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Ex M SCOLA DE COMANDO E ESTADO:MAIOR DA AERONAUTICA


1975 ' DEPARTAME:-jTO DE ENSINO
ENN
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• Curso e Ano
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i EXERCITAÇÃO MONOGRÁFICA
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ESTRUTURAS GEOL6GICAS E PODER ECONÔMICO


•••• o o •••• o ••••••• o •••••••••••••• o •••••• o

Título

ENNIO CARLOS TINOCO AZEVEDO - . Ten Cel Me·d


Nome e Posto

....
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DA 'r A .:1:-~/.S.~~~~~0/~9.~~ .......... ·~ .':..

cuR so P.:I;~~9$.q .~~ ..~1'!~~90~ ........ .


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s1.~''" '"""""'" ' '"'""''" '" ü·oholl><>e ao Ofioi•l·AlnM


do Curso da ]~CJJ;M.AR. Seu conteúdo representa a opinião do
autor, quando não for citada a fonte da .matél'ia, não represou-
, tando, necessariamente, a política ou prática da ECKM.AR e da
PAB.
- I -
- .

.

SINOPSE

• ,.~
~'\r:
Constitu~/ponto principal da Monografia o estudo dos pr.2, <J;~·
/ --~' :'"
blemas brasileiros direta ou indiretamente ligados ao ferro ;
manganês~ metais nucleares e~ petrÓleo, enfocando-se as poss!-
- . A
veis soluçoes, enfatizando-se a importancia de tais estruturas
geolÓgic~~~l~o ao Poder EconÔmi~o,Em particula3
Com referência ao ferro, que~~-nos em torno de suas
.. .
principais jazidas' produção brasileira (1960 - 1971) 1 exporta-
;ção e vantagens e desvantagens do Brasil no mercado internacio ,- (1

nai-.do min~rio.

Ao manganês do Amapá demos maior relevância à sua produ-


ção, pelotização, emprego e aos aspectos principai~ de sua con
H

servaçao.

Dos metais nucleare~ o


...
u~o
. mereceu nossa maior aten-
ção, comentando-se possibilidades atuais e futuras·~· recentes
oc-orrências 1 etc.
.. cwJ.<~
.~e
I
Quanto ao velho e sempre jovem problema do petrÓleo re-


•.;
corremos a publicaçÕes especializadas, dados hist.Óricos etc •

-II-
SUIVI1RIO

.P?:gina
SINOPSE •• •••••••••••••••.••••••••••••••••••••••• ·•••••• e II

INTROmÇÃo~-.••• •••••••• e • • • • • • • •. ·• ~: ••••• ~ • • •· •• -· •• :•. • • • • • IV


•.&I

' J
CAPfTtTLO I FERRO E :METAIS.' DA INOOSTRIA DO AÇO •••••• 2

CAE:fTULO II MANGANÊS NO AMA~l ••••..... .......•••.••• •- 11

• CAPfTtTLO III

CAPÍTULO

CAPÍTULO
IV
METAIS NUCLEARES •••• _. ••••••••• :.; •• • • ••• • e

PETRÓLEO- O "OURO NEGRO"••••••••••••••


N

V - CONCLUSA Oe• • ••• • •••••••••.•• ·.•.•.•• ~ .••• e


28

32

BIBLIOGRAFIA. • •••••••••••••• • ••••••••.•••• • ..... ·•• • ••••• • 34 -



';

,>
i,.!

.t
J

...; III -
INTRODUÇÃO

~ Esta Monografia tem por finalidade conscientizar o lei-


. tor sobre a, imp_ortânc~a ~ESTRUTURAS GEOLÓGICAS. a. :t:im de
. '• I que possa utiliz~•las•no funcionamento e fortalecimento doPO
DER ECONÔMico: . . .

Vers~til, a Monografia terá como ambiente ora·o ·Quadri-


. l!l:tero Ferr!fero de Minas Gerais~: .~ra a Serra do Navio; no
long{nquo Ama~, por vezes as terras uran!feras de Goi~s, se

• extendendo, al~m-fronteira,at~ á míste'riosá 'comuriidade· -~be.


,.
A importancia do assunto reside no ·fato ·de que • todos
os temas abordados têm implicação,
........ . .. ...ostensiva
. . . . . ou. .velada,com
' . . ... os ~

problemas vitais que enfrentamos ou que teremos de sobrepujar


mais cedo ou mais tarde. ... . .. . .;.. ... . . ......... ·.
~ ~·· ......... ~.

t a Siderurgia, por n6s estudada no 12 e 22 cap~tulos,


,
que vai assegurar o aço de que tanto indÚstria necessita a
particular mtra seu desenvolvimento e a indústria ·b~lica para
as suas máquinas, ve!culos e quase todos os meios de produçã~
E que dizer da maravilhosa energia nuclear aplicada para fins
pac!ficos?
-
Em futuro nao muito remoto estaremos sendo beneficia-
1
dos pelo emprego da energia atÔmica não s;6 como substituta
•• eventual das reservas de fontes convencionais de energia co-
/ ~

-IV-
mo nos mais variados ramos da atividade humana.

O petr,6leo - o "ouro negro" - ,e" a valiosa fonte de


energia e matéria-prima, sustent~culo da Humanidade. Bastou 1
escreveomos mais adiante, que os produtores do Golfo P~rsico
fechassem. um pouco as torneiras do petr,6leo para se ver como
~I
tudo poderia desmoronar de uma hora para outra. A sociedade
i J
x_ humana não sabia que estava tão escravizada a um s6 produto.,,

-v-
ESTRUTURAS GEOLÓGICAS E PODER ECONÔMICO

r Generâlidades
,,
.Quando estudamos "PODER NACIONAL vimos q_ue existem vários
fatores, não propriamente militares, q_ue o modificam valorizan-
A
/ '

j • do-o ou depreciando-o pela influencia q_ue exercem sobre os seus


, I . ..
Fundamentos e Fatores espec!ficos.
Em relação A ESTRUTURA GEOL6GICA, vimos tamb~m~ q_ue as ma
térias-primas co~tituem fator de natureza econÔmica do Poder
Militar, pela garantia ind:i.spenslvel ~ fabricaç~o de material 'h!
7
lico e à atuação das Forças Armadas, ;em o encargo e os riscos
~ ' .----;;---- .
de assegurar a sua obtençao no exterior.

A necessidade dlia que há~ para as modernas Forças Armadas,


de petr,<Sleo para a sua movimentação (e atuação, inclusive), do. ...
aço para as máquinas bélicas, veículos e quase todos os meios de
produção e de minerais r~dio-ativos para seus engenhos nuclea-
, . ,
res, e exemplo bem conhecido de todos no~.J_


~ .
·,,

;,. '

' ' )
)

. ,..
'•'

- 4.-
]: - FERRO E METAIS DA INliDsTRIA. DO AÇO

·' O ferro entra-na proporção de 4;2% da litosfera sendo o


o metal mais abundante depois do alum{nio (7,5%). Embo-
ra seus compostos sejam numerosos apresenta-se em gran-
des concentraçÕes somente sob a forma de Óxidos. Os fa-
.. tos essenciais que deram ao ferro ~ supremacia que des-
' ' , ..
fruta, em nossa .epoca, foram:
,,
- a utilização do coque mineral em substitúiç~o ao ca~


'!"'
vão de madeira permitindo expandir grandemente
fabricação.

b - a descoberta dos processos de transformação


sua

do gusa
em aço.

c - o conhecimento das propriedades magn~tiéas do ferro .


A
e a descoberta de Oersted sobre os fenomenos eletro-
magnéticos, princ{pios em que.se fundamentam a cons-
trução de d{namos e dos motores el&tricos.

d - a descoberta de Robert Hadsfield sobre a melhorm das


1 i-

propriedades do aço pela ~dição de quantidades subs-
tanciais de l&lnganês, fato que marcou o inÍcio da e-
ra dos "aços especiais".

A produção de aço no Mundo vem crescendo sempre, acompa-


nhando o progresso material. Nas ~pecas de guerra, so-
bretudo, as suas aplicaçÕes crescem consideravelmente por
causa da fabricação de armamentos e de grande nWn.ero de
·'
ve!culos.
Embora a maior parte de produção seja de aço comum vem
aumentando o empr~go de aços especiais-, contendo manga-
A I , . A
nes 1 como·ja foi dito, cromo, m.quel, cobalto, tungste-
..
nio etc., metais que conferem aos produtos elevada re-
sistência à corrosão e à oxidação bem como propriedades
.
mecânicas em grau nao obtido nos aços comuns,
, - ,
O ferro e obtido pela reduçao dos seus oxidos.

A hematita (70% de ferro) é o minério de ferro de maior


.....
. ,f ·~ emprego •

~ siderurgia moderna o minério de ferro é usado sob


.,
?
duas modalidades: 1) diretamente no alto-forno onde e

• reduzido produzindo o gusa e, 2)

-
tribuir ainda com uma adiçao do metal_:)
no forno de aço (pro-
cesso Siemens-~mrtin) onde tem a função de reduzir o
teor de carbono do banho 1.!quid9 1 com a vantagem de con

Para uso no alto-forno não há uma exigência tão.r:l.goro-


. , . porque os produtos nocivos tem
sa de pureza de nuner~o
. '
oportunidade de ser eliminados na esc6ria, enquanto que.
no forno de aço as impurezas contaminam o metal já em
vias de transformação em aço.

Os m:nérios de e~~i a~::;v


to de ferro necessitam de
adiçoes de materiais escorificantes para a eliminação
das impurezas do minério.

Pelo levantamento da ONU, em 1951~ s6 14% do minério de


),
ferro explorado no Mundo continha teor igual ou supe-
rior a 55% de ferro e apenas .2% tinha teor igual ou aci
'''!
ma de 65%, como o que exportamos.

.~ ... i---.rãzidas brasileiras - De um modo suscinto 1 enfoquemos


as principais jazidas brasileiras de ferro.

Em Minas Gerais há in,keras jazidas. Quase todas se a-

6-
cha.m na região do· Quadril!'Ítero Ferrífero e economicamen-
te, podem ser classificadas em função do tamanho da zona
•i
geográfica .(vales do Rio' Doce e do Rio Paraopeba)~ das
vias de escoamento e dos grupos interessados.

I
, '- f.l
O min~rio do Vale do Rio Doce destina-se; em parte 1 ao
mercado doméstico (Usi~minas, Acesita, Belgo-Mineira e;
em parte, ao Mercado Internacional (avRD, Belgo-Mineira
.f '"

e outras exportadoras) escoando-se os produtos, nesse O!; ...;.


so, pela EF Vit,6ria-Minas.

Na região do Vale do Rio Paraopeba M tamb.~m jazidas que

• '
atendem ao mercado dom~stico (Cia Side~rgica Nacional
(Casa de Pe~) Cosi; etc.)- e jazidas cujos produtos são
exportados , (!Jons6rcio do· grupo Antunes e Hanne..,ll'linera-
çÕes Brasileiras Reunidas (MBR); Manesmann etc.).

No Vale do Rio Paraopeba havia, at~ h~ pouco,somente uma


fonte de escoamento importante que era a então EFCB. A-
tualmente ·os ramais da El!"lM transportam o min~rio deste
vale, tanto para o Rio de Janeiro (futuramente para o ~

mal.de Sepetiba da MBR) como para o porto de Tubarão; no


EspÍrito Santo.
: ..... jA Companhia Vale do Rio Doce ,~ a princiPal produtora de
"'-- minério de ferro e no quadro mundial também se coloca em
posição de destaque. Este! aparelhada para a·produção em
larga escala possuindo usinas bem cuidadas, centros de
pesquisa e tecnologia 1 al~m de estrada de ferro (EFVM) e
porto adequado (Tubarão) • J
... A CVRD assumiu o acervo da Itabira }ron Ore Co em 1942
como resultado do Acordo de Washington quando o Brasil
aceitou o compromisso de abastecer as usinas siderúrgi -
cas dos paÍselaliados, na 2a. GM.

- ... -
'A
Na mesma ocasião foi criada a Companhia Siderúrgica Nacio-
nal com o objetivo de fomentar a ind~tria nacional •
.,
Ati 1970 a CVRD dedicava-se exclusivamente à exploração
do ferro e atividades sociais no Vale do Rio Doce. Atual-
.,
~· . ,., mente vem diversificando muito sua atuação por interm~dio
do DOCEGEO que est~ realizando pesquisas de todos os re-
•f ... cursos minerais de interesse •
Al~m de produzir ~rios tipos de min~rio de alto teor, a
CVRD implantou em Tubarão a primeira Usina de Pelotização
brasileira e, igualmente de iniciativa pioneira 1 est~ fazeg
do concentração do "itabirito frilvel" que não era conside
rado min~rio.

~~ not~cia ~pida~ Apodemos apontar como as mais importa~


tes jazidas, a de Caue, no Distrito de Itabira, pr.6ximo a
cidade do mesmo nome;· onde o min~rio ~ moÍdo e beneficiad~
junto à Usina e, j~ na influência do Vale do Paraopeba, a
jazida 'roina ]'!{brica da Companhia de Mineração Ferro e Car-
vão {grU.po Tissen) de onde o min~rio ~ exportado, pelo ra-
mal da EFVM~ com posterior destino para a Alemanha~
A A
As jazidas de Caue oferecem interesse economico ' especial

• pelos seus import~ntes dep6si tos ferrífero~ de elevado tear


e pureza.

As principais jazidas de min~rio de ferro do Centro de Mi-


nas Gerais formam cristas nas montanhas apresentando-se c2
' ·•
.I mo saliências por oferecerem maior resistência à erosão •

; : ...
. , -
Os grandes depositas estao quase todos compreendidos numa
lrea da ordem de 8 000 km2, entre Belo Horizonte, Santa Bar
· ~~~~.:·.Congonhas do. Campo e lmriana, o famoso
'

Quadrilatero
, - ·- .

"

- ?
Central; posteriormente. cognaminado Quadrilátero Ferr!fe-
ro.
' ~ Mato-Grosso - Iliunic{pio de Corumb~ - na região de URU-
CUM, in;! também in~eras reservas de minério de fe!I'o ~ mas
sua importância é considera~elmente menor do que· as ·de
Minas Gerais não s.t pela localização, mui to distante dos
,;f
•'
.J.
centros consumidores, como p~la.baixa qualidade do miné-
rio. Ainda assim, esse minério assemelha-se a um taconi-
to bem mais rico em ferro do que o taconi to clássico ' d.o
Lago Superior, nos EE U!!..:}


'
Estudos de vários pesquisadores admitem que as reservas·de
'
Corumbá e adjacencias sejam equivalentes ou superiores em
volume às do Quadrilátero Ferr{fico embora de minério de
.
qualidade mais baixa. Demanda mundial de minério de fer-·,.. ,•

ro -- o aumento acelerado da produção,de ~ço nas Últimas


décadas, a des.coberta de vastos de pÓs i tos de minério · de
i • - • . '

alto teor e sua exploração~ a adoção de técnicas revolhci


orutrias de transporte em larga e~cala,e de novas técnicas-
. ' .... '•

de tratamento de baixo teor met~lico, vem alterando pro-


fUndamente a estrutura dos fluxos do co~ércio internacio-


nal. Todos esses fatores contribuiram para o surgimento
de exportadores de grande porte entre' os quais o Brasil~· ·
que em conjunto com a Libéria e a Aust~lia participou can

••
5% das exportações mundiais e~;l960~· passando a contri-
buir com 25% do total de exportação em 1969.
'. H H

• Reservas, produçao e exportaçao de ferro no Brasil •

...
Reservas -- Umtrabalho global de levantamento das reser
vas de ferro ainda não foi pUblicado.

Produção --. A produção brasileira'' de minério de :!Erro'· tem

- '6 -
crescido com Índices muito si'gnificativos.

r No pertodo de 1960 - 70 a produção foi quase quadruplicada


tendo evoluÍdo de 9,8 milhÕes de t/ano para 36,3 milhÕes de
t/ano.
,
••• O consumo brasileiro tamb&m ,
est~
r.
crescendo com taxas sur -
preendentes e at.& o final da d&cada de 70 estaremos consu-
·'
,f ... mindo aproximadamente 35 milhÕes de t/ano para produzir 20 -
milhÕes de toneladas/aço que 1& ca.uase a produção de min,&rio
de 1970 (36~3 milhÕes t/ano).

Produção brasileira no per!odo 1960 - 1971

Ano Quantidade

1960 9.862.462
1961 10.513.776
1962 11.550.637
1963 13.659.641
'
1964 16.841.378
1965 20.183.818
1966 23.180.587
1967 21.723.393

• 1968
1969
1970
1971
24.532.288
27.571.027
36.381.230
37.675.67-=J

I •. .
Com&rcio - No mercado doméstico é feito, em -grande parte,
diretamente • Os principais consumidores possuem minas pr6
.. ,... prias.
No mercado internacional, a CVRD :é a prin?ipal exportadora
cujo min~rio destina-se, principalmente~ ao Japão e ~ Euro
pa Ocidental.
- ·;..,
~•·'I'
-
O projeto Oaraj~s, em fase de estudo, pressupÕe exporta-
çÕes da ordem de 20 milhÕes de t/ano a serem atingidas no
final da d~cada de 70.

Assim, em 1980, se a conjuntura do mercado internacional,


que se apresenta como altamente competitiva~ não se tornar
adversa, o Brasil esta~ ocupando um dos primeiros postos
na produção mundial de min~rio de ferro •
. ""
~ossibilidades As reservas e a qualidade do m!
(\ --~ - .
futuras
nerio sao excelentes. Nossas reservas são incomens~veis

•,,
e tendo-se em vista a extensa ~rea de rochas pré-cambianas,
, . ~

novos depos~tos deverao ser descobertos com o progresso do


conhecimento geol6gico.

A qualidade do minério; vale repetir, é excelente, sobretu


do graças ao seu elevado e decantado teor em ferro.

As caracter{sticas f{sicas j~ deram supremacia à nossa he-


matita compacta mas as técnicas de pel9tização e sintetiza
H A H
çao vem permitindo nossa utili,zaçao dO!'J "finos" cada vez
maior.

Entretanto, nem o vulto das reservas e nem a qualidade do


minério· são fatores decisivos no mercado internacional que
depende, t amb.&m~ do comprador.
.
,, As vantagens e desvantagens do Brasil no mercado interna -
cional poderiam ser assim resumidas:
'.
• -
Vantagens ..;..... ·minas em ·condiçoes de operarem em larga esca-

... la {Cauê);
·~. sistema eficiente de transporte e embarque
(EFvr.(e porto de Tubarão);

- ~ 8 -

I
·'- frota de graneleiros que poderá operar com
frete de retorno (Docenave e Fronape)- levar
•· minério de ferro e trazer carvão e petr6leo.

Desvanta- -- grande distância jazida-porto (por exemplo :


.., gens a distância ··Itabira - Tubarão f de 570 km;
w
distancia porto-consumidor: compare-se as
.. ·• dist~ncias Brasil - Japão com Austrália - Ja
-
_

pao;
• --mercado altamente .competitivo;-
A .
concorrencia interna entre os grupos produt~

res (CVRD, MBR etc._:j

Ap6s tantas consideraçpes, aproximamo-nos do fim. Não p~


deríamos, tOdavia, encerrar este CapÍtulo sem fazer uma
pequena menção à Vol~a Redon~a~ onde está situado o par-
que, ou o compl~xo, da Companhia Siderúrgica Nacional' Va.
mos enfoc~-la sob o título - Uma usina contemporânea do
futuro -

A partir da segunda metade da d~cada dos 40 ·.·.a presença.


de Volta Redonda começou,a gerar importantes transforma-
çÕes estruturais no Pa!s. Com a relativa disponibilidade
de aço novas indJstrias começaram à surgir em todo o ter-
rit6rio brasileiro, fornecendo o chamado "perÍodo substi-

tutivo" das importaçoes.
.. '·
O desenvolvimento industrial ~
; ·• nhou ritmo mais acentuado e as fontes de dinamismo de nos

'
sa economia diversificavam-se. Depois da construção a u-
.. sina passou por vários planos de· expansão. Agora, prepa-
ra-se para atingir n:Cveis de produção ainda mais elevados. ·

'
Pelo Plano Sider!xgico Nacional foi atribUÍda a CSN a
responsabilidade de maior peso no aumento da produçã~ de
• aço que se deseja situar em torno de 20, ou, c.om maior
otimismo, 25 milhÕes de toneladas no fim desta d.~cada. AB
sim, partindo de uma capacidade instalada de produção de
-
1,4 -
milhoes de toneladas a Usina de Volta Redonda. teve.
seu Plano de Expansão dimen4ionado em três etapas suces-
sivas. No Est~gio I ela foi ampliada para 1~ 7 milhÕes t.
No Estlgio.II (1976) para 2,5 milhÕes t e no Estágio DI
para ·4,6 milhÕes t de lingotes.

Entre as razÕes que ditaram a decisão de ampliar Volta


Redonda a este n!vel destacam-se o seu acervo de conheci
mentes t~cnicos e ser :o "f'ato·.,de ser a Usina que re'lille me
lhores condiçÕes para aumentar a produção side~rgica~
com economia de custos.

Na moldura traçada pelo Plano Siderúrgico Nacional para


situar o Brasil entre os produtores mundiais de aço, a
Usina de CSN tem posição de singular importância como ~
triz que ~ do nosso desenvolvimento sià,enll-éiico.

Capital brasileira do aço, sempre atualizada tecnologic~

mente e sempre preocupada em desenvolver seus ' recursos


humanos, Volta Redonda hoje, como ontem, mantem-se fiel
ao seu lema pioneiro - o de ser uma usina .contemporânea

do futuro •
.,
'

.
..

- 10-
II - MANGA.riS NO AMAPI

~presentando-o ao leitor, diremos que o manganês I um me-


• tal da famÍlia do ferro e participa com o,o9% na crosta
terrestré (56 vezes menos do que o ferro) onde ocorre em
formas combinadas (Óxidos, silicatos, carbonatos etc).

O principal emprego do Mn (95%) se d~ na indÚstria side -


••• ~gica onde se consome aproximadamente 30 kg de min~rio
para produzir 1 t de aço.· _O restante (5%) ,~ utilizado
.;
nas indÚstrias qu!mica~ e~~trica e de fertilizantes e na
"" .


'
ce~lc~
,,
Na siderurgia o Mn ,~ empregado na forma de minério ou fer
N

ro-liga para a produçao de -gusa, aço e aços especiais, c2


mo j~ vimos.

Ainda na siderurgia ele desempenha um papel importante co


mo:
a) agente desoxidante: dada a grande afinidade do eJ:emen-
,.
to pelo oxigenio quando na forma de ferro-liga, reduz
o FeO presente no banho de refino c-om conseqtlente esco
rificação de hin0 0

• b) agente dessulfurante: por causa da maior afinidade pe-


lo S o Mn tanto na forma de min~rio como na de liga ou
sucata é usado para evit~r a formação de FeS de baixo
• ponto de fusão (10002 C). Havendo teores suficientes

.' .. de Mn no banho este forma WmS de ponto de fusão seme-


lhante ao do aço facilitando a forjaria e a laminação
•• do produto que apresenta inconvenientes quando ~ pre-
sença de FeS.

c) agente oxidante: quando na forma de minério pode ser ~


sado para manter uma escÓria de elevado potencial oxi-

-11-
N

dante que ~acilitaria a eliminaçao do P do C e d,o S:i,


'
dissolvidos no aço que assim são escorificados. Esse
papel é de pouca importância dado o baixo rendimento,
custos e agentes mais ativos.
Por suas funçÕes o Mn é empregado em forma de minér:i,o~
ferro-liga, esc~ria de refino e sucata.
("-. .

/ Na indÚstria elétrica - o Mn ié empregado em forma ·· de


minério ou produtos ar~ificiais na fabricaçáo de· pi-
lhas·secas do tipo Leclanché como agente despolarizan-

• te.._j'·
Essa indÚstria consome aproximadamente
de Mn.
2% da produção

~a ind~stria de fertilizantes - na forma de sulfato de


manganes ~ utilizado, principalmente nos EE UU1 na ci-
tricultura como elemento nutriente (microelemento). S~
gundo os tégnicos norte-americanos nenhum elemento qu!
mico pode súbsti tuir a ação do manganês na nutrição a-
dequàda de laranjeiras, grapes. e tangerinas.

No Brasil essa técnica vem sendo utilizada na forma de


pulverização dos pomares ·com sul:f.'ato de mangan~~
~s dep~sitos de Mn são abundantes na natureza mas dis-
tribuem-se irregularmente no espaço e no tempo geoJ:6~
• co •

:í .. Embora as reservas desse metal sejam grandes o Mn é
, N

considerado mineral estrategico em funçao do seu largo


'
' •• emprego e de sua ~ distribuição geogrolfica. Os mai2
res consumidores (com exceção da União Soviética) não
possuem grandes dep6sitos: USA, França,-' Alemanha, In-
glaterra e Japão~

- 12 -
A prospecção do Mn é muito f~cil e baseia-se no fato dele
ser de reconhecimento visual por qualqúer leigo 1 que o de-
-~··
fine como uma "pedra preta", pesada 1 e que "suja a mao".

Quase todos os dep~sitos brasileiros foram descobertos a-


. cidentalmente por leigos que despertaram o interesse de
•• alguma companhia.

. ··•
Visto o manganês em geral, vamos estudá-lo no
N C(!.i-L
.. IA e! Am.ap::{.~
ploraçao é feita a "um aberto" desmontando as grandes ma.!!!_
sas de minério nas éristas e encostas dos morros que for-
mam a Serra do Navio~ no TerritÓrio do Amap::{. Conduzido a



uma usina de beneficiamento, ~ pouca distância das
tes de trabalho o material é britado~ lavado e classific~
do em tamanho bitolando-se-o até 5cm (2 polegadas) e mis-
fren-

fo,..mo;. . )
turando-se· os tipos para p~ o teor de 48% de Mn~

Da usina de beneficiamento o minério cai nos silos para


embarque na via férrea de 206 lan (da prÓpria rcom ;, In-
dÚstria e Comércio de :Minérios s.A); a ti o .porto de Santa
.
na, na margem do Rio Amazonas, onde as instalaçoes - para
embarque permitem o carregamento de um grande navio em
poucas horas. Os navios seguem pelo braço norte do Rio


Amazonas, já devidamente balizado 1 econpmisando cerca de
400 milhas no percurso até os portos norte-americanos e
cerca de uma semana no tempo.

, ..;
A queda nos teores e um estoque acumulado de finos
levou
"i.
a implantação
-
da la. Usina de Pelotização de Mno)As
'* -
-···
leves

instalaçoes de :peloti!zaçao de Santana tem dimensao para l'

produzir.anualmente 212 mil toneladas mltricas de pelotas


••
de manganês com teor aproximado de 60% de manganês metáli
··- -· ,
co, operando em regime cont1nuo devido aos tipos de for-

- 13 -
nos utilizados no sistema industrial adotado. A Usina de
Peiotização exprime ao mesmo tempo um avanço tecnol~gico~·
" no apro-
representando etapa superior de industrializaçao
veitamento de reservas mangan!feras e valioso passo no

..
,

,, campo econÔmico.
Com ela incorpora o Brasil a seu patrimÔnio tecnol~gico u
, ..
ma unidade pioneira no Mundo. Atraves dela introduz no
' .•
altamente competitivo·mercado internacional de manganes
.
um novo produto de especial qualidade, fortalecendo a sua
,:~

. -
pos~çao.
'
O Ama:p!{~ além de grande exportador deven{ garantir o mer-
cado doméstico que precisa d~ minério de alto teor e,freg
te à pol!tica de diminuição de éxportação de produtos "in
natÚra"1 Pº4e:ffi. vir a produzir semi-elaborados na forma .de
ferro-liga. A esse respeito vem·sendo estudada a implan-
tação de uma usina· hidrelétrica no Territ;~rio para fome":'
cer a energia
.
·necess~ria
. a·os fornos
- .el~tricos.
'•

- D:l.dos econÔmico:o:financeiros -
, .
Em janeiro de 1957 iniciou-se a exportação do minerio


A . #
de manganes. pela ICOIV!I, e. traves do porto de Santana. De
então par~ c~, esta exportação não cessou, variando de
ano para ano de acordo com as possibilidades do mercad~
• -
representando uma importante contribuiçao financeira ~

' . ra o Brasil e para o Territ6rio do Ama:p!{.

.'

- llf. -
- ,
Sao os seguintes os numeres relativos a' exportaça·o: -
..
Toneladas m&tricas

1957 668.276
1973 1.226.757
••

••
• Total: 15.271,130 (1957 a 1973) .
Em 1973 estas vendas se dirigiam percentualmente para:
.w;

/
Am&rica do Norte 42'~?4%
CanaM 6~65%
M~xico 0~83%
Europa 46~'37%
-
Japao li81%
Argentina 1~70%
'
100 %
A
A partir de. 1957 o manganes se inscreveu entre os mais
destacados itens da pauta de exportaçao do
.. - ,
Pa~s.

Conservaçao - Pela sua complexidade , .controvérsia e


atualização esse problema não poderia deixar de figu-
rar neste trabalhoo
""
A idéia de poupar as reservas de manganes, de modo a
• garantir· o suprimento da ind~stria side~gica brasi -

'. leira encontra grandes aplausos entre muitos.

Para eles não seria razo~vel vender os minérios de Mn


' . do Pa{s para alimentar a siderurgia de outras naçÕes ,
colocando o Brasil em situação de pem!ria em,relação a
- ,
um material tao necessario a' produçao do aço. -
~~vés dos anos o assunto ;oi discutido e re-discuti-
do predominando a corrente que proibia a exportação do
min&rio de região siderúrgica.
~: - .. -.
Em menos de uma dezená de anos esta Última tese mostrou-
se verdadeira. Nesse pe~Íodo a Siderurgia ~acional cre~
ceu 'a taxas jamais previstas e ainda na d~cada de 70 o
País estará produzindo 20~ ou at~ 25 milhÕes/t de aço.
~
As exportaçoes de Minas Gerais a partir de 1953 nao - pr~

cisaram ser mais proibidas-simplesmente porque o merca-


do dom~stico absorveu toda a produçã0
••
O Ama~ 1 com a sua grande produção~supriu as side~gi-
cas ocidentais e a Companhia Meridional de Mineração
deixou de exportar do Morro da Mina para exportar de U-
rucum.
,..--
\ O panorama do mercado dom.~stico ~ crÍtic9 e deverão ser
tomadas medidas en~rgicas no sentido de ·garantir o par-
que siderJrgico brasileir~. 1
A
As minas de manganes de Minas Gerais e Estados vizinhos
vêm sendo objeto, d~ lavra ambiciosa desde o inic~do s~
' •.
culo. A maioria dos dep~sitos ~stá esgotada, tendo re~
tado, apenas min:~rio de baixo teor. A polÍtiéa.de fre-
te ferroviário e marÍtimo ~ proibitiva assegurando~se
que ~ mais econÔmico (pasmem!) trazer ~in~rio do Gabão
do que de Urucum. ou do Amapá para Minas Gerais, s. Pau-
lo ou :saília. (250i;OO/t o do Gabão para 300~'0/t de Se!:
ra do Navio, sendo que o preço fbB de ambos se equivale•

As· novas descobertas de Mn do Pa·!s de nada adiantarão
'.~ para o mercado dom~stico face ! sua locali~ação.


As ~icas reservas adiciona~ para o mercado dom~stico
•• são as de Mina de Marau (BA) com 5 milhÕes de tonela -
das de min~rio com teor 40% que deverá abastecer o mer-
cado da Bahia e talvez parte do de Minas Gerais e a re-
serva de "carbonato" de Lafayete, ~bém com 5 milhÕes
/t e de teor semelhante ao de Marau.
- i6 -
Através do Pro.jeto Ivln várias medidas são sugeridas no
sentido de normalizar o mercado doméstico de IIIn •


Íif ...

•'~'--

.•


I i

.
.
' •

- 11. -
III • METAIS NUCLEARES

1 - L!tio
t o metal mais leve que se conhece. Vem despertando
interesse pelas possibilidades de se tornar uma grag
de fonte energ~tica •
.. ·

~otação do LÍtio se inicio~ com o desenvolvimento


I ~o: estudos sobre energia atomica quando se verifi -
cou a importância dos metais ··leves (e o L!tio ~ o
metal mais leve que se . conhece) nas operaçÕes de fu,.. . ·'
são nuclearj A partir da descoberta da Bomba de Hi-
drogênio o Li passou a ser um metal muito em evidên-
cia e começou a era da sua produção para fins ene;r;g~
ticos. J~ se divulgou que uma bomba H emprega 5 t
de Li •

.A Comissão de Energia Atômica e os Departamentos :Mi- .


N

litares de Pesquisas dos EUA estao bastante interes-


sados na, .produção de Li. Fato semelhante deve acog
tecer na União Sovi~tica e outros pa::!ses na vanguar-
da dos estudos atÔmicos.

Estão sendo feitas pesquisas sobre ligas de Li resi~


tentes à temperaturas altas para uso em peças de pr2
j~teis ~spaciais e aviÕes de propulsão a jato.

O maior produtor de min~rio de LiP~f~A ~ a Rod~­


sia do Sul.
' . O Li encontra-se no estado natural sobre forma de Si
licatos e fosfatos sendo seus principais min~rios o
espudumenio, a ambligonita, a lepidolita e a petali-
ta.
O Li no Brasil - Foi encontrado em s.Eaulo (uma va-
'
riedade de ambligoni ta) e no Ce~~; no Rio Grande do
Norte e na Eara·,!ba ,.. no planalt9 de Eorborema - e em
Minas Gerais existe espodumenio.

A organização USAM (Usina Santo Amaro) hoje um 1!Jrgã.o


....
•• da CBTN, (Companhia Brasileira de Tecnologia Nuclear)
vem tratando hl muitos anos a ambligonita com finali
dade de produzir compostos de l!tio e fosfatos •
' -

• 2 - Eerilio

\ Outrora os mi~érios de berilo tinham importância


·nas como pedras para joalheria.
~pe

·Recentemente~ o metal berilio passou a despertar gt'a!l


de interesse face às aplicaçÕes que encontrou na en-·
.
ganharia nuclear em virtude de sua propriedade de r e
,
tardador de neutróns ~pidos e de refletor'para o nu
cleo dos reatores.
-
A
O berilio ,é considerado hoje um mineral atÇ>JD.ico jun-
tamente com os compostos do li tio~ do cádmio e do tó:: ,
rio.

[B'oa :rte do metal, nos EE UU é produzido para a Co-


missao de Energia Atômica para uso em aparelhos de A
viação e m!sseis e para pesquisas visando aplicaçÕes
nesses campos. J
. ,,.
O cupro-be:!ilio para ligas de molas indefol'lru!veis
resistentes à fadiga continua a ter grande aplicação.
e

O berilio no Brasil - As jazidas de berilio brasi -

- 19 -
N

leiras como nas outras partes dó Mundo, sao os pegma-


titos onde o berilio se encontra no quartzo, no feld~
pato ou no caolim resultante, acompanhado de mica ·e
minerais acess6rios dos pegm.atitos.

Existem 3 regiÕes produtoras de berilio ho Brasil: a


parte norte e nordeste de Minas Gerais, o sudeste da
Bahia e a região do Planalto de Borborema, abrangendo
••
parte do RGN e Para:!ba.

Reservas-~ imposs!vel estimar corretamente as.reser


vas de berilio no Brasil •

• ~ prov~vel que uma produção da ordem de 1000 a 2000


t/ano como vem acontecendo Í:J:! cerca de 20 anos, p_ossa
ser mantida ainda durante algumas d.ezenas de anos. Coa
N

tudo, nao parecem muito abundantes as reservas conhe-


cidas.

Exportamos a mat~ria-pr:i:Jna~ apenas selecionada à mão.


Est~ sendo feita em Minas Gerais uma tentativa de ex~
ploração global e mecanizada dos pegmatitos com a se-
paração do berilio por flutuação.

h- c:!dmio
\
' Não se conhece ainda, no Brasil, min~rio de Zn rico
·em c:!dm~

A
4 - Zirconio
• -·

; 1:1
lo zirc~nio ~ um metal refrat~rio.
N
Recentemente
sendo alvo de muita atençao por suas aplicaçoes
N
vem
em
N
reatores atÔmicos, dada a sua resistênciac à corrosao

-20 -
diante dos agentes mais agressivos bem como por apre-
;'}·
sentar um baixo coeficiente de absorção de neutros •
O metal vem sendo produzido especialmente para uso de
enorgia 'nuclear~

.- 4'
Zirc~nio no Brasil - As fontes de zircÔnio no Brasil
são ~s areias mon~z!ticas litorâneas, que sempre con-
tem zircão e os depÓsitos do Planalto de Poços de Cal-
••
das (Caldas e Andradas) onde o minério é a baddeleyita
quase púra ou a mistura de Óxido ·e~·silicato denominado
caldasito •

• Al~ de estar nos ~eios, o zircÔnio apresenta-se diss~


minado nas paredes da rocha encaixante que estao
•contato
H

em
com eles; nesses caso, quase sempre acompanha-
dos por elevados teores de urânio.

A •
5 .-•,Uraruo

~ ~io passou a ter grnade importância na 2a. GM com


A •
a descoberta da bomba atomca, engenho experimentado~
los norte-americanos no deserto de Los Alamos e utili-
zado em 1945, para a d~struição das cidades de Hiroshi
ma e Nagasaki no Japão~
1
O urânio entra na composição de mais ae 150 minerais ;
sendo considerados, atualmente, minérios de urânio ape
• nas um pequeno n~ero deles.
I,;,. ,. .
• A partir da 2a. GM o interesse pelo uran1o como parte
de energia estimulou a pesquisa no mundo inteiro tendo
a Comissão de Energia Atômica dos EEOU desenvolvido tim
programa de compras que lhe permitiu, em pouco tempo,

- :2~-
àcmnulo de grande estoque desse novo material energéti
co.
A
Ao cont!'IÍrio do que geralmente se pensa o uranio natu-
ral. não r& um produto de preço elevado; caro e o mate-
,
o
rial f;:!ssil ~
35 que entra na proporçao de -
apenas
•• O~ 7% do urânio natural e que constitue a ~arte de ener
gia nuclea; disputada por todas as NaçÕes.·
•• -
Ultrapassado o ta o contra. vertido emprego da energia nu
</es+rui J of .;I
clear como arma dist~ui4~~ passou-se a considerar a
conquista do ~tomo como fator de desenvolvimento do

• mundo moderno.

O slogan "átomos para a paz" lançado pelo


'Eisenhower, representa hoje, sem d~vida alguma, um se~
Presidente ..

timento universal.

Hoje a utilização da fissão nuclear para fins constru-


'
tivos e pac!ficos ~ um fato conhecido em todo o Mundo.

Urânio no Brasil - Os min~rios de urânio têm sido en-


contrados no Brasil em pegmatit.os (re~ão leste de Mi-
nas, no Planalto·de Borborema. e na zQna de s. João Del
.
Rei), em associação com os min~rios de zircÔnio (Pla-

• nalto de Poços de Caldas), nas jazidas de


'

em Araxá) em pequena quantidade, nas areias monazíti-


cas litorâneas e em Campo do Agostinho (Poços de Caldas).
Pirocloro,

,
Tal como acontece em outros paJ.ses -
nao se pode consid~
'

.• rar os pegmatitos como tipos importantes de jazidas u-
ran!feras.

Algumas análises de minerais uran{feros brasllErlros mos


traram teores de urânio que, apesar de elevados r.ão têm
sido suficientes para considerar seus minérios como fon
- 2Z -
tes de suprimento de urânio de importância comercial
pelo fato de conterem ~ânio sob fo~s de dif!cil ex
tração e não como componentes facilmente solÚveis.

O urânio encontrado nos conglomerados aur!feros da.


l3ahi~ só poderia ser obtido em bases econ'ômicas se
. ,.- houvesse disponibilidade de uma grande tonelagem de
minério aur!fero j~ trabalhado, como ocorre na RepÚ-
• • blica Sul-Africana.

Do beneficiamento da mon~ita;; resultam compostos~ en


tre eles o
... .
uran~o produzido sob a forma de. diuranato


'
de stdio •
Este ~ então enviado (de Goi~s) ao Instituto de Ener~
· gia AtÔmica, em S. Paulo, onde é transformado em diu-
ranato de amÔnio, nuclearmente puro.

Consideraçoes sobra uranio brasileiro


- A
No campo da
pesquisa dos minérios de interesse para a energia nu-

clear o Brasil vem desenvolvendo, ~ cerca de 17 anos,
esforços para locàlizar jazidas de minérios. nucleares·
capazes de assegurar o desenvolvimento de um programa
nuclear.

Do ponto de vista da possibilidade de futuro aprovei-


...
tamento· econ~mico as ocorrências de uranio '
1 dissemina~
-
das em rochas segmentares sao as que apresentam melho
res possibilidades de exploração para a produção de
urânio como produto principal pois 86% das jazidas de
....
•• " do mundo localizam-se em rochas segmentares •
uranio

'I ,. ~~ora
\ Em
tenha tido in!cio ~ 17 anos a
iq14-
CNEN o mo- 'ª't~
mento/localizou apenas uma pequena jazida de urânio •
ll: a de Campos do Agostinho; em Poços de Caldas, único
corpo geolÓgico capaz Qe fornecer urânio a preços com
- Z.l -
petitivos no m.ercado internacional para a futura de
~ A
manda do Pa{s. Das outras conhecidas umas nao :tem o
A . . . ~

menor valor economico e outras dependem da industriali


zação de outros minerais para que a obtenção de urânio
possa se tornar econÔmic~- . -
••
\Entretanto, pode-se_afirmar que as caracterfsticas do
territÓrio brasileiro embora os primeiros resultados
••
não tenham conduzido a grandes descobertas, não invali
dam, de forma alguma, pe_rspecti vas promissoras de · se-
rem encontradas jazidas de ur~nio no Brasil,C0/110 vet-eii'/DS, l
, -
. 6 - Tor~o -

o tório .~ utilizado em reatores como elemento f~rtú·,


isto ~' ao captar-neutrons ~ transmiltO,do em u
233 ~ ele-
mento f{ssil, capaz de ser utilizado como fonte de e-
nergia nuclear tal como u235 •
--
A monazita ~a principal fonte de' tório. •A maior uti-'
lização do tório atualmente ~ na fabricação de ligas
com magnésio usadas nos foguetes e satélites artifi -
ciais por suas propriedades de leveza e resistência
ao trabalho em altas temperaturas e a mudanças bruscas
de temperatura.

As ~reas litorâneas contêm monazita desde alguns d~ci­



mos at~ 60% na~· grandes ~oncentraçÕes locais, da-{ al@
mas-praias do Brasil serem consideradas,juntamente com
as da :fndia, grandes fontes de t.Ório.
·~ ,.,
A teoria de utilização de energia do tÓrio est!Í _nos
seus primeiros ensaios, consideravelmente menos conhe-
cida que _a do urânio mas, s~m dÚvida, poder~! t~ ~
I
de destaque na produção de energia num futuro não mui--
to distante.
- 2-4 -
A jazida de pirocloro de Arax~ foi prospectada tendo-se
revelado como a de maior reserva de 6xido de t6rio co-
nhecida no Pa!s.
~
Apos -
a consideraçao de todos esses elementos, caberia
perguntar: Por que utilizar a energia nuclear?

O Mundo, no seu desenvolvimento, cada vez mais necessi-


.,,. ta de energia, utilizando-a em suas mais diversas for-
mas a partir das mais variadas fontes. Atualmente uma
das formas de energia mais utilizada .~
,
a energia eletri
~-·.

ca obtida por meio de transformação de outrás formas


tais como: a energia hid~ulica (gravitacional))a ener-
gia t~rmica~ a energia qu!mica e, modernamente, a ener-
gia nuclear. '·· '
·,

I \

Uma das .razÕes para a utilização da energia nuéléar {·a


diminuição das reservas de fontes convencionais de enér
gia.J Muitas quedas d'~gua estão sendo aproveitadas mas
A . A
outras, por'motivos economicos ou pela distancia ao lo-
cal de consumo; não o se~o por enquanto. · ·os combus~!
veia f6sseis (61eo, gás e carvão) são utilizados tamb/m
para finalidades mais nobres do que a sua queima, como

••
, ..

/
para fabricação de pl~sticos, borracha etc. Por um la-
do, ,& grande o c:onsumo de combust!veis f6sseis 1 tanto
nesses novos campos quanto nos motores de combustão in-
terna; por outro, a demanda de energia elétrica duplica
no Brasil, de 7 em 7 a~os (e de 10 em 10 anos nos pa!-
.••
' ses mais desenvolvidos~
,_ ~ ~evê-se que na d~cada
de o 1980~ parq~e
gerador brasi-
leiro exigi~ grande número dé ~ermoelétricas e,caso as
reservas nacionais de carvão e petr.61eo, ora limitadas,

- 25 -
não aumentarem substancialmente at~ 1~, essas necessida
des não
.
poderão
. '
ser atendidas somente pelas t,~rmicas con -
vencioriáis!_}
A energia nuclear sendo uma energia concentrada (1 tone
lada de urânio pz:oduz energia equivalente à queima de
••• . . , -
50.000 toneladas de carvao) e relativamente independen'-
...
te da distância entre a Usina nuclear e a usina de ura-
•• nio ou a f~brica de elementos combust!veis. Com isto ',
, '

torna-se poss~vel colocar o reator nuclear onde convier,


aproximando-o dos centros de consumo para poupar custos


H
de transmissao •

l
~

Outro aspecto importante ~~ a contaminação do ar. As usi


nas t~rmicas a Óleo ou carvão produzem grandes quanti-
dades de fuligens, gases (CG,C0 ) que são lançados na
2
atmosfera, poluindo-~ O Brasil na era at~mica Com
tal t·!tulo conceituada revista enfatiza o "Acordo de Co
..., , -·
operaçao Nuclear" do Brasil com a Republica Federal da
Alemanha, classificando-o c·omo o mais importante aconte
cimento para o Pa!s desde a criação da Siderurgia de Vol
ta Redonda e a instituição do monopÓlio estatal do pe-
tróleo. Efetivamente 1ao assumir aquele Acordo o Brasil

• se habilitá_ -não só a importar equipamento para a monta-


,
gem dos reatores, como tambem tecnologia para a produ -
H

çao dos seus componentes.

At~ 1988 os reatores serão inteiramente produzidos no


Brasil. O acordo prevê, também, a instalação de uma U-
I ·;O

sina de enriquecimento de urânio que estar~ funcionando


em 1981. ~a marcha do Brasil~ a passos ~gos; para'a
sua independência nuclear. A participação da ind~stria
brasileira ~ construção dos reatores ire aumentando
gradualmente e em 1988 pode-se assegurar que o Pa!s j~
estare fabricando o reator completo.
- 2~ -
rt--
\ Com o t:Ctulo "Jazida de urânio descoberta em Goi~s po-
de ser a maior do l'a!Ís" o jornal "O Globo" de 23 AGO
75 publicou uma reportagem informando que a NUcleb~s
descobriu em terras goianas algumas das maiores ocor -
r·ên·cias de urânio n-; Brasi~
'. o mesmo periÓdico, as duas
N
principais
entre muitas outras - estao em campos B~
los e"'Am.orinÓpolis onde j~ foi retirada amóstra at~
com teor de ~%, o maior já conhecido pois a m~dia mun-
dial ~ de 2% •


,_, Bara a Agência Internacio~l de Energia AtÔmica (AIEA)
s_o sao co~idera~os depÓsitos de urânio aq~eles· cujo
, N

.. ,
custo de produção não ultrapassem a 15 dolares por li-
bra de 6xido de ur~nio (u3o8 ).
Por esse conceito, o Brasil s.ó possue dois depÓsitos ~
suficientemente medidos (Figueira e Poços de Caldas )
dando um total de 11 mil toneladas de u3o8. Mas,admi~

tem as autoridades brasileiras dosetor,.diante dos n2.


vos preços alcançados pelas mat~rias-primas estrat~gi~
N A
caso custo para a produçao de uranio admitido ·pela.

• AIEA já pode ser elevado para 20 dÓlares por libra de


u3o8. Este detafhe ~ importante porque esse
'
custo cog
duz a reavaliaçÕes dos d~pÓsitos atualmente conhecidos
N

' cujos resultados deverao elevar as reservas brasilei -


ras para n!veis acima de 20 mil toneladas inclusive
passando-se a considerar as reservas no Nordeste e em
Minas Gerais~ como j~ vimos~ at.& agora não considera-
das nos quadros oficiais.
:-------,

\ Ainda em relação a Campos Belos e AmorinÓpolis muito


--
- 26 ~
falta ainda, para se saber se as ocorrências são econo-
micamente explo!f!veis~ tOdavia, a:s per~pectivas são_ ~x-
-
celentes, nao por ass~ '
escrevermos, mas em concordan-A

cia com a ' .-


op~n~!lO do. Chefe do i;partamehto de Prospec-
-· , ,i . • .

I •
çao da Nuclebras que; tendo como respaldo uma experiên-
r cia de mais de 20 anos em pésquisa de urânio, declara
.,, •
jamais ter visto uma região tão promissora quanto Cam-
pos Belos e AmorinÓpolis.~
'


i •'\

- ?1-
'.'
ri - PETR6LEO - O "OURO NEGRO"

\ C~ecido como o "ouro negro" pela sua importância nos


' destinos da Humanidade, o petr.6leo reinam ainda durante
.
I •J
~riós anos sobre bilhÕes de criaturas porque, al~m de
I valiosa fonte de energia é matéria-prima de variadas a-
•, plicaçÕes.
••
~ 67 anos jorrava, no Golfo P~rsico~ uma nova riqueza
.,
. cru~.·daria nova feição ao rumo dos povos.

Po~~m foi s6 no decorrer do ano de 1974, que o ~~do seg


tiu~' efetivamente 1 em toda a sua pujança e pleíli tu de, o
poderio pol!tico~econÔmico, psico1social e militar, ou
seja·, no pr6ptio Poder Nacional de todas as Naçoes,do"OB;-
ro negro" •.

Na .~poca~ surgiu uma reportagem de prest!giosa revista so


bre a crise mundial de petr,6leo. Pela sua objetividade
e clareza, ela se tornou merecedora de figurar em um tra
balho s~rio e bem intencionado.

Batizaram-na com o t!tulo:


\\ tI

O Brasil na guerra do petr,6leo

O Mundo era um, lia~se 1~, até outubro do ano passado


(1973) quando o barril de 159 litros de petr6leo custava
• US$3. O Mundo de hoje (1974), com o mesmo barrilaUS$12
~~ outro bem diferente. Nestes 12 meses tudo se transfor
'"'
mou e nunca, como agora·, houve tantas mudanças em tão
i 'l. pouco tempof J;mtamente com o resto do ~do tamb~ o
Brasil foi apanhado de surpresa pelo barril de petr,6leo

- ?8 -
\ausSh2. Nos três primeiros meses que se seguiám à out:!,!
.•
bro ~do ano passado (1973) e à guerra do Yom Kippur, o go
..
vemo brasileiro subsidiou as ~portaçoes
.
-
, pqr
de petrolec
. --
que elas haviam sido pagas a p~eços .. antigos e porque j!{
estavam no porão dos petroleiros que navegavam no rumo
do :Brasil.

.•, Mas, a partir de fevereiro, quando a Europa e os Estados


••
. ' Unidos já sofriam os rigores de um frio forte e de uma
calefação fraca 1 começou a soar para 6s brasileiros a ho-
ra da verdade. O preço da gasolina comtún subiu de 80
centavos para Cr$1,20; para 1,50, para 1;80 e não há ne-
nhuma certeza de que não passare de Cr$2,00 nos pr6ximos
meses. Al. e-ntão os preços ·dispara.fcun - como não :podia
...
deixar de ser ~ e chegamos ao final do primeiro semestre
com 22% de inflação.
- .. , , , _ ctql_JeC/-
Se, por um lado, nao prec~savamos de oleo para o e~
mento, nem pàra energia el~trica~ que em 85% nos vem de
fontes hidráulicas, por outro lado havíamos construido
uma infra-estruturá de transportes baseada nas rodovias
para ligar um Ba!s que mede mais de 4 mil quilÔmetros de
-
extensao, tanto no seu comprimento norte-sul como na sua


.14 • . '
envergadura lesteoeste.
'
Dispunhamos ta:ni.b~m de uma 'pujante inc1~stria automobil!s-.
tica que s6 naquele ano de 1974 !a acrescentar mais 800
mil motores aos 5 milhÕes de ve!culos já em tr!Ífego no
,
Ba~s •

~-
Somente agora os homens se aperceberam do quanto era frá
gil a civilização ocidental e do quanto eram fragil{ssi- 1
~ _ _...)
1
- 29.-
f':as as estruturas sob as quais elatA se sustentavam. Nel
nhuma pitonisa do Instituto Hudson havia advertidô sobre
essa fragilidade. Bastou que os produtores do ~lfo ~~r

sico fechassem um pouco as torneiras do petrÓleo para se.
ver como tudo poderia desmoronar de uma hora ·p&raa outra.
A sociedade humana não sabia que estava tão escravizada
a um s~ produto. Os brasileiros, por sua vez, nem po-
diam imaginar o quanto eram dependentes dele.
"
Tudo isso, do ponto de vista economico.

, E os aspectos pol{tico, psicofsocial e militar acima re-

neos, poderiam responder à pergunta.


'
feridos? Fatos ocorridos na 2a. GM e outros, "
cont.empo~

t fato conhecido que, na sua arrancada vitoriosa para tQ


mar Berlim,os tanques do General Patton ficaram retidos;
.
longo tempo, a espera de.gasolina,o que possibilitou a
' . H
tomada pelos russos da capital alema.

Para muitos observadores militares~ a aparente dificulda


.
. , --
de no suprimento foi 1 na realidade, um golpe pol1tico pa-
ra que os russos entras~em, primeiro1 em Berlim. Uma coi
' , . ,
.

sa ou outra, o fato
,....
.e que a falta do combust1vel mudou o
rumo da HistÓria.
Um outro episÓdio tamb~ verificado na 2a. GM iria corro
.•• borar a importância pol{tica, militar e, como conseqüên-
cia psico-soci~l, do petr,Óleo •
....
Hitler, precisando urgente e inadiavelmente de mat.~rias­
primas, principalmente petr.óleo; resolveu i~vadir a RÚs-
sia na esperança de se apoderar de seus riqu{ssimos cam-

- 30-
pos petrol~feros. Tendo em vista este supremo· objetivo
ordenou ls suas.tropas que evitassem ~anto.quanto poss!-
vel a gu~rra exterminadora, justamente com a finalidade
de poupar, para uso pr.~prio~ o que já estava · ~
do e explorado.
. .
O Mundo todo conhece o resultado de tal estrategia,em que
..
pesem outros fatores de ordem geÔgrtÍfica~ climática, te-
... .
naz resistenc1a etc.

· raais recentemente~ com o boicote do petr6leo~ o Mundo pe!:


cebeu que a guerra do Yom Kippur não foi um conflito loc!!
lizado; mas um ataque indiscriminado à economia ocidental.
e à paz da Humanidade~_peia agressão árabe-soviética a to
.
das as naçÕes da Terra.

Ainda nesse mesmo n&mero da revista já citada~ existe uma


-
publicaç~o em .que seu autor, no mais puro estilo jocoso e
zombeteiro 1propÕe l Wssia o "Prtmio ,Nobel da Chantagem "
. argumentando que o ·boicote do pet'r,~leo peloJ~iadC?S ~z:a­
bes conseguiu o que seus m!sseis não haviam obti.do. Con-
clue seu debochado artigo colocando a URSS "de
. camarote"
.
.. .. , '

de onde ass~te 1 em.primeiro plano e de mo~o confortavel, a

• tragédia doá ~ovos livres que lutam pelo desenvolvimento •

Os povos de todas as naçÕes; trabalhando dia e noite, não


conseguem satisfazer ao.apetite dos candidatos (e certa-
•• mente~ vencedores) do Prêmio Nobel dGI maior chantagem da
Hist~ria •••


c"

- .,j)-.
"1 .. -
..
. N'

V - CONCLUSAO

De tudo o que foi.exposto.podem ser tiradas as seguintes


'
conclusÕes:

la.) - As jazidas mais importantes de ferro' no Brasil@


~acham localizadas na região do'Qu&dril~~ero Ferr:!-
fero 1 em Minas Gerais •
- a Companhia Vale do !p.o DÓce ~~. a principal
- .
produto
.; -.
ra de min~rio ·de ferro do l'al:!s e no quadro ·mundial


' .
. ,igualm~ntpf coloca em posição_ de destaque~sendo~·
tamb.~m, a ~incipal exportadora, atrav.~s · do porto
de Tubarã'õ;

-as reservas "uras~'1 e~ras


· de · ' ·
m~ner~o D-?7-tu
d e Fe~ s~ am
·entre as maiores- do ll).Ulldo;
..,
quanto à~ p~ssÍ.bÚidades futuras _·são excelentes as·
. . . . y,_ ,
perspectivas tendo-se em conta a extensa área dê
rochas pré-cambiana~ onde novos dépósitoa deverão

.•
ser descobertos com o progresso do conhecimento.geo
l-Ógico •
~--
·-,- --·· ... ( 957•
2a. ) - O principal emprego do _manga.n:_s "')70.
s) da, vd'e. i!!
nól •

'dÚStria siderúrgica Ónde se consome 1 ~-proximadamen­


~ t~~ 30 kg de min~rio para produzi~ uma tonelada de
./
aÇo i
,,-,')i.
o manganês ~ explorado em larga escala no Amapl
' .
{

'("'
(ICOMI) onde foi instalada, pioneiramente, a la. U
1:"
sina de pelotização do manganês;

- 32 -
- devemos conservar o man~nês em benef!cio de nos-
sas usinas sidertfrgicas.
(
)a.) - At~ alguns anos atr~s, apenas uma jazida de urânio
'
tinha sido considerada import~te; a de Campos do
(
• Agostinho, em Poços de Caldas •
'l
Recentemente, em Campos Belos_ e Amorin6polis, em
. .
Goiás, com tais descobertas, ~ promissoras espe
,.
=
ranças de que essas Ocorrencias sejam economicamen
te explon{veis: O dto~M0 >1J(o f-<•1l,.<NW~os ~ &vtc-'c7~ ~o sJ;s-
1
+itl{fo c.\a.t -l.'I?UffG~.f \'(SHval> de i'li1HJ'(& Co>fV(VlCi(ft(él/,

4a.) O Brasil sofreu muito com o boicote ~rabe do petr~


leo; com a incontro~vel disparada dos.preços, sa-
bendo-se que, ao final do primeiro semestre de
1974 a inflação chegou a 22%~ com repercussão dire
'
ta sobre os transportes (elemento b.~sico de qual- ·
quer atividade econÔmica) e ind'tfstria automobil!s-
tica.
'
5a.) -Aço para a ind'tfstria particular ou b~lica, a ener-·
gia nuclear como eventual substituta das convencia
nais fontes de energia com numerosas aplicaçÕes na

• vida moderna e o petr6leo como elemento de susten-


tação da Humanidade., todOs esses eventos mostra-
raro-nos a. reai importância das estruturas geol6gi-·
cas em relação não s:6 ao Poder EconÔmico, em parti
cular como tamb~m, vimos~V1os asp,~ct~s pol!tico,ps_i
cofsocial e militar, ou seja, no pr,6prio Poder Na:
cional ...

- 33-

(:
B I B L I OGRAF I A

~:~
'
•1 1 - Recursos Minerais do Brasil (1º e 2º vols) - SILVIO
FROES DE ABREU
•'*
2 - Revista "VOLTA REDONDA", da c.S.N. - 1974
;VOflN7A~f! - 1\ev,jtol cf~ (CMII-/I'i71.f.
1
- O ;V\f)NG)A..vG.s
j

3 - Revista MANCHETE, de 12 de outubro de 1974 ,.

• 4 - Jornal "0 GLOBO", de 23' de agosto de 1975

5 - "Conheça a Energia Nuclear" - Vol I -



FURNAS CENTRAIS ELfTRICAS S.A.
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