Semiologia
HIPOTÁLAMO E HIPÓFISE
HIPOTÁLAMO
HIPÓFISE
1)GH
Polipeptídio sintetizado pelas células somatotróficas.
Cartilagens de crescimento e fígado vão ter receptores para GH.
É fundamental para o crescimento, em função de seus efeitos sobre o
metabolismo e a proliferação de cartilagens.
Efeito indireto do GH: se liga ao fígado e produz IGF1 -> que vão se ligar as
células periféricas -> por isso os órgãos internos também crescem.
Crianças com doenças no fígado pode não produzir IGF1 adequadamente ->
deficiência de crescimento sem deficiência de GH, ou seja, não adianta dar GH
para a criança pois não vai funcionar, tem que tratar o fígado.
2) PRL
Sintetizadas nas células lactotróficas.
1
Gabriela de Godoy
Semiologia
3) ACTH
São derivados de um pró – hormônio (POMC – pró – opiomelanocortina) que
quando ativados por clivagem proteolítica gera o ACTH, o MSH e os opiáceos
(endorfinas e encefalinas).
O ACTH se liga a receptores das células do córtex suprarrenal, induzindo a
secretar os corticosteroides.
Hipotálamo libera CRH que vai estimular a POMC (pró-hormônio) -> estimula a
liberação de ACTH e MSH (dá a pigmentação na pele).
ACTH estimula a liberação de cortisol na adrenal.
Baixo cortisol = alta pigmentação da pele.
Aumento ACTH = aumento andrógeno = aumento de pelo em mulheres.
Aumento dos mineralocorticoides = aumento da pressão.
4) Hormônios Gonadotróficos
Secretam hormônios FSH e LH.
O FSH estimula o desenvolvimento folicular no ovário e a gametogênese no
testículo.
O LH na mulher promove a luteinização do folículo e no homem, estimula a função
das células e Leydig.
A secreção do FSH e LH é estimulada por um decapeptídeo de origem
hipotalâmica denominado hormônio estimulante de gonadotropinas GnRH.
5) TSH
A regulação do hormônio tireotrófico é feita por um tripeptídeo hipotalâmico,
denominado TRH.
EXAME CÍNICO
Síndromes de hipofunção:
Nanismo (GH);
Insuficiência SR (ACTH)
Puberdade atrasada (GnRH)
Síndrome de Sheehan (FSH e LH)
DI (ADH)
Síndromes de hiperfunção:
Acromegalia e gigantismo (GH)
Síndrome de Cushing (excesso de cortisol ACTH)
Síndromes hiperprolactinêmicas
Puberdade precoce
2
Gabriela de Godoy
Semiologia
a) Gigantismo e Acromegalia
Na criança, a hiperprodução de GH e a produção excessiva de IGF-I
(somatomedina) provocam o crescimento exagerado, mas harmônico, com
aumento da estatura e sem sinais clínicos característicos (gigantismo).
No adulto, instala-se a acromegalia, que tem evolução lenta, primeiros sinais, em
média, 10 anos entre o aparecimento dos primeiros sinais e a procura do médico.
Fáceis acromegálica.
Voz rouca e arrastada.
Crescimento extremidades e partes moles (dedos de salsicha).
Hiperhidrose.
Letargia, fraqueza muscular e atralgias.
Visceromegalias.
Distúrbios do metabolismo glicídico: aumento GH -> diminui a insulina -> aumento
da glicemia.
Hipertensão: mineralocorticoide (aldosterona) aumentado.
Macroglossia: aumento da língua.
Separação dos dentes.
b) Síndrome De Cushing
A Sd. De cushing é um conjunto de sinais e sintomas resultantes da exposição
inadequada, excessiva e prolongada ao cortisol ou a corticoides.
Ganho ponderal com distribuição típica do tecido adiposo, em face, pescoço ou
tronco.
Fáceis cushingóide ou de “lua cheia”.
“Giba de búfalo”.
Estrias violáceas.
Equimoses.
Fraqueza muscular.
Tolerância anormal a glicose.
Pessoa fica com o rosto vermelho.
Obesidade com atrofia de membros.
c) Hiperprolactinemia
Ação direta da PRL sobre as mamas e inibição da produção FSH, LH,
progesterona e testosterona.
Aumento da PRL inibe LH, FSH, progesterona e testosterona.
Na mulher: galactorréia, irregularidade menstrual, amenorréia, infertilidade.
Homem: disfunção erétil, infertilidade.
A mulher, ao amamentar em intervalos curtos de 2 em 2 hrs a prolactina fica baixa
e ela não ovula = não engravida, se for em intervalos longos ela acaba ovulando e
a probabilidade de gravidez é alta.
d) Puberdade precoce
Surgimento de características sexuais secundarias antes do 8 anos em meninas e
9 anos em meninos.
A partir de 7 anos as meninas negras já começam a se desenvolver.
Não confundir com lipomastia: aumento da mama por excesso de tecido adiposo.
3
Gabriela de Godoy
Semiologia
e) SIADH
Hiponatremia hipotônica, concentração urinaria aumentada.
QC: hipotonacidade, fraqueza, anorexia, vômitos, convulsões e até coma.
f) Nanismo
Na infância: distúrbios mais frequentes decorrem deficiência TSH e GH.
Nanismo por deficiência de GH: proporções normais entre os membros, tronco e
cabeça, sem comprometimento intelectual.
Nanismo por deficiências TSH: voz rouca, deficiência intelectual, lentidão dos
movimentos, macroglossia, pele seca.
g) Insuficiência SR central
Produção deficiente de ACTH e CRH.
QC: astenia, anorexia, perda de peso, hipopigmentacão, hipotensão, hipoglicemia,
hipoNA e hiperK.
h) Puberdade atrasada
Menina com 13 anos ou mais e meninos com 14 anos ou mais ao apresentam
quaisquer sinais de desenvolvimento puberal.
DIABETES MELLITUS
4
Gabriela de Godoy
Semiologia
Complicações do DM
Agudas = cetoacidose diabética; estado hiperglicêmico hiperosmolar;
hiperglicemia.
Crônicas = microvasculares; macrovasculares.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Poliúria, polidipsia.
Fraqueza, letargia, náusea e anorexia.
Dor abdominal, vômito.
Desidratação.
Respiração de Kussmaul.
Halito cetônico.
HIPOGLICEMIA
Tremor, sensação de fome, palidez, palpitações/taquicardia, náuseas/vômitos.
NEFROPATIA DIABÉTICA
Estagio I = fase inicial: hipertrofia renal e hiperfiltração glomerular.
Estagio II = fase silenciosa: microalbuminúria apenas após os exercícios.
Estagio III = fase de nefropatia incipiente: microalbuminúria persistente.
Estagio IV = fase de nefropatia clinica: proteinúria no exame de urina, hipertensão
arterial.
Estagio V = fase de doença renal em estagio terminal: proteinúria + hipertensão.
RETINOPATIA DIABÉTICA
Escurecimento do campo da visão.
PÉ DIABÉTICO
Formigamento: parestesia
Hiperestasia: “queimação” nos pés.
Hipoestasia: dormência.