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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS DE SINOP
FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
TÉCNICAS DE MELHORAMENTO DE SOLOS

Aula 11 – Estabilização de solos moles

Eng. Civil Augusto Romanini (FACET – Sinop)

Sinop - MT
2016/2
AULAS

Aula 00 – Apresentação/Introdução Parte I – Métodos Tradicionais Básicos

Parte IA – Métodos Tradicionais Básicos Aula 01 – Solos Tropicais

Aula 02 – Estabilização Mecânica Aula 03 – Estabilização Granulométrica

Aula 04 – Estabilização Solo Cimento Aula 05 – Estabilização Solo - Cal

Aula 06 – Práticas de campo Parte IB – Métodos Tradicionais Básicos

Aula 07 – Estabilização Solo - Betume Aula 08 – Estabilização – Compostos orgânicos

Aula 09 – Estabilização – Solo Bentonita Parte II – Métodos Especiais

Aula 10 – Solo Reforçado com Fibras Aula 11 – Estabilização de Solos moles

09/12/2016 Apresentação da disciplina 2


Estabilização de Solos Moles Conceito inicial

Em decorrência da expansão urbana e a necessidade de grandes áreas para complexos


industriais tem ocorrido um “avanço” para áreas de mangues, brejos e outras localidades
“marginalizadas” ou antes “desprezadas” , por “n” fatores e um deles são os solos moles.

A ocorrência de solos moles está sempre associada à presença de água, áreas baixas (cota) e
mal drenadas (plana) e lençol freático junto à superfície
Entende-se por solos moles os solos sedimentares de baixa resistência à penetração (SPT <
5), cuja principal característica é a alta compressibilidade. São em geral argilas moles ou
areias argilosas fofas, de deposição recente. O número de solos argilosos com essas
características é superior.

Solo N-SPT Designação


<4 Fofa Consistência e resistência das
5-8 Pouco compacta argilas em função da compressão
simples. Das,1985
Areia e silte arenoso 9-18 Medianamente compacta
19-40 Compacta qu (kN/m²) Consistência
> 40 Muito compacta 0 a 24 Muito Mole
<2 Muito mole 24 - 48 Mole
3-5 Mole 48 a 96 Média ( o)
Argila e silte argiloso 6-10 Média 96 a 192 Rija ( o )
11-19 Rija 192 a 383 Muito rija ( o)
>19 Dura > 383 Dura ( o )

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Estabilização de Solos Moles Conceito inicial

Definições importantes
• Adensamento – fenômeno da expulsão lenta da água dos vazios do solo argiloso, causado por um
carregamento externo;
• Recalque – deformação devido ao carregamento vertical na superfície do terreno;
• Amolgamento – destruição da estrutura do solo (perda de resistência), sem alteração no seu teor de
umidade;
• Atrito negativo : Nas estacas implantadas em solos adensáveis, pode ocorrer o fenômeno de atrito
negativo, pelo qual o recalque de adensamento supera o recalque da estaca. Em consequência, a
camada adensável, em vez de contribuir com o atrito lateral resistente (positivo), passa a gerar acréscimo
de solicitação vertical na estaca, de cima para baixo (CINTRA, 2012).
• Efeito Tschebotarioff – Ocorrente em estacas passivas (estacas nos quais os esforços horizontais ao
longo do fuste são decorrentes do movimento do solo que as envolve) e de acordo com Cintra (2010),
com o processo de adensamento da camada de argila mole, sujeita a uma sobrecarga vertical
assimétrica, surgem esforços horizontais nas estacas, em profundidade, capazes de produzir grandes
deslocamentos e até levá-las à ruptura.

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Estabilização de Solos Moles Conceito inicial

Solos moles
• Solos saturados (recalques);
• Baixa resistência (NSPT) < 4 golpes (rupturas);
• Regiões litorâneas ou beiras de rios (geralmente);
• Às vezes com presença de turfas (origem vegetal, regiões pantanosas);
• Dificuldades em se encontrar soluções viáveis nos quesitos custo e prazo;
• Questões ambientais são obstáculos à adoção de soluções tradicionais.
Problemas:
Do ponto de vista técnico:
• Estabilidade dos aterros após a construção;
• Recalques dos aterros ao longo do tempo;
• Estabilidade de fundações;
• Recalques diferenciais entre obras de arte (pontes e viadutos).

Do ponto de vista construtivo:


• Tráfego de equipamentos durante a obra;
• Amolgamento da superfície do terreno, face ao lançamento do aterro;
• Rupturas durante a construção.

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Estabilização de Solos Moles Conceito inicial

Solos moles

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Estabilização de Solos Moles Conceito inicial

Solos moles

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Estabilização de Solos Moles Conceito inicial

Solos moles Sinop - MT

Fonte: Assis e Benatti , 2014


Fonte: Soares e Weber, 2012

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Estabilização de Solos Moles Conceito inicial

Fonte: Assis e Benatti , 2014

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Sobrecarga Temporária Drenos Verticais

Alternativas:

Substituição do material

Bermas de Equilíbrio

Colunas

Agregados Aditivos

Aterros Leves Brita Areia Cal Cimento

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Substituição do material

Camadas de solo moles, de pequenas espessuras , com cerca de 4 a 5 m, e, em alguns casos


até 7 metros pode ser executável. Tal remoção pode ser conduzida principalmente com o uso
de maquinário de escavação, como “drag – lines” ou dragas, ou até mesmo por explosivos,
que liquefazem os solos moles. ( Massad,2003)

Não é uma técnica de melhoramento ou tratamento do solo.

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Substituição do material

Cria – se os aterros de Preenchimento com solo

Fonte: Almeida, 2011


ponta melhorado

Remoção do solo mole “Finaliza – se” o aterro

Monitoramento constante
Exige bota - fora Costuma-se evitar!
Manutenção constante

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Substituição do material

O solo mole removido pode ser substituído por materiais tradicionais, ou pode – se buscar
a utilizar de solos estabilizados com solo – cimento ou solo – cal , ou ainda utilizar materiais
alternativos, porém leves, como tiras de pneus ou pneus picados, argila expandida,
serragem e o mais usual de todo os blocos de EPS ( este último é mais utilizado quando a
camada de solo mole permanece).
Materiais compósitos

Aterro “usual” Tiras de borracha Serragem

 ≈ 18 kN/m³ - 20 kN/m³  ≈ 6 kN/m³  ≈ 10 kN/m³

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Bermas de Equilíbrio Solução de Fellenius

Partindo desse carregamento, tem – se a resultante


Qr, lembre – se q = c , tem – se:
𝑄𝑟 = 5,5 ∙ 2 ∙ 𝑞 ∙ 𝑏
Sabendo que Qr é resultante de uma carregamento
de aterro, ou seja um determinado peso do aterro e
sua respectiva altura Crítica, Hc , temos:
𝛾 ∙ 𝐻𝐶 = 5,5 ∙ 2 ∙ 𝑞 ∙ 𝑏
Portanto a altura crítica para o solo mole, é :
5,5 ∙ 𝑐
𝐻𝐶 =
A estabilidade de aterros após a construção em solo moles 𝛾
foi questionada por diversos autores. Fellenius ( s.d)
propôs uma solução para a situação. Sua analise admite A influência da espessura da camada D é
uma superfície circular e igualdade dos momentos relacionada com o desenvolvimento do circulo
solicitante e resistente ( c = q ). crítico, e para tal utiliza – se a equação proposta

Nesta análise obteve – se uma equação simples que 𝑏


facilite a analise de camadas finitas de solos moles, com 𝐷<
grande espessura “D” e coesão constante. O dado mais 0,758
importante é que o ângulo central (2α) mede 133,5º,situado
na borda do carregamento, e assim obteve – se a carga
que leva a ruptura do terreno.
𝑞𝑟 = 5,5 ∙ 𝑐

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Bermas de Equilíbrio

Bermas de Equilíbrio: são aterros laterais


aos taludes para equilibrar o peso
exercido pelo maciço do aterro principal.
Visam impedir o expurgo de solos moles
além dos offset’s. Não confundir com
processo de retaludamento.

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Bermas de Equilíbrio
Partindo da proposta de
Fellenius, tem – se a situação
do aterro com duas bermas, e
duas alturas ( H) . Na equação
passa – se aplicar um Fator de
Segurança ( FS).

5,5 ∙ 𝑐
𝐻1 − 𝐻2 =
𝐹𝑆 ∙ 𝛾

Como o objetivo é determinar a largura das bermas. Deve – se definir a posição d círculo
crítico ( é sempre necessário possuir o projeto geométrica e dados do solo ) e fazer com que
as bermas cubram a parte sujeita de ruptura, e assim garantir a estabilidade.

Como a rotina de cálculo é maçante em alguns pontos, tem – se os ábacos de Jakobson


(1948) e servem para realizar esta determinação com o intuito de agilizar os cálculos, em
situação em que a coesão é constante e a espessura da camada de solo mole é finita ( não
esquecer do princípio de Fellenius).

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Bermas de Equilíbrio

Passo I – Entrar com dados Passo VI – 𝑂𝑢𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 − 𝐵


𝑏1, 𝑃1, h, Resistência não drenada Para o Caso I verificar através de
= C, Fator de Segurança ( FS = 1,5 𝑝
𝑥 𝑏2 se 𝑥 < 𝑏1 ∙ 𝐴 ∙ 2 entrar no
, no mínimo) 𝑝1
gráfico apropriado com 𝑐𝑎𝑑𝑚 𝑃1 e
Passo II – Calcular 𝑄𝑟,𝑎𝑑𝑚 𝑃1 𝑃2 e determina – se 𝑏2 𝑏1
𝑄𝑟,𝑎𝑑𝑚 = 𝑐 𝐹𝑆
Passo III – 𝐷𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑟 𝑃2
𝑃2 = 𝑃1 − 5,5 ∙ 𝑄𝑟,𝑎𝑑𝑚 ; 𝑃2 < 5,5 ∙ 𝑄𝑟,𝑎𝑑𝑚
Passo IV – 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑃𝑎𝑟â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠

𝑏1 𝐷 𝑃1 𝑃2
Passo V – 𝐿𝑜𝑐𝑎𝑟 𝑛𝑜 𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑜
Locar 𝑏2 𝑏1 no gráfico superior à
esquerda.(CASO II) Se as condições
indicarem ruptura no caso II, determina –
se 𝑏2 𝑏1 deste gráfico
Passo VI – 𝑂𝑢𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 − 𝐴
Se as condições indicarem Caso I
ou Caso III, entrar no gráfico
Em caso de “ausência” de dados utilize a proposta de Fellenius para determina
apropriado com 𝑐𝑎𝑑𝑚 𝑃1 e 𝑃1 𝑃2 e
– lo. Metodologia adaptado de Sousa Pinto, 1989
determina – se 𝑏2 𝑏1

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Bermas de Equilíbrio

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Bermas de Equilíbrio

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas

Para atravessar solos mole e tornar rodovias seguras, estáveis e duráveis, a escolha da solução da
fundação apropriada é uma decisão de engenharia fundamental para o sucesso da construção.Existem
duas tecnologias econômicas aplicáveis ao tratamento de áreas com subsolos compressíveis que nos
últimos 30 anos tem sido frequentemente utilizadas na Europa, Estados Unidos, Ásia, Austrália e,
recentemente, também no Brasil, para a construção de rodovias. Ao longo dos anos, as normas de
concepção e de execução foram desenvolvidas em vários países, e ambas estão listados no Eurocode.

• O primeiro método apresentado é geralmente referido como "Colunas de Brita


Vibrocompactadas". Esta tecnologia envolve a construção de colunas de brita usando modernos
equipamentos de auto-propulsão hidráulica. A instalação de colunas de brita em solo mole tem como
objetivo permitir que o conjunto solo-coluna apresente propriedades adequadas para a fundação
direta das rodovias. As colunas de brita vibrocompactadas podem ser instaladas para apoiar aterros
de até 15 m de altura sobre areias fofas, siltes e também solos argilosos compressíveis.

• O segundo método a ser apresentado é geralmente referido como "Mistura Profunda de Solo à
Seco". Esta tecnologia envolve a construção de colunas de solo-cimento executadas através de
equipamentos modernos também com auto-propulsão hidráulica. Como no método de colunas de
brita vibrocompactadas, executando-se as colunas a seco de mistura de solo-cimento em um solo
mole, o subsolo tratado também resultará num conjunto de solo e coluna com propriedades
melhoradas adequadas para fundação direta. Os típicos agentes estabilizadores são o cimento, a
escória de cimento e cal.

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas Colunas – Solo Brita

A técnica de melhoramento de solo com colunas de brita foi


desenvolvida no final da década de 1950 na Europa. Essa técnica
consiste na formação de colunas de brita por meio de
vibrosubstituição de material granular (brita) nas camadas com
baixa capacidade de suporte do subsolo.

Essas inclusões de brita são flexíveis com módulo de


deformabilidade elevado, sem coesão e com grande capacidade
de drenagem, reduzem o período de consolidação, através da
concentração e redistribuição das cargas aplicadas, aumentam a
capacidade de suporte do solo e diminuem os recalques

As colunas granulares são colunas de areia ou brita, instaladas na camada de


argila, que tal como os drenos verticais, promovem a dissipação de poro-
pressões por drenagem radial, aumentando a resistência da argila e
acelerando os recalques, e também promovem um aumento da resistência ao
cisalhamento do conjunto solo-coluna, permitindo a construção de aterros mais
altos com maiores fatores de segurança. (Almeida & Marques, 2010)

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Solo Brita

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Solo Brita

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Solo Brita


1 - Preparação
O equipamento é instalado no ponto de penetração e estabilizado com macacos hidráulicos.
A alimentação da brita é assegurada por uma caçamba elevatória.
2 - Enchimento
A brita contida na caçamba é despejada na tremonha do vibrador, que é em seguida fechada.
A utilização de ar comprimido permite o fluxo contínuo da brita até o orifício de saída.
3 - Penetração
Por meio da insuflação de ar comprimido e da ativação sobre o vibrador, este desce até a
profundidade do solo competente, comprimindo-o lateralmente.
4 - Compactação
Quando a profundidade estabelecida é atingida, sobe-se ligeiramente o vibrador e a brita é
colocada no espaço livre. Em seguida, volta-se a descer o vibrador para expandir
lateralmente a brita contra o solo, compactando-os.
5 - Acabamento
A coluna de brita é assim executada por passos sucessivos, até a superfície

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Solo Brita

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Solo Brita

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Solo Brita

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Solo Brita

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Solo Areia

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Solo Areia Ringtrac

• Criação de um dique
no perímetro a ser
aterrado
• Drenagem da água
• Reforço do solo com
60 mil GEC´s -
Estacas
• Aterro e utilização de
geogrelhas para
reforço do aterro

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Solo Areia Ringtrac

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Aditivo
O desenvolvimento da técnica de Deep Soil Mixing (DSM) teve início na década de 60 utilizando-se cal
como agente estabilizante. O DSM foi colocado em prática no Japão e nos países do Norte da Europa
na década de 1970, sendo depois difundido na China, Sul da Ásia Ocidental e em outras partes do
mundo, como Estados Unidos e Brasil. Em uma perspectiva mais ampla, os principais objetivos da
melhoria dos solos por meio da adoção desta técnica consistem no aumento de sua resistência, na
redução de sua deformabilidade e permeabilidade, sendo esta última interessante para casos de
remediação de solos contaminados. (PORBAHA, 1998).

Estrutura para DSM -


fundações Aplicações
Tanques e
Torres
Contenção de
Encontro de
empuxo de solo
pontes
Instalações Controle de
subterrâneas escavação
Controle de Aplicações Outras
Estabilização de Deslizamento e ambientais aplicações
Infiltrações
aterros rupturas
Paredes de Suportes Reabilitação de Mitigar
Impermeabilização
contenções adjacentes barragem liquefações

Fundações de Estabilização de Reforço para


Ancoragem de Remediação
margens de rios escavar túneis
edificações solos

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Aditivo
Mistura profunda de solo (Deep Soil Mixing)
Mistura de solo profunda à seco ou Deep Soil Mixing refere-se ao melhoramento de solos
moles, por meio de injeção de um agente ligante de estabilização, misturando-o com o solo
virgem em profundidade para criar uma coluna de material composto solo-ligante. A mistura do
solo virgem com ligante injetado resulta num material composto homogêneo com propriedades
geomecânicas (resistência e deformação) significativamente melhores do que o solo original.
Atualmente há dois processos distintos em uso comercial, o Método Seco e Método Úmido.
– diâmetros variando de 40 a 80 cm;
– consumo baixo de aglomerantes em se comparando com as colunas de Jet Grouting.
– possibilita a estabilização de solos moles em profundidade de até 25 metros;

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Aditivo

Como regra geral, os terrenos argilosos


O método úmido é mais indicado para
são fortalecidos com cal ou cimento
solos argilosos moles, solos arenosos
com cal. Já os solos orgânicos são
de grãos finos com pouca umidade ou
estabilizados com escórias de alto-
solos estratificados com camadas
forno. O método seco é viável em
moles e rígidas intercaladas. Ele
solos suficientemente úmidos para
geralmente emprega calda de cimento
que haja reação com os ligantes
e lama bentonítica.
típicos dessa técnica.

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Aditivo Método úmido

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Aditivo Método úmido

Equipamento “Spray” de água Perfuração Elemento Final

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Aditivo Método úmido

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Aditivo Método Seco

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Aditivo Método Seco

Equipamentos “Spray” de aditivo

Hélices
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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Solo Cal

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Colunas – Solo Cal

Estudos realizados na Suécia, em larga escala


em um campo experimental sobre soles moles
de origem pós glacial.
O estudo composto por duas áreas ( 8m x 15m)
carregas por um aterro que aplica 10 kPa, com
intuito de representar uma residência unifamiliar.
Em uma das áreas foram construídas estacas
de cal com 6 metros de comprimento e
espaçadas a cada 1,4 metros, totalizando 120
elementos. Na outra área nada foi realizado.
Foram acompanhados os recalques ( ou
assentamentos) durante 5 anos, onde na área
constatou – se que o recalque ocorreu de
maneira lenta e o grau de consolidação (
adensamento) ficou próximo de 100%. É visível
na figura ao lado que os recalques ocorridos na
área não estabilizada ficam próximo de 120 mm,
ou 12 cm, enquanto da área estabilizada não
ultrapassam os 40 mm, ou 4 cm.

Traduzido e Adaptado de “Stabilization of Soil whit


Lime Columns” – Bengt B. Broms In: Foundation
Engineering Handbook – H.Y.Fang,1991

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Bermas de Equilíbrio

Exemplo 01 – Foi solicitada a construção de um aterro em uma camada de solo mole que
se inicia no encontro de uma ponte e tem extensão aproximada de 300,00 metros. Este
trecho foi licitado como um lote especifico da licitação. Adotou – se como referência a
cabeceira da ponte, sendo lá a estaca 0,00; Foram realizados diversos ensaios para obter
principalmente a espessura media da camada de solo mole e a resistência da mesa.
Na estaca 1 a camada tem espessura média de 67,00 metros, na estaca 8 a espessura
média da camada é de 13,35 metros e na estaca 12 a espessura média da camada é de 5,00
metros. A coesão média obtida é de 18,00 kPa para o solo que semelhante em toda a
extensão.
O aterro deve atingir a altura útil de 5,00 metros
em todo o trecho e o órgão regulamentador
indica que o talude tenha inclinação de 2:1
(h:v). O material disponível para a execução do
aterro possui peso de 20,00 kN/m³. Para as
bermas pode-se optar por utilizar o mesmo
material do aterro ou o material proveniente da
remoção do subleito de outro lote da obra, que
tem peso de 17,00 kN/m³.

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Bermas de Equilíbrio

Exemplo 02 – Foi solicitada a construção de um aterro em uma camada de solo mole que
se inicia no encontro de uma ponte e tem extensão aproximada de 300,00 metros. Este
trecho foi licitado como um lote especifico da licitação. Adotou – se como referência a
cabeceira da ponte, sendo lá a estaca 0,00; Foram realizados diversos ensaios para obter
principalmente a espessura media da camada de solo mole e a resistência da mesa.
Na estaca 2 a camada tem espessura média de 60,00 metros, na estaca 9 a espessura
média da camada é de 10,95 metros e na estaca 11 a espessura média da camada é de 4,00
metros. A coesão média obtida é de 24,00 kPa para o solo que semelhante em toda a
extensão. Utilize FS = 1,50
O aterro deve atingir a altura útil de 5,50 metros
em todo o trecho e o órgão regulamentador
indica que o talude tenha inclinação de 2:1
(h:v). O material disponível para a execução do
aterro possui peso de 20,00 kN/m³. Para as
bermas pode-se optar por utilizar o mesmo
material do aterro ou o material proveniente da
remoção do subleito de outro lote da obra que
tem peso de 11,00 kN/m³.

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Bermas de Equilíbrio

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Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles

Bermas de Equilíbrio

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AULAS

Aula 00 – Apresentação/Introdução Parte I – Métodos Tradicionais Básicos

Parte IA – Métodos Tradicionais Básicos Aula 01 – Solos Tropicais

Aula 02 – Estabilização Mecânica Aula 03 – Estabilização Granulométrica

Aula 04 – Estabilização Solo Cimento Aula 05 – Estabilização Solo - Cal

Aula 06 – Práticas de campo Parte IB – Métodos Tradicionais Básicos

Aula 07 – Estabilização Solo - Betume Aula 08 – Estabilização – Compostos orgânicos

Aula 09 – Estabilização – Solo Bentonita Parte II – Métodos Especiais

Aula 10 – Solo Reforçado com Fibras Aula 11 – Estabilização de Solos moles

09/12/2016 Apresentação da disciplina 47


Obrigado pela atenção.

Perguntas?

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