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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde/Depto. de Ciências Fisiológicas


Curso de Nutrição
Disciplina: Nutrição em Programas Especiais – 5⁰ período
Professora: Maria Tereza Borges A. Frota
Tema da aula: Direito Humano à Alimentação
Data: 24/ 06 /21
Adequada e Saudável

Alunos: Antonny Machado Feitosa, Felipe Mendes Ribeiro, Lisandra Maria


Nascimento Costa, Luana Carvalho dos Santos e Lucas Ribeiro Saraiva.

ATIVIDADE 3: Direito Humano à Alimentação Adequada (Grupo 3)

OBJETIVOS:
a) Identificar o DHAA no contexto brasileiro, bem como os obstáculos para o
seu alcance.
b) Refletir sobre a alimentação como um direito ou privilégio

ORIENTAÇÕES:
Leia o poema “Bomba Suja” do escritor maranhense Ferreira Gullar postado na aba
de atividades do Classroom e faça uma análise crítica, correlacionando o conteúdo do
poema com os conceitos vistos na aula. Resuma suas ideias em uma produção textual
de 20 a 30 linhas.

OBSERVAÇÕES:
1- Esta atividade vale 1,0 ponto, a ser somado às outras atividades e ao
Seminário para a obtenção da 1ª nota.

A partir da leitura do poema “Bomba Suja”, é possível notar que o eu lírico


evidência um problema que durante anos afetou muitas famílias e que ainda afeta,
principalmente as crianças que morriam/morrem por conta disso: a diarreia. Na
maioria das situações, isso acontece quando os indivíduos não possuem condições de
vida digna (moradia, escolaridade, acesso à alimentação, água, saneamento básico,
etc.) para que possam minimizar tal situação e outros problemas de saúde pública.

Ferreira Gullar em seus versos assemelha a palavra diarreia com uma bomba
que eclode a fome, e compara a fome com um gatilho disparado lentamente. Tendo
isso em vista, é notório que a falta de acesso à alimentação é um problema
multifatorial. Como foi abordado na aula, para ter esse Direito à Alimentação
Adequada (DHAA) é necessário que os outros direitos sejam plenamente efetivados,
os quais são citados na Declaração Universal dos Direitos Humanos, e o DHAA
pertence a todos os indivíduos antes mesmo de seu nascimento.

Ao debater o direito humano à alimentação adequada (DHAA) no Brasil, deve-


se ter como pressuposto que desnutrição, fome, pobreza e miséria não se distribuem
ao acaso. Ao contrário, são construções históricas, frutos de decisões tomadas pelas
elites econômica e política de nosso país, seduzidas por promessas de lucro farto e
cúmplices de interesses internacionais. Quando o eu lírico fala: “Quem faz café virar
dólar e faz arroz virar fome”, ele se remete ao fato do Brasil ser um grande
exportador de café, na qual vem sendo desde o período colonial e atualmente é o
segundo país que mais exporta alimentos no mundo, com tudo isso, a insegurança
alimentar ainda faz parte do cotidiano de diversas famílias brasileiras.

Por fim, o eu lírico faz uma apelo para que se pare o “sabotador” que está
inserindo a bomba da fome no homem, que é o mesmo que “faz o café virar dólar”, o
Estado, o mesmo que tem o dever de garantir o direito à alimentação adequada. O que
pode ser interpretado como algo intencional (sabotador), já que, o tema quase sempre
teve um papel marginal e, historicamente, subordinado ao crescimento econômico e
ao aumento da produtividade agrícola por meio da modernização tecnológica, em
detrimento de políticas intersetoriais que envolvem as diversas condições necessárias
para a garantia plena desse direito e que passa pela sustentabilidade dos sistemas
alimentares.

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