Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
5054341-77.2016.4.04.0000/SC
RELATOR : PAULO AFONSO BRUM VAZ
SUSCITANTE : SILVIONEI STAHNKE
ADVOGADO : HELIO GUSTAVO ALVES
INTERESSADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
MPF : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
ASSOCIACAO SUL RIOGRANDENSE ENG SEGURANCA DO
AMICUS CURIAE :
TRABALHO
ADVOGADO : ROGER WILIAM BERTOLO
CONFEDERACAO BRASILEIRA DE APOSENTADOS,
AMICUS CURIAE :
PENSIONISTAS E IDOSOS
ADVOGADO : GABRIEL DORNELLES MARCOLIN
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA -
AMICUS CURIAE :
CREA/PR
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA -
:
CREA/RS
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA -
:
CREA/SC
: DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
INSTITUTO BRASILEIRO DE DIREITO PREVIDENCIARIO
AMICUS CURIAE :
(IBDP)
ADVOGADO : DIEGO HENRIQUE SCHUSTER
AMICUS CURIAE : INSTITUTO DE ESTUDOS PREVIDENCIARIOS - IEPREV
ADVOGADO : ROBERTO DE CARVALHO SANTOS
AMICUS CURIAE : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SECÇÃO DO RIO
:
GRANDE DO SUL
VOTO DIVERGENTE
O PPP deverá ser emitido com base no LTCAT ou, na falta deste,
com base nas demonstrações ambientais previstas na IN 45, art. 254:
Art. 254. As condições de trabalho, que dão ou não direito à aposentadoria especial, deverão ser
comprovadas pelas demonstrações ambientais e documentos a estas relacionados, que fazem
parte das obrigações acessórias dispostas na legislação previdenciária e trabalhista.
§ 1º As demonstrações ambientais e os documentos a estas relacionados de que trata o caput,
constituem-se, entre outros, nos seguintes documentos:
I - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA;
II - Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR;
III - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção -
PCMAT;
IV - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO;
V - Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT; e
VI - Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP.
§ 2º Os documentos referidos nos incisos I, II, III e IV do § 1º deste artigo poderão ser aceitos
pelo INSS desde que contenham os elementos informativos básicos constitutivos do LTCAT.
§ 3º Os documentos referidos no § 1º deste artigo serão atualizados pelo menos uma vez ao ano,
quando da avaliação global, ou sempre que ocorrer qualquer alteração no ambiente de trabalho
ou em sua organização, por força dos itens 9.2.1.1 da NR-09, 18.3.1.1 da NR-18 e da alínea 'g'
do item 22.3.7.1 e do item 22.3.7.1.3, todas do MTE.
§ 4º Os documentos de que trata o § 1º deste artigo emitidos em data anterior ou posterior ao
exercício da atividade do segurado, poderão ser aceitos para garantir direito relativo ao
enquadramento de tempo especial, após avaliação por parte do INSS.
Nesse sentido, entendo que a terceira (e última via que sugiro) será a
de maior uso. E ela é a prova judicial solicitada pelo segurado (após analisar o
LTCAT e o PPP apresentados pela empresa ou INSS) e determinada pelo juiz com
o objetivo de requisitar ao perito judicial que ateste a existência de estudo técnico
prévio ou contemporâneo encomendado pela empresa ou pelo INSS acerca
da inexistência razoável de dúvida científica sobre a eficácia do EPI.
1 º Passo:
2 º Passo:
Por fim, resta esclarecer, quanto a esse aspecto, que nos casos de
empresas inativas e não sendo obtido os registros de fornecimento de EPI, as partes
poderão utilizar-se de prova emprestada ou por similaridade (de outros processos,
inclusive de reclamatórias trabalhistas) e de oitiva de testemunhas que trabalharam
nas mesmas empresas em períodos similares para demonstrar a ausência de
fornecimento de EPI ou uso inadequado.
3º Passo:
'Em caso de divergência ou dúvida sobre a real eficácia do Equipamento de Proteção Individual,
a premissa a nortear a Administração e o Judiciário é pelo reconhecimento do direito ao
benefício da aposentadoria especial. Isto porque o uso de EPI, no caso concreto, pode não se
afigurar suficiente para descaracterizar completamente a relação nociva a que o empregado se
submete.'