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A incidência e o aumento no número de acidentes envolvendo o transporte

rodoviário de produtos perigosos no país, e em particular nas rodovias do Estado


de São Paulo, associado aos impactos significativos ao meio ambiente afetados
por esses eventos, tem despertado, nos órgãos governamentais, indústrias,
transportadores e empresas de gerenciamento de rodovias, a necessidade de
planejamento e investimentos em ações preventivas e corretivas, como por
exemplo, os Programas de Gerenciamento de Riscos e Planos de Ação de
Emergência para as rodovias do Estado, os quais visam prevenir e minimizar os
riscos dessa atividade.

A eficácia de um Plano de Ação de Emergência, depende essencialmente da


prévia identificação dos cenários, da determinação das áreas mediata e
imediatamente expostas as consequências desses eventos, do planejamento e
treinamento de equipes de intervenção e apoio e da disponibilidade de recursos
materiais e humanos, necessários à um efetivo combate, de igual forma, pode-
se dizer, que é de fundamental importância a existência de Planos de Ação de
Emergência em níveis locais e regionais, estruturados de forma a estarem
devidamente compatíveis com os possíveis cenários de acidentes.

O Plano de Ação de Emergência – PAE, é parte integrante de um Programa de


Gerenciamento de Riscos (PGR), de modo que as tipologias acidentais, os
recursos e as ações necessárias para minimizar os impactos possam ser
adequadamente dimensionadas.

Objetivos e características básicas de um Plano de Ação de Emergência


A finalidade de um Plano de Ação de Emergência é fornecer um conjunto de
diretrizes, dados e informações que propiciem as condições necessárias para a
adoção de procedimentos lógicos, técnicos e administrativos, estruturados para
serem desencadeados rapidamente em situações de emergência, para a
minimização de impactos à população e ao meio ambiente.

O PAE deve definir claramente as atribuições e responsabilidades dos


envolvidos, prevendo também os recursos, humanos e materiais, compatíveis
com os possíveis acidentes a serem atendidos, além dos procedimentos de
acionamento e rotinas de combate às emergências, de acordo com a tipologia
dos cenários acidentais estudados.

Outro aspecto a ser ressaltado diz respeito à implantação, manutenção e


integração do plano com outros sistemas de resposta a emergências, sistemas
estes, locais e regionais, além de um programa de treinamento, que contemple
a realização de exercícios, teóricos e práticos, com vista à permanente
atualização e periódica revisão do plano.

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente, editou a Resolução SMA n. 81, de


01.12.98. a qual dispõe sobre o licenciamento ambiental de intervenções
destinadas à conservação e melhorias de rodovias e sobre o atendimento a
emergência no transporte rodoviário de produtos perigosos.

Dispõe o artigo 30 da referida Resolução que:” Os planos de atendimento a


emergências, relacionados ao transporte de produtos perigosos, devem ser
elaborados conforme roteiro constante do Anexo I e apresentados à CETESB –
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental nos prazos indicados nas
solicitações específicas”.

Buscando atender os ditames do artigo 3º da Resolução SMA/81, de forma a


padronizar a elaboração e implantação dos Planos de Ação de Emergência para
as rodovias do estado de São Paulo, a CETESB elaborou um roteiro básico de
orientação (Planos de Emergência para o Atendimento a Acidentes no
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos) cujo objetivo é orientar a
elaboração dos planos e estabelecer as condições mínimas exigíveis, em
conformidade com o roteiro previsto no Anexo I da Resolução SMA No 81/98.
Esse documento, passou a ser adotado pelas empresas concessionárias de
rodovias como um documento de referência para o planejamento, elaboração e
implantação de um Plano de Ação de Emergência.
Sistema informatizado de ações de emergência
É notório que o sucesso de um atendimento a acidentes envolvendo o transporte
rodoviário de produtos perigosos, está diretamente relacionado ao tempo de
resposta dos órgãos envolvidos, além da necessidade de informações precisas
realizadas numa primeira avaliação.

Considerando o número e a natureza variada das interferências existentes ao


longo do traçado de uma rodovia, os métodos convencionais adotados para a
consulta e interpretação dessas informações se tornam demasiadamente
demorados, comprometendo o tempo de respostas das ações interventivas.

Convém observar que a tomada de decisões para um pronto atendimento em


acidentes envolvendo o transporte rodoviário de produtos perigosos, bem como
as ações subsequentes, envolvem uma série de ações coordenadas, como por
exemplo: o conhecimento das características do produto envolvido, tipos de
solos, geologia, topografia local, clima, vegetação, uso e ocupação do solo
lindeiro, proximidade e extensão de áreas urbanas, pontos críticos de áreas
urbanas, como por exemplo: proximidade com hospitais, escolas, creches,etc;
pontos de apoio, estradas, ferrovias, hidrografia, sistemas de captação e
abastecimento de água potável, dentre outras variáveis de extrema importância
que irão nortear a tomada de decisões.

Por essa razão, os técnicos do Setor de Operações de Emergência da CETESB,


procurando tornar essa etapa do atendimento mais célere, buscaram na
tecnologia dos Sistemas de Informação Geográfica (SIGGIS) uma ferramenta de
elevado potencial para auxiliar na avaliação e diagnósticos de acidentes
ambientais.

A CETESB, por meio de um convênio de cooperação técnica e financeira com o


DER/SP, Departamento de Estrada de Rodagem, implementou o Plano de Ação
de Emergência, referente ao “Sistema de Prevenção e Atendimento a Acidentes
no Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos”, na Rodovia Fernão Dias – BR
381, no trecho paulista e por mais 10 km no trecho mineiro, após a divisa de
estados, São Paulo/Minas Gerais, compreendendo um total de 90 km de rodovia.

Dentre as inúmeras áreas vulneráveis existentes ao longo do traçado da Rodovia


Fernão Dias, destaca-se um dos maiores sistemas produtores de água potável
do mundo, o Sistema Cantareira (saiba mais), no município de Mairiporã, que
abastece aproximadamente 10 milhões de habitantes da Grande São Paulo.

Um Plano de Ação de Emergência, que congrega variáveis dessa importância,


deve obrigatoriamente manter uma base de dados espaciais e alfanuméricos,
sobre todo o trecho em questão, por iguais razões, estas informações devem
estar atualizadas e rapidamente disponíveis aos seus operadores.

O SIG ou GIS, é uma poderosa ferramenta da tecnologia moderna, pois permite


a integração de dados e processos, de forma tal, que propicia uma maior
eficiência nos métodos tradicionais de interpretação geográfica, tais como
análises por meio de sobreposição de mapas, além de outras formas de análises
e modelagem que, em muito, superam a capacidade dos métodos manuais, além
do que, uma das grandes vantagens dessa ferramenta é a capacidade de se ter
um número significativo de dados dispostos e organizados em um único banco
de dados.

O SIG fornece uma ferramenta prática para tratar assuntos geográficos e


ambientais, pois permite organizar de acordo com a necessidade, as
informações sobre uma determinada região ou cidade, por meio de um conjunto
de mapas temáticos, os quais exibem uma série de informações específicas a
respeito das características de uma região.

O grande apelo do SIG surge da sua habilidade em integrar um grande número


de informações sobre o ambiente e prover um conjunto eficaz de ferramentas
analíticas para explorar essas informações. O SIG possui uma interface que
permite a visualização simultânea de informações espaciais, tabulares e
gráficas. Além de outras funcionalidades operacionais disponíveis nos softwares
específicos.

O grande apelo do SIG surge da sua habilidade em integrar um grande número


de informações sobre o ambiente e prover um conjunto eficaz de ferramentas
analíticas para explorar essas informações. O SIG possui uma interface que
permite a visualização simultânea de informações espaciais, tabulares e
gráficas. Além de outras funcionalidades operacionais disponíveis nos softwares
específicos.

O Plano de Ação de Emergência – PAE é uma ferramenta importante na gestão


das barragens, sendo obrigatória a elaboração de acordo com a Lei Federal nº
12.334/2010 que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens
para todas as estruturas de contenção de rejeitos, resíduos, sedimentos e/ou
acumulação de água enquadradas como de dano potencial associado alto. Este
instrumento legal define ainda o conteúdo mínimo a ser considerado quando da
elaboração do PAE, deixando a cargo de cada órgão fiscalizador o
detalhamento.
O PAE, DE UMA FORMA GERAL, VEM SENDO DESENVOLVIDO
CONTEMPLANDO:
– A identificação das situações de emergência, de acordo com os possíveis
modos de falha de uma barragem (instabilização, galgamento, erosão interna e
liquefação);
– A forma de analisá-las e classificá-las de acordo com a severidade;
– A indicação dos possíveis tratamentos/reparos, buscando a reversibilidade,
quando possível;
– O mapa de inundação que são resultantes da simulação de ruptura hipotética;
– E os fluxos de comunicação de acordo com o enquadramento da emergência.
Porém, caso uma determinada barragem esteja na iminência de ruptura, os
planos tratam, em sua maioria para essa condição, apenas do fluxo de
comunicação, não detalhando as ações e responsabilidade de curto e médio
prazo a serem adotadas imediatamente após a ocorrência do sinistro.
A Portaria do DNPM/ANM 70.389/2017 foi um pouco além dessa formatação
básica do PAE e incluiu como de responsabilidade do empreendedor fornecer
aos organismos de defesa civil os elementos necessários para a elaboração dos
Planos de contingências Municipais, de acordo com o documento de
Orientações para Apoio à Elaboração de Planos de Contingências Municipais
para Barragens de autoria do Ministério da Integração Nacional.
Esse volume de orientação do Ministério da Integração trata como elementos
básicos à elaboração dos Planos de contingências Municipais, a identificação
dos cenários de riscos (áreas de impacto potencial e a identificação da
população vulnerável na área a jusante das barragens); a definição do sistema
de monitoramento e alerta; a definição de sistema de alarme; o traçado das rotas
de fuga e pontos de encontro e o plano de comunicação às autoridades e
serviços e emergência.
Dessa forma, podemos identificar que o conteúdo básico do PAE inicialmente
proposto não é totalmente satisfatório, sendo necessário o desenvolvimento de
estudos complementares e treinamentos rotineiros, para que as equipes
envolvidas em situações dessa magnitude estejam preparadas e atuem com
eficiência, objetivando a minimização dos danos e perdas de vida.

O QUE É A OPERACIONALIZAÇÃO DO PAE?


É a etapa de detalhamento e sequenciamento das ações a serem executadas
pelos empreendedores e organismos competentes no caso de ruptura de uma
barragem.
A Operacionalização do PAE consiste no desenvolvimento de estudos voltados
à gestão da emergência e de crise, compreendendo:
– Plano de Evacuação;
– Plano de Gerenciamento de Emergência;
– Plano de Gerenciamento de Crise;
– Planos de Treinamentos e a realização de treinamentos propriamente ditos.
De acordo com uma sequência lógica, o primeiro estudo a ser produzido após a
conclusão do PAE consiste no Plano de Evacuação, que trata das medidas a
serem adotadas pelos funcionários e população para o abandono da área
impactada pela inundação, na iminência da ruptura de uma determinada
barragem, de forma segura e rápida. Esse documento abrange o sistema de
alerta a ser adotado; os procedimentos de notificação; o estabelecimento das
rotas de fuga (caminho a ser percorrido pelos funcionários/população); e os
pontos de encontro (locais seguros para onde as pessoas irão se deslocar). O
sucesso desse plano está atrelado a atividade de identificação e cadastramento
das pessoas e propriedades ocupantes da área a ser evacuada.
Na sequência deve-se iniciar o desenvolvimento do Plano de Gerenciamento de
Emergência que detalha as ações de resposta interna, de caráter imediato, de
curto e médio prazo, que poderão ser demandadas a partir da chegada das
pessoas nos pontos de encontro, incluindo o dimensionamento e gerenciamento
de abrigos. O documento é extenso e trata de diversos assuntos, podendo citar
alguns: procedimentos de comunicação, as ações de resgate, salvamento,
transporte, realocação de fauna, entre outros.
Já em relação ao Plano de Gerenciamento de Crise, o trabalho contempla o
detalhamento das ações sincronizadas que poderão ser demandas às equipes
internas do empreendimento com atribuições ao processo de comunicação no
âmbito dos acionistas, clientes e fornecedores, como também, no âmbito
externo, principalmente em relação à mídia, visando gerenciar a imagem da
empresa, devido a situação catastrófica instaurada.
IMPORTANTE DESTACAR!
Nada adianta desenvolver todos os trabalhos que compõem o PAE e sua
operacionalização, se não forem estabelecidos procedimentos para realização
de treinamentos periódicos visando a manutenção da equipe treinada e ciente
de suas atribuições quando da ocorrência de uma situação de emergência.
Assim, fica explícita a necessidade do estabelecimento de um Plano de
Treinamentos, que deve estar de acordo com o estabelecido pela legislação
vigente, como também, com a boa prática.
O Plano de Treinamento define todos os procedimentos, sendo especificado
detalhadamente o planejamento dos treinamentos/exercícios a serem
praticados, indicando a forma de realização, a periodicidade e o público alvo.
E por último, a realização de todos os treinamentos e exercícios previstos, devem
ocorrer internamente com a participação dos funcionários e externamente com
o envolvimento dos órgãos competentes, entidades e a comunidade do entorno.
Todos os treinamentos devem buscar o engajamento e a sensibilização dos
participantes, sendo necessária a manutenção de registro.
O que é o Laudo de NR12?

O Laudo de NR12 é um documento técnico realizado por profissionais


legalmente habilitados, o Engenheiro Eletricista para sistemas elétricos e o
Engenheiro Mecânico para proteções mecânicas.

Todo laudo de NR12 emitido pela Soluind contém os registros das inspeções nas
máquinas do cliente, classificação da categoria de segurança da máquina,
análise preliminar de risco e quantificação do risco conforme HRN (Hazard
Rating Number).

É parte integrante também do laudo de NR12 em maquinas e equipamentos o


relatório fotográfico, relação de não conformidades (se aplicável) e sugestões
para adequação conforme as diversas normas ABNT e ART(CREA).

O que é a Análise Preliminar de Riscos (APR)?

A Análise Preliminar do Risco ou simplesmente APR é a identificação


classificação dos riscos existentes nas máquinas, segundo uma norma.

A Soluind utiliza para quantificar os riscos a norma ABNT NBR 12100 que
utilizam alguns critérios como:

• (PO) à Probabilidade de Ocorrência do Dano


• (FE) à Frequência de Exposição ao Perigo/Risco
• (GPD) à Gravidade da Possível Lesão
• (NP) à Número de Pessoas Expostas

Exigências do Laudo de NR12 e Análise Preliminar de Riscos

O Laudo de NR12 é um documento legal e que apresenta a condição de


segurança da máquina e equipamento.

Conforme item 2.1 da NR12 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) , todas


as máquinas devem garantir saúde e segurança do trabalhador.
O laudo de NR12 normalmente é exigido em uma fiscalização do Ministério do
Trabalho e em auditorias de certificadoras.

Quando deve ser feito o Laudo de NR12?

Recomenda-se que seja feito o laudo de NR12 na fabricação da máquina


(nova), para conhecer os riscos nas máquinas já existentes e sempre que
houver alteração das suas características construtivas e de segurança.

NR 12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS


Regras para Usuários (Minuta de proposta do setor industrial) 12.1 Princípios
Gerais 12.1.1. Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências
técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde
e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos para a prevenção
de acidentes e agravos à saúde nas fases de operação, limpeza, manutenção,
inspeção, transporte, desativação e desmonte de máquinas e equipamentos de
trabalho no exercício laboral, em todas as atividades econômicas, sem prejuízo
da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras – NR
aprovadas pela Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978. 12.1.1.1. Entende-se
por fase de transporte as movimentações horizontais ou verticais da máquina ou
equipamento, dentro das instalações físicas da empresa. 12.1.1.2. Ficam
desobrigadas das exigências desta Norma as movimentações de máquinas e
equipamentos fora das instalações físicas da empresa para realização de
reparos, adequações, modernização tecnológica, desativação, desmonte e
descarte. 12.1.1.3 Esta Norma não se aplica a máquinas e equipamentos
movidos ou impulsionados por força humana ou animal. 12.1.2. As disposições
desta Norma aplicam-se somente às máquinas e equipamentos adquiridos a
partir da sua vigência e após vencidos os prazos de adequação concedidos aos
fabricantes, tornando-se sem efeito as exigências da Portaria SIT nº 197, de 17
de dezembro de 2010. 12.1.2.1. Para máquinas e equipamentos adquiridos
antes do vencimento dos prazos de adequação, aplicam-se as exigências
vigentes anteriores à Portaria SIT nº 197, de 17 de dezembro de 2010. 12.1.3.
As disposições do item 12.6 desta Norma não se aplicam às máquinas e
equipamentos em operação que mantenham as características construtivas de
seus sistemas de segurança e atendam às exigências legais à época de sua
fabricação. 12.1.4. As máquinas, equipamentos, aparelhos e ferramentas
classificados como eletrodomésticos e similares, conforme regulamentação do
Instituto Nacional de Metrologia - INMETRO, deverão atender a regulamento
específico, não se aplicando o disposto na presente Norma. 12.1.5 A interdição
da máquina ou equipamento só poderá ocorrer por decisão do Superintendente
Regional do Trabalho e Emprego após comprovada a condição de grave e
iminente risco por laudo técnico fundamentado, elaborado por Auditor-Fiscal do
Trabalho com especialização em engenharia de segurança do trabalho ou
medicina do trabalho, em nível de pós-graduação, onde fique demonstrada, por
avaliação de risco, usando técnicas qualitativas e quantitativas e observando o
histórico de acidentes do trabalho da máquina ou equipamento, a condição
ambiental de trabalho inequivocamente prestes a provocar acidente do trabalho
ou doença ocupacional, com consequência de lesão grave à integridade física
do trabalhador. 12.2 Das Responsabilidades 12.2.1 Cabe ao empregador: a)
adotar medidas de proteção para o trabalho em máquinas e equipamentos de
forma a prevenir a ocorrência de acidentes e agravos à saúde relacionados ao
trabalho; b) garantir que máquinas e equipamentos sejam colocados em
operação com proteções mecânicas e dispositivos de segurança nos termos
desta Norma, observando o disposto no item 12.1.3., de modo a considerar as
características construtivas da época de sua fabricação; c) manter as condições
de integridade e funcionalidade do sistema de segurança da máquina e
equipamento e, caso sejam necessárias modificações em razão do processo
produtivo, estas deverão ser realizadas conforme projeto elaborado por
profissional legalmente habilitado; d) manter inventário atualizado das máquinas
e equipamentos, com identificação por tipo, capacidade, sistemas de segurança
e localização em planta baixa, elaborado por profissional capacitado, não se
aplicando tal exigência para máquinas autopropelidas, automotrizes e máquinas
e equipamentos estacionários utilizados em frentes de trabalho móveis; e)
elaborar diagnóstico individual ou setorial da máquina e equipamento, com base
na avaliação de risco, por profissional legalmente habilitado, com a devida
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), considerando as características
construtivas da época de sua fabricação, de modo a observar o disposto no item
12.1.3. e todas as fases citadas no item 12.1.1.; f) elaborar um plano de ação
para adequação e implantação das ações necessárias, conforme diagnóstico e
avaliação de risco que indique a metodologia adotada, observando: I – o
momento construtivo da época em que as máquinas e equipamentos foram
concebidos; II - cronograma de implantação exequível; III – priorização das
ações, levando em consideração a frequência de utilização das máquinas e
equipamentos, a gravidade da eventual lesão e o histórico de lesões, a
viabilidade técnica, o impacto financeiro das adequações propostas e o porte da
empresa. g) orientar os trabalhadores que, após uma parada de emergência, a
máquina e equipamento somente poderão retomar a operação mediante prévia
inspeção de todos os dispositivos de segurança; 3 h) elaborar procedimentos de
operação segura de máquinas e equipamentos para as operações rotineiras, de
manutenção e de emergência, conforme disposto na NR 1; i) disponibilizar meios
apropriados para o transporte de equipamentos e ferramentas manuais. 12.2.2
Cabe ao trabalhador: a) cumprir todas as orientações relativas aos
procedimentos seguros de operação, alimentação, abastecimento, limpeza,
manutenção, inspeção, transporte, desativação, desmonte e descarte das
maquinas e equipamentos; b) transportar ou portar ferramentas manuais
somente em meios apropriados a esses fins; c) efetuar inspeção das condições
de operacionalidade e segurança ao início de cada turno de trabalho, ou após
nova preparação da máquina ou equipamento, e, se constatadas anormalidades
que afetem a segurança, interromper as atividades e comunicar ao seu superior
imediato; d) não realizar qualquer tipo de burla nas proteções mecânicas ou
dispositivos de segurança de máquinas e equipamentos, de maneira que possa
colocar em risco a sua saúde e integridade física ou de terceiros; e) comunicar
ao seu superior imediato se uma proteção ou dispositivo de segurança foi
removido, danificado ou se perdeu sua função; f) participar dos treinamentos
fornecidos pelo empregador para atender às exigências/requisitos descritos
nesta Norma; g) colaborar com o empregador na implementação das
disposições contidas nesta Norma; h) zelar pela sua segurança e de outras
pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.
Disposições Gerais 12.3.1. Para efeito desta norma as medidas de proteção
deverão seguir a seguinte ordem de prioridade: a) medidas de proteção coletiva;
b) medidas administrativas ou de organização do trabalho; e c) medidas de
proteção individual.

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA ou designado e


fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. 12.3.3. Os empregadores que
utilizam máquinas autopropelidas agrícolas, florestais e de construção em
aplicações agroflorestais e respectivos implementos devem atender somente as
exigências contidas na NR 31. 12.4. Arranjo físico e instalações 12.4.1. Nos
locais de instalação de máquinas e equipamentos, as áreas de circulação devem
ser devidamente demarcadas em conformidade com as normas técnicas oficiais
vigentes. 12.4.1.1. As vias principais de circulação nos locais de trabalho e as
que conduzem às saídas devem atender ao Código de Segurança Contra
Incêndio e Pânico – COSCIP local. 12.4.1.2. As áreas de circulação devem ser
mantidas permanentemente desobstruídas. 12.4.2. Os espaços, distâncias
mínimas e áreas de circulação e armazenamento em torno de máquinas e
equipamentos devem ser projetados, dimensionados e mantidos de acordo com
as informações do fabricante, diagnóstico e avaliação de risco previstos no item
12.2.1, alínea “e”, observando suas características, o processo produtivo e as
intervenções necessárias, tais como, movimentação de materiais, preparação,
alimentação, ajuste, operação, inspeção, limpeza, transporte e manutenção, de
forma a permitir a movimentação dos segmentos corporais em face da natureza
da tarefa. 12.4.3. Os pisos dos locais de trabalho onde houver máquinas e
equipamentos e das áreas de circulação devem: a) ser mantidos limpos e livres
de objetos, ferramentas e quaisquer materiais que ofereçam riscos de acidentes;
b) ter características que previnam riscos provenientes de graxas, óleos e outras
substâncias e materiais que os tornem escorregadios, observadas as
especificidades de cada atividade produtiva; e c) ser nivelados, salvo nos
processos que exigem escoamento de água e resíduos, e resistentes às cargas
a que estão sujeitos. 12.4.4. A instalação das máquinas e equipamentos
estacionários deve respeitar os requisitos necessários indicados pelos
fabricantes ou, na falta destes, o projeto elaborado por profissional legalmente
habilitado, que considere o diagnóstico e avaliação de risco previstos no item
12.2.1, alínea “e”. 12.4.5. Nas máquinas e equipamentos móveis com rodízios,
pelo menos dois deles devem possuir travas. 12.4.6. No caso de movimentação
de materiais suspensos em espaço concorrente com áreas de circulação de
trabalhadores e terceiros, estas devem possuir sinalização sonora e visual
alertando o risco. 5 12.5. Instalações e dispositivos elétricos. 12.5.1. As
instalações elétricas das máquinas e equipamentos devem ser mantidas de
modo a prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico, incêndio,
explosão e outros tipos de acidentes, conforme previsto na NR 10. 12.5.1.1. As
instalações, carcaças, invólucros, blindagens ou partes condutoras das
máquinas e equipamentos que não façam parte dos circuitos elétricos, mas que
possam ficar sob tensão, devem ser aterrados conforme previsto na NR 10 e
orientações dos manuais dos fabricantes. 12.5.1.2. Nas intervenções em
instalações elétricas das máquinas e equipamentos que estejam ou possam
estar em contato direto com água ou agentes corrosivos, devem ser mantidas as
características originais de fabricação dos dispositivos de forma a garantir sua
blindagem, estanqueidade, isolamento e aterramento para prevenir a ocorrência
de acidentes. 12.5.2. Os quadros de energia das máquinas e equipamentos
devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança: a) possuir porta
de acesso que não permita sua abertura sem o uso de ferramentas; b) possuir
sinalização quanto ao perigo de choque elétrico e restrição de acesso por
pessoas não autorizadas; c) ser mantidos em bom estado de conservação,
limpos e livres de objetos e ferramentas; d) possuir proteção e identificação dos
circuitos; e e) manter o grau de proteção (IP) adequado em função do ambiente
de uso, conforme orientação do fabricante ou projeto de adequação elaborado
por profissional legalmente habilitado. 12.5.3. As instalações elétricas, que
alimentam as máquinas e equipamentos que utilizem energia elétrica fornecida
por fonte externa, devem possuir dispositivo protetor contra sobrecorrente e
sobretensão, dimensionado conforme a demanda de consumo de energia no
circuito. 12.5.4. Os serviços de manutenção e a substituição de baterias devem
ser realizados conforme indicação constante do manual fornecido pelo
fabricante. 12.5.5 O circuito de alimentação elétrica das máquinas e
equipamentos deve possuir chave geral que permita bloqueio e etiquetagem,
não podendo ser utilizada como dispositivo de acionamento.

Sistemas de segurança 12.6.1. As zonas de perigo das máquinas e


equipamentos devem possuir sistemas de segurança, caracterizados por
proteções fixas, proteções móveis e dispositivos de segurança interligados, de
forma a prevenir a ocorrência de acidentes e agravos à saúde relacionados ao
trabalho, conforme diagnóstico e avaliação de risco previstos no item 12.2.1,
alínea “e”.

A adoção de sistemas de segurança, em especial nas zonas de operação que


apresentem perigo, deve observar o disposto no item 12.1.3, as características
técnicas da máquina ou equipamento e do processo de trabalho, considerando
a época do seu momento construtivo, nas fases de operação, abastecimento,
inspeção e manutenção, bem como as medidas técnicas e alternativas
existentes.

As empresas poderão adotar soluções setoriais, com detalhamento dos sistemas


de segurança das principais máquinas e equipamentos envolvidos no processo
produtivo, observado o diagnóstico e avaliação de riscos previstos no item
12.2.1, alínea “e”.

12.7. Dispositivos de parada de emergência 12.7.1. As máquinas e


equipamentos devem ser munidos de dispositivo de parada de emergência,
conforme diagnóstico e avaliação de riscos previstos no item 12.2.1, alínea “e”.
12.7.1.1. Excetuam-se da obrigação do subitem 12.7.1 as máquinas e
equipamentos manuais, as máquinas autopropelidas e aquelas nas quais o
dispositivo de parada de emergência não possibilita a redução do risco. 12.7.2.
Os dispositivos de parada de emergência não devem ser utilizados como
dispositivos de partida, parada normal ou de acionamento da máquina e
equipamento. 12.7.3. Os dispositivos de parada de emergência devem ser
posicionados em locais de fácil acesso e mantidos desobstruídos, permitindo a
visualização pelos operadores em seus postos de trabalho e por terceiros.
12.7.4. O acionamento do dispositivo de parada de emergência deve resultar na
retenção do acionador, de tal forma que quando a ação no acionador for
descontinuada, este se mantenha retido até que seja liberado.

12.8. Componentes pressurizados 12.8.1. Devem ser adotadas medidas


adicionais de proteção das mangueiras, tubulações e demais componentes
pressurizados sujeitos a eventuais impactos mecânicos e outros agentes
agressivos, quando indicadas no diagnóstico e avaliação de riscos previstos no
item 12.2.1, alínea “e”, e conforme disposto na NR 13. 12.8.2. As mangueiras,
tubulações e demais componentes pressurizados devem ser localizados ou
protegidos de tal forma que uma situação de ruptura destes componentes ou
vazamentos de fluidos não possam causar acidentes. 12.8.3. Os recipientes
contendo gases comprimidos a serem utilizados em máquinas e equipamentos
devem permanecer em perfeito estado de conservação e funcionamento e serem
armazenados em depósitos bem ventilados, protegidos contra quedas, calor e
impactos acidentais, conforme previsto na NR 13.

Nas atividades de montagem e desmontagem de pneumáticos das rodas das


máquinas e equipamentos não estacionários, que ofereçam riscos de acidentes,
devem ser observadas as seguintes condições: a) os pneumáticos devem ser
completamente despressurizados, removendo o núcleo da válvula de calibragem
antes da desmontagem e de qualquer intervenção que possa acarretar
acidentes; e b) o enchimento de pneumáticos só poderá ser executado dentro
de dispositivo de clausura ou gaiola adequadamente dimensionada, até que seja
alcançada uma pressão suficiente para forçar o talão sobre o aro e criar uma
vedação pneumática.

Transportadores de materiais 12.9.1. Os movimentos perigosos dos


transportadores contínuos de materiais devem ser protegidos, especialmente
nos pontos de esmagamento, agarramento e aprisionamento formados pelas
esteiras, correias, roletes, acoplamentos, freios, roldanas, amostradores,
volantes, tambores, engrenagens, cremalheiras, correntes, guias, alinhadores,
região do esticamento e contrapeso e outras partes móveis acessíveis durante
a operação normal, observado o diagnóstico e avaliação de risco previstos no
item 12.2.1, alínea “e”, levando-se em consideração o risco inerente da máquina
e equipamento em operação. 12.9.1.1 Os transportadores contínuos de correia,
cuja altura da borda da correia que transporta a carga seja superior a 2,70 m
(dois metros e setenta centímetros) em relação ao nível imediatamente inferior,
ficam dispensados da observância do item 12.9.1, desde que não haja previsão
de circulação nem permanência de pessoas nas zonas de perigo. 12.9.2. Os
transportadores de materiais somente devem ser utilizados para o tipo e
capacidade de carga para os quais foram projetados. 12.9.3. Nos
transportadores contínuos de materiais que necessitem de parada durante o
processo é proibida a reversão de movimento para esta finalidade. 12.9.4. É
proibida a permanência e a circulação de pessoas sobre partes em movimento,
ou que possam ficar em movimento, dos transportadores de materiais, quando
não em instalações projetadas para essas finalidades. 12.9.4.1. Nas situações
de manutenção em que haja inviabilidade técnica do cumprimento do disposto
no item 12.9.4. devem ser adotadas medidas que permitam a paralisação e o
bloqueio dos movimentos perigosos. 12.9.5. A permanência e a circulação de
pessoas sobre os transportadores contínuos e plataformas devem ser realizadas
por meio de passarelas com sistema de proteção contra quedas, conforme anexo
III. 12.9.6. É permitida a permanência e a circulação de pessoas sob
transportadores contínuos somente em locais protegidos que possuam
dimensões e resistência adequadas no caso de queda de materiais.

Aspectos ergonômicos 12.10.1 Os aspectos ergonômicos relativos a instalação,


operação, manutenção, inspeção devem observar o disposto na NR 17. 12.11.
Riscos Adicionais 12.11.1. Para fins de aplicação desta Norma, devem: a) ser
considerados os agentes físicos, químicos e biológicos que estejam presentes
nas máquinas e equipamentos ou em sua operação. b) ser adotadas medidas
de controle dos riscos adicionais provenientes da emissão ou liberação de
agentes químicos, físicos e biológicos pelas máquinas e equipamentos,
conforme NR 09. c) ser adotadas medidas de proteção contra queimaduras
causadas pelo contato da pele com superfícies aquecidas ou frias de máquinas
e equipamentos. 12.12. Manutenção, inspeção, preparação, ajuste, reparo e
limpeza. 12.12.1. A empresa deve adotar procedimentos de manutenção,
observando as recomendações dos fabricantes. 12.12.1.1 O procedimento de
manutenção deve observar: a) cronograma de manutenção; b) intervenções
realizadas; c) data da realização de cada intervenção; d) serviço realizado; e)
peças reparadas ou substituídas; f) condições de segurança do equipamento; g)
nome do responsável pela execução das intervenções; h) dispor dos
procedimentos que permitam que a operação de manutenção seja realizada de
forma segura; i) ser registradas em livro próprio, ficha ou sistema informatizado.
12.12.1.2. O procedimento de manutenção e os registros das manutenções
devem ficar disponíveis aos trabalhadores envolvidos na operação, manutenção
e reparos, bem como à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA ou
designado, ao Serviço Especializado

em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT e à


fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. 12.12.1.3. A manutenção,
inspeção, preparação, ajuste, reparo, limpeza e outras intervenções que se
fizerem necessárias devem ser executadas por empresas ou profissionais
capacitados, qualificados ou legalmente habilitados. 12.12.2. Nas manutenções
das máquinas e equipamentos, sempre que detectado defeito em peça ou
componente que comprometa a segurança, deve ser providenciada sua
reparação ou substituição por outra peça ou componente original ou equivalente,
de modo a garantir as características e condições de uso. 12.12.3. Para a
realização de inspeções, manutenções e outras intervenções necessárias, com
trabalhadores autorizados no interior da zona protegida pela proteção perimetral,
é permitido o funcionamento da máquina ou equipamento, atendidas as
seguintes exigências: a) dispor de modo de inspeção e manutenção selecionável
e bloqueável somente por trabalhador autorizado; b) permitir, do interior da zona
protegida, a abertura da proteção móvel mesmo quando houver dispositivo de
intertravamento com bloqueio; c) dispor de procedimentos de segurança e
permissão de trabalho que exijam, quando o diagnóstico e avaliação de risco
assim indicarem, equipe composta por, pelo menos, dois trabalhadores.

12.13. Sinalização 12.13.1. As máquinas e equipamentos, bem como as


instalações em que se encontram, devem possuir sinalização de segurança para
advertir os trabalhadores e terceiros sobre os riscos a que estão expostos.
12.13.1.1. A sinalização de segurança compreende a utilização de cores,
símbolos, inscrições, sinais luminosos ou sonoros, entre outras formas de
comunicação de mesma finalidade. 12.13.1.2. A sinalização, inclusive cores, das
máquinas e equipamentos utilizadas nos setores alimentício, médico e
farmacêutico deve respeitar a legislação sanitária vigente, sem prejuízo da
segurança e saúde dos trabalhadores ou terceiros. 12.13.1.3. A sinalização de
segurança deve ser adotada em todas as fases de utilização e vida útil das
máquinas e equipamentos. 12.13.1.4 Os locais onde máquinas e equipamentos
estiverem instalados devem ter pisos demarcados, conforme normas técnicas
oficiais vigentes. 12.13.2. A sinalização de segurança deve, sempre que
possível: a) ficar destacada na máquina ou equipamento;

b) ficar em localização claramente visível; e c) ser de fácil compreensão e


entendimento. 12.13.3. As inscrições e símbolos devem indicar o risco e a parte
da máquina ou equipamento a que se referem, e não deve ser utilizada somente
a inscrição de “perigo”. 12.13.4. Devem ser adotados, se necessário, sinais
ativos de aviso ou de alerta, tais como sinais luminosos e sonoros intermitentes,
que indiquem a iminência de um evento perigoso, como a partida ou a velocidade
excessiva de uma máquina ou equipamento, de modo que: a) sejam emitidos
antes que ocorra o evento perigoso; e b) sejam claramente compreendidos e
distintos de todos os outros sinais utilizados. 12.13.5. Exceto quando houver
previsão em outras Normas Regulamentadoras, devem ser adotadas as
seguintes cores para a sinalização de segurança das máquinas e equipamentos:
a) preferencialmente amarelo: proteções fixas e móveis, exceto quando os
movimentos perigosos estiverem enclausurados na própria carenagem ou
estrutura da máquina ou equipamento, ou quando a proteção for fabricada de
material transparente ou translúcido; b) amarelo: componentes mecânicos de
retenção, gaiolas de escadas, corrimãos e sistemas de proteção contra quedas;
c) azul: comunicação de parada e bloqueio de segurança para manutenção.
12.13.5.1. Os cartões ou etiquetas de sinalização de bloqueio poderão possuir
bordas zebradas, em cores que os destaquem e diferenciem do corpo da
máquina e equipamento. 12.13.6. As máquinas e equipamentos fabricados antes
da vigência desta Norma devem possuir em local visível as seguintes
informações indeléveis: a) fabricante, marca, modelo, tipo, e ano de fabricação;
b) número de série ou identificação. 12.14 Manuais 12.14.1. A empresa deve
dispor do manual em língua portuguesa do Brasil da máquina e equipamento
fornecido pelo fabricante ou importador, no formato impresso ou eletrônico.
12.14.1.1 Caso não disponha ou tenha sido extraviado o manual, o empregador
deverá elaborar uma ficha, contendo os seguintes itens: a) tipo, modelo e
capacidade; b) número de série ou identificação;

c) indicação das medidas de segurança existentes e aquelas a serem adotadas


pelos usuários; d) procedimentos para utilização da máquina ou equipamento
com segurança; e) procedimentos e periodicidade para inspeções e
manutenção; 12.14.2. Os manuais ou as fichas que os substituam devem
permanecer disponíveis a todos os operadores ou manutentores nos locais de
trabalho. 12.15. Permissão de Trabalho 12.15.1. As intervenções ou serviços em
máquinas e equipamentos que envolvam risco acentuado de acidentes do
trabalho em altura, a quente, em espaço confinado e em áreas classificadas,
conforme avaliação de riscos, devem ser precedidas de Permissão de Trabalho
– PT específicas, contendo, no mínimo: a) a descrição da intervenção ou serviço;
b) a data e o local de realização; c) o nome e a função dos trabalhadores
envolvidos na operação; d) os riscos associados ao trabalho a ser desenvolvido;
e) medidas de controle e prevenção; f) nome e assinatura do(s) responsável(is)
pela intervenção ou serviço e pela emissão da PT. 12.16. Importação, venda,
locação, leilão, cessão a qualquer título, exposição e utilização 12.16.1. É
proibida a importação, comercialização, leilão, locação, cessão a qualquer título
e exposição para venda de máquinas e equipamentos que não atendam ao
disposto nesta Norma e tenham como destinação o mercado nacional,
observadas as características de seu momento construtivo e o disposto nos itens
12.1.2 e 12.1.3. 12.16.1.1. As máquinas e equipamentos usados poderão ser
transferidos de estabelecimento ou comercializados, observadas as
características de seu momento construtivo, como disposto no item 12.1.3., e
acompanhados de sua documentação técnica, cabendo ao adquirente garantir o
atendimento desta Norma em termos de adequação ao seu ambiente fabril antes
de colocá-los em operação. 12.16.1.2. Para os fins do item 12.16.1.1, entende-
se por documentação técnica: a) manual técnico ou ficha que o substitua,
conforme item 12.14 desta Norma;

b) cópias dos projetos das eventuais adequações realizadas nas máquinas ou


equipamentos, com cópias das respectivas Anotações de Responsabilidade
Técnica (ART); c) nota fiscal de venda da máquina ou equipamento. 12.16.1.3
Caso não disponha ou tenha sido extraviado a documentação técnica a que se
refere a alínea “b” do item 12.16.1.2, a mesma poderá ser reconstituída. 12.17
Capacitação 12.17.1. A operação, manutenção, inspeção e demais intervenções
em máquinas e equipamentos somente devem ser realizadas por trabalhadores
habilitados ou capacitados e autorizados para este fim. 12.17.2. Os
trabalhadores envolvidos na operação, manutenção, inspeção e demais
intervenções em máquinas e equipamentos devem receber capacitação
providenciada pelo empregador e compatível com suas funções, que aborde os
riscos a que estão expostos e as medidas de proteção existentes e necessárias,
nos termos desta Norma, para a prevenção de acidentes e doenças
ocupacionais, conforme previsto no anexo II. 12.17.3. Deve ser realizada
capacitação para reciclagem dos trabalhadores sempre que ocorrerem
modificações significativas nos sistemas de segurança e na operação de
máquinas e equipamentos ou troca de métodos, processos e organização do
trabalho. 12.18 Outros requisitos específicos de segurança 12.18.1. As
ferramentas utilizadas no processo produtivo devem ser armazenadas ou
dispostas em locais específicos para esta finalidade e mantidas organizadas.
12.18.2. As ferramentas, materiais e acessórios utilizados nas intervenções em
máquinas e equipamentos devem ser adequados às operações realizadas.
12.18.3. As máquinas e equipamentos tracionados devem possuir sistemas de
engate padronizado para reboque pelo sistema de tração, de modo a assegurar
o acoplamento e desacoplamento fácil e seguro, bem como a impedir o
desacoplamento acidental durante a utilização. 12.18.3.1. A indicação de uso
dos sistemas de engate deve ficar em local de fácil visualização e afixada em
local próximo da conexão. 12.18.3.2. Os equipamentos tracionados, caso o peso
da barra do reboque assim o exija, devem possuir dispositivo de apoio que
possibilite a redução do esforço e a conexão segura ao sistema de tração.
12.18.3.3. A operação de engate deve ser feita em local apropriado e com o
equipamento tracionado imobilizado de forma segura com calço ou similar. 12.19
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte 13 12.19.1. As microempresas e
empresas de pequeno porte, nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14 de
dezembro de 2006, terão tratamento diferenciado em relação à aplicação desta
Norma, ficando desobrigadas do cumprimento dos itens 12.12.1.1. e 12.14.1.1.
e das seguintes exigências: I – indicar, no inventário, a localização de máquinas
e equipamentos em planta baixa, conforme item 12.2.1. alínea “d”; II - demarcar
o piso das instalações de máquinas e equipamentos, conforme item 12.13.1.4.
12.19.2. A manutenção, inspeção, preparação, ajuste, reparo, limpeza e outras
intervenções que se fizerem necessárias podem ser executadas por qualquer
profissional com experiência. 12.19.3. A capacitação prevista no item 12.17.2
poderá ser realizada por trabalhador da própria empresa com experiência, sem
a necessidade de supervisão. 12.19.3.1. O trabalhador ficará dispensado da
capacitação de que trata o item 12.17.2 se apresentar declaração ou certificado
emitido por entidade oficial de ensino de educação profissional ou registro em
Carteira de Trabalho e Previdência Social que ateste experiência em máquinas
e equipamentos similares ou qualquer outro documento que comprove esta
experiência. 12.19.4. Devem ser obrigatoriamente observados pela fiscalização:
I – natureza prioritariamente orientadora nas ações fiscais, quando a atividade
ou situação, por sua natureza, comportar grau de risco compatível com o
procedimento da dupla visita, conforme avaliação de risco elaborado por
profissional legalmente habilitado; II - critério de dupla visita para cada item
fiscalizado antes da lavratura de auto de infração; III – interdição da máquina ou
equipamento, observado o disposto no item 12.1.5. e após esgotados e
examinados, com decisão final, as defesas e recursos administrativos cabíveis.

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