Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FINANCAS PUBLICAS
TEMA 3 - O ORCAMENTO
Definição
Dimensões e Funções do Orçamento
Regras Orçamentais
Processo Orçamental em Moçambique
Fases de Elaboração e aprovação do Orçamento
Execução orçamental
Conta Geral do Estado
Fiscalização e Responsabilidades Orçamentais
Enquanto que o orçamento constitui uma previsão das receitas e despesas para um determinado
ano, a conta regista as receitas e despesas que foram efectivamente cobradas e efectuadas durante
esse ano. Constitui, por isso, um meio de controlar a posteriori a execução orçamental e de
responsabilizar os agentes dessa mesma execução.
1
Apontamentos de Finanças Públicas
O relatório e parecer do Tribunal Administrativo sobre a Conta Geral do Estado, por sua vez,
deverá ser enviado à Assembleia da República até Agosto do ano seguinte àquele em que a
mesma for apresentada. No nosso exemplo, até Agosto do ano 2019.
Por último, a apreciação e aprovação da Conta Geral do Estado pela Assembleia da República
deverá ser feita após recepção do parecer do Tribunal Administrativo e estar concluída antes de
finais de Dezembro do ano seguinte àquele em que a Conta Geral do Estado foi elaborada. Ou
seja, Dezembro do ano 2019.
Governo
Tribunal Administrativo
2
Apontamentos de Finanças Públicas
Uma vez executado o orçamento e aprovada a Conta Geral do Estado, chega o momento de se
prestar contas: de se detectarem os erros e as irregularidades cometidas durante a execução
orçamental e de se apurarem responsabilidades.
Para tal, procede-se à fiscalização da actividade dos órgãos e funcionários autorizados a cobrar
receitas e a realizar gastos, os quais respondem civil, criminal e disciplinarmente pelos actos ou
omissões que pratiquem no âmbito do exercício das suas funções de execução orçamental.
A fiscalização visa assegurar que a execução orçamental não sofre desvios, cumprindo-se assim os
objectivos e a estratégia definidos no orçamento. Procura-se garantir que o Executivo se mantém
dentro dos limites impostos pela lei - os quais foram determinados pela Assembleia da República
aquando da aprovação da Lei do Orçamento – e evitar o desperdício e a má utilização dos dinheiros
públicos.
A fiscalização tem normalmente em vista as despesas, uma vez que o montante das receitas é uma
estimativa e está sujeito a variações, dependendo da conjuntura económica, entre outros factores. A
sua fiscalização é, por isso, menos rigorosa: limita-se a averiguar se as receitas foram
correctamente liquidadas e contabilizadas.
Cabe, por sua vez, à Assembleia da República pronunciar-se e decidir sobre o relatório de
execução do orçamento do Estado elaborado pelo Tribunal Administrativo.
3
Apontamentos de Finanças Públicas
A fiscalização jurisdicional assume uma especial importância, não só pela sua “força”, mas
também pelo facto de depender de um órgão externo e independente do Governo. Garante-se,
assim, a separação do poder executivo e jurídico, essencial para o funcionamento de qualquer
democracia.
É de salientar que a fiscalização não incide apenas sobre a Conta-Geral do Estado: não é feita
somente depois de executado o orçamento. Ela é também realizada ao longo da própria execução
orçamental. Trata-se, neste caso, de uma fiscalização prévia, por oposição à fiscalização sucessiva.
Por exemplo, quando a DNCP liquida uma despesa, procede automaticamente à verificação da sua
legalidade e cabimento. Do mesmo modo, se o Tribunal Administrativo verificar que uma
determinada despesa não cumpre com os requisitos legais, ele tem poderes para impedir que ela se
realize e para punir os infractores. Um último exemplo: quando a Assembleia da República aprecia
os relatórios trimestrais do Governo sobre a execução das despesas e das receitas, ela está a exercer
um certo controlo sobre essa mesma execução.
Fiscalização
Prévia Sucessiva