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INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA – IFRO

ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


LABORATÓRIO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS

EXPERIMENTO 04 – Partida de motores de indução

Introdução

A partida dos motores de indução pode ser feita simplesmente ligando-os diretamente à linha
de potência. Entretanto, algumas vezes há razões para não proceder assim. Por exemplo, a
corrente de partida pode causar tal queda de tensão temporária no sistema de potência que
torna inaceitável a partida com ligação direta à linha. No caso de motores de indução de
enrolamento bobinado, a partida pode ser feita com correntes relativamente baixas inserindo
resistências extras no circuito do rotor durante a partida. Essas resistências não só aumentam
o conjugado de partida, como também reduzem a corrente de partida. No caso de motores de
indução de gaiola de esquilo, a corrente de partida pode variar amplamente dependendo
primariamente da potência nominal do motor e da resistência efetiva do rotor nas condições
de partida.

Se necessário, a corrente de partida de um motor de indução poderá ser reduzida por meio de
um circuito de partida. Entretanto, caso isso seja feito, o conjugado de partida do motor
também será reduzido.

2 Objetivos:

 Mostrar as diversas formas de partidas de motores de indução.

3 Esquema Elétrico:

Conforme figuras de 01 a 04.

4 Materiais e equipamentos:

Computador;
Software de siulação SystemVision;

5 Procedimento experimental:

5.1 Partida direta

A partida direta é a forma mais simples de partir um motor elétrico, na qual as três fases são
ligadas diretamente ao motor, ocorrendo um pico de corrente.

É o método mais simples, viável porém, apenas quando a corrente de partida não afeta a rede
de alimentação. Lembrando que a corrente de partida de motores de indução atinge valores
da ordem de 6 a 7 vezes a corrente nominal.

Realize a seguinte montagem da figura 01 no software SystemVision. Esta montagem mostra a


partida de um motor de indução com as seguintes especificações: 1800 rpm, 10 HP, 480 V(RMS
linha), 60 Hz.
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Figura 01 – partida direta do motor de indução.

Permanecer com os valores de default da fonte de tensão trifásica da carga mecânica e do


motor de indução. Para a automação das chaves utilizar a configuração mostrada na figura 01.

a) Meça os valores de pico da corrente transitória do estator do motor de indução na


fase A.
b) Meça o pico da corrente do estator para o regime permanente na fase A.
c) Depois de quanto tempo temos a corrente de regime permanente do estator deste
motor.
d) Pesquise sobre quais condições é aceitável a partida direta de um motor de indução.

5.2 Partida Y - ∆ , usando um transformador trifásico.

Uma maneira de se reduzir a corrente de partida é trocar a ligação normal em do motor por
uma ligação em Y durante o processo de partida. Se utilizarmos um transformador trifásico Y -
∆ , com relação de transformação de 1:1 e ligarmos o lado Y na rede e o lado da ligação em
delta no motor, então a tensão de fase no enrolamento do estator diminuirá de VL para VL/
√ 3 ,reduzindo a corrente máxima de partida pelo mesmo fator. Quando o motor acelera até
próximo da velocidade plena, retiramos o transformador trifásico e ligamos o motor direto na
rede.

Figura 02 – partida Y - ∆ , usando um transformador trifásico.

Permanecer com os valores de default da fonte de tensão trifásica da carga mecânica e do


motor de indução. Para a automação das chaves utilizar a configuração mostrada na figura 01
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a) Meça os valores de pico da corrente transitória do estator do motor de indução na


fase A.
b) Meça o pico da corrente do estator para o regime permanente na fase A.
c) Em relação a montagem 5.1 qual o valor percentual da redução do pico da corrente
transitória.

5.3 – Partida usando autotransformadores.

A ideia é utilizar o TAP central do autotransformador para ligar o motor de indução na partida
e assim baixar a corrente de partida. Depois próximo da corrente nominal do motor nós
retiramos a ligação do TAP central de forma automática e ligamos o motor de indução a rede
de energia.

Figura 03 – partida utilizando autotransformador.

a) Projeto a relação de espiras do autotransformador para que se tenha uma tensão de


VL/√ 3 aplicada nos terminais do estator do motor. Os resistores do
autotransformador devem ter um valor elevado.
b) Projete os tempos de abertura e fechamento das chaves para que imediatamente após
o final do transitório o autotransformador seja desligado e o motor volte a ser
alimentado diretamente da rede.
c) Plote os gráficos das correntes do estator (fase A) do motor de indução com o
autotransformador e após a saída do autotransformador.

Permanecer com os valores de default da fonte de tensão trifásica da carga mecânica e do


motor de indução.

5.4 - Partida usando resistências


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A idéia é utilizar resistores para diminuir a corrente de partida do motor de indução e


gradativamente retirar os resistores, para que próximo a velocidade nominal nenhum resistor
esteja mais presente.

Figura 04 – partida motor de indução com resitores

Utilizar para a carga os valores do quadro mostrado na figura 04.

Projete os resistores da figura 4 para que o circuito projetado tenha a seguinte lógica:

a) de 0 a 0.25s os 3 resistores devem estar atuando no circuito e a corrente da fonte


deve passar por esses 3 resistores e alimentar o motor de indução. A corrente de fase
nos enrolamentos do estator do motor de indução não deve ultrapassar 40 A de pico.

b) De 0.25 a 0.5s apenas 2 resistores devem estar atuando no circuito e a corrente da


fonte deve passar por esses 2 resistores e alimentar o motor de indução. A corrente de
fase nos enrolamentos do estator do motor de indução não deve ultrapassar 45 A de
pico.

c) De 0.5 a 0.75s apenas 1 resistor deve estar atuando no circuito e a corrente da fonte
deve passar por esse resistor e alimentar o motor de indução. A corrente de fase nos
enrolamentos do estator do motor de indução não deve ultrapassar 52 A de pico.

d) Depois de 0.75s todos os resistores devem estar curto circuitados.

e) Plote a corrente na fase A do estator do motor de indução.

6 Referências:

CHAPMAN, S. J. , Fundamentos de Máquinas Elétricas, Mc Graw Hill, 5a edição 2014.

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