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Guilherme Wagner
UFSC
10.37885/210303432
RESUMO
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Educação Matemática em Pesquisa: Perspectivas e Tendências - Volume 3
INTRODUÇÃO
Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não
a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se
defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado. A tradição de
todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos.
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Educação Matemática em Pesquisa: Perspectivas e Tendências - Volume 3
Portanto, uma proposta de formação de professores que ensinam matemática na pers-
pectiva da Educação Matemática Anticolonial advoga dimensões 1) políticas anticapitalistas,
anticoloniais e antipatriarcais (WAGNER e SILVEIRA, 2018), 2) epistemológicas que façam
a critica as importações acríticas das teorias dos países capitalistas centrais, como o neo-
pragmatismo da epistemologia da prática, 3) metodológicas onde o professor assume que
sua prática se torne práxis, pois o real critério de verdade é a práxis.
As perspectivas da Educação Matemática Crítica e da Educação Matemática para
Justiça Social dialogam com essa perspectiva, entretanto, elas ainda concordam com o
pacto liberal da sociedade democrática burguesa. Em suma, questionam a existência das
desigualdades, das crises, das relações neocoloniais, mas não compreendem a centralidade
da problemática que é o processo contínuo de alienação do trabalho sob o capital, isto é,
o processo de dominação e exploração das atividades humanas essenciais para produção
e reprodução da vida, da fantasia ao estômago e como as colonialidades do saber e poder
são produzidas e produtoras desses processos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
FINANCIAMENTO (OPCIONAL)
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Educação Matemática em Pesquisa: Perspectivas e Tendências - Volume 3
REFERÊNCIAS
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