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Educação a Distância
Recife
Revisão Diagramação
Emanuelly de Arruda Marques Jailson Miranda
Conclusão ............................................................................................................................................. 42
Referências ........................................................................................................................................... 43
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Competência 01
O Desenho Técnico pode ser entendido como uma linguagem universal, uma forma de
expressão gráfica, utilizadas por diversos tipos de profissionais como engenheiros, técnicos e
arquitetos, para representar objetos, máquinas, ruas, bairros, casas etc. Sendo assim, para você
realizar desenhos técnicos, você não precisa de um talento ou um dom artístico. Todas as pessoas
são capazes de desenhar e compreender o desenho técnico, desde que sejam treinadas para tal
atividade.
O desenho técnico representa e transmite com exatidão todas as características do objeto
que está sendo representado. O desenho técnico é de suma importância em diversas áreas, ele é a
primeira etapa durante a fabricação de qualquer objeto. Antes de construir um automóvel, todas as
peças desse automóvel passaram por um processo de fabricação. Esse processo de fabricação se
iniciou com o desenvolvimento de um projeto e da realização de um desenho técnico dessas peças.
A mesma analogia podemos fazer sobre a construção de um edifício, onde todos os cômodos desse
edifício foram desenhados para assim, então, poder construí-los.
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Competência 01
No dia a dia de um Técnico de Segurança do Trabalho, ele poderá ter contato com diversos
tipos de desenhos técnicos, dependendo de qual setor ele estiver trabalhando. Na construção civil,
por exemplo, ele terá que identificar plantas baixas, fachadas, cobertas, cortes, além de saber
interpretar e elaborar projetos de combate a incêndio, mapas de riscos, melhorias de layout etc.
A NBR 8403 especifica diversos tipos de linhas e suas respectivas aplicações. Nesse curso,
serão estudadas apenas as linhas descritas a seguir:
• Linha contínua larga;
• Linha contínua estreita;
• Linha tracejada larga;
• Linha tracejada estreita;
• Linha traço e ponto.
Vamos saber onde cada uma dessas linhas são aplicadas? Anota ai!
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Competência 01
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Competência 01
A NBR 8402 fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos. As
principais exigências na escrita em desenho técnico são: legibilidade e uniformidade. Os caracteres
devem ser claramente distinguíveis entre si e a mesma largura de linha deve ser aplicada para letras
maiúsculas e minúsculas. Outra recomendação importante: os caracteres devem ser escritos de
forma que as linhas se cruzem ou se toquem, aproximadamente, em um ângulo reto (ângulo de 90°).
A figura abaixo apresenta um quadro da NBR 8402, que especifica as dimensões e
proporções dos caracteres.
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Competência 01
Os materiais básicos para se iniciar qualquer desenho técnico são: lápis ou lapiseiras,
borracha, jogo de esquadros, escalímetro, compasso e transferidor. Você já deve ter se deparado
com cada um desses materiais na sua vida escolar.
O lápis comum apresentado na figura a seguir da linha HB, em que a letra B possui
numeração de 1 a 8. A letra H possui numeração de 1 a 10. À medida que a numeração aumenta na
escala B ou na escala H, o lápis se torna mais macio e mais duro, respectivamente.
As lapiseiras são comercializadas nas mais variadas espessuras de pontas: 0,3; 0,5; 0,7 e
0,9 mm. As espessuras variadas auxiliam no traço largo ou estreito, indicando se a superfície
representada está próxima ou distante do observador.
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Competência 01
Figura 4 - Lapiseiras
Fonte: http://graphisestudio.blogspot.com.br/2013_03_01_ archive.html
Descrição: lapiseiras grafite em fundo branco.
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Competência 01
razão entre a dimensão que está sendo representada no desenho e a dimensão real daquilo que está
sendo representado. Escala será estudada em outra seção adiante. Na figura a seguir pode-se
observar o escalímetro.
Figura 6 – Escalímetros
Fonte: http://artcamargorevenda.com.br/catalogo/sinoart/escalimetros/
Descrição: fundo branco com imagem em três dimensões da régua de escalas.
Figura 7 – compasso
Fonte: https://www.desenhoepintura.com.br/categoria/compasso-desenho-tecnico/compasso-trident-2/
Descrição: Fundo branco com a imagem de um compasso
Por último é apresentado o transferidor. O transferidor é um instrumento em formato
circular utilizado para medir ângulos. É marcado por uma escala circular ou semi-circular, em ângulos
espaçados, similar a uma régua. Veja o transferidor na figura a seguir.
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Competência 01
Figura 8- Transferidor
Fonte: https://www.pontodasartes.com/pt/catalogo/desenho/reguas-e-compassos/
Descrição: Fundo branco com a imagem de dois transferidores, conhecidos como 180° e 360°.
O papel utilizado no desenho técnico é o da série A. O maior papel, o A0, possui dimensões
de 1189 x 841 mm (1m²). Através das dobras, pode-se obter os formatos seguintes da série: A1, A2,
A3, A4 etc. A figura a seguir apresenta as folhas da série A com seus respectivos tamanhos.
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Competência 01
Escala nada mais é do que uma razão ou uma divisão entre a dimensão da representação
do objeto no papel pela dimensão real do objeto que se deseja representar, conforme equação a
seguir:
𝐸 = 𝑑/𝐷
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Competência 01
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Competência 01
Descrição: imagem com linhas pretas em fundo branco com as medidas correspondentes a escala em uso
A NBR 10126 de 1987 que posteriormente foi corrigida em 1998 fixa os princípios gerais
de cotagem a serem aplicados em todos os desenhos técnicos. Cotagem é a representação gráfica no
desenho da característica do elemento, através de linhas, símbolos, nota e valor numérico numa
unidade de medida. A cotagem é representada pelos seguintes elementos: cota, linha auxiliar, limite
da linha de cota e linha de cota. Você deve estar se perguntando o que é cada um desses elementos.
Veja a figura a seguir e descubra:
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Competência 01
e
Figura 13: Elementos de Cotagem
Fonte: NBR 10123
Descrição: Fundo branco com um desenho de um retângulo. Nesse desenho estão sendo representados os elementos:
linha auxiliar, cota, linha de cota e limite da linha de cota.
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Competência 01
Projetos arquitetônicos serão vistos com mais ênfase na competência 2. Para essa
competência, a norma NBR 6492, que fixa as condições exigíveis para a representação de projetos de
arquitetura será apresentada apenas para que você saiba de sua existência. Uma informação
relevante é que as escalas utilizadas em desenho de arquitetura geralmente são as escalas de redução
(E = 1: X, com X > 1), isto é, o objeto é representado em dimensão menor que a dimensão real. Isso
parece óbvio já que os desenhos arquitetônicos representam casas, praças e edificações e claramente
não cabem no papel em uma escala natural. Porém, em poucas situações, como na representação do
detalhamento do encaixe de uma maçaneta, pode-se utilizar a escala natural (E = 1:1) ou uma escala
de ampliação (E = X:1, com X > 1). A escolha da escala deve ter em vista o tamanho do objeto a ser
representado, as dimensões do papel e a clareza do desenho. As escalas mais utilizadas em desenho
de arquitetura são: 1:50, 1:75, 1:100, 1:200, 1:250 e 1:500, podendo também ser utilizadas as escalas:
1:5, 1:10, 1:20 e 1:25.
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Competência 01
Essa competência termina por aqui. Não se esqueça de assistir a vídeo aula dessa semana
no Ambiente Virtual de Aprendizagem e até a próxima competência, onde será abordado com mais
profundidade as formas de representação de desenhos, os projetos arquitetônicos e os projetos
complementares.
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Competência 02
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Competência 02
Figura 14 - Perspectivas
Fonte: www.querisquinhos.blogspot.com
Descrição: A imagem apresenta três cubos. Cada um desses três cubos está sendo representado por uma perspectiva
diferente. O primeiro é uma perspectiva cônica, o segundo é uma perspectiva isométrica e o terceiro é uma perspectiva
cavaleira.
A perspectiva isométrica é caracterizada por manter fixos dois ângulos de 30° nas laterais da
perspectiva, formando uma figura com várias linhas em paralelismo, denominadas de linhas
isométricas. Veja a Figura que segue.
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Competência 02
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Competência 02
Para fixação, veja na figura a seguir a representação das seis vistas de uma outra peça.
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Competência 02
Você lembra que na competência 1, foi estudado que o desenho técnico faz parte da
primeira etapa no processo de fabricação de um objeto qualquer? Sendo assim, nessa seção iremos
estudar as etapas de projeto da sua concepção até o desenho definitivo que seria utilizado para a
fabricação. Essas etapas são: Esboço, anteprojeto e projeto definitivo.
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Competência 02
2.3.1. Esboço
O esboço faz parte do estudo preliminar, de concepção de ideias inacabadas, sem muitas
informações, sendo representada por traços iniciais, normalmente à mão livre, daquilo que se deseja
projetar. A figura a seguir apresenta um exemplo de um esboço de um projeto arquitetônico.
Figura 18 - Esboço
Fonte: https://wjprojetos.blogspot.com/2013/12/etapas-de-um-projeto-arquitetonico.html
Descrição: fundo branco com esboço em linhas pretas.
2.3.2. Anteprojeto
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Competência 02
Figura 19 - Anteprojeto
Fonte: http://www.probuild.com.br/projetos-arquitetonicos
Descrição: imagem de plantas arquitetônicas em fundo branco com a perspectiva da mesma.
O projeto definitivo é a última fase do processo. Nessa fase o projeto está pronto para ser
executado. No caso de uma construção, o projeto definitivo é o projeto arquitetônico. Na figura a
seguir, apresenta um exemplo de um projeto arquitetônico.
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Competência 02
A planta de situação define o lote em estudo e sua posição em relação à vizinhança. Nesse
tipo de planta sua posição geográfica também é especificada através de um símbolo indicando o
Norte. Outras informações úteis também podem ser especificadas como postes, árvores, calçadas
etc. Veja a figura a seguir, um exemplo de uma planta de situação onde o lote foi especificado na
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Competência 02
quadra, indicando as ruas da vizinhança. Também foi identificada a posição geográfica que é muito
importante para os projetos arquitetônicos e a escala.
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Competência 02
com os códigos de urbanismo da cidade. A figura a seguir apresenta um exemplo de uma planta de
locação.
A planta de coberta é aquela que mostra a queda d’água, ou seja, a posição do telhado, a
localização da cumeeira e do beiral existente na edificação representada. A figura a seguir apresenta
um exemplo de uma planta de coberta.
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Competência 02
A planta baixa pode ser definida como a projeção da seção inferior que se obtém ao
passar um plano de corte através da edificação, a uma altura que corte as paredes, portas e janelas.
A planta baixa visa determinar a forma, dimensões e distribuição dos compartimentos e cômodos da
edificação. Veja a figura a seguir, um exemplo de planta baixa.
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Competência 02
2.4.5. Fachada
Figura 25 - Fachada
Fonte: http://arquiteturais.blogspot.com/search?updated-max=2010-09-28T12:38:00-07:00&max-results=7
Descrição: imagem da fachada frontal e lateral, sendo o imóvel localizado na esquina da quadra.
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Competência 02
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Competência 03
Olá estudante. Nas últimas duas semanas o estudo foi concentrado em conhecer o
desenho técnico, entender sua importância, aplicar as normas, estudar os materiais utilizados para
desenhar, as formas de projeções, etapas de um projeto e o projeto arquitetônico. Agora, nosso
estudo será concentrado em analisar projetos complementares e o projeto arquitetônico e
interpretar os projetos, sobretudo os de segurança.
Portanto, aproveite essa competência para aplicar os conhecimentos da competência 02
e conhecer os projetos complementares de uma edificação e conhecer as simbologias utilizadas para
representar os elementos em projetos de segurança.
Um projeto de uma edificação é formado por um conjunto de projetos que vão além de
um projeto arquitetônico. Os projetos complementares completam os projetos arquitetônicos para
atender demandas específicas da edificação, como por exemplo, as instalações hidráulicas, as
instalações elétricas, de ar condicionado e as instalações de proteção e combate a incêndio.
Esses desenhos são muitas vezes feitos em ferramentas CAD (sigla em inglês que significa:
Desenho Auxiliado por Computador) como o AUTOCAD. O estudo dessas ferramentas está fora do
escopo dessa disciplina. Porém, saber usar essas ferramentas é um grande conhecimento para um
Técnico de Segurança do Trabalho. Você pode e deve aprimorar seus conhecimentos em um curso de
desenho assistido por computador.
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Competência 03
Um bom projeto hidráulico sanitário tem os cômodos que consomem água próximos um
dos outros, facilitando a instalação e reduzindo custos de materiais. A figura a seguir apresenta um
recorte de um projeto sanitário, indicando o diâmetro das tubulações e os acessórios utilizados na
instalação.
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Competência 03
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Competência 03
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Competência 03
Descrição: imagem de planta baixa com as indicações de pontos onde se pode observar uma instalação contra incêndio
na cor vermelha.
Esta seção irá apresentar a simbologia geral utilizada nos projetos para representar
elementos específicos, como por exemplo, a representação de janelas altas, extintores, campainha
etc., visando à perfeita interpretação tanto dos projetos arquitetônicos, quanto de alguns projetos
complementares.
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Competência 03
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Competência 03
Fonte: tecedific.blogspot.com
Descrição: imagem em linhas pretas sobre fundo branco, representando uma planta baixa.
Observe que não há uma diferença entre extintores de diferentes agentes. Essa
diferenciação é representada por símbolos, que são inseridos dentro dos símbolos básicos
apresentados. A figura a seguir apresenta alguns símbolos do agente extintor.
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Competência 03
Outros elementos podem estar inseridos nos projetos de proteção e combate a incêndio,
como os Hidrantes urbanos e de colunas, Rota de fuga – direção a seguir, Rota de fuga – saída final,
Porta corta-fogo P-90, Campainha e Sirene. A figura a seguir apresenta a simbologia desses
elementos.
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Competência 03
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Competência 03
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Conclusão
Nossa disciplina se encerra por aqui. Espera-se que você tenha compreendido a
importância do Desenho Técnico para o Técnico de Segurança do Trabalho, que você saiba interpretar
um Desenho Técnico, tenha conhecimento das normas relacionadas com o Desenho Técnico e saiba
identificar os elementos nos projetos complementares, sobretudo os de proteção e combate a
incêndio.
Caso alguma dessas habilidades introduzidas nessa disciplina não tenha ficado claro para
você, procure o seu professor para dialogar sobre os conteúdos estudados. Você pode entrar em
contato com o professor através do chat, dos fóruns criados ou por mensagem direta, em um
ambiente privado, com todos os professores do curso.
Até uma próxima disciplina.
Bons estudos!
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Referências
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8403 Aplicação de linhas em
desenhos – Tipos de linhas - Larguras das linhas. 1984.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8402 Execução de caractere
para escrita em desenho técnico – Procedimento. 2019.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10126 Cotagem em desenho
técnico. 1987.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492 Representação de
projetos de arquitetura. 1994.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067 Princípios gerais de
representação em desenho técnico - Procedimento. 1995.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14100 Proteção contra incêndio
- Símbolos gráficos para projeto. 1998.
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Minicurrículo do Professor
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