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O controle da ansiedade pela prática do esporte.

Emilly Sayuri De Souza Saruwatari1


Roger Sudo Imazaki2
Ryan Yudji Nakasone Silva3
Resumo
Esta revisão tem como objetivo considerar o processo de estruturação da ansiedade
dentro do desenvolvimento no meio social e discutir a questão de limitação dos
estudos da ansiedade no esporte. Os mecanismos de ansiedade no contexto
esportivo podem influenciar de certo modo no desempenho nos atletas e também
naqueles que só praticar esportes por diversão. Na atualidade, o número de estudos
envolvendo pacientes com transtornos de ansiedade aumentou. Desse modo, é
discutida a necessidade de uma certa estruturação de treinamento psicológico tanto
nos atletas quanto todos aqueles no qual possuem a ansiedade para que possam
atuar com mais equilíbrio e lidar com situações de estresse no contexto esportivo.
Palavras-chave: Ansiedade, exercício, esporte, transtornos

Abstract
This review aims to consider the process of structuring anxiety within development in
the social environment and discuss the issue of limitation of anxiety studies in sport.
The anxiety mechanisms in the sporting context can influence in a certain way the
performance in athletes and also in those who only practice sports for fun. Currently,
the number of studies involving patients with anxiety disorders has increased. Thus,
the need for a certain structuring of psychological training is discussed both in
athletes and in all those in whom they have anxiety so that they can act with more
balance and deal with stressful situations in the sports context.

Keywords: Anxiety, exercise, sport, disorder

Introdução
Segundo Machado (2011) existem fatores que fazem parte do campo que antecede
uma competição, como o grande número de jogos que o atleta participou e o uso de
tecnologia (como as redes sociais), que influenciarão o rendimento tanto quanto o

1
Emilly Sayuri De Souza Saruwatari- estudando da Escola Alcance
2
Roger Sudo Imazaki- estudante da Escola Alcance
3
Ryan Yudji Nakasone Silva- estudante da Escola Alcance
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nível de ansiedade e os demais aspectos emocionais. Para ele o que merece


bastante atenção é a ansiedade, que é entendida como um estado que antecede a
um estimulo sendo ele, interpretado como algo ameaçador ou desafiador e diante
disso pode causar desconforto devido à insegurança. Em seu estudo intitulado como
“Ansiedade, Autoconfiança e estado de humor em atletas de futsal masculino” o
autor identificou que durante o jogo houve diminuição do nível de ansiedade
cognitiva e aumento do nível da ansiedade somática. Outro tema que psicólogos
devem dar mais atenção é o medo no esporte. O conceito de medo para Samulski
(2008) está relacionado à insegurança, quanto maior o valor negativo subjetivo
atribuído, maior é o medo assim afetando o desenvolvimento da ação. Os atletas
correm risco de falhar durante a competição ou treinamento, e essas falhas podem
gerar alguns medos como o de se machucar ou passar vergonha, ocorrendo
também em jogos escolares. Na reabilitação, por exemplo, alguém que sofreu um
infarto pode temer problemas no coração ao praticar o esporte ou alguém que já
sofreu alguma lesão durante o treinamento pode temer a lesionar-se novamente.
Esses exemplos demonstram segundo Brochado (2002) que o medo está envolvido
de várias maneiras no Esporte/Atividade Física.

Ansiedade
A ansiedade trata-se de um sentimento desagradável de medo, insegurança,
apreensão, caracterizado por desconforto ou tensão provindas de antecipação de
perigo, de algo desconhecido.
A ansiedade e o medo são reconhecidos como algo patológico quando são
exagerados, desconformes em relação ao estímulo e interferem com a qualidade de
vida, o desempenho diário ou o conforto emocional do indivíduos. As reações
exageradas ao estímulo ansiogênico se desenvolvem, normalmente, em pessoas
com uma predisposição neurobiológica herdada.
Os transtornos ansiosos são quadros clínicos em que esses sintomas são primários,
ou seja, não são derivados de outras condições psiquiátricas (depressões, psicoses,
transtornos do desenvolvimento, transtorno hipercinético, etc.).
Os transtornos ansiosos são os quadros psiquiátricos mais comuns tanto em
crianças quanto em adultos, com uma prevalência estimada durante o período de
vida de 9% e 15% respectivamente.
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Nas crianças e adolescentes, os transtornos ansiosos mais frequentes são o


transtorno de ansiedade de separação, com prevalência em torno de 4%, o
transtorno de ansiedade excessiva ou o atual TAG (2,7% a 4,6%) e as fobias
específicas (2,4% a 3,3%). A prevalência de fobia social fica em torno de 1% e a do
transtorno de pânico (TP) 0,6%.
Em avaliação e planejamentos terapêuticos desses transtornos, é fundamental ter
uma história detalhada sobre o início dos sintomas, possíveis fatores desencadeante
e o desenvolvimento da criança. É sugerido levar por observação o temperamento
do indivíduo, o modo de apego com as pessoas próximas e o modo de cuidados
paternos.
Sintomas:
A ansiedade afeta nosso corpo, mente e desempenho de várias formas:
• Sintomas emocionais: tristeza, nervosismo, irritabilidade,
• Sintomas fisiológicos: coração acelerado, sensação de formigamento, falta de ar,
sudorese, tontura, dor de cabeça, dores musculares, insônia
• Sintomas comportamentais: impulsividade, agressividade, fala acelerada;
• Sintomas cognitivos: dificuldade de concentração e tomada de decisão,
preocupações excessivas.
Um sentimento pertinente que faz parte da crise de ansiedade é a preocupação.
Conforme os sintomas físicos vão aumentando, o psicológico entra em estado de
alerta e tensão. Nessa hora, o fluxo de pensamentos é bem maior e o conteúdo
desses pensamentos é sempre negativo.
Tratamento:
O tratamento mais utilizado para a ansiedade, ainda é de modo farmacológico, com
recursos a medicamentos que atuam apenas nos seus sintomas. Diferentes
medicamentos são utilizados no tratamento, incluindo os tradicionais medicamentos
ansiolíticos e antidepressivos. Essas drogas podem proporcionar alivio temporário,
mas possuem efeitos colaterais e trazem algumas preocupações relevantes com a
segurança. Ao uso de calmantes, para alguns os efeitos secundários muitas vezes
não é a solução.
Os medicamentos para ansiedade podem ser como um alivio aos sintomas, mas não
são a melhor e nem a única solução. O uso de remédio só é recomendado quando
prescritos e indicados por profissionais, pois podem causar dependência e efeitos
colaterais.
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Os principais remédios para a ansiedade são:


• Bupropiona;
• Paroxetina;
• Fluoxetina;
• Rivotril;
• Ritalina.
Temos também a Terapia divididas em dois grupos. A TCC, como o nome sugere,
envolve dos componentes principais:
• A terapia cognitiva que examina como os pensamentos negativos e as cognições
contribuintes para a ansiedade;
• A terapia comportamental examina como você se comporta e reage em situações
que provocam ansiedade.
Como outra alternativa ao uso de remédios alopáticos, que podem causar efeitos
colaterais e até dependência, muitos profissionais já indicam os remédios
fitoterápicos, que são feitos com plantas.
Outras formas de terapia complementares e alternativas poder ser usadas em
conjunto com terapias convencionais para reduzir os sintomas de ansiedade. Elas
normalmente buscam a substituir terapias convencionais, mas podem ser uma
terapia adjunta que pode melhorar a qualidade de vida geral dos pacientes.

O esporte e suas contribuições à saúde


O esporte é um fenômeno sociocultural com diferentes formas de manifestação de
acordo com o sentido e a modalidade da prática. O sentido se define pelo objetivo e
significado que os participantes dão à atividade, diferencia-se em esporte de alto
rendimento (profissional) e atividade de lazer (amador e heterogêneo).
Os esportes como futebol, vôlei, basketball e entre outros.
São muito importantes para a vida do ser humano não só́ com o físico e também
com a saúde mental pois a prática de esportes faz com que você tenha um tempo
pra se distrair de seus problemas, além de se divertir e exercitar-se melhorando a
flexibilidade, a força muscular, fortalecendo os ossos e as articulações e
desenvolvendo habilidades psicomotoras.... Além disso, com exercícios físicos, o
nosso corpo fica mais preparado e consegue driblar muitas doenças.
Dentre os estudos avaliados, foi identificado que o exercício físico aeróbico de
intensidade média é o mais indicado para pacientes com depressão.
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Correr. Para ajudar a combater a ansiedade, a corrida, que é uma atividade física
aeróbica moderada, é bastante indicada por especialistas.
Andar de bicicleta. Pedalar também é um exercício que pode ser feito ao ar livre ou
dentro de academias. ...
Qual os benefício?
Reduz o estresse. Um dos grandes benefícios do esporte e da prática de atividades
físicas é a redução do estresse. ...
Aumenta a autoconfiança. ...
Melhora a concentração. ...
Estimula atividades cognitivas
Quais hormônios são liberados durante a prática de um esporte?
“Pela prática regular de atividades físicas de forma diária, ocorre a liberação de um
hormônio chamado endorfina (conhecido como o hormônio da alegria, que promove
a sensação de bem-estar, euforia e alivio de dores) e da dopamina (que gera efeito
tranquilizante e analgésico na pessoa que pratica).

O esporte para a ansiedade


Esporte é algo muito necessário em nossa vida e ajuda muito. O esporte e
importante para quem tem ansiedade, pois elas tem muita tendência de ser
sedentária. Pois ajuda ela a sair dessa ansiedade. Por isso temos que mover o
corpo, pois diminui a tensão muscular, diminuindo as contribuições físicas para o
sentimento de ansiedade. O que muitos fazem é uma caminha ou correr, dançar e
yoga esses são os que vão ajudar quem tem ansiedade, mas não é só esse, tem
vários, todos os esportes que te deixam e só é bom para a ansiedade.
Quando você pratica o esporte, seu corpo libera substancias que melhoram o seu
bem-estar, sua saúde mental e aumenta sua autoestima. Melhora o seu físico
Além disso, ajuda você a ter mais concentração, pois nos esportes é necessário ter
foco. Melhora o humor da pessoa porque torna a pessoa mais disposta para fazer as
coisas. E a socialização, no esporte é comum se comunicar, fazer isso ajuda a sair
da ansiedade e te deixa mais calmo, concentrado, bem humorado e te ajuda a se
socializar mais.
Resumindo, o esporte reduz o aparecimento de sintomas da ansiedade e da
depressão. Ele:
• aumenta a capacidade de lidar com os fatores de estresse;
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• melhora a autoestima;
• melhora a capacidade de concentração;
• contribui para a maior qualidade do sono.

Considerações Finais
Assim, podemos concluir que a ansiedade-estado nem sempre tem efeito negativo
sobre a execução do movimento; que o papel desempenhado pela auto confiança é
de extrema importância; e que cada atleta possui uma banda específica, a zona de
ansiedade, na qual as melhores atuações podem ser observadas.
Sendo assim, concluímos que a ansiedade não deve ser totalmente eliminada, mas
simplesmente ser objetivo de controle, de maneira a não ser aspecto negativo no
seu desempenho. A incerteza, causa da ansiedade, é impossível de ser totalmente
anulada dada a natureza da situação. Desta maneira, os atletas precisam
desenvolver competências psicológicas adequadas. Além do mais, o fato da
situação causar estresse pode ser também positivo, uma vez que a mobilização de
energias ou a ativação física e mental que prepara o atleta para entrar em ação
depende deste tipo de mecanismo.

Referências
BATISTA, Marcos Antonio. OLIVEIRA, Sandra Maria da Silva Sales. Sintomas de
ansiedade mais comuns em adolescentes. Psic. v.6 n.2 São Paulo dez.2005
BAPTISTA, Américo. CARVALHO, Marina. LORY, Fátima. O medo, a ansiedade e
as suas perturbações. Psic. V.19 n.1-2 Lisboa 2005.
CATILLO, Ana Regina GL. RECONDO, Rogéria. ASBAHR, Fernando R. MANFRO,
Gisele G. Transtornos de ansiedade. Rev. Bras. Psiquiatr. v.22 s.2 São Paulo
dez.2000

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