O documentário analisa a história econômica e política do Brasil desde a Revolução de 1930 até o governo Lula, destacando as crises, avanços e debates entre pensadores sobre o desenvolvimento do país. Apesar dos progressos, conclui-se que o Brasil permaneceu subdesenvolvido, com crescimento voltado para as classes médias. O filme também critica as privatizações de FHC por acabar com a soberania nacional.
O documentário analisa a história econômica e política do Brasil desde a Revolução de 1930 até o governo Lula, destacando as crises, avanços e debates entre pensadores sobre o desenvolvimento do país. Apesar dos progressos, conclui-se que o Brasil permaneceu subdesenvolvido, com crescimento voltado para as classes médias. O filme também critica as privatizações de FHC por acabar com a soberania nacional.
O documentário analisa a história econômica e política do Brasil desde a Revolução de 1930 até o governo Lula, destacando as crises, avanços e debates entre pensadores sobre o desenvolvimento do país. Apesar dos progressos, conclui-se que o Brasil permaneceu subdesenvolvido, com crescimento voltado para as classes médias. O filme também critica as privatizações de FHC por acabar com a soberania nacional.
Síntese crítica do documentário: Um Sonho Intenso de José Mariani Brazil 2014
Daniela Aparecida caldeira
Glaucio Roberto Rocha Gonçalves
O documentário “Um sonho intenso” de José Mariani (2014) apresenta as crises e
avanços que perpassou o Brasil desde a Revolução de 1930 e a crise cafeeira até o governo Lula. Conta com a participação de alguns pensadores, historiadores e economistas brasileiros, que traçaram um panorama sobre os problemas sociais, políticos e econômicos a partir dos avanços dos últimos anos, onde se revezaram ao longo do debate e teceram esta história em um contexto de desenvolvimento do país, que ao final, concluem que tais avanços não foram suficientes para o Brasil sair de subdesenvolvido e se tornar um país desenvolvimentista. A estudiosa Maria da Conceição Tavares apresenta em uma de suas falas tal afirmação “ (...) O país reproduzia o subdesenvolvimento à medida que o país se desenvolvia , pois, este desenvolvimento era voltado para as classes médias.” Logo no início se apresenta a crise cafeeira, que desde a crise de 1929 atingiu a economia brasileira pela queda na exportação, voltada à superprodução. Vargas foi levado a adotar a política do café com leite, na qual mandou queimar os estoques, fazendo com que o preço do café aumentasse e deixando a dívida dos cafeicultores para mais adiante,. Esse ocorrido serviu para dar força ao processo de industrialização do país, deixando assim de ser dependente. Vargas, deixa de ser visto como "ditador'' e passa a ser ressaltado como construtor do Estado Moderno. Logo após, cita-se o governo JK que deixa o lado visionário, e prossegue com o projeto do progresso do país, com um olhar contemporâneo do desenvolvimentismo, no qual ocorreu a construção de Brasília. No governo de João Goulart um período pós guerra , liberal, houve uma reflexão sobre a ditadura, sobre o processo econômico, as estatizações e os planos nacionais de desenvolvimentismo. No segundo período, Getúlio Vargas se elege, e vale ressaltar que foi nesse governo, que pela primeira vez o povo elegeu o presidente por meio da democracia. O governo de Tancredo Neves, seguido pelo movimento das “diretas já'', o governo de José Sarney que perpassa por uma inflação altíssima. O desastre do governo de Fernando Collor e os escassos pontos positivos do governo Itamar Franco, no qual apenas conseguiu segurar o plano do real e controlar a inflação. O ex-presidente do BNDES e economista Carlos Lessa, é um dos entrevistados e quem conduz este longa-metragem, ele faz uma análise acerca do governo de Fernando Henrique Cardoso, onde para ele, as privatizações feitas pelo ex-presidente: “acabaram com o projeto de soberania nacional”. E por fim cita-se as análises do governo Lula, o chamado “sonho de Vargas", pois foi nesse governo que o povo esteve no poder. Ressalta-se também a valorização do salário mínimo, da classe trabalhadora e da expansão de crédito. Em conformidade com isso, Carlos Lessa diz que Lula “teve a felicidade de puxar os de baixo para cima e integrar estas pessoas ao mercado de consumo e ao mercado de crédito”. Este documentário traz o cenário político e econômico conturbado do Brasil, em que novas ideias ganharam espaço e sempre foram bem-vindas, ao contrário do que vivenciamos hoje. Vivemos momentos de retrocessos, onde se pede pela volta da ditadura, período este, que torturou e dizimou entre 434 pessoas e deixou várias outras desaparecidas. A história nos conta os fatos e serve de alerta para que erros cometidos no passado não se torne presente.