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MATRIZ CURRICULAR

DO DAPS

Grupo de estudos

Adalgisa Aparecida de Oliveira Gonçalves


Airton kerbes
Ana Maria Nasato Moretti
Ann Shirley Mendes Porto
Carlos Augusto R. Lima
Cristina Maria G. de S. Del’Isola
Ingrid Roussenq Fortunato Martins
Ivete Inês Durigon Rosso
Janice Carla Joergensen
Maria de Lourdes Rossi Remeche
Marilena Fonseca Morais Pellegrino
Oleksander Hryckiw
Regina Ap. Ianzini Pinheiro
Regina Rocha
Regis Clemente da Rocha
Rosane Cristina Ferreira Gomes
Silvio Duda
Vânia Viveiros Montenegro Marques
A escola é um espaço-tempo de reflexão individual e coletiva e o trabalho
com o Desenvolvimento Acadêmico, Pessoal e Social - DAPS - baseia-se no
sujeito aprendente e nas necessidades acadêmicas, pessoais e sociais desse
sujeito. Para o desenvolvimento desse trabalho, faz-se necessário observar
alguns princípios essenciais, tais como:

1. Princípios curriculares do ensino de DAPS

1.1 As intenções do trabalho com DAPS

O componente curricular DAPS tem por finalidade promover o


desenvolvimento acadêmico, pessoal e social do aluno Marista, dando suporte
às práticas escolares, visando oferecer condições para que o aluno
amplie/aprofunde seu ofício e a ação de conviver em sociedade. Partindo do
pressuposto de que, quanto mais acessível o conhecimento, maior sua
apropriação e aplicabilidade, o DAPS propõe-se a ser uma disciplina de
convergência entre o conhecimento acumulado e os outros conhecimentos que
permeiam o espaço escolar.
No dia-a-dia, o aluno/sujeito confronta-se com situações de impasse,
ausência de perspectivas, dificuldades de organização, responsabilidades e
conflitos pessoais que fazem parte do seu momento de vida. O DAPS
potencializa a elaboração de metas pessoais, não apenas para si mesmos,
mas também para o bem comum, ajudando-os na busca por soluções
concretas.
É no âmbito escolar que as relações pessoais e interpessoais se
desenvolvem de forma significativa, pois a escola é lugar privilegiado de
negociações de sentido. Por isso o cuidado com a formação ética, cultural e
social deve ser considerado durante a educação básica. Nesse sentido, é
relevante que toda comunidade escolar envolva-se nesse processo, assim, o
aluno poderá, de fato, aprender a exercer seu ofício. Esse trabalho conjunto
resulta em aprendizagens conscientes e bem fundamentadas.
1.2 DAPS como componente curricular: Objeto de conhecimento

O objeto de conhecimento do DAPS é o aluno e suas relações. Conviver


em grupo, buscar o autoconhecimento, a percepção do outro e a reflexão sobre
a importância das relações intra e interpessoais são saberes imprescindíveis
na contemporaneidade. A escola, como tempo-espaço privilegiado de
educação, deve se responsabilizar pelo trabalho com as relações e interações
estabelecidas, tanto no que diz respeito ao aluno e à comunidade escolar,
quanto à realidade que o cerca, visto que há uma forte influência e ressonância
em sua vida acadêmica, pessoal e social.
O DAPS explora as interações da pessoa com o meio em que vive e se
relaciona. Engloba os núcleos dos saberes que emanam da pessoa como
objeto de estudo e voltam para ela como objeto do conhecimento. Nessa
retroalimentação reside a complexidade da disciplina que, ao mesmo tempo
envolve devido às suas características essenciais, possibilita a
complementaridade entre as diversas áreas.
O processo de ensino e aprendizagem favorecido no DAPS envolve
questões ligadas à organização escolar, às vivências, interações pessoais e
habilidades sociais que fundamentam o “aprender a ser” e o “aprender a
conviver”, ou seja, tudo o que diz respeito ao aluno como sujeito em sua
integralidade. Dessa forma, todo o universo do aluno pode ser traduzido como
conteúdo, fonte inesgotável para a motivação e desencadeamento de ações.

1.3 O DAPS na área das humanidades

O DAPS é uma área do conhecimento multidisciplinar que se


fundamenta nas ciências humanas. É um conjunto de saberes, atitudes e
procedimentos que favorece a convergência interdisciplinar. De acordo com as
Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, os conteúdos curriculares das
Ciências Humanas deverão contribuir para a constituição das identidades dos
alunos e para o desenvolvimento de um protagonismo social solidário,
responsável e pautado na igualdade política.
O termo “Humanidades” direciona a atenção para a reflexão sobre os
valores humanos, sobre o paradigma emergente, em que as ciências exatas,
biológicas e humanas se inter-relacionam, constituindo novos saberes que são
construídos em rede e de maneira processual. A inclusão dessa disciplina na
Área das Humanidades justifica-se pela valorização do ser humano em sua
integralidade. À luz das orientações de Delors & Cols (2005, p.33) a Matriz do
DAPS zela para que o progresso científico e técnico se incorpore, de forma
harmônica, ao tecido social e cultural e aos valores essenciais do ser humano.
A compreensão da existência humana envolve o entendimento de que o
indivíduo é uma totalidade, inserido num contexto com múltiplas manifestações
culturais, sociais, religiosas, físicas, geográficas, históricas e econômicas que
se inter-comunicam. O DAPS vem ao encontro dessa compreensão quando
explora o entendimento dos elementos cognitivos, afetivos, sociais e culturais
que constituem as identidades do aluno e a sua interação com os outros e com
o mundo.
Esse trabalho situa o aluno como agente social, ajudando-o a entender
os processos sociais como orientadores da dinâmica dos grupos. É uma
disciplina que se caracteriza pelo estudo pragmático e aplicado, aproximando o
conhecimento científico à realidade, além de promover a inserção do aluno em
diferentes contextos.
Na Matriz do DAPS, há conteúdos validados a partir de pesquisas,
observações e levantamento de dados, que se baseiam em conhecimentos
subjetivos, característicos da área das humanidades, e requerem trabalho
interdisciplinar no tratamento do capital social e cultural da sociedade. Nesse
contexto, a articulação dos conteúdos significativos desse componente ainda é
um meio eficiente para ajudar a reconstituir o tecido social e, de acordo com
Delors & Cols (2005, p. 34), dar origem a um novo humanismo que
reconhecerá o caráter indivisível da cultura em seus componentes literários e
científicos, emocionais e racionais, perceptivos e analíticos.

1.4 A organização curricular por disciplina: o convívio curricular

A complexidade das relações que permeia a contemporaneidade e a


universalização da informação evidencia a necessidade da ampliação dos
diversos saberes. Nesse contexto, são inúmeras as razões que impulsionam o
convívio curricular em um movimento de convergência dos elementos
constituintes das dimensões acadêmica, pessoal e social.
Na concepção de Santomé (1998, p. 45), “ressurge com maior força um
discurso que justifica a necessidade de reorganizar e reagrupar os âmbitos do
saber para não perder a relevância e a significação dos problemas a detectar,
pesquisar, intervir e solucionar”. A compreensão dos acontecimentos colabora
para uma noção multifacetada da realidade. Dessa forma, tanto as
experiências individuais nos âmbitos familiares, a influência do legado histórico
e cultural, quanto a participação ativa nos grupos sociais e institucionais,
étnicos, de gênero, espaço geográfico e biológico resultam em formação mais
dinâmica e ativa, mobilizando as dimensões propostas no DAPS.
A proposta do DAPS, em parceria com os demais componentes
curriculares, busca potencializar a atuação do professor no processo
pedagógico. Conforme afirma Antunes (2001, p. 12), “a educação deve
patrocinar a bagagem cognitiva e, ao mesmo tempo, fornecer, de algum modo,
meios para que o aluno possa selecionar as informações, mostrando como
descobri-las e de que maneira transformá-las em saberes”.
Esse posicionamento deve fazer parte do trabalho do professor
específico da disciplina DAPS, como também por profissionais de outras
disciplinas, visto que o DAPS deve permear todo o processo ensino e
aprendizagem. Em disciplinas como Ciências, Biologia, História, Geografia etc.,
o estudo do meio é um tempo/espaço fértil para o trabalho com atitudes
proativas que envolvem a preservação ambiental, as interações sociais, entre
outras, em ações como:

• Dimensão acadêmica:
1. Organização da equipe, delegação de funções específicas de cada
membro e a elaboração da agenda de trabalho.
2. Pesquisa orientada para o conhecimento da realidade: revistas, jornais,
internet, etc.
3. Interpretação dos dados coletados sobre o tema.
• Dimensão Pessoal:
1. Explicação ao aluno sobre a sua função e atuação no trabalho em
equipe.
2. Valorização individual enquanto participante de uma equipe e da sua
contribuição junto aos demais membros.
3. Importância da sua participação.
4. Orientação ao aluno para obter o máximo de aproveitamento no estudo
proposto.

• Dimensão Social:
1. Desenvolvimento das habilidades de comunicação, regras de
convivência, espírito de cooperação e de solidariedade.
2. Uso adequado dos meios de comunicação.
3. Uso adequado das novas tecnologias da informação e da comunicação.
4. Capacitação do aluno em atividades que promovam atitudes formativas
para a resolução de problemas e conflitos, desenvolvimento do senso
crítico acerca da realidade e da responsabilidade social.

Em se tratando das grandes áreas do conhecimento, o trabalho realizado


pode ser complementado por conteúdos propostos pelo DAPS, atendendo,
dessa forma, às exigências como o aprender a conhecer, aprender a fazer,
aprender a conviver, aprender a ser. Dentre as práticas que podem favorecer o
convívio curricular nas áreas de conhecimento, destacamos:

• Ciências da Natureza e Matemática


o Estudo do meio e atitudes proativas para a preservação ambiental.
o Coleta seletiva e lixo reciclável.
o Noções básicas de higiene, saúde e saneamento para si mesmo e
interferência na comunidade.
o Projetos interdisciplinares.
o Análises de filmes.
o Saúde e qualidade de vida: sexualidade e substâncias químicas.
o Consciência planetária.
o Uso racional dos recursos naturais.
o Perceber a matemática em suas relações com o mundo,
“matematizar” sua relações com os saberes e resolver problemas.
Nesse sentido, não se trata de valorizar o cálculo e outras
operações, mas fazê-las parte integrante dos temas e sistemas que
estão sendo trabalhados, promovendo o desenvolvimento acadêmico
(cognitivo), pessoal (análise crítica de dados) e social (mediador na
resolução de problemas).

• Código e Linguagens
o Uso, ensino e utilização de editores de textos.
o Ampliação da leitura em todas as suas possibilidades, comunicação
e interpretação de símbolos e signos.
o Atividades diversificadas para a aprendizagem e percepção das
múltiplas linguagens.
o Debates coletivos para o exercício do diálogo e da oralidade.
o Diversificação das fontes de informação para qualificar o uso da
informação, disponível nos meios de comunicação.
o Assembléias

• Ciências Humanas
o Projetos para formação de liderança.
o Seminários sobre a diversidade das expressões culturais.
o Exercício da cidadania, cooperação e respeito ao outro.
o Compreensão da rede de relações sociais.
o Valorização do diálogo, da negociação, das relações intrapessoais e
interpessoais no ambiente de sala de aula.
o Trabalho em equipe.

O convívio curricular do DAPS com as demais disciplinas contribui para


dar significado e sentido ao processo de formação do aluno Marista, pois abre
possibilidades para o aprofundamento e ampliação do oficio de aluno,
colaborando, dessa forma, para a formação de um sujeito mais aberto, flexível,
solidário, crítico e que enfrenta os problemas que as demandas atuais impõem.
2. Eixos estruturantes

Para implementar o trabalho, a Matriz de DAPS está organizada por


ciclos, permitindo a organização anual e respeitando as particularidades e
interesses das unidades. É importante lembrar que, embora determinados
objetivos/conteúdos estejam em dimensões específicas, na ação cotidiana,
elas devem estar interligadas e, muitas vezes, vão se (con)fundir. Essas
imbricações são geradas pela natureza indissociável desses saberes que na
prática escolar não se deve fragmentar. Para esses esclarecimentos,
comentaremos as três dimensões que são os eixos que estruturam este
componente curricular:

2.1 - Dimensão Acadêmica

Os saberes são vivos e dinâmicos, estão em constante movimento de


retroação e prospecção. Por isso, mais do que apreender conteúdos, é
importante saber onde encontrá-los e como relacioná-los, favorecendo a
curiosidade e explorando métodos de pesquisa que garantam credibilidade aos
dados pesquisados, explorando a reflexão sobre a capacidade de interpretar,
avaliar, criar e sintetizar dados, fatos e situações cotidianas no intuito de
qualificá-los para a resolução dos constantes desafios que a vida em sociedade
nos apresenta.
A Dimensão Acadêmica é marcadamente voltada aos interesses do
aluno enquanto ator e agente do processo educativo. Ele tem funções e tarefas
que só a ele dizem respeito. Assim, nesse eixo, selecionou-se um conjunto de
habilidades que visa à mobilização de saberes e sua aplicabilidade,
proporcionando a produção e a integração dos conhecimentos que vão
construir e corroborar a competência acadêmica.
Na busca por respostas aos desafios impostos por essas demandas, o
DAPS sistematiza algumas habilidades cognitivas e operativas básicas que, ao
longo da educação básica, sustentarão o processo ensino e aprendizagem de
acordo com as exigências da educação séc. XXI: aprender a aprender,
aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver:

• Com relação ao aprender a aprender, exigência essencial à relação com


o saber, houve destaque para aspectos que colaboram para a
construção do conhecimento e exercitam o pensamento, a atenção, o
interesse, a auto-regulação, a resolução de conflitos, a reflexão e a
metacognição.
• Com relação ao aprender a fazer, exigência essencial à estética, à
formação profissional, ao exercício do próprio ofício e ao preparo para o
mundo de trabalho que permeiam a Educação Básica, destacou-se a
ênfase no hábito de estudo, na pesquisa e na comunicação/aplicação
dos conhecimentos significativos. O investimento na assertividade como
meio de organização e cooperação, motivando o empreendedorismo e a
transformação do conhecimento.

O foco deste eixo, portanto, é a organização do tempo-espaço escolar, o


estabelecimento de relações e a sistematização do conhecimento, da pesquisa
e do estudo diário como forma de promover e de potencializar seu ofício.
A Dimensão Acadêmica exige um olhar mais abrangente sobre o êxito
escolar, ultrapassando a visão imediatista no âmbito da escolarização. Por isso
o DAPS propõe avanços numa perspectiva mais contextualizada, sistêmica e
ecológica que amplie as possibilidades aprendizagem, desenvolvendo uma
consciência mais global acerca do planeta, do cuidado de si e dos outros.
Além disso, há também uma atenção especial ao princípio de eqüidade,
visando à inclusão dos sujeitos e à superação do tratamento igualitário,
considerando com justiça e respeito o tempo-espaço de cada um. Ao aplicar o
princípio da eqüidade, estaremos desenvolvendo também a competência do
trabalho coletivo, do interesse pelo público, pelo bem comum, para se chegar a
uma relação que seja marcada pela participação e pela partilha.
Essa dimensão, enfim, potencializa a função didática, em que as
variáveis: professor, aluno e conhecimento estarão em constante sintonia,
beneficiando o ensino, a aprendizagem e a avaliação no processo educativo.
Para tanto, o trabalho do professor deve privilegiar a interdisciplinaridade, a
comunhão, a convergência, articulando os diversos saberes.

2.2 – Dimensão Pessoal

A educação constitui-se em um processo de desenvolvimento no qual o


ser humano investe em prol de sua realização pessoal e profissional. Ainda que
inserido em um ambiente escolar, o aluno não abandona suas características e
particularidades individuais, marcadas pelas formas de perceber e significar o
mundo e de sua interação com ele.
É, em diferentes contextos como, por exemplo, o familiar, sociocultural e
escolar que o aluno constrói sua identidade e autonomia na busca do
autoconhecimento, da auto-observação, da auto-estima, da ampliação de
perspectivas pessoais e da compreensão da relação com o outro. Diante
dessas necessidades, o trabalho com esse eixo contribui para o
desenvolvimento da consciência dos próprios sentimentos e do dos outros, da
automotivação, da compreensão das próprias potencialidades e dificuldades,
da sensibilidade, discernimento, senso estético, responsabilidade e
espiritualidade.

Conforme afirma Delors (1998, p. 99),

“Todo ser humano deve ser preparado, especialmente, graças à


educação que recebe na juventude, para elaborar pensamentos
autônomos e críticos e para formular os seus próprios juízos de
valor, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas
diferentes circunstâncias da vida”.

Vale ressaltar a importância de desenvolver essas características pessoais


para que o jovem compreenda as experiências internas e conscientize-se de
suas emoções, sentimentos e pensamentos, valores éticos, curiosidade e
motivação. Esse é um processo complexo, marcado pelos aspectos culturais e
hodiernos a que o aluno é exposto, ou seja, envolve uma multiplicidade de
fatores, variáveis, situações, histórias, relações, pessoas. Ao explorar a Matriz
do DAPS, faz-se necessário que o professor considere todos estes aspectos,
acolhendo a individuação, ou seja, as experiências, habilidades individuais e
estilos, motivando e trabalhando o potencial de cada estudante.

2.3 Dimensão social

A matriz do DAPS tem o objetivo de possibilitar o desenvolvimento de


habilidades e promover uma interação social coerente com o tempo-espaço
escolar. Psicólogos que estudam a evolução do homem argumentam que a
habilidade social favoreceu e favorece o desenvolvimento da sociedade.
Goleman (2006, p. 375), afirma que a necessidade de nos envolvermos no
raciocínio social - particularmente a coordenação e cooperação, bem como a
competição - direcionou a evolução do tamanho e o desenvolvimento do
cérebro de modo geral.
A partir do momento que a neurociência começou a mapear áreas do
cérebro que regulam as dinâmicas interpessoais é que a inteligência social
ganhou força. O que se acreditava, até então, era na aplicação da inteligência
geral na resolução de situações sociais.
Em virtude do desenvolvimento dos estudos voltados à inteligência
social, hoje, ao planejar sua prática, o professor pode atentar para aspectos
que colaboram com o desenvolvimento de habilidades que favorecem as inter-
relações e a convivência com os outros. A competência social permeia
condutas e procedimentos no enfrentamento de diversas situações que a vida
impõe e, nesse caso, quem sai ganhando é a sociedade como um todo.
À luz dessas reflexões, selecionou-se algumas habilidades sociais
relevantes: protagonismo, respeito, empatia, solidariedade, colaboração, a
civilidade, a comunicação.
As Dimensões aqui selecionadas – acadêmica, social e pessoal –
embora sejam transversais a todo o processo de educação básica, serão
assumidas no DAPS como síntese e garantia de que a escola se organiza de
forma a promover a educação integral de acordo com os documentos
educacionais nacionais e os documentos institucionais.
3. Quadro de conteúdos significativos

OBJETIVO Promover e significar o desenvolvimento humano-acadêmico do aluno em relação a si mesmo, aos grupos
DA ÁREA dos quais participa e ao ambiente em que está inserido, responsabilizando-o pelo seu ofício.

OBJETO DE ESTUDO DA ÁREA: as dimensões relacionais do aluno/sujeito.


Segmento Objetivos didáticos Conteúdos
1º CICLO – 1º, 2º e 3º anos
Dimensão Acadêmica
• Organização escolar
- cargos e funções
ENSINO FUNDAMENTAL I

- espaço físico
Compreender o funcionamento da estrutura escolar e sua
- rotinas escolares
dinâmica, inserindo-se nesse contexto, de forma consciente e
- uso da agenda
responsável, para assumir seu ofício de aluno.
• Processo avaliativo
• Contrato pedagógico
• Estratégias para criação do hábito de
estudo
Dimensão Pessoal
Exercitar a reflexão pessoal, a partir da identificação de • Vivências pessoais
sentimentos e emoções, na busca do autoconhecimento, do • Autoconhecimento – conhecimento de si
desenvolvimento do autocontrole, da autonomia e do como pessoa que vale, deseja, sonha,
protagonismo. ama, desgosta...
• Auto-estima: os vínculos construídos na
própria vida
Dimensão Social
Desenvolver as relações sócio-afetivas a partir da vivência e • Habilidades sociais
interação com o outro, entendendo a diversidade cultural e social -Civilidade
ENSINO FUNDAMENTAL I para a criação de vínculos, o fortalecimento do espírito de grupo e -Assertividade
a resolução de conflitos. -comunicação
-solidariedade
-regras de convivência
• co-responsabilidade
• Aspectos sócio-afetivos e culturais e
sua diversidade
• Mídia
– relações de poder
- consumismo
• Gênero: representações (papéis
sociais)
• Diferentes expressões da violência no
cotidiano: apelidos, preconceito,
bullying...
Segmento Objetivos didáticos Conteúdos
2º CICLO – 4º e 5º anos
Dimensão acadêmica
• Organização do trabalho escolar
ENSINO FUNDAMENTAL I
Significar o contexto escolar como tempo-espaço de
aprendizagem, dinamizando seu ofício de aluno, de forma - atividades em sala de aula
consciente e responsável, para a organização de seu trabalho e a - tarefas de casa
potencialização de sua atuação. - pontualidade no cumprimento de suas
tarefas\deveres
- uso da agenda
• Processo avaliativo
• Contrato pedagógico
• Estratégias para o fortalecimento do
hábito de estudo e da pesquisa.

Dimensão pessoal
Exercitar a reflexão pessoal, a partir da identificação de suas • Vivências pessoais
singularidades, de seus sentimentos e emoções, na busca do • Autoconhecimento
autoconhecimento, para o desenvolvimento do autocontrole, da • Auto-estima: valorização das singularidades
resiliência, da autonomia e do protagonismo. • Sexualidade: as transformações do corpo, o
cuidado de si.
• Construção da identidade
• Características da faixa etária
Dimensão Social
• Habilidades sociais
Compreender as regras de convivência social como elemento -Civilidade
essencial às relações interpessoais, por meio das diferentes -Assertividade
representações sócioculturais a fim de ampliar os vínculos -comunicação
sócio-afetivos em seu dia-a-dia e favorecer a mediação e a -solidariedade
resolução de conflitos. - regras de convivência
• Co-responsabilidade: cooperação
ENSINO FUNDAMENTAL I

• Aspectos sócio-culturais e sua


diversidade
• Mídia
– relações de poder
- alienação e consumismo
- criação de estereótipos
- violência
• Gênero: coisas de menino e coisas de
menina
• Ética: relações humanas, uso da
Internet...
• Diferentes expressões da violência no
cotidiano: apelidos, preconceito, bullying,
furto,...
• ECA (Estatuto da Criança e do
Adolescente) – princípios básicos.
Segmento Objetivos didáticos Conteúdos
3º CICLO – 6º e 7º anos
ENSINO FUNDAMENTAL II Dimensão acadêmica
• Organização do trabalho escolar
Compreender o contexto escolar como tempo-espaço de - uso da agenda
ensino-aprendizagem-avaliação, valorizando o estudo diário e a - atividades em sala de aula
pesquisa, de forma a organizar e dinamizar seu ofício e - tarefas de casa
potencializar sua atuação. - pontualidade no cumprimento de suas
tarefas\deveres
- cuidado com o material
• Processo avaliativo
• Contrato pedagógico
• Estratégias para o fortalecimento do hábito
de estudo
• Liderança: formas, liderança positiva e
negativa,...
Dimensão pessoal
Aprofundar a percepção dos sentimentos e emoções na tomada • Vivências pessoais
de decisões, exercitando o autocontrole e a autocrítica, • Autoconhecimento\auto-imagem
identificando suas potencialidades, limites e singularidades, a fim • Auto-estima: fatores que a afetam
de fortalecer a resiliência, a autonomia e o protagonismo. • Autocrítica e auto-observação
• Sexualidade: mudanças físicas, menarca,
puberdade,...
• Saúde: higiene, acne...
• Construção das identidades
• Características da faixa etária
Dimensão Social
Vivenciar as regras de convivência, observando dificuldades e
contribuições dos outros sujeitos sociais, ampliando os vínculos • Habilidades sociais
sócio-afetivos para exercitar a mediação e a resolução de - Civilidade
conflitos. - Assertividade
- comunicação: saber expressar as próprias
idéias, ouvir; respeito à fala do outro
- solidariedade
– marketing pessoal
- Regras de convivência
ENSINO FUNDAMENTAL II

• co-responsabilidade: cooperação
• Aspectos sócio-culturais e sua
diversidade
• Mídia
– relações de poder
- alienação e consumismo
- criação de estereótipos
- erotização (banalização)
- violência
• Gênero: mitos e tabus
• Ética: cuidado com o outro, uso da
internet...
• Diferentes expressões da violência no
cotidiano: bullying, discriminação,
preconceito; e xingamentos, apelidos, furto,
vandalismo,...
• Valorização e respeito por si e pelo outro
• ECA (Estatuto da Criança e do
Adolescente): direitos e deveres.
Segmento Objetivos didáticos Conteúdos
4º CICLO – 8º e 9º anos
Dimensão Acadêmica
• Organização do trabalho escolar
– uso da agenda
Valorizar o contexto escolar como tempo-espaço de – atividades em sala de aula
ENSINO FUNDAMENTAL II

sistematização do conhecimento, compreendendo o processo – tarefas de casa


ensino-aprendizagem-avaliação, a pesquisa e o estudo diário, – pontualidade no cumprimento de suas
como forma de potencializar seu ofício. tarefas\deveres
– cuidado com o material
– ética nos trabalhos escolares
• Processo avaliativo
• Contrato pedagógico
• Empreendedorismo: planejamento de
atividades e metas de estudo e
resultados.
• Estratégias para o fortalecimento do
hábito de estudo e da pesquisa.
• Liderança: formas, liderança positiva e
negativa, liderança para o serviço,
para o perdão,...
Dimensão Pessoal
Exercitar o autocontrole e a autocrítica nas diversas situações • Vivências pessoais e coletivas
vividas, identificando seus limites, singularidades, sentimentos e • Auto-estima: a imagem própria e a visão
emoções, por meio da reflexão pessoal, a fim de favorecer a do outro
tomada de decisão, a resiliência, a autonomia e o protagonismo. • Autocrítica: reconhecimento de limitações
e potencialidades
• Sexualidade: pressões familiares, grupais
e sociais, erotização, libido...
• Saúde: higiene, acne, DST(*), drogas,...
• Construção da identidade
• Características da faixa etária

(*) DST – Doenças Sexualmente


Transmissíveis.
Dimensão Social

Reconhecer a importância da diferença para o fortalecimento dos


vínculos sócio-afetivos, vivenciando as regras de convivência e a • Habilidades sociais
solidariedade, para o exercício consciente da civilidade, da – Assertividade
mediação e da resolução de conflitos. – comunicação: saber expressar as
próprias idéias, ouvir; respeito à fala do
outro,...
– marketing pessoal
– Regras de convivência
ENSINO FUNDAMENTAL II

• co-responsabilidade
• Aspectos sócio-culturais e sua
diversidade
• Mídia
– relações de poder
– alienação e consumismo
– erotização
– violência e drogas
• Gênero: papéis e estereótipos, mitos e
tabus, pressões sociais
• Ética: uso da Internet, trabalho escolar
(cópia)...
• Diferentes expressões da violência no
cotidiano: bullying, discriminação,
preconceito; e xingamentos, apelidos,
furto, vandalismo,...
• Valorização e respeito por si e pelo outro
• ECA e mídia
ENSINO MÉDIO
Dimensão Acadêmica
• Organização do trabalho escolar
– atividades em sala de aula
– responsabilidade no cumprimento de
Organizar o tempo-espaço escolar, sistematizando e suas tarefas\deveres
relacionando o conhecimento, assumindo o processo ensino- – ética nos trabalhos escolares
aprendizagem e avaliação, a pesquisa e o estudo diário como • Processo avaliativo
forma de potencializar seu ofício. • Contrato pedagógico
• Empreendedorismo: planejamento de
atividades e metas de estudo e
resultados.
• Orientação vocacional - espaço para
pesquisa e discussão.
• Estratégias para o fortalecimento do
hábito de estudo e de pesquisa.
• Liderança: formas, liderança positiva
e negativa, liderança para o serviço,
para o perdão,...
Dimensão Pessoal

Fortalecer a auto-estima, vivenciando os valores que o cercam, • Auto-estima: a imagem própria e a


analisando as situações e posicionando-se de forma responsável e visão do outro
ENSINO MÉDIO

consciente, buscando o exercício dos direitos e deveres, de modo • Autocrítica: reconhecimento de


a facilitar sua inserção no coletivo. limitações e potencialidades
• Sexualidade: pressões familiares,
grupais e sociais, erotização, libido,
orientação sexual...
• Saúde: gravidez na adolescência,
drogas, DST...
• Construção da identidade
• Conflitos pessoais e familiares
Dimensão Social

Aplicar as regras de convivência em seu cotidiano, reconhecendo a • Habilidades sociais


diferença como elemento natural no mundo, ampliando os vínculos – Assertividade
sócio-afetivos em prol de um exercício consciente da civilidade, da – comunicação: saber expressar as
solidariedade, da mediação e da resolução de conflitos. próprias idéias, ouvir; respeito à fala do
outro,...
– marketing pessoal
– regras de convivência
– Letramento humano
• Co-responsabilidade
• Aspectos sócio-culturais e sua
ENSINO MÉDIO

diversidade
• Mídia
– relações de poder
– alienação e consumismo
– violência e drogas
• Gênero: papéis e estereótipos, mitos
e tabus, pressões sociais,...
• Ética: trabalhos escolares, uso da
Internet...
• Diferentes expressões da violência no
cotidiano: bullying, discriminação,
preconceito; xingamentos, apelidos,
furto, vandalismo,...
• ECA e compromisso social.
5. Competências e Habilidades do DAPS

As competências são modalidades estruturais da inteligência, ou


melhor, ações e operações que utilizamos para estabelecer relações com e
entre objetos, situações, fenômenos e pessoas que desejamos conhecer. Já as
habilidades decorrem das competências adquiridas e referem-se ao plano
imediato do saber fazer. Por meio das ações e operações, as habilidades
aperfeiçoam-se e articulam-se, possibilitando nova reorganização das
competências.

A Matriz de DAPS, com suas ações metodológicas, contribui para o


desenvolvimento de competências pessoais, sociais e cognitivas globais,
levando em conta, como já foi dito, as propostas dos documentos nacionais.
Para que esse componente curricular cumpra o propósito de ajudar o aluno a
aprender a exercer o seu ofício, selecionou algumas habilidades apontadas na
lista de competências e habilidades do ENEM (Exame Nacional do Ensino
médio) aquelas que o DAPS pode acompanhar com mais atenção e proveito.

O documento preparado para o ENEM, produzido pelo INEP, elenca


cinco competências básicas, dentre as quais destacamos:

III. Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações


representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar
situações-problema.

IV. Relacionar informações, representadas em diferentes formas, e


conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir
argumentação consistente.

V. Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para


elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando
os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

O mesmo documento lista 21 habilidades, das quais selecionamos para


o trabalho com o DAPS:

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1. Dada a descrição discursiva ou por ilustração de um experimento ou
fenômeno, de natureza científica, tecnológica ou social, identificar variáveis
relevantes e selecionar os instrumentos necessários para realização ou
interpretação do mesmo.
13. Compreender o caráter sistêmico do planeta e reconhecer a
importância da biodiversidade para preservação da vida, relacionando
condições do meio e intervenção humana.

21. Dado um conjunto de informações sobre uma realidade histórico-


geográfica, contextualizar e ordenar os eventos registrados,
compreendendo a importância dos fatores sociais, econômicos, políticos ou
culturais.

Baseado nas habilidades acima, o DAPS destaca também as seguintes


habilidades:

• ACADÊMICA:
a. Desenvolver hábitos de estudo “cultivando a memória,
capacidade de síntese, os critérios para reflexão, o juízo crítico,
hábitos de trabalho intelectual, assim como as habilidades que lhe
permitam assumir o trabalho com expressão e criatividade”,
buscando a autonomia para ser pesquisador, comunicador,
empreendedor e solidário.

• PESSOAL:
a. Aprender a cultivar a auto-estima, a persistência, a resiliência,
desenvolvendo autonomia e responsabilidade na tomada de
decisões.

• SOCIAL:
o Analisar as relações humanas, observar e modificar maneiras de
relacionamento pessoal e interpessoal, desenvolvendo o
protagonismo, a solidariedade e a comunicação.

25
o Aplicar as regras de convivência em seu cotidiano, reconhecendo
a diferença como elemento natural no mundo, ampliando os
vínculos sócio-afetivos em prol de um exercício consciente da
civilidade, da solidariedade, da mediação e da resolução de
conflitos.

Gestão dos Conteúdos e do Conhecimento

Embora o DAPS vise ao ofício do aluno, as práticas docentes em sala


têm papel fundamental no processo. O trabalho exige não só a interpretação
correta dos objetivos e conteúdos explorados, mas também a validação, inter-
relação e aplicação desses conteúdos e objetivos.
Os eixos propostos pela matriz estão interligados, de tal forma que os
conteúdos podem transitar entre eles e garantir a liberdade para serem
explorados de acordo com o objetivo daquele momento e as necessidades
locais, enfatizando, assim, determinada dimensão. No primeiro ciclo, por
exemplo, considerando-se a dimensão acadêmica, os objetivos e conteúdos
valorizam a rotina escolar do aluno, inserindo-o nesse novo contexto, repleto
de descobertas. O trabalho favorecerá também o desenvolvimento e a troca de
experiências e vivências que começam a ser partilhadas. É fundamental que a
criança se sinta inserida e acolhida nesse ambiente escolar em que o respeito
à sua individualidade e à do outro sejam constantes.
No segundo ciclo, considerando a Dimensão Acadêmica, os objetivos e
conteúdos contribuem para a significação do ofício de aluno de forma
consciente e responsável. Esse trabalho busca ampliar os vínculos sócio-
afetivos, favorecendo a mediação e a resolução de conflitos (dimensões
pessoal e social).
Tendo presente a dimensão acadêmica no terceiro ciclo, os objetivos e
conteúdos promovem a conscientização e dinamização do ofício de aluno,
potencializando a atuação do sujeito. Nesse ciclo, espera-se que o aluno
perceba que existem outros sujeitos sociais com quem ele convive, acolhe e
interage (dimensões pessoal e social), iniciando, assim, o exercício de sua
autonomia.

26
No quarto ciclo, os objetivos e conteúdos, na dimensão acadêmica,
ampliam a compreensão do ofício de aluno a partir da sistematização do
conhecimento e da compreensão do processo ensino-aprendizagem, visto que
propicia situações de aprendizagem que favorecem o exercício da tomada de
decisões, da resiliência, da autonomia e do protagonismo (dimensões pessoal
e social).
Os objetivos e conteúdos, no ensino médio, na dimensão acadêmica,
contribuem para favorecer a organização do tempo-espaço escolar, a
sistematização do conhecimento e suas inter-relações. Trabalha-se para um
posicionamento do aluno, de forma consciente e responsável, em relação ao
seu ofício, ampliando os vínculos sócioafetivos a favor da civilidade, da
solidariedade e da resolução de conflitos (dimensões pessoal e social).
A integração dos eixos estruturantes e a prática interdisciplinar poderá
ser favorecida pelo trabalho com seqüências didáticas que, de forma planejada,
articulam os saberes das diversas áreas, potencializando o desenvolvimento
acadêmico, pessoal e social. Para ilustrarmos a prática, apresentamos os
seguintes exemplos:

• 2º ciclo: 4ºs e 5ºs anos


Conteúdo: Hábito de estudo

1) Introduzir o tema com uma discussão/debate/questionamento


sobre: o que é estudar?
2) Responder o questionário:
• Por que você estuda?
• Para que você estuda?
• Como você estuda?
• Em que lugar da sua casa você estuda?
• Estudamos da mesma forma para todas os componentes
curriculares?
• Você já leu algum texto sobre este tema? Quais?
• Faça uma pesquisa como seus pais e outros adultos
estudavam.

27
3) Socializar em pequenos grupos as respostas, identificando
aspectos comuns nas diversas práticas e sintetizando as práticas
que mais apareceram na pesquisa.
4) Elaboração, nos pequenos grupos, de um plano de estudos
5) Apresentação dos planos de estudos para toda a turma
6) Elaboração de um plano de estudos pessoal, justificando as suas
opções.
7) Retomar as formas de estudo, comparando os vários exemplos
com o seu próprio, destacando o que foi aprendido depois desse
debate.
8) Painel dos planos elaborados

• 3º ciclo: 6ºs e 7ºs anos


Conteúdo: Bullying

A palavra BULLYING tem sua origem na língua inglesa e passou a fazer


parte do contexto escolar devido a práticas preconceituosas e situações
constrangedoras, cada vez mais comuns, entre os jovens.

1) Apresentar o tema a partir da palavra BULLYING, destacando a


origem na língua inglesa, aproveitando para trabalhar a questão
dos estrangeirismos na língua portuguesa.
2) Solicitar aos alunos uma pesquisa com os estrangeirismos mais
comuns na língua portuguesa e criar um painel informativo sobre
eles.
3) Escolher um local, que não seja a sala de aula, para realizar a
“Dinâmica do Cerco” , visando à reflexão sobre uma situação de
exclusão.
4) Solicitar a colaboração de três alunos para que saiam da sala e
esperem, até que os demais estejam organizados.
5) Orientar os outros alunos para que formem um círculo, de mãos
dadas ou braços entrelaçados, como preferirem, mas de maneira
que se sintam fortalecidos uns pelos outros.

28
6) Criar um ambiente para que os alunos que formam o círculo,
sintam-se tão unidos a ponto de não permitirem a entrada dos
três alunos, inicialmente afastados do grupo.
7) Solicitar aos alunos que ficaram do lado de fora da sala para que
forcem a entrada no círculo e que os outros façam de tudo para
não permitir a entrada.
8) Refletir com os alunos como foi a experiência. Questioná-los
sobre: Como você se sentiu ao tentar entrar e não conseguir?
Você se machucou? Como você se sentiria se você fosse o
“excluído”, entre outros questionamentos.
9) Exibição de fragmentos do filme “Meninas Malvadas”1 para
reflexão de que as agressões podem ser físicas, verbais, a partir
de gestos, olhares e até mesmo pela indiferença.
10)Em pequenos grupos, os alunos devem discutir sobre os
problemas da sala e socializar, no grupo maior, as conclusões
para que eles busquem soluções.
11)Solicitar aos alunos que elaborem material para apresentação do
que entenderam por BULLYING e levantar os aspectos que
conduzem ao BULLYING, inclusive entre as famílias que, muitas
vezes, praticam-na e incentivam os filhos a fazê-lo.

• Ensino Médio: 1ªs, 2ªs e 3ª séries

Conteúdo: Mídia e Consumismo - uma combinação perigosa.

Sabemos que hoje em dia a mídia tem influência muito grande entre
os jovens, principalmente na faixa etária que compõe o ensino médio,
a ponto de descaracterizá-los. Em virtude disso, sugerimos uma
seqüência didática que ajude os jovens a se posicionar criticamente
frente às inúmeras situações que ela nos apresenta.
1) Organizar os alunos em grupo para que reflitam sobre
qual o conceito de Mídia que cada um tem.

29
2) Socializar com a turma as opiniões em pequenos grupos,
solicitando o registro escrito das opiniões.
3) Solicitar a um profissional da área de publicidade que
venha dar uma palestra sobre o tema, de forma a ampliar
a percepção sobre o tema.
4) Sugerir o tema “Que Mídia sou eu?” e levar cada um a
pensar sobre como está se envolvendo com o consumo
exagerado de bens, como sua aparência e hábitos estão
ligados às exigências feitas pela mídia\sociedade para
que ele se sinta integrado à comunidade que freqüenta.
Esse exercício ajudará a perceber que todos nós somos
Mídia, a partir do momento que carregamos em nossas
vestimentas, vocabulário, ações, marcas, slogans
trejeitos, etc.
5) Socializar as reflexões e solicitar pesquisa sobre Mídia e
o consumismo sob os aspectos culturais, religiosos e
filosóficos.
6) Elaborar uma coletânea de textos produzidos pelos
alunos para que, após leitura em casa, todos se
posicionem criticamente sobre como a mídia e o
consumismo são fatores de transformação do meio social
no qual estão inseridos e como são manipulados por
eles.
7) Disponibilizar os textos para que todas as áreas do
conhecimento possam usá-los em momentos diferentes
de sala de aula. Ressaltamos que esta atividade pode
ser utilizada independente do componente curricular.

Sugestão de leitura para ampliação do tema:


o Paradoxo do nosso tempo (autor desconhecido);
o Consumismo e solidão (Zacharias Bezerra de Oliveira);
o O império do consumo (Eduardo Galeano);
o Passeio Socrático (Frei Betto);
o O conceito neoliberal de liberdade (Santos Mercado).

30
o Sugestão de links importantes para os alunos consultarem
o assunto desta seqüência didática:
 http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=372&
sec=20
 http://www.bullying.com.br/BConceituacao21.htm
 http://racabrasil.uol.com.br/Edicoes/101/artigo25021-
2.asp

5.2 - Diversificação curricular

Diversas práticas culturais desenvolvidas, na escola ou fora dela, podem


ser mote de investigação do DAPS, conquanto possibilite auxiliar os alunos a
refletirem acerca das interações consigo mesmo, com o grupo e com o mundo.
Nesse sentido, as intersecções com outras áreas, os projetos
interdisciplinares e os diversos momentos em que o DAPS extrapola os muros
da escola e interfere no cotidiano da vida pessoal e social do aluno são
momentos de diversificação curricular, visto que se cria um objeto de estudo
ampliado, contribuindo para promover, além da dimensão pessoal e social, um
melhor desempenho acadêmico dos alunos.
Os estudos do meio podem ser transformados em boas oportunidades e
momentos privilegiados para a diversificação e podem promover pontes
possíveis entre as disciplinas, além de favorecer ações didáticas que permitam
ao aluno estabelecer sínteses para o desenvolvimento das competências
comuns entre os componentes curriculares.
O DAPS pode contribuir na articulação de projetos que exijam dos
alunos o trabalho com áreas de conhecimento distintas, evidenciando as
interações entre os saberes.
A parceria entre DAPS e Pastoral deve ser cada vez mais intensificada.
O trabalho com os temas da Campanha da Fraternidade, por exemplo, valoriza
a ação coletiva em prol da comunidade/sociedade. Essa parceria deve ser
constante também nas manhãs de formação, pois são momentos que
propiciam uma maior interação do aluno com o grupo no qual ele está inserido.
Além disso, podem ser planejadas ações em consonância com as festas locais,
institucionais e nacionais, assim como ações sociais e culturais.

31
6 – Aprendizagem

A aprendizagem é um processo de assimilação, negociação,


significação, interação, construção, numa perspectiva de continuidade e
inacabamento, como argumenta Paulo Freire (1987).
A aprendizagem em DAPS se dará a partir das situações emergentes
em sala de aula e no cotidiano escolar, em que o estudante será capaz de
estabelecer novas práticas e desenvolver esquemas mentais que articulem
conhecimentos apreendidos e demonstrem mudanças de atitudes.

“Aprendizagem é a possibilidade de se complexificar a própria ação


humana de compreender o real, ação pautada pela negociação de
significados e pela utilização de instrumentos materiais e imateriais
que permitem estabelecer uma rede de conexões/relações com o
cotidiano, com a própria vida”. (PPI, p. 27)

Assim, a aprendizagem se tornará significativa, pois alunos e turmas


pensarão as crises, não como momentos a serem evitados ou contornados,
mas como oportunidade de crescimento e desenvolvimento acadêmico,
pessoal e social.
É importante também esclarecer que a boa relação com a comunidade,
a organização dos estudos e o prazer em desenvolver, de forma eficiente, seu
ofício são indicadores de aprendizagem, pois se deseja que o aluno Marista,
em seu protagonismo, possa agir com simplicidade, cordialidade e
solidariedade.
O processo de aprendizagem se inicia com o nascimento. Essa
perspectiva vale, sobretudo, quando falamos de questões relacionadas à
formação de valores e princípios. Esses valores e princípios vão sendo
assimilados no decorrer de experiências e vivências. Assim, quando a criança
chega à escola não deve ser considerada uma tabula rasa como se não
soubesse nada e nem tivesse experiências vividas.
O DAPS, muitas vezes, terá de desconstruir aprendizagens, estruturas
cognitivas já consolidadas previamente. Será precisa ressignificar conceitos e
negociar novos sentidos. Para isso é preciso favorecer a reflexão, a análise e a
criticidade em relação a muitos conceitos e experiências coletivas.

32
A aprendizagem dos princípios que visam o saber conviver e ser no
mundo, desenvolve e amplia o olhar para uma melhor análise e compreensão
das inter-relações e de suas implicações na transformação das realidades.
Aprender significa abrir-se ao mundo e aos outros, transformar-se e manter
viva a curiosidade (ASSMANN, 2000).
O que se pretende com o DAPS é que o aluno aprenda a auto-regular o
seu processo de aprendizagem, participe ativamente dos processos escolares,
seja sujeito aprendente junto com o professor, seja parceiro nas situações de
aprendizagem e protagonize ações de transformação pessoal, social,
intelectual.
Nesse processo, o professor é o facilitador da aprendizagem, colocando
as novas tecnologias a serviço da aprendizagem, lidando com o erro como
instrumento de aprendizagem, sabendo avaliar processualmente, revisando
constantemente sua prática pedagógica, estabelecendo relação de parceria
com os alunos sem perder a dimensão de seu lugar na tríade: aluno–
conhecimento-professor. Além disso, facilitará o diálogo com outras áreas de
conhecimento.
Um processo de ensino e aprendizagem bem planejado estimulará o
aluno a desenvolver as habilidades necessárias para o exercício ativo e
responsável de seu papel como aluno e membro da sociedade: a
racionalidade, a autonomia, a civilidade e as virtudes cívicas, a criticidade, a
sensibilidade solidária com as diferenças presentes nas sociedades, a
cooperação, a capacidade de diálogo para resolver conflitos, a compreensão
das interdependências em um mundo globalizado e a preocupação com os
direitos humanos.
Escolas que levam a sério a educação integral dos alunos oferecem um
ensino que não leva em conta somente a prática cognitiva e intelectual, mas
também a social e emocional. Professores(as) cuidadosos entendem que “o
ensino e a aprendizagem bem-sucedidos acontecem quando os professores
têm relacionamentos de cuidado e solidariedade com seus alunos e quando
estes estão envolvidos emocionalmente com a aprendizagem”
(HARGREAVES, 2004, p.77). Nesse sentido, diz ainda o autor, valores como:
caráter, comunidade, segurança, inclusão, integridade, identidade e memória
coletiva, simpatia, cordialidade, democracia, maturidade pessoal e profissional

33
devem permear o currículo de toda escola cujo objetiva é a educação para
além da sociedade da informação.
Por fim, aprender é, segundo Perrenoud (2004), é desejar, é perseverar,
é construir, é interagir, é correr riscos, é mudar, é exercer um ofício deferente,
é fazer evoluir uma relação de saber. As situações de aprendizagem devem
favorecer essas várias facetas do aprender, porque trata-se de educar pessoas
capazes de construir a sua própria história, individual e coletivamente.
a) aprender é desejar

Perrenoud diz que todos desejam saber, mas não necessariamente


desejam aprender. Aprender requer que dissipemos forças antagônicas ao
desejo de aprender. O desejo de não aprender é muito forte e talvez anterior ao
desejo de aprender. Por isso cabe ao mediador suscitar, fazer emergir o desejo
de aprender.
b)Perserverança: aprender é perseverar
O aprender exige perseverança não só por parte do aluno, mas também
por parte do professor. Trabalhar com uma disciplina como o DAPS requer
paciência, solidariedade e muita persistência. Muitas vezes a não perseverança
dos alunos pode vir de uma mal sucedida iniciativa no aprofundamento de
algum assunto. O professor deve estar atento às situações de aprendizagem
que atraiam a atenção e o interesse do aluno e o motive à participação. A boa
preparação das unidades de ensino é muito importante para a perseverança do
aluno. Segundo Perrenoud, há certo sofrimento no processo de aprendizagem,
e o professor deve considerar isso durante as suas aulas. A observação da
participação dos alunos, assim como a auto-avaliação será de grande valia
para se fazer os reajustes necessários e evitar a desistência.

c) Construção: aprender é construir

Aprender é construir ou, como diz Pedro Demo (2000, p.53), reconstruir:
“epistemologicamente falando, todo conhecimento é reconstrutivo, porque é
sempre atividade do sujeito, processo de interpretação participativa e
referência culturalmente plantada, capaz de motivar a emancipação”.

34
d) Interação: aprender é interagir e correr riscos

Não se aprende sozinho. É preciso que os alunos sejam orientados a


aprender colaborativamente. Aprender a conviver com as outras pessoas e
manter vivo o respeito à diferença faz parte dessa interação. A dimensão social
da aprendizagem diz que o aprender pode tanto aproximar como separar as
pessoas, nesse sentido é preciso ter muito cuidado na desconstrução de
conceitos e conhecimentos trazidos das tradições familiares. Entrar na escola
significa se afastar de uma realidade familiar e se aproximar de uma realidade
escolar e isso pode gerar conflitos. Esse fato ainda é mais preocupante quando
as tradições familiares se contradizem aos valores e princípios ensinados nas
escolas.

e) Mudança: aprender é mudar

Com a aprendizagem cada um transforma a própria visão do mundo, do


ser humanos e também da forma de enfrentar os problemas. De qualquer
forma se aprende, porém alguns não se apercebem da mudança ou não a
aceitam bem, essa é uma extensão da recusa de crescer. No trabalho com o
DAPS pode acontecer que esse não reconhecimento do processo de mudança
possa gerar conflitos inter-relacionais.

f) Evolução de uma relação de saber: aprender a aprender

A relação de/com saber é um dos ingredientes do trabalho escolar. Essa


relação não determina esse trabalho, mas pode constituir-lhe uma barreira se o
aluno se coloca de maneira defensiva diante de qualquer disciplina, noção,
método ou postura intelectual.

Em se tratando do DAPS é importante que o professor saiba que, se o


aluno não valoriza esse componente e não consegue estabelecer uma relação
com esse saber, todo o seu processo de aprendizagem estará comprometido.

Enfim, aprender não é um fenômeno apenas racional e consciente,


destacado da corporeidade do aluno; ao contrário, aprender envolve,
naturalmente, a complexidade humana e implica também em envolvimento
emocional.

35
7. Avaliação em DAPS

“Avaliação é um ato amoroso, na medida em que a


avaliação tem como objetivo diagnosticar e incluir o
educando, pelos mais variados meios, no curso da
aprendizagem satisfatória, que integre todas as suas
experiências de vida”. (Luckesi,1994, p.169)

A avaliação em DAPS exige um olhar atento a aspectos como: o saber


construído do aluno a partir de suas experiências de vida, a forma de expressar
suas idéias, hipóteses e conhecimento, possibilidades cognitivas de
entendimento das problematizações apresentadas, desejos e expectativas.
A partir desse diagnóstico e de práticas avaliativas planejadas e
executadas em todo o processo ensino e aprendizagem, com
acompanhamento contínuo, será possível verificar como a ação está se
desenvolvendo. Esse acompanhamento deverá ser permeado por feedbacks
sucessivos que considerem os três eixos que estruturam que sustentam a
matriz: dimensão acadêmica, dimensão pessoal e dimensão social.
O olhar do educador se amplia à medida que se volta para o
crescimento e desenvolvimento de cada aluno. O que de fato ele incorporou do
seu ofício, a partir de sua condição inicial e seu progresso ao longo do
processo. É preciso considerar o aluno como ser único, acolhendo as
diferenças, de modo a prevalecer o respeito e a colaboração, sem
comparações. Cada aluno deve desenvolver suas capacidades e superar as
dificuldades, aproveitando as diferentes formas de pensar para construir
aprendizagens mais consistentes.
A sala de aula, enquanto espaço de encontro e interação, é local de
desafios, posto que é isso que resulta do estar com o outro. Conhecer o aluno
significa aprender a conhecer, a ver, a ouvir seu aluno em suas expectativas e
aspirações.
Pensar em desenvolvimento significa considerar possibilidades de
crescimento infinitas, daí a necessidade de diversificar os instrumentos
avaliativos, garantindo, nas combinações, a possibilidade de interação como
um recurso fundamental na construção do conhecimento. Favorece-se, assim,
“situações de confronto, troca, decisão, que os forcem a explicar, justificar,

36
argumentar, expor idéias, dar ou receber informações para tomar decisões,
planejar ou dividir trabalhos, obter recursos.” (Perrenoud,1999, p.99).
Sabemos que avaliar comportamentos e atitudes, demanda tempo,
assertividade, organização e perseverança, além de sensibilidade e criticidade
pela subjetividade que lhes são peculiares. É necessário que o professor
mantenha registros sistemáticos e objetivos, fazendo uso de diferentes
instrumentos, como: pareceres descritivos, portifólios, registros de aula,
fotografias, filmagens, desenhos, planilha de observação, produção de textos,
arquivamento das produções dos alunos, etc.
Vale ressaltar também, a importância da auto-avaliação em DAPS, feita
pelo aluno como agente de sua aprendizagem, esse tipo de atividade de
julgamento pode ajudar na formação da auto-imagem e da autocrítica. Além
disso, presta-se a avaliar os aspectos afetivos do processo ensino-
aprendizagem, manifesto pelas atitudes, assim como pode servir também a
aspectos cognitivos, revelando a passagem de um estágio desorganizado para
um estágio crítico. É um instrumento de autocontrole que oferece condições de
feedback permanente para o aluno.
A avaliação em DAPS é, portanto, uma parceria entre professor-aluno,
por isso deve ser processual e compartilhada. Ela só será efetivada pela
participação dos alunos ao se expressarem sobre a maneira como estão se
sentindo em relação às atividades, com estão percebendo suas dificuldades e
conquistas, dando sugestões para a continuidade do trabalho. Assim, o
professor, consciente de que a avaliação é processual, cria espaços de
remediação, revendo a sua prática, sempre que necessário.

8. Glossário

ALIENAÇÃO: É quando o individuo perde a compreensão do mundo,


tornando-se alheia (indiferente) a segmentos importantes da realidade.O
conceito moderno de alienação inclui também aquele indivíduo que tem contato
com várias informações e que fica, por assim dizer, perdido no meio delas, sem
um propósito definido, e dessa forma não consegue estabelecer relações com

37
o que lê, vê e ouve, nem tão pouco apresentar uma conclusão sobre o
assunto1.

ALTERIDADE: (ou outridade) é a concepção que parte do pressuposto básico


de que todo o homem social interage e interdepende de outros indivíduos.
Assim, como muitos antropólogos e cientistas sociais afirmam, a existência do
"eu-individual" só é permitida mediante um contato com o outro (que em uma
visão expandida se torna o Outro - a própria sociedade diferente do indivíduo).
Dessa forma eu apenas existo a partir do outro, da visão do outro, o que me
permite também compreender o mundo a partir de um olhar diferenciado,
partindo tanto do diferente quanto de mim mesmo, sensibilizado que estou pela
experiência do contato.

ASSERTIVIDADE: É falar e agir com sinceridade, sem inibição, temor ou


agressividade. É ser claro e afirmativo, sem deixar dúvidas sobre o que
pensamos e sentimos, porém, sem agredir ou provocar incômodo demasiado
na outra pessoa2.

BULLYING: Compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais


e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais
estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de
uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais
(estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que
tornam possível a intimidação da vítima3.

CIVILIDADE: É o respeito pelas normas de convívio entre os membros de uma


sociedade, conjunto de formalidade de palavras e atos que cidadaos adotam
entre si para demonstrar respeito mútuo, consideração, boas maneiras e
cortesia.

COMUNIDADE ESCOLAR: De acordo com a SEB (Secretaria de Educação


Básica), o conjunto das pessoas envolvidas diretamente no processo educativo
1
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070828185749AA7OHkN
2
http://somostodosum.ig.com.br

38
da escola e responsáveis pelo seu êxito. A comunidade escolar compõe o
corpo social da escola: docentes, discentes, outros profissionais da escola e
pais ou responsáveis pelos alunos.

COMUNIDADE EDUCATIVA: a SEB define como a comunidade integrada


pelas famílias, pelas pessoas jurídicas, pela própria comunidade escolar e
pelos cidadãos nela atuantes. A comunidade educativa é responsável pela
educação integral de todos os que dela participam e se ocupa das diferentes
modalidades de educação: a escolar e a extra-escolar.

CONTRATO PEDAGÓGICO: É um pacto de confiança. É fundamental que o


professor discuta abertamente o projeto de trabalho para o ano que se inicia,
dando a conhecer, aos alunos, as exigências e condições mínimas para que as
aulas transcorram a contento. Estabelecer um plano contratual significa
organizar conjuntamente as rotinas de trabalho (o que será feito) e de
convivência (como será feito) do jogo escolar.

DIVERSIDADE CULTURAL E SOCIAL: Engloba as diferenças culturais e


sociais que existem entre as pessoas, como a linguagem, vestimenta,
tradições, condicoes economicas, bem como a forma como sociedades
organizam-se, a sua concepção da moral e da religião, a forma como eles
interagem com o ambiente.

EMPATIA: A palavra vem do grego empatheia, que significa entrar no


sentimento do outro, envolver-se. Saber como o outro se sente é fundamental
em qualquer relação. Mas é importante ter clareza que ela é alimentada pelo
autoconhecimento das emoções. Quem não se auto-percebe, jamais distinguirá
manifestações no próximo. Ela é nata, mas no decorrer do desenvolvimento da
pessoa, ela precisa ser aprimorada, para atingir níveis mais complexos.

EMPREENDEDORISMO: É o estudo que visa qualificar o indivíduo para que


detenha uma forma especial, inovadora, de se dedicar às atividades de
organização, administração, execução; principalmente na geração de riquezas,

39
na transformação de conhecimentos e bens em novos produtos – mercadorias
ou serviços; gerando um novo método com o seu próprio conhecimento.

ESTEREÓTIPO: Conceito infundado sobre um determinado grupo social,


atribuindo a todos os seres desse grupo uma característica, freqüentemente
depreciativa; modelo irrefletido, imagem preconcebida e sem fundamento.

GÊNERO: É um conceito que se distingue do conceito biológico de sexo. O


gênero se constrói e se expressa em muitas áreas da vida social. Inclui a
cultura, a ideologia e as práticas discursivas mas não se restringe a elas. As
relações de gênero assumem formas distintas em diferentes sociedades,
períodos históricos, grupos étnicos, classes sociais e gerações.

MARKETING PESSOAL: É a ferramenta mais eficiente para fazer com que


seus pensamentos e atitudes, sua apresentação e comunicação, trabalhem a
seu favor no ambiente de convívio. Inclui também o cuidado com a ética e a
capacidade de liderar, a habilidade de se auto-motivar e de motivar as pessoas
a sua volta.

OFÍCIO DE ALUNO: Ser aluno é ser um trabalhador, é ter tarefas e horários a


cumprir, é ser supervisionado, orientado e avaliado, é prestar conta de deveres
e também ter direitos. O ofício de aluno é aprendido, no dia-a-dia, ao longo dos
meses e anos em que estamos dentro, e fora da escola, na infância e na
adolescência. Há um saber e um saber-fazer embutidos nesse ofício que é
aprendido, e também pode ser ensinado. Esse ofício tanto é um aprender das
disciplinas e conteúdos como das competências transversais (estudar, ler e
escrever). Ao se aprender esse ofício, se aprende a ser cidadão, ator social e
trabalhador. O (a) aluno (a) auto-regula o seu processo de aprendizagem,
participa ativamente dos processos escolares, é sujeito aprendente junto com o
professor, é parceiro nas situações de aprendizagem e protagoniza ações de
transformações pessoais, sociais, intelectuais.

PROTAGONISMO: É uma ação de intervenção no contexto social para


responder a problemas reais onde o sujeito é sempre o ator principal. É uma

40
forma de educação para a cidadania não pelo discurso, mas pelo curso dos
acontecimentos. É passar a mensagem da cidadania criando acontecimentos,
onde o indivíduo ocupa uma posição de centralidade na busca de soluções dos
problemas relativos ao bem comum, na escola, na comunidade ou na
sociedade. Outro aspecto do protagonismo é a concepção da pessoa como
fonte de iniciativa, que é ação; como fonte de liberdade, que é opção; e como
fonte de compromissos, que é responsabilidade. Na raiz do protagonismo tem
que haver uma opção livre do sujeito de participar na decisão se vai ou não
fazer a ação. O conceito de protagonismo tem sido bastante utilizado como
uma importante ação educativa para o desenvolvimento pessoal e social do
jovem. É uma palavra de origem grega e, na educação, o termo relaciona-se
ao fato do aluno ser o ator principal do seu processo de desenvolvimento.
O protagonismo juvenil consiste em uma forma de lidar e atuar com as
crianças e adolescentes, a partir da percepção que eles têm da realidade.
Neste caso, seu pensamento e sua participação no mundo adulto devem ser
respeitados e valorizados para que possam fortalecer, de maneira positiva, o
sentimento pessoal de auto-estima e autoconfiança. Socialmente, pode auxiliar
quanto à formação e exercício dos direitos de cidadania.4

RESILIÊNCIA: É a capacidade de recuperar-se, sobrepor-se e adaptar-se com


êxito em face da diversidade, e de desenvolver competência social, acadêmica
e vocacional, estando exposto a situações de grave estresse ou simplesmente
a tensões próprias ao mundo de hoje.

RESOLUÇÃO DE CONFLITOS: Conflitos se originam quando as pessoas


contestam idéias, atitudes, comportamentos, pois elas se apegam aos seus
pontos de vista. E lutam por eles. A resolução de conflitos requer conhecimento
e desenvolvimento de habilidades para tal. O ideal é que as partes que estão
em desacordo busquem um alinhamento de maneira direta, evitando longos
processos formais que terminam por não resolver o problema e podem até
prejudicar ainda mais todas as partes envolvidas. Para resolver um conflito

4
http;//www.cedeca.org.br/PDF/protagonismo_juvenil_eleonora_rabello.pdf

41
temos, por um lado, que nos aproximar da outra pessoa envolvida na situação
e tentar entender como ela se sente e por que chega a conclusões diferentes
das nossas. Por outro lado, a partir de nossa perspectiva pessoal, cabe-nos
mostrar nossos sentimentos e defender nossos direitos e nossas razões para
que a outra pessoa possa, por sua vez, compreendê-los. Tal processo,
interativo e dinâmico, pressupõe a coordenação de diferentes aspectos e
pontos de vista.5

VÍNCULOS: “Para aprender, necessitam-se dois personagens (ensinante e


aprendente) e um vínculo que se estabelece entre ambos. (...) Não
aprendemos de qualquer um, aprendemos daquele a quem outorgamos
6
confiança e direito de ensinar” É na escola, que a criança e o adolescente
procuram buscar o atendimento de algumas de suas necessidades afetivas.
Por isso é importante que, na relação entre professor aluno, sejam levados em
consideração tanto os aspectos cognitivos quanto os aspectos afetivos desta
relação7. É importante que o professor perceba-se como facilitador do processo
de aprendizagem, pois, quando a relação que estabelece com seu aluno é
pautada no vínculo e no afeto, propicia a ele a oportunidade de: mostrar,
guardar, criar, entregar o conhecimento e permite que o outro possa investigar,
incorporar e apropriar-se do conhecimento. Desta forma há uma relação que
ultrapassa o nível acadêmico e permite que ocorra um olhar diferenciado em
direção ao desconhecido.

RESPONSABILIDADE SOCIAL: é uma nova maneira de conduzir os


negócios/as ações, tornando o sujeito parceiro e co-responsável pelo
desenvolvimento social, englobando preocupações com um público maior
(gestores, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores,
comunidade, governo e meio-ambiente). A Responsabilidade social nunca se
esgota, pois sempre há algo a se fazer, sendo um processo educativo que

5
www.portal.mec.gov.br

6
FERNÁNDEZ, ...A inteligência aprisionada. 1991. (p. 47 e 52).

7
www.paulofreire.org.br

42
evolui com o tempo. As instituições podem desenvolver projetos em diversas
áreas, com diversos públicos e de diversas maneiras. A ética é a base da
responsabilidade social e se expressa através dos princípios e valores
adotados pela organização, sendo importante seguir uma linha de coerência
entre ação e discurso8.

8
<http://www.pr.senac.br/institucional/acoes_estrategicas/pets/Conceito_RS.htm> Acesso em:
13 maio 2008.

43
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