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Rio de janeiro, 30 de junho de 2021

Capítulo I
Era uma vez um lugar que não tinha forma definida. Nenhuma palavra do dicionário
podia ser usada para definir-lo. Tudo que se sabe é que ele existia, no entanto não tinha
nenhuma característica física, palpável. Esse lugar tinha como fonte de sua existência
apenas a imaginação e a fé em algo impossível.
Exatamente a crença em algo inimaginável manteve a continuidade desse lugar por
séculos. Tudo que se sabe é que um grupo de pessoas, ao longo de gerações, repassavam
informações umas para as outras a respeito de algo que, para a maioria, é impossível.
Um dos integrantes resolveu registrar secretamente tudo que sabia até então sobre algo
tão inimaginável, ação terminantemente proibida. Quem fosse pego com algum registro
escrito sobre algo tão valioso e incorpóreo era severamente punido e, até mesmo, podia
pagar com a própria vida por tamanha heresia.
Essa proibição era repassada aos novos integrantes e sempre reforçada nas reuniões
anuais para treinamentos para encontrar o tal lugar, visto que o que guiava o grupo era
crença de que se tratava de uma espécie de terra rica.

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