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CAMPINAS
2009
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
PUC –CAMPINAS
2009
Tema: internet.
Justificativa/objetivos: Alan
Metodologia: Alan
Parte I
A Internet, ao contrário do que se imaginava no início se tornou um dos principais meios de
comunicação, tendo como seu principal diferencial entre os outros meios de comunicação a
capacidade de resposta, onde o poder de se dirigir às massas não se restringe apenas a aqueles
com grande capital, ou pessoas públicas, mas a internet deu ao cidadão comum uma voz que
pode alcançar distâncias nunca antes imaginadas.
Mas para alguns a internet será uma nova forma de exclusão, uma revolução que gerará as
pessoas sem tela. Uma vez que para ter acesso à internet é imprescindível ter duas coisas, a
primeira é ter acesso a um computador, seja ele dentro de casa, na empresa, ou mesmo através
de cybercafés, mas estar conectado a internet não significa que é possível acessá-la, pois é
preciso saber como acessá-la. Mas isso é um futuro muito improvável, uma vez que como
uma reportagem de Regina Casé (REF) mostrou mesmo em meio as favelas é possível ter
acesso à internet, durante sua reportagem ela mostrou que através de uma lan house é possível
manter uma identidade digital, onde aqueles que não terão acesso a internet, será porque ela
não pertence a seu meio social, assim é fácil ver que a exclusão social causada pela internet .
A internet foi originalmente desenvolvida para ser uma ferramenta de guerra, mas o que não
se imaginava que o que estava sendo criado na verdade era um meio de comunicação que
daria as pessoas um novo mundo para criar, e uma nova identidade para se comunicar. Cerca
de 40 anos após a criação da internet houve o aparecimento de um programa que mostrava o
verdadeiro potencial da internet, o Napster, esse programa era usado principalmente por
jovens para fazer downloads de musicas no formato de mp3, mas o que ele fazia nao era
buscar uma música de uma grande central, ele buscava as músicas no computador de outras
pessoas que tambem o utilizava, assim ele foi um dos precursores da comunicação p2p (Peer-
to-Peer). Mas ele também ameaçou as grandes empresas da indústria fonográfica, como a
Sony e a Warner acusaram o Napster de violar a Lei de Copyright, ajudando a disseminar
ilegalmente arquivos protegidos por tal lei. A banda Metallica se declarou publicamente
contra o Napster, movendo ações legais. Mas embora Napster tenha desaparecido, a revolução
continuou ccom o sugimento de novos programas que rapidamento o substituiram como:
Kazaa, eDonkey, Morpheus, Audiogalaxy.
Mas a internet esta cada vez mais precisando de um regulatório civil que defina de forma
clara direitos e responsabilidades relativas à utilização dos meios digitais, mas não podemos
nos esquecer que tambrem precisaremos ter liberdade e privacidade no uso da internet,
portanto, é preciso estabelecer uma legislação que garanta direitos, e não uma norma que
restrinja liberdades.
Mas para regulamentar a internet devemos usar os mesmos principios que usamos para nos
regulamentar? No primeiro momentos somos tentados a dizer sim, mas isso não é possível na
prática, uma vez que diferente da interação direta que esta limitada a aqueles que estão
próximos de nós geograficamente, a internet conecta inumeras pesoas separadas por dezenas
de milhares de quilómetros se comuniquem instantaneamente, o que nos faz interagir com
pessoas com hábitos, religiões, culturas, ideologias, e realidades diferentes, logo é
impraticável tentar impor um principo regulamentador de uma unica cultura a toda internet.
Para regulamentar a internet seria necessário principios reconhecidos por todos que tem
acesso a mesma, e seria necessário um policiamento sobre o mundo crescente denominado
internet; a idéia de regulamentar a internet se mostra cada vez difícil, então haveria outra
solução para os crescente problemas sociais que surgem na internet?
Para resolver essa questão o que precisamos não é de apenas uma mudança social, mas de
uma mudança de sociedade, um novo modelo social diferente daquele que foi criado nos
primordios da sociedade humana, e diferente do criado no seculo XVII. O paradigma agrário
é reconhecido hoje como o primeiro modelo social existente, tendo como foco o controle de
terras, onde aqueles que possuiam terras eram denominados nobres, eles não tinham de
trabalhar nos campos, pois isso era feito por aqueles que não possuiam terras, os camponeses,
e a ordem social era estabelecida por aqueles que possuiam terras; a rígida doutrina religiosa,
a qual dava aos sacerdotes um porder tão grande quanto ou mesmo maior do que a que os
nobres possuiam, uma vez que toda a conduta moral era ditado pela religião, isso é bastante
óbvio na Europa medieval onde a igreja motivava o povo a se manter em um rítimo de
trabalho arduo para sustentar não apenas eles mesmos, mas para sustentar o clero e a nobreza;
e a centralização do poder, lembrando que apesar dos nobres terem controle sobre terras, o rei
representava a autoridade máxima sobre sua nação, ele controlava o exército e as terras,
mesmo aquelas que pertenciam aos nobres. Esse modelo social já não é mais útil, pois tão
importante quanto a terra, o capital e a informação se tornou sinônimo de poder. Durante o
século XVII o paradigma industrial foi criado tendo como foco a produção, onde as empresas
se focavam na produção máxima, onde os trabalhadores tinham jornadas de trabalho de mais
de 12 horas por dia, onde não apenas homens eram submetidos a esse trabalho mas também as
mulheres e crianças; a padronização, onde todos deviam seguir horários rígidos, um mundo
onde havia hora para tudo, mas não havia tempo para nada, todas as pessoas tinham seu
tempo metodicamente planejados, não havia espaço para nada não previsto; e a sincronização,
onde tudo abre no mesmo horário, todos almoçam no mesmo horário, todos vivem sob os
mesmos horários. Esse modelo não pode mais ser usado, pois se o que fazemos está em uma
escala global, se torna impossivem manter os mesmos horários para todos, se nao podemos
manter os mesmos horários para todos, é impraticavel fazer o mundo se sincronzar. Para que a
sociadeda possa continuar usufruindo da evolução tecnológica, será precisso mudarmos para
um novo modelos social, o qual nós estamos chamando de sociedade do conhecimento, mas
nos ainda temos dificuldades em visualizar o que será a sociedade do conhecimento.
Parte II
Como já citado na parte I é impraticável aplicar os princípios de uma única cultura para
regulamentar algo que é acessado por diferentes povos, mas a internet ser algo que ultrapassa
as fronteiras nacionais, e culturais, ela deveria ser usada para “ajudar” pessoas de outras
nações e culturas? Embora muitas vezes essa ajuda acaba por ignorar que a “vítima” é uma
pessoa com intelecto e sentimentos, e não apenas um organismo biológico com necessidades
físicas (REF), isso gera um novo problema, onde a vítima não tem escolha se quer ou não
ajuda de terceiros, e isso vem sendo discutido pois essas intervenções muitas vezes acaba por
causar mais tumulto do que ajudar as regiões em crise.
Outra grande questão é se podemos estender aquilo que entendemos como direitos
inalienáveis do ser humano a todas as culturas uma vez que sabemos que os direitos humanos
não são universalizante, mas se podemos utiliza-lo para justificar nossas ações, ou seja tornar
um combate justo, e uma defesa legítima (REF).
Conclusão: Murilo
Referências: Murilo
http://culturadigital.br/marcocivil
http://especiais.fantastico.globo.com/centraldaperiferia/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Napster
http://herdeirodocaos.wordpress.com/2008/02/03/liberdade-ou-dignidade-os-direitos-
humanos-da-internet/
http://www.versoereverso.unisinos.br/index.php?e=6&s=9&a=57
Dhnet.orgCibercidadania Textos & Reflexões O ciberactivismo e a experiência da cidadania
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