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CAMPUS DE SINOP
FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
TÉCNICAS DE MELHORAMENTO DE SOLOS
Sinop - MT
2016/2
AULAS
A ocorrência de solos moles está sempre associada à presença de água, áreas baixas (cota) e
mal drenadas (plana) e lençol freático junto à superfície
Entende-se por solos moles os solos sedimentares de baixa resistência à penetração (SPT <
5), cuja principal característica é a alta compressibilidade. São em geral argilas moles ou
areias argilosas fofas, de deposição recente. O número de solos argilosos com essas
características é superior.
Definições importantes
• Adensamento – fenômeno da expulsão lenta da água dos vazios do solo argiloso, causado por um
carregamento externo;
• Recalque – deformação devido ao carregamento vertical na superfície do terreno;
• Amolgamento – destruição da estrutura do solo (perda de resistência), sem alteração no seu teor de
umidade;
• Atrito negativo : Nas estacas implantadas em solos adensáveis, pode ocorrer o fenômeno de atrito
negativo, pelo qual o recalque de adensamento supera o recalque da estaca. Em consequência, a
camada adensável, em vez de contribuir com o atrito lateral resistente (positivo), passa a gerar acréscimo
de solicitação vertical na estaca, de cima para baixo (CINTRA, 2012).
• Efeito Tschebotarioff – Ocorrente em estacas passivas (estacas nos quais os esforços horizontais ao
longo do fuste são decorrentes do movimento do solo que as envolve) e de acordo com Cintra (2010),
com o processo de adensamento da camada de argila mole, sujeita a uma sobrecarga vertical
assimétrica, surgem esforços horizontais nas estacas, em profundidade, capazes de produzir grandes
deslocamentos e até levá-las à ruptura.
Solos moles
• Solos saturados (recalques);
• Baixa resistência (NSPT) < 4 golpes (rupturas);
• Regiões litorâneas ou beiras de rios (geralmente);
• Às vezes com presença de turfas (origem vegetal, regiões pantanosas);
• Dificuldades em se encontrar soluções viáveis nos quesitos custo e prazo;
• Questões ambientais são obstáculos à adoção de soluções tradicionais.
Problemas:
Do ponto de vista técnico:
• Estabilidade dos aterros após a construção;
• Recalques dos aterros ao longo do tempo;
• Estabilidade de fundações;
• Recalques diferenciais entre obras de arte (pontes e viadutos).
Solos moles
Solos moles
Alternativas:
Substituição do material
Bermas de Equilíbrio
Colunas
Agregados Aditivos
Substituição do material
Substituição do material
Monitoramento constante
Exige bota - fora Costuma-se evitar!
Manutenção constante
Substituição do material
O solo mole removido pode ser substituído por materiais tradicionais, ou pode – se buscar
a utilizar de solos estabilizados com solo – cimento ou solo – cal , ou ainda utilizar materiais
alternativos, porém leves, como tiras de pneus ou pneus picados, argila expandida,
serragem e o mais usual de todo os blocos de EPS ( este último é mais utilizado quando a
camada de solo mole permanece).
Materiais compósitos
Bermas de Equilíbrio
Bermas de Equilíbrio
Partindo da proposta de
Fellenius, tem – se a situação
do aterro com duas bermas, e
duas alturas ( H) . Na equação
passa – se aplicar um Fator de
Segurança ( FS).
5,5 ∙ 𝑐
𝐻1 − 𝐻2 =
𝐹𝑆 ∙ 𝛾
Como o objetivo é determinar a largura das bermas. Deve – se definir a posição d círculo
crítico ( é sempre necessário possuir o projeto geométrica e dados do solo ) e fazer com que
as bermas cubram a parte sujeita de ruptura, e assim garantir a estabilidade.
Bermas de Equilíbrio
𝑏1 𝐷 𝑃1 𝑃2
Passo V – 𝐿𝑜𝑐𝑎𝑟 𝑛𝑜 𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑜
Locar 𝑏2 𝑏1 no gráfico superior à
esquerda.(CASO II) Se as condições
indicarem ruptura no caso II, determina –
se 𝑏2 𝑏1 deste gráfico
Passo VI – 𝑂𝑢𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 − 𝐴
Se as condições indicarem Caso I
ou Caso III, entrar no gráfico
Em caso de “ausência” de dados utilize a proposta de Fellenius para determina
apropriado com 𝑐𝑎𝑑𝑚 𝑃1 e 𝑃1 𝑃2 e
– lo. Metodologia adaptado de Sousa Pinto, 1989
determina – se 𝑏2 𝑏1
Bermas de Equilíbrio
Bermas de Equilíbrio
Colunas
Para atravessar solos mole e tornar rodovias seguras, estáveis e duráveis, a escolha da solução da
fundação apropriada é uma decisão de engenharia fundamental para o sucesso da construção.Existem
duas tecnologias econômicas aplicáveis ao tratamento de áreas com subsolos compressíveis que nos
últimos 30 anos tem sido frequentemente utilizadas na Europa, Estados Unidos, Ásia, Austrália e,
recentemente, também no Brasil, para a construção de rodovias. Ao longo dos anos, as normas de
concepção e de execução foram desenvolvidas em vários países, e ambas estão listados no Eurocode.
• O segundo método a ser apresentado é geralmente referido como "Mistura Profunda de Solo à
Seco". Esta tecnologia envolve a construção de colunas de solo-cimento executadas através de
equipamentos modernos também com auto-propulsão hidráulica. Como no método de colunas de
brita vibrocompactadas, executando-se as colunas a seco de mistura de solo-cimento em um solo
mole, o subsolo tratado também resultará num conjunto de solo e coluna com propriedades
melhoradas adequadas para fundação direta. Os típicos agentes estabilizadores são o cimento, a
escória de cimento e cal.
• Criação de um dique
no perímetro a ser
aterrado
• Drenagem da água
• Reforço do solo com
60 mil GEC´s -
Estacas
• Aterro e utilização de
geogrelhas para
reforço do aterro
Colunas – Aditivo
O desenvolvimento da técnica de Deep Soil Mixing (DSM) teve início na década de 60 utilizando-se cal
como agente estabilizante. O DSM foi colocado em prática no Japão e nos países do Norte da Europa
na década de 1970, sendo depois difundido na China, Sul da Ásia Ocidental e em outras partes do
mundo, como Estados Unidos e Brasil. Em uma perspectiva mais ampla, os principais objetivos da
melhoria dos solos por meio da adoção desta técnica consistem no aumento de sua resistência, na
redução de sua deformabilidade e permeabilidade, sendo esta última interessante para casos de
remediação de solos contaminados. (PORBAHA, 1998).
Colunas – Aditivo
Mistura profunda de solo (Deep Soil Mixing)
Mistura de solo profunda à seco ou Deep Soil Mixing refere-se ao melhoramento de solos
moles, por meio de injeção de um agente ligante de estabilização, misturando-o com o solo
virgem em profundidade para criar uma coluna de material composto solo-ligante. A mistura do
solo virgem com ligante injetado resulta num material composto homogêneo com propriedades
geomecânicas (resistência e deformação) significativamente melhores do que o solo original.
Atualmente há dois processos distintos em uso comercial, o Método Seco e Método Úmido.
– diâmetros variando de 40 a 80 cm;
– consumo baixo de aglomerantes em se comparando com as colunas de Jet Grouting.
– possibilita a estabilização de solos moles em profundidade de até 25 metros;
Colunas – Aditivo
Hélices
09/12/2016 Estabilização de solo moles 40
Estabilização de Solos Moles Aterro sobre Solos moles
Bermas de Equilíbrio
Exemplo 01 – Foi solicitada a construção de um aterro em uma camada de solo mole que
se inicia no encontro de uma ponte e tem extensão aproximada de 300,00 metros. Este
trecho foi licitado como um lote especifico da licitação. Adotou – se como referência a
cabeceira da ponte, sendo lá a estaca 0,00; Foram realizados diversos ensaios para obter
principalmente a espessura media da camada de solo mole e a resistência da mesa.
Na estaca 1 a camada tem espessura média de 67,00 metros, na estaca 8 a espessura
média da camada é de 13,35 metros e na estaca 12 a espessura média da camada é de 5,00
metros. A coesão média obtida é de 18,00 kPa para o solo que semelhante em toda a
extensão.
O aterro deve atingir a altura útil de 5,00 metros
em todo o trecho e o órgão regulamentador
indica que o talude tenha inclinação de 2:1
(h:v). O material disponível para a execução do
aterro possui peso de 20,00 kN/m³. Para as
bermas pode-se optar por utilizar o mesmo
material do aterro ou o material proveniente da
remoção do subleito de outro lote da obra, que
tem peso de 17,00 kN/m³.
Bermas de Equilíbrio
Exemplo 02 – Foi solicitada a construção de um aterro em uma camada de solo mole que
se inicia no encontro de uma ponte e tem extensão aproximada de 300,00 metros. Este
trecho foi licitado como um lote especifico da licitação. Adotou – se como referência a
cabeceira da ponte, sendo lá a estaca 0,00; Foram realizados diversos ensaios para obter
principalmente a espessura media da camada de solo mole e a resistência da mesa.
Na estaca 2 a camada tem espessura média de 60,00 metros, na estaca 9 a espessura
média da camada é de 10,95 metros e na estaca 11 a espessura média da camada é de 4,00
metros. A coesão média obtida é de 24,00 kPa para o solo que semelhante em toda a
extensão. Utilize FS = 1,50
O aterro deve atingir a altura útil de 5,50 metros
em todo o trecho e o órgão regulamentador
indica que o talude tenha inclinação de 2:1
(h:v). O material disponível para a execução do
aterro possui peso de 20,00 kN/m³. Para as
bermas pode-se optar por utilizar o mesmo
material do aterro ou o material proveniente da
remoção do subleito de outro lote da obra que
tem peso de 11,00 kN/m³.
Bermas de Equilíbrio
Bermas de Equilíbrio
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