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Trabalho apresentado à disciplina “Fundações do Pensamento Político Moderno”, ministrada pela Profa.
Dra. Adriana Vidotte, como requisito para obtenção de créditos.
Média a idéia de fortuna estava “vinculada à noção mais abrangente de Providência
divina, o governo terrestre de Deus” (JASMIN, 2002, p. 184), assumindo a
característica de um poder cego e inabalável (SADEK, 2006, p. 21), a deusa Fortuna
cultuada no período clássico era marcantemente feminina, devendo ser seduzida para
garantir a concessão de bens essenciais ao homem – a honra, a riqueza, a glória e o
poder (idem, p. 22). Assim, tem-se que, para Maquiavel, o cidadão de virtù seria capaz
de conquistar a simpatia da fortuna, e fazer dela aliada em seus empreendimentos. A
roda da fortuna, elemento que pairava sobre toda incerteza e submissão divina
características da Idade Média, daria lugar em “O Príncipe” ao antigo símbolo da
cornucópia, representante da abundância na terra.
Fortuna em Maquiavel, contudo, não era somente reviver uma concepção
clássica. Femia (1997) nos aponta para a utilização de um elemento fundamentalmente
moderno na formulação maquiaveliana. Para ele,
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Naturalmente, Maquiavel não tratava da concepção moderna de Estado nacional, mas sim das cidades-
estado e principados.
III
BIGNOTTO, Newton. Maquiavel. Coleção Passo a Passo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Editor, 2003.