teclado também. Microondas, máquinas de café, televisores, monitores,
entre outros diversos hardwares, todos eles possuem uma função, e por trás de tudo isso, há uma inteligência
computacional que é designada a realizar alguma função para uma determinada atividade.
Por m, o último conceito é a própria rede. Uma rede nada mais é do que um conjunto de máquinas
interligadas por algum sistema de informação capaz de trocar informações entre si por meio dos dados
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enviados. É impossível falar de IoT sem explicar o que é uma rede, já que para que a Internet seja acessada é
necessário que esses equipamentos estejam conectados em uma rede e essa troca de informações ocorra.
Para que seja possível entender melhor o funcionamento da IoT, foi feita a simbologia conceitual a seguir:
Figura 1.1 - Funcionamento da IoT

Fonte: Elaborada pelo autor.
Nesse diagrama, conseguimos identi car que a IoT é o meio que une todos esses pilares. Portanto, ela faz
com que tudo esteja envolvido e, ao mesmo tempo, seja independente entre si.
Para que esses quatro conceitos sejam aceitos, existem os três C’s da IoT. Lopez Research (2013) de ne
esses C’s como:
Comunicação: a IoT divulga informações às pessoas e aos sistemas, como o estado e a integridade
do equipamento (por exemplo, está ligado ou desligado, carregado, cheio ou vazio) e dados de
sensores que podem monitorar os sinais vitais de uma pessoa. Na maioria dos casos, não tínhamos
acesso a essas informações antes, ou elas eram coletadas manualmente e com pouca frequência.
Por exemplo, um sistema HVAC capacitado por IOT pode informar se o ltro de ar está limpo e
funcionando corretamente. Quase todas as empresas têm uma classe de ativos que poderiam
rastrear. Os ativos capacitados por GPS podem comunicar a localização atual e o movimento. A
localização é importante para itens que se movem, como caminhões, mas também é aplicável para
localizar itens e pessoas dentro de uma empresa. No setor de saúde, a IoT pode ajudar um hospital
a rastrear a localização de, por exemplo, cadeiras de rodas e des briladores cardíacos para
cirurgiões. No setor de transporte, uma empresa pode oferecer o rastreamento em tempo real e a
condição de pacotes e de paletes.
Controle e automação: em um mundo conectado, uma empresa terá visibilidade em relação à
condição de um dispositivo. Em muitos casos, uma empresa ou um cliente também poderá
controlar de maneira remota um dispositivo. Por exemplo, uma empresa pode remotamente ligar
ou desligar o equipamento especí co ou ajustar a temperatura em um ambiente controlado por
clima. Enquanto isso, um cliente pode usar a IoT para desbloquear seu carro ou ligar a máquina de
lavar. Quando uma base de desempenho tiver sido estabelecida, um processo poderá enviar
alertas para anomalias e possivelmente oferecer uma resposta automática. Por exemplo, se as
pastilhas de freio em um caminhão estiverem quase falhando, a empresa poderá remover o veículo
de serviço e agendar automaticamente a manutenção.
Custos reduzidos: muitas empresas adotam a IoT para economizar dinheiro. A medição fornece os
dados de desempenho reais e a integridade do equipamento, em vez das estimativas. As empresas,
especialmente as industriais, perdem mais dinheiro quando o equipamento falha. Com novas
informações do sensor, a IoT pode ajudar uma empresa a economizar dinheiro, minimizando a
falha do equipamento e permitindo que a empresa execute a manutenção planejada. Os sensores
também podem medir itens, como o comportamento de direção e a velocidade, para reduzir os
custos de combustível e o uso e desgaste de consumíveis. Os novos medidores inteligentes em
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residências e empresas também podem fornecer os dados que ajudam as pessoas a entender o
consumo de energia e as oportunidades de redução de custos.
reflita
Re ita
Você já pensou o que seria de nós sem a Internet? Já pensou como seria sua vida sem
um computador, uma televisão ou um celular? Pois bem, impossível imaginar como isso
aconteceria no mundo moderno. Convido-lhe a re etir sobre como faríamos as nossas
“necessidades” do dia a dia sem a conexão de algumas coisas, como por exemplo: o que
estaríamos fazendo neste exato momento? Como estudar para provas? Como redigir
um trabalho universitário sem um computador ou o Google? Quanto tempo levaríamos
para cozinhar algo, não fosse a tecnologia? Como conversaríamos com algum parente
ou amigo distante?
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atividade
Atividade
Dado os conceitos de IoT apresentados, quais desses dispositivos não se conectam na rede e não fazem parte da IoT?
a) Lâmpadas Bluetooth
b) Pen Drive comum
c) Smart TV’s
d) Máquina de Cartão
e) Celulares
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Visão Geral Sobre Redes
Atualmente, estamos todos conectados. Mas o que nos faz conectados? A melhor resposta seria a Internet,
correto? Mas para que elas operem é necessário que algo funcione corretamente e a conexão possa ser
segura e con ável. Nesse contexto, falaremos sobre as redes de computadores, seus termos e alguns
componentes, e uma ideia de arquitetura de computadores.
Termos e Componentes de Rede

Os componentes de rede ou dispositivos de rede são equipamentos que interagem com a rede de
computadores, seja facilitando o seu uxo de dados, seja facilitando o suporte para sua aplicação.
Para que se tenha um melhor entendimento de como funciona uma rede, é necessário saber que existe um
modelo tradicional seguido nos dias de hoje que se chama TCP/IP. Esse modelo é composto por camadas de
rede em sua arquitetura. Essas camadas interagem por meio de um protocolo, que nada mais é do que um
acordo entre duas camadas que se relacionam entre si.
Esse famoso protocolo tem uma arquitetura da seguinte forma:
Figura 1.2 - Protocolo

Fonte: Elaborada pelo autor.
Essa arquitetura é feita em camadas e cada uma dessas camadas possui uma importância para uma
estruturação da rede. Cada camada, que será explicada a seguir, refere-se a um protocolo.
Podemos começar então pela camada de Aplicação. A camada de aplicação é a camada que dá suporte a
aplicações no geral e utiliza toda uma infraestrutura de rede. Esta é a camada que é empregada para que se
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tenha comunicação entre programas e rede.
A camada de Transporte é a responsável por transportar os dados da origem ao destino. Essa camada
garante a integridade dos dados e veri ca se eles foram entregues corretamente e sem danos ao destino
responsável. Além de tudo, ela reúne protocolos que só se comunicam com seu destino.
A camada de Rede é responsável pelo roteamento de pacotes da origem até o destino (nó a nó) e controla as
operações de rede de uma forma geral. Algumas das funções exercidas pela camada de rede consistem em
descobrir as melhores rotas para o envio dos dados, controlar o congestionamento de dados, controlar o seu
uxo e dirigir o tráfego ao seu destino nal.
A camada seguinte é a camada de Enlace. Nessa camada ocorre a transferência de dados de enlace, ou seja, a
transferência de dados entre nós vizinhos. Essa camada corrige os erros que possam acontecer na camada
seguinte e oferece serviços à camada de rede.
Por m, a última camada é a camada Física. Essa camada é responsável por representar um componente de
hardware envolvido em um processo. Ela cria o sinal físico, ótico ou ondular que representa o bit em cada
quadro. Por meio desse hardware é possível transportar os bits que vieram da camada de enlace.
Com base nesse conceito de rede de computadores, podemos conhecer um pouco sobre seus componentes.
Um componente de rede nada mais é do que os hardwares necessários para que o uxo dessas arquiteturas
funcione corretamente. Entre esses dispositivos, podemos destacar alguns que possuem certa familiaridade
com todos os demais e são extremamente necessários. São eles:
Roteador: encontra-se na camada de rede. É um equipamento usado para fazer a comutação de

pacotes, a comunicação entre diferentes redes de computadores provendo a comunicação entre
os computadores que podem estar distantes entre si.
Switch: localiza-se na camada de enlace. É o equipamento responsável por segmentar a rede
internamente, sendo que cada uma de suas portas (entradas) corresponde a um host diferente.
Modem: pertence à camada física. É talvez o equipamento mais famoso entre os citados. Ele é um
dispositivo que emite um sinal digital em um sinal analógico para ser transmitido via linha
telefônica e converte o sinal analógico em sinal digital original. Modelos atuais não precisam mais
modular e demodular o sinal.
Hub: situa-se na camada física. Ele é responsável por transmitir o sinal cuja principal característica
é a de ser enviado por vários receptores ao mesmo tempo. Em alguns lugares é chamado de
concentrador.
Repetidor: encontra-se também na camada física. É o equipamento responsável por fazer a
interligação entre duas redes iguais. Ele ampli ca e regenera os sinais transmitidos no meio físico.
Bridges: localiza-se na camada de enlace. É o dispositivo responsável por ligar duas redes distintas
(com protocolos distintos) ou redes iguais.
Alguns desses nomes podem parecer estranhos, mas a Internet nos provê muitos termos técnico-cientí cos
para entender melhor o seu funcionamento ou até mesmo termos que já são populares no mundo.
Considerando esse grande glossário de termos, vamos averiguar alguns deles e seus signi cados:
DHCP: é o responsável por permitir que os computadores obtenham endereços IPs

automaticamente em uma rede. Também é responsável por algumas con gurações de rede.
DNS: ou Domain System Name, é um sistema que converte o nome de domínio em endereços IP. Por
exemplo, quando você acessa uma página qualquer em seu navegador, você está acessando um
endereço IP, como www.alunoIoT.com.br. Essa página possui um endereço IP como seu
identi cador, podendo ser 173.194.118.181.
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Endereço IP: Internet Protocol adress, é um endereço numérico que corresponde ao seu
computador em uma rede de computadores. Cada computador possui o seu endereço único.
Ethernet: é uma arquitetura de conexão que utiliza redes locais.
Protocolo: corresponde a diferentes formas de comunicação através da Internet, como por
exemplo, o TCP e UDP (que são os mais conhecidos).
Pacote: é um conjunto de dados enviados por meio da Internet. Esse pacote é enviado por um
computador e recebido por outro por meio da conexão.
Firewall: é como um bloqueador de páginas web que limita o que você irá acessar no seu
computador. Muito utilizado em empresas que desejam bloquear determinados tipos de acessos a
seus funcionários.
Gateway: é o responsável por gerenciar as portas de rede de um computador. As mais importantes
são a comunicação entre as LANs e WANs.
URL: é o nome de acesso de uma página, como seu endereço. Basicamente, nada mais é do que
escrevemos para acessar uma página.
Após a breve apresentação de termos e do conceito prévio sobre a estrutura de uma rede, vamos abordar
agora os temas LAN e WAN.
LAN e WAN
De acordo com Tanenbaum e Wethrall (2011), quase na mesma época em que surgiram os notebooks, muitas
pessoas sonhavam com o dia em que entrariam em um escritório e magicamente seu notebook se conectaria
à Internet. Em consequência disso, diversos grupos começaram a trabalhar para descobrir maneiras de
alcançar esse objetivo. A abordagem mais prática é equipar o escritório e os notebooks com transmissores e
receptores de rádio de ondas curtas para permitir a comunicação entre eles. Esse trabalho levou
rapidamente à comercialização de LANs sem os por várias empresas. O problema era encontrar duas delas
que fossem compatíveis. Essa proliferação de padrões signi cava que um computador equipado com um
rádio da marca X não funcionaria em uma sala equipada com uma estação base da marca Y. Finalmente, a
indústria decidiu que um padrão de LAN sem o poderia ser uma boa ideia, e assim o comitê do IEEE, que
padronizou as LANs sem os, recebeu a tarefa de elaborar um padrão de LANs sem os. Um apelido comum
para ele é Wi-Fi. Trata-se de um padrão importante e que merece respeito, e assim vamos chamá-lo por seu
nome correto.
Basicamente, podemos de nir que LANs são computadores ligados local e internamente por uma mesma
rede de computadores que compartilham informações. As LANs foram feitas para que sejam operadas em
pequenos locais, como por exemplo, uma casa ou uma sala onde vários dispositivos estejam interconectados.
Por ser uma rede local, a LAN tem taxas muito pequenas no envio dos dados. A Ethernet citada nos termos
anteriormente ditos, é uma das arquiteturas preparadas para executar uma LAN.
Os computadores pertencem aos usuários (por exemplo, os computadores de uso pessoal), enquanto a sub-
rede de comunicação em geral pertence e é operada por uma empresa de telefonia ou por um provedor de
serviços da Internet. A tarefa da sub-rede é transportar mensagens de uma máquina para outra, exatamente
como o sistema de telefonia transporta as palavras da pessoa que fala para a pessoa que ouve. Essa estrutura
de rede é altamente simpli cada, pois separa os aspectos da comunicação pura da rede dos aspectos de
aplicação (TANENBAUM; WETHRALL, 2011).
Por outro lado, uma rede geogra camente distribuída, ou WAN (wide area network), abrange uma grande
área geográ ca, com frequência, um país ou continente. Ela contém um conjunto de máquinas cuja nalidade
é executar os programas (ou seja, as aplicações) do usuário. Os computadores estão conectados por uma sub-
rede.
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Por m, diferentemente das LANs que funcionam localmente, as WANs são redes de computadores de longo
alcance que contêm diversas LANs e podem abranger as cidades, e até mesmo um país todo. Para que esse
alcance seja tão largo, é necessário um custo altíssimo a m de que seja possível obter o equipamento
adequado, como por exemplo, um satélite. Por ser muito grande, as WANs têm um esquema arquitetural um
pouco diferente, baseado em nós. Cada nó recebe as informações enviadas e transmite para outros nós. Isso
ajuda a garantir a segurança e a integridade dos dados. Geralmente os nós são enviados para outras cidades
que disponham de outros nós para comunicação.
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atividade
Atividade
No modelo OSI, qual das camadas abaixo é a responsável pelo envio e recebimento de pacotes entre origem e
destino? Assinale a alternativa correta:
a) Camada de Aplicação
b) Camada de Transporte
c) Camada de Rede
d) Camada de Enlace
e) Camada Física
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Introdução à Internet das Coisas
Atualmente, nos perguntamos: o que é a Internet das Coisas? Antigamente, para pensar dessa forma, era
necessário esperar um grande avanço da tecnologia.
Da mesma forma que Lopez Research (2013) , pode-se fazer os seguintes questionamentos: como
conectaríamos tudo no planeta? Que tipo de comunicação sem o poderia ser incorporada nos dispositivos?
Quais alterações precisariam ser feitas na infraestrutura existente da Internet para comportar bilhões de
novos dispositivos se comunicando? O que habilitaria esses dispositivos? O que deve ser desenvolvido para
tornar as soluções econômicas? Hoje, muitos desses obstáculos foram resolvidos. O tamanho e o custo de
rádio sem o diminuíram bastante. O IPv6 permite atribuir um endereço de comunicação a bilhões de
dispositivos. As empresas de produtos eletrônicos estão criando Wi-Fi e conectividade sem o de celular em
uma ampla variedade de dispositivos. A cobertura de dados móveis melhorou signi cativamente com várias
redes oferecendo velocidades de banda larga. Embora não esteja perfeita, a tecnologia de bateria melhorou
e a recarga solar foi incorporada em diversos dispositivos. Haverá bilhões de objetos que se conectarão à
rede nos próximos anos.
A IoT descreve um sistema em que os elementos no mundo físico, e sensores dentro desses elementos ou
acoplados a eles, estão conectados à Internet através de conexões de Internet sem o e com o. Os sensores
podem usar vários tipos de conexões de área local como RFID, NFC, Wi-Fi, Bluetooth e Zigbee. Os sensores
podem apresentar também a conectividade de longa distância como GSM, GPRS,3G e LTE (LOPEZ, 2013) .
Benefícios
Você deve estar se perguntando: qual o benefício da Internet das Coisas? Com a Internet, a conexão entre as
pessoas cou muito mais próxima. É possível falar com sua família estando a milhares de quilômetros de
distância, mudar de músicas automaticamente pelo seu dispositivo móvel enquanto estiver dirigindo;
cidades já estão cando mais inteligentes; e claro, o maior benefício de todos é a e ciência que faz com que o
tempo do ser humano seja otimizado, sua comodidade talvez seja a principal das vantagens.
Com o passar dos anos, a Internet já nos permitiu fazer várias coisas nunca antes exploradas pelo ser
humano. Com esse avanço, não apenas os seres humanos mas também os animais foram bene ciados com
ela. Os animais podem ser monitorados por meio de microchips ou etiquetas que rastreiam e identi cam
problemas de saúde ou alguma anormalidade com o animal; também podem ser utilizados para os casos em
que um animal perde-se de seu grupo e é localizado a m de que seja recuperado. Esse monitoramento
ajudou a entender os voos de pássaros e suas migrações em diferentes estações do ano, por exemplo.
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Figura 1.3 - Ilustração dos benefícios da caminhada

Fonte: Akiba Digital.
Comunicação Entre Redes

Como dito anteriormente, computadores conseguem se interconectar e trocar informações desde que
estejam conectados a uma rede. Para que isso ocorra devem fornecer valores e identi cações indicando que
há uma conexão segura.
A integração com objetos não é muito diferente disso. Além dos computadores, possuímos outros
equipamentos que nos fazem e auxiliam a conexão, e claro, não apenas com computadores, mas também com
coisas, objetos que se relacionam entre si. Um exemplo disso é o uso de aparelhos que nos permitem uma
conexão entre essas máquinas. Um componente como o roteador nos ajuda a emanar sinal para que outros
dispositivos sejam afetados. Esse sinal é enviado para os rewalls que veri carão a acessibilidade de
determinada página; se ela for validada, as informações roteadas chegarão ao servidor. O servidor, por sua
vez, é o responsável por armazenar informações e pode ser considerado um outro computador, por exemplo.
Esse servidor está conectado a um hub de entradas nas quais vários cabos estão ligados dentro de uma rede
permitindo a comunicação entre máquina e Internet. Por m, os hubs conectam os computadores que os
clientes estão acessando e compartilhando informações. A imagem a seguir ajudará a ilustrar melhor essa
ideia:
Figura 1.4 - Modelo de relação da comunicação entre redes.

Fonte: Weerayut Kongsombut / 123RF
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atividade
Atividade
Assinale a alternativa correta sobre os tipos de conexões de rede sem o:
a) RFID, NFC, Wi-Fi, Bluetooth

b) RFID, NFC, Wi-Fi, USB
c) RFID, TCP, Wi-Fi, Bluetooth
d) TCP, NFC, Wi-Fi, Bluetooth
e) RFID, NFC, TCP, USB
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Introdução à Con guração das

Coisas
Após termos veri cado como ocorrem as conexões e os conceitos iniciais de rede, precisamos identi car
alguns dispositivos e como eles se comportam conectando na Internet. Para isso, falaremos um pouco sobre
dispositivos e seu respectivo comportamento em uma conexão.
Dispositivos IP
Dentre todas as “coisas”, algumas possuem um endereço IP. Esse endereço IP (Internet Protocol) é o que
permite que você navegue pela Internet livremente, e cada dispositivo possui um único endereço de IP. Ele
funciona como um registro que é único para cada aparelho ou computador.
O endereço IP é uma sequência de números composta por 32 bits. Esse valor consiste em um conjunto de
quatro sequências de 8 bits, sendo que cada sequência é separada por ponto e recebe o nome de octeto. O
número 172.31.110.10 é um exemplo.
Todo computador é um objeto referenciado na Internet das Coisas e possui um IP único para que seja
acessado. Qualquer dispositivo que seja conectado em uma rede privada (como em sua casa), ou que de certa
forma receba sinal de um roteador, possui endereço IP, como celulares, smartphones, tablets, televisores
smart ou até mesmo um console portátil.
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saiba mais
Saiba mais
Quando você faz uma procura simples na Internet, como por
exemplo, quando necessita comprar uma passagem aérea, o seu
navegador armazena cookies e entende que você está a essa
procura. Como uma forma de relacionar essas informações
colhidas a nosso respeito, passa a fornecer mais anúncios sobre a
promoção de passagens aéreas com uma frequência maior. O
mesmo se aplica a qualquer consulta realizada na Internet, o que
acontece também em revistas, roupas, eletrodomésticos, entre
outros. Mas como deixar esses anúncios de lado? Você pode
entrar com uma guia anônima do navegador ou simplesmente
limpar esses cookies. Dessa forma, o seu navegador estará mais
“limpo” de informações e os anúncios serão automáticos.
ACESSAR
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atividade
Atividade
Sobre IPv4, assinale a alternativa correta:
a) IPv4 é uma camada pertencente à arquitetura de rede OSI.

b) Um exemplo de endereçamento IP é 280.440.18.123.
c) IPv4 é o nome que se dá ao algoritmo que é executado na camada de rede da arquitetura de redes de
computadores para se organizar o endereçamento de acesso na Internet.
d) O IPv4 é usado apenas na América Latina, enquanto que no resto do mundo se usa o IPv6.
e) Um endereço IP pode ser escrito de uma forma binária.
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indicações
Material Complementar
LIVRO
Inspirando a Internet das Coisas

Editora: Agns Grá ca e Editora Ltda.
Autor: Gérald Santucci
Comentário: O livro Inspirando a Internet das Coisas de Gérald Santucci é

uma edição brasileira do comic book the internet of things e nele é retratada a
Internet das Coisas por meio de ilustrações e conceitos textuais. Um livro de
fácil leitura e visualmente muito interessante para entender melhor o
funcionamento e a ideia da IoT. O livro possui também alguns QR Codes que,
ao aproximar a câmera do seu celular, exibe vídeos sobre o assunto. O livro
pode ser encontrado em <https://iotcomicbook.org/>. Acesso em: 19 abr.
2019.
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FILME
Her
Ano: 2013
Comentário: Um lme que mostra a relação da Internet das Coisas é o

renomado Her (2013). Nele um homem se apaixona pelo sistema operacional
de seu computador, por meio da voz que conversa com ele todos os dias, e
acaba fazendo loucuras de amor por ela. O lme mostra como a Internet das
Coisas está interligada com o mundo ao redor e o que é possível fazer quando
todos os dispositivos estão conectados simultaneamente, dando uma ideia de
um futuro próximo.
TRAILER
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conclusão
Conclusão
En m, concluímos esta unidade de Introdução à Internet das Coisas. Agora você já tem uma ideia prévia do
que ela é e sabe quais os dispositivos que nela operam e quais os seus grandes pilares, além de aprender
também sobre como a rede se comunica e alguns de seus protocolos base e seus benefícios.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de aprender um pouco sobre a história da IoT, desde sua criação
até os dias atuais, e também sua de nição e os motivadores de seu desenvolvimento. Conheceu os três
pilares que sustêm a ideia e a loso a da IoT e teve acesso a uma introdução sobre redes de computadores e
sua arquitetura.
Ainda foi possível veri car alguns termos e componentes utilizados na rede de computadores, o que signi ca
LAN e WAN e também os benefícios que a IoT pode trazer a sociedade no mundo atual, e como essa
comunicação é feita pelos dispositivos em uma rede.
referências
Referências Bibliográ cas
ASHTON, K. That ‘Internet of Thing Thing’. RFID journal, [S. I.], 22 jun. 2009. Disponível em:
<https://www.r djournal.com/articles/view?4986>. Acesso em: 3 abr. 2019.
CERP IoT - INTERNET OF THINGS EUROPEAN RESEARCH CLUSTER. Internet of Things: Strategic
Reserach Roadmap, 2009.
KUROSE, J. F.; ROSS, K. W.. Redes de computadores e a internet: uma abordagem top-down. São Paulo:
Pearson Education do Brasil , 2013.
MONK, S. Internet das Coisas: uma introdução com o Photon. Porto Alegre: Bookman, 2018.
______. Programação com Arduino: começando com Sketches. Porto Alegre: Bookman, 2018.
PERKOVIC, L. Introdução à computação usando Python: um foco no desenvolvimento de aplicações. Rio de

Janeiro: LTC, 2016.
SINGER, T. Tudo conectado: conceitos e representações da Internet das Coisas. In: SIMPÓSIO EM
TECNOLOGIAS DIGITAIS E SOCIABILIDADE, 2012, Salvador. Anais eletrônicos… Salvador: SIMSOCIAL,
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TANENBAUM, A. S.; WETHRALL, D. Redes de computadores. Rio de Janeiro: Pearson Hall, 2011.
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Internet das Coisas

Em um artigo, Ashton escreveu:

Figura 1.1 - Funcionamento da IoT

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Termos e Componentes de Rede

Esse famoso protocolo tem uma arquitetura da seguinte forma:

Figura 1.2 - Protocolo

tenha comunicação entre programas e rede.

Roteador: encontra-se na camada de rede. É um equipamento usado para fazer a comutação de

DHCP: é o responsável por permitir que os computadores obtenham endereços IPs

Introdução à Internet das Coisas

Figura 1.3 - Ilustração dos benefícios da caminhada

Comunicação Entre Redes

Figura 1.4 - Modelo de relação da comunicação entre redes.

a) RFID, NFC, Wi-Fi, Bluetooth

Introdução à Con guração das

a) IPv4 é uma camada pertencente à arquitetura de rede OSI.

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