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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM

FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS – ICE


DEPARTAMENTO DE FÍSICA

RELATÓRIO DE FÍSICA B: LEIS DE KIRCHHOF

MANAUS
2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM
FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS – ICE
DEPARTAMENTO DE FÍSICA

RELATÓRIO DE FÍSICA B: LEIS DE KIRCHHOF

Discentes:
Bismarck Pereira Lobo - 21354621 [Eng. Pesca]
Ivo Campos de Andrade - 21457224 [Eng. Pesca]

MANAUS
2021

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Sumário

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................4

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................5

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL..............................................................9

4. RESULTADO E DISCUSSÕES.....................................................................12

5. CONCLUSÃO..................................................................................................13

6. REFERÊNCIAS..............................................................................................14

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1. INTRODUÇÃO
As Leis de Kirchhoff, pelas quais se determinam as intensidades das correntes
elétricas em circuitos que não podem ser reduzidos a circuitos simples.
A lei de Pouillet permite determinar a intensidade de corrente num circuito
simples. Quando o circuito não pode ser reduzido a um circuito simples, para a
determinação de todas as intensidades de corrente elétrica recorre-se às chamadas
leis de Kirchhoff: lei dos nós e lei das malhas(RAMALHO).
As leis enunciadas por Kirchhoff, em 1847, e que têm seu nome são o
resultado de observações experimentais. É então conveniente apresentá-las como
decorrentes da experiencia, embora seja possível deduzi-las a partir das equações de
Maxwell da teoria eletromagnética – e assim evidenciar condições nas quais elas
sejam válidas. (Yaro Burian Jr).
Diz-se que um circuito está resolvido quando a tensão nos terminais de cada
elemento e a corrente que flui por ele foram determinadas. A lei de Ohm é uma
equação importante para derivar essas soluções. Contudo, essa lei pode não ser
suficiente para fornecer uma solução completa. Como veremos ao tentarmos resolver
o circuito da lanterna do Exemplo 2.4, precisamos usar duas relações algébricas mais
importantes, conhecidas como leis de Kirchhoff, para resolver a maioria dos circuitos.
Um nó é um ponto no qual dois ou mais elementos do circuito se unem.
Definindo a lei de Kirchhoff: A soma algébrica de todas as correntes em
qualquer nó de um circuito é igual a zero
Gustav Robert Kirchhoff (1824-1887), foi um físico alemão que apresentou
importantes contribuições para a física experimental, além de dar tratamento
matemático a numerosos problemas físicos, como, por exemplo, o cálculo da
distribuição de correntes elétricas em circuitos elétricos.
Este trabalho consiste em determinar as correntes e tensões aplicadas a um
circuito a partir das regras de Kirchhoff.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Figura 1. Circuito genérico em que se deseja medir


a resistência, a corrente elétrica e a tensão num
elemento X.

O circuito a ser montado tem duas fontes, fornecendo diferenças de potencial


ε1 e ε2 e três resistores R1, R2 e R3 onde utilizaremos a resistência R1 = R2 e R3
diferentes de R1 e R2. Para esse circuito devemos considerar as seguintes regras
Regras dos nos: que se fundamenta na conservação de cargas que fluem
dentro do circuito. Para esse circuito, a corrente I1 deve igualar as somas das
correntes I2 e I3 representadas na figura acima.
A soma dos potenciais em cada uma das malhas que compreende as fontes
individualmente deve ser igual a zero dentro desta.
A regra das malhas gera duas equações:
1ª) A diferença de potencial fornecida pela fonte ε1 deve ser igual a diferença
de potencial do Resistor 1 somada a diferença de potencial do resistor 2.

ε1= I1R1+I2R2;
Para a segunda fonte:

ε2= I2R2+I3R3

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Leis de Kirchhoff são utilizadas em circuitos elétricos que apresentam mais de
uma fonte de tensão e mais do que um resistor,pois geralmente são necessárias
outras leis, além da lei de Ohm, para sua resolução. Estas leis propiciam uma maneira
geral e sistemática de análise de circuitos e são duas: Primeira Lei de Kirchhoff ou Lei
das Correntes; a segunda lei de Kirchhoff ou lei das Tensões. Para o uso destas leis
são necessárias algumas definições:
Segundo Ramalho (2007), “A primeira lei de Kirchhoff ou lei dos nós
estabelece: Em um nó, a soma das intensidades de corrente que chegam é igual à
soma das intensidades de corrente que saem.”
Num circuito chama-se nó o ponto no qual a corrente elétrica se divide. No
exemplo (figura 1), B e E são nós. Os trechos de circuito entre dois nós consecutivos
são denominados ramos.

Figura 2. Rede elétrica

Qualquer conjunto de ramos formando um percurso fechado recebe o nome de


malha.
A cada ramo do circuito atribuímos um sentido de corrente elétrica.

Figura 3. Representação do sentido da corrente no circuito com sentido arbitrário.

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Sendo gerador, a corrente entra pelo terminal negativo e ,sendo receptor, pelo
positivo
Lei dos nós aplicada ao nó B fornece: i1 + i2 = i3. (1)
Observe que essa lei aplicada ao nó E leva a equação.
De um modo geral, sendo n o numero de nós, a lei deve ser aplicada para (n –
1) nós. Para a determinação de i1, i2 e i3 faltam duas equações. Considere, então, a
malha ABEFA (figura 3) e sejam VA, VB, VE e VF os potenciais elétricos dos pontos A,
B, E e F, respectivamente.

Figura 4. Detalhe da malha ABFA

Percorrendo a malha no sentido horário (α), por exemplo, vem:

O resultado 2 constitui a segunda lei de Kirchhoff ou a lei das malhas:


Percorrendo-se uma malha num certo sentido, partindo-se e chegando-se ao
mesmo ponto, a soma algébrica das ddps é nula.
Para a aplicação das leis das malhas observe que num resistor a ddp é do tipo
±R x i, valendo o sinal + se o sentido da corrente coincide com o sentido do percurso
adotado e o sinal – no caso contrário (figura 5):

Figura 5. Sentido do percurso adotado.

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Para as fem e fcem vale o sinal de entrada no sentido do percurso adotado
(figura 6):

Figura 6. Sinal de entrada no sentido adotado.

Assim, na malha ABEFA, a partir de A e no sentido do percurso alpha (figura


7), temos:

(3)

Figura 7. Malha ABEFA com representações de sentido.

Na malha BCDEB, a partir de C e no sentido do percurso (beta), temos:

(4)

Das expressões 1, 3 e 4, podemos determinar as intensidades das correntes


elétricas i1, i2 e i3 em todos os ramos do circuito.

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3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

MATERIAL NECESSÁRIO

• 2 resistores de 680 Ω e 1 resistor de 1000 Ω (10%)


• 3 fios de conexões
• 2 Fontes de CC variável
• 1 Multímetro (em modo amperímetro e voltímetro)
• 1 Caixa de conexões elétricos.

Figura 8. Modelo de circuito de múltiplas malhas.

Inicialmente, conforme o roteiro solicita, determinamos os valores de


resistência e suas incertezas baseados no Código de Cores.

2x Resistor – Azul, violeta, marrom, dourado:


1x Resistor – Marrom, preto, vermelho e prateado:

Tolerância
Resistor Ω
(%)
R1 680 5
R2 680 5
R3 1000 10

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Se tivermos os valores de cada resistor e conhecermos as forças motrizes E1 e
E2, que neste caso são respectivamente 6 V e 3 V, então saberemos o valor de cada
uma dessas correntes ao utilizar as 3 equações.

Calculando I1, I2 e I3 no circuito:

∆i 1 −12120
I 1= = =6,65 mA
∆ i 1822400

∆ i2 −3960
I 2= = =2,17 mA
∆ i 1822400

∆ i3 −8160
I 3= = =4,47 mA
∆ i 1822400

Para o cálculo das tensões dos resistores precisa apenas de Vr = ir.R:

Vr 1=6,65 .680=4,12 V

Vr 2=2,17 .680=1,47 V

Vr 3=4,47 . 1000=4,47 V
Os valores acimas descritos foram obtidos por meio de cálculos teóricos
das Leis de Kirchhoff.
Para a obtenção dos cálculos resultantes do experimento, iniciou-se a
montagem do circuito inserindo a resistências R1 e R2 com valores semelhantes de
690 Ω (5%) e, em seguida, o resistor 3 de 1000 Ω (10%) de valor diferente.
Primeiramente construímos a malha 1 com um fio no negativo da fonte até a
resistência R1 e, na mesma malha, conectando um fio até o positivo da fonte. Em
seguida, montamos a segunda malha do circuito com o positivo da fonte na resistência
R2 e a saída da resistência R3 com um fio no negativo da fonte.
Disso, seguiu-se à regulagem das fontes com 6 V para tensão em ε1e 3 V para
a tensão ε2. A partir disso, iniciam-se as medidas verificando a tensão do resistor R1
com o multímetro na função voltímetro: a tensão obtida em R1 foi 4,7 V; a tensão no
resistor R2: V = 1,5; por último, verificou-se a tensão no registro de R3: V = 4,5 V.
Em todas as medições o voltímetro foi usado em paralelo com a resistências.
Para medir a corrente no R1 deve-se ligar o multímetro na função amperímetro, em

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serie com o resistor. Para isso, um dos seus conectores deve sair da caixa de
conexões. Assim, obtivemos como resultado da corrente em R1 o valor de 6,70 A; logo
após, utilizando o mesmo artificio, foi lida a corrente que passa por R2 e encontramos
o valor de 2,08 A; por fim, mediu-se a corrente que passa por R3 e constou-se o valor
de 4,50 A.

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4. RESULTADO E DISCUSSÕES

Partindo do resultado obtido em teoria e comparando-os com os valores


mostrados no multímetro, verificou-se que os valores obtidos se assemelharam às
medidas obtidas no experimento em laboratório, constatando assim a aplicabilidade
das leis de Kirchhoff em circuitos de malha simples como nos de múltiplas malhas.
Pode-supor que a ínfima diferença nos resultados encontrados pode ser ocasionada
pela temperatura local do ambiente, bem como por fatores associados ao desgaste
dos componentes do sistema.

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5. CONCLUSÃO

Por fim, através de estudos teóricos e aplicações em laboratório, pode-se


constatar a concreta aplicação das Leis de Kirchhoff, tanto a primeira como a segunda
lei. Estas são úteis para determinar a corrente em cada ramo de circuito, determinar a
energia dissipada nos resistores, dentre outros usos. Possuindo como base os
princípios de conservação, tais leis corroboram sua universalidade ao correlacionar-se
com outras leis possuidoras de regras intransigentes que somos obrigados a
obedecer, sem as quais a existência seria impossível.

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6. REFERÊNCIAS

JUNIOR, Y.B. e LYRA, A.C. Circuitos elétricos. 2006.

RAMALHO JUNIOR, F., FERRARO, N.G., SOARES, P.A.T. Os fundamentos da


física. 9. Edição. Revisado e ampliado. São Paulo. Moderna, 2007.

TIPLER, P.A. Física para cientistas e engenheiros. Vol. 2. 6ª edição.

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