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CAPACITAÇÃO EM NR-20

Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis

Módulo: Básico

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SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO DO CURSO ........................................................................................................5
2 INFLAMÁVEIS: CARACTERÍSTICAS, PROPRIEDADES, PERIGOS E RISCOS .............................6
2.1 Características e propriedades dos Inflamáveis .........................................................................6
2.1.1 Conceitos ................................................................................................................................................7
2.2 Tipos de Inflamáveis ..................................................................................................................8
2.2.1 Petróleo ..................................................................................................................................................9
2.2.2 Biocombustível .....................................................................................................................................14
2.2.3 Gás Natural ...........................................................................................................................................17
2.3 Perigos e Riscos dos Inflamáveis .............................................................................................20
2.3.1 Os perigos do GLP .................................................................................................................................22
3 CONTROLE COLETIVO E INDIVIDUAL PARA TRABALHOS COM INFLAMÁVEIS ......................23
3.1 Controle de Vazamento............................................................................................................23
3.1.1 Definição de Estratégias e Táticas de Intervenção ...............................................................................23
3.1.2 Técnicas de Contenção e Confinamento ..............................................................................................26
3.1.3 Ações preventivas para contenção.......................................................................................................32
3.1.4 Equipamentos e Acessórios para contenção de Derramamento e Vazamento ...................................34
3.2 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) .............................................................................36
3.2.1 Proteção Auditiva .................................................................................................................................37
3.2.2 Proteção respiratória ............................................................................................................................39
3.2.3 Proteção dos olhos e face.....................................................................................................................41
3.2.4 Proteção da cabeça ..............................................................................................................................43
3.2.5 Proteção dos membros superiores.......................................................................................................44
3.2.6 Proteção de membros inferiores ..........................................................................................................48
3.2.7 Proteção contra quedas com diferença de nível ..................................................................................51
3.2.8 Proteção do Corpo Inteiro ....................................................................................................................52
3.2.9 Proteção do Tronco ..............................................................................................................................54
3.3 Traje Mínimo Obrigatório ..........................................................................................................54
4 FONTES DE IGNIÇÃO E SEU CONTROLE ...................................................................................56
4.1 Conceitos .................................................................................................................................56
4.2 Tipos de Fontes de Ignição ......................................................................................................56
4.2.1 Instalação e equipamentos elétricos ....................................................................................................57
4.3 Formas de Prevenção e Controle .............................................................................................58
4.3.1 Identificação da Fonte de Ignição.........................................................................................................58
4.3.2 Prevenção Contra Incêndios .................................................................................................................59
5 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO COM INFLAMÁVEIS ................................................................60
5.1 Conceitos Básicos....................................................................................................................60
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5.1.1 Fogo e Combustão ................................................................................................................................60


5.1.2 Proporcionalidade ................................................................................................................................61
5.1.3 Volatilidade ...........................................................................................................................................61
5.1.4 Ponto de Fulgor ....................................................................................................................................61
5.1.5 Ponto de Combustão ............................................................................................................................61
5.1.6 Ponto de Ignição ...................................................................................................................................62
5.2 Métodos de Transmissão de Calor ...........................................................................................63
5.2.1 Irradiação ..............................................................................................................................................64
5.2.2 Condução ..............................................................................................................................................64
5.2.3 Convecção.............................................................................................................................................64
5.3 Incêndio ...................................................................................................................................64
5.3.1 Classes de Incêndio...............................................................................................................................64
5.3.2 Meios de Extinção das Chamas ............................................................................................................66
5.4 Extintores de Incêndio ..............................................................................................................67
5.4.1 Agentes Extintores................................................................................................................................68
5.4.2 Manejo dos Extintores de Incêndio ......................................................................................................73
5.4.3 Inspeção e manutenção em extintores de incêndio ............................................................................76
Corrosão, danos térmicos e/ou mecânicos em: .................................................................................79
• Recipientes; ................................................................................................................................79
• Partes que possam ser submetidas à pressão momentânea ou estejam submetidas à pressão
permanente; e em ..............................................................................................................................79
• Partes externas contendo mecanismo ou sistema de acionamento mecânico. ...........................79
5.5 Sistema Hidráulico Preventivo .............................................................................................79
5.5.1 Tubulações ............................................................................................................................................80
5.5.2 Abrigos ..................................................................................................................................................80
5.5.3 Mangueiras ...........................................................................................................................................80
5.5.4 Hidrante de Recalque ...........................................................................................................................81
5.5.5 Casa de Máquinas de Incêndio .............................................................................................................81
5.5.6 Reservatórios ........................................................................................................................................81
5.5.7 Bombas de Incêndio .............................................................................................................................82
5.5.8 Rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinkler” ............................................................................82
5.5.9 Cuidados de preservação .....................................................................................................................83
6 PROCEDIMENTOS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA COM INFLAMÁVEIS.............................83
6.1 Definições Básicas ...................................................................................................................86
6.2 Rotina de atendimento de emergência química – Processo “DECIDA” ....................................87
6.2.1 Detectar a presença do Produto Perigoso (D) ......................................................................................88

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6.2.2 Estimar o Dano Provável sem Intervenção (E) .....................................................................................88


6.2.3 Construir os Objetivos para o Atendimento (C) ...................................................................................89
6.2.4 Identificar as Opções para a Ação (I) ....................................................................................................89
6.2.5 Desenvolver a Melhor Opção de Intervenção e de Proteção (D) .........................................................90
6.2.6 Avaliar o Processo da Ação (A) .............................................................................................................90
6.3 Cenário Envolvendo Inflamáveis ..............................................................................................91
6.4 Ações nas Situações de Emergência .......................................................................................94
6.4.1 Emergência com Cilindros ....................................................................................................................94
6.4.2 Vazamento de Combustíveis ................................................................................................................96
6.4.3 Incêndio (Fogo) .....................................................................................................................................96
6.4.3 Provocar Poluição .................................................................................................................................96
6.4.4 Envolvimento de Pessoas .....................................................................................................................97
6.5 Procedimentos para Emergência .............................................................................................97
7 CONHECIMENTOS E UTILIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
COM INFLAMÁVEIS ..........................................................................................................................98
7.1 Plano de Resposta à Emergências ......................................................................................99
7.2 Simulados de Emergência ................................................................................................. 100
8 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 102

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1 APRESENTAÇÃO DO CURSO

O curso de NR-20 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E


COMBUSTÍVEIS - BÁSICO do INBRAEP deve ser realizado pelos trabalhadores que laboram em
instalações classe III, adentram na área ou no local de extração, de produção, de armazenamento,
de transferência, de manuseio e de manipulação de inflamáveis e de líquidos combustíveis e mantêm
contato direto com o processo ou processamento, realizando atividades de operação e atendimento
direcionado para emergências.
O curso de NR-20 tem como objetivo atender as exigências da Norma Regulamentadora nº
20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis, que estabelece requisitos
mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de acidentes
provenientes das atividades de extração, de produção, de armazenamento, de transferência, de
manuseio e de manipulação de inflamáveis e de líquidos combustíveis.
A capacitação do trabalhador é fundamental para garantir que os trabalhos sejam executados
com segurança, evitando-se assim muitos riscos como explosão, intoxicação ou contaminação
proveniente da execução de trabalhos com inflamáveis e combustíveis.
Com a aplicação do Curso de Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e
Combustíveis busca-se promover a combinação indivíduo – cargo - segurança, alicerçado no
treinamento, na implantação de conceitos e medidas de prevenção de acidentes no trabalho. Porém
é fundamental que os profissionais envolvidos nas atividades façam sempre uma minuciosa análise
das condições de trabalhos que serão realizados, para que possam ser identificados quais os
possíveis riscos envolvidos na execução destes, promovendo assim serviços com qualidade e com
total segurança para os profissionais e terceiros.

Sandro Francisco Stolarski

Eng de Seg do Trabalho

CREA-SC:046952-0

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2 INFLAMÁVEIS: CARACTERÍSTICAS, PROPRIEDADES, PERIGOS E


RISCOS

Há certos líquidos que apresentam a propriedade inflamável, gerando calor, sendo estes
vinculados com os combustíveis como Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e outros gases inflamáveis.
Para que se possa ter uma maior compreensão a respeito dos inflamáveis este item abordará as
características, propriedades, perigos e riscos.

2.1 Características e propriedades dos Inflamáveis

Líquidos inflamáveis são líquidos, misturas de líquidos ou líquidos contendo sólidos em


solução ou em suspensão que produzem vapores inflamáveis a temperaturas de até 60,5ºC, em
teste de vaso fechado, ou até 65,6ºC, em teste de vaso aberto, conforme normas brasileiras ou
normas internacionalmente aceitas.
O valor limite do ponto de fulgor dos líquidos inflamáveis, indicado no parágrafo anterior, pode
ser alterado pela presença de impurezas. Na Relação de Produtos Perigosos só foram incluídos os
produtos em estado quimicamente puros, cujos pontos de fulgor não excedem tais limites. Por esse
motivo, a Relação de Produtos Perigosos deve ser utilizada com cautela, pois produtos que, por
motivos comerciais, contenham outras substâncias ou impurezas podem não figurar na Relação, mas
apresentar ponto de fulgor inferior ao do valor limite.
A NR-20 faz as seguintes definições quanto os considerados inflamáveis e combustíveis:
• Líquidos inflamáveis: são líquidos que possuem ponto de fulgor ≤60°C.
• Gases Inflamáveis: gases que inflamam com o ar a 20°C e a uma pressão padrão de
101,3 kpa.
• Líquidos combustíveis: são líquidos com ponto de fulgor >60°C e ≤93°C.
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2.1.1 Conceitos

Quando se trabalha com gases, líquidos e, até mesmo, sólidos inflamáveis, é importante fixar
alguns conceitos, para entender as diversas peculiaridades existentes entre eles.
Os combustíveis podem ser classificados por meio do seu estado físico:
Combustão: reação química de oxidação, exotérmica, favorecida por uma energia de
iniciação, quando os componentes: combustível e oxidante se encontram em concentrações
apropriadas.
Combustíveis sólidos: a maioria dos combustíveis sólidos se transforma em vapor e
somente então este reage com o oxigênio;
Combustíveis líquidos: não possuem forma definida, assumindo a forma do recipiente em
que estão armazenados, se derramados aumentam a proporção do incêndio a ser combatido;
Combustíveis gasosos: não possuem volume definido, tendendo rapidamente a ocupar todo
o recipiente em que estão contidos. Para queimarem é necessário que estejam em uma mistura ideal
com o ar atmosférico. Se estiverem fora destes limites não queimarão. Cada gás ou vapor tem seus
limites próprios.
Faixa de inflamabilidade (faixa de explosividade): concentração do gás ou vapor
inflamável, em mistura com o ar, situada entre o Limite Inferior de Explosividade (LIE) e o Limite
Superior de Explosividade (LSE).
Mistura pobre: mistura de gás ou vapor inflamável com o ar abaixo do LIE.
Mistura rica: mistura de gás ou vapor inflamável com o ar acima do LSE.
Voláteis: são aqueles que em temperatura ambiente são capazes de se inflamar (álcool, éter,
benzina, querosene e a gasolina).
Não Voláteis: são aqueles que, para desprenderem vapores capazes de se inflamarem,
necessitam aquecimento acima da temperatura ambiente (óleo combustível, óleo lubrificante, etc).
Há outros conceitos importantes, quando se trabalha com gases e líquidos inflamáveis e
combustíveis, sendo estes:
Pressão de vapor: a pressão a uma temperatura na qual um líquido que ocupa,
parcialmente, um recipiente fechado tem interrompida a passagem de suas moléculas para a fase de
vapor. É a pressão que o vapor exerce sobre seu líquido, de modo a não haver mais evaporação.
Ponto de fulgor: menor temperatura de um líquido ou sólido, na qual os vapores misturados
ao ar atmosférico, e na presença de uma fonte de ignição, iniciam a reação de combustão.

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Ponto de combustão é a menor temperatura, poucos graus acima do ponto de fulgor, na


qual a quantidade de vapores é suficiente para iniciar e manter a combustão (somente para líquidos
e sólidos).
Ponto de autoignição: é a menor temperatura na qual os gases ou vapores entram em
combustão pela energia térmica acumulada (ondas de calor).
Temperatura crítica: temperatura, característica de cada gás, acima da qual não existe fase
líquida dentro do cilindro.
Ponto de combustão: é a menor temperatura na qual os gases ou vapores entram em
combustão pela energia térmica acumulada (ondas de calor).
Temperatura crítica: temperatura, característica de cada gás, acima da qual não existe fase
líquida dentro do cilindro.

2.2 Tipos de Inflamáveis

Há muitos tipos de inflamáveis, porém neste item serão trabalhados os principais tipos de
inflamáveis subdivididos em dois grupos, sendo estes os que se podem destacar entre os derivados
de petróleo, gás e biocombustível.
Os derivados de petróleo compreendem uma gama variada de produtos. Aqui serão
considerados os principais combustíveis presentes em veículos e máquinas, para gerar força motriz
ou calor.
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O biocombustível, que apesar de não ser derivado do petróleo é utilizado como combustível
puro ou misturado à gasolina, ocupa seu lugar de importância no cenário energético do país.
O gás natural, que vem ocupando posição de destaque no país.

2.2.1 Petróleo

O petróleo é um tipo de óleo de extrema importância e está entre os combustíveis mais


valiosos do mundo, sendo utilizado para os mais variados fins. Tem-se aqui no Brasil uma enorme
reserva de petróleo e uma das maiores empresas voltadas a sua extração, a Petrobras. A quantidade
de produtos derivados deste óleo é muito grande e alguns produtos que são consumidos são feitos
por meio de algum processo envolvendo o petróleo e nem sempre se imagina que isso acontece.
Abaixo serão apresentados os principais derivados do petróleo.

2.2.1.1 Gasolina

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Combustível composto basicamente por hidrocarbonetos, obtido por meio do refino do


petróleo, sendo que a formulação deste pode demandar a utilização de correntes nobres do
processamento de petróleo, tais como naftas leves, craqueadas, reformadas, etc.
• Gasolina tipo A: produzida pelas refinarias e entregue as companhias distribuidoras,
constituindo-se basicamente de uma mistura de naftas, em uma proporção adequada
para o enquadramento do produto na especificação prevista. É a gasolina pura, que
serve como base para a que vai para os postos de revendedores.
• Gasolina tipo C: é a gasolina comum que se encontra disponível no mercado, sendo
preparada pelas distribuidoras, que adicionam álcool anidro a gasolina A, em uma
porcentagem compreendida a 27%, percentual estabelecido desde 16 de março de
2015.
• Gasolina Aditivada: Diferente da comum apenas por conter aditivos
detergentes/dispersantes, adicionados pelas distribuidoras, é admitida pelo
Departamento Nacional de Combustíveis (DNC) a adição de corantes, existindo cores
diferentes, conforme a distribuidora. Os aditivos têm a função de impedir a formação
de depósitos, mantendo limpos os bicos injetores e as válvulas do motor.
• Gasolina Premium: Apresenta formulação especial, sendo obtida a partir de naftas de
elevada octanagem, o que confere ao produto maior resistência à detonação (índice
antidetonante – IAD). Foi disponibilizado no Brasil em 1997, mas já existia na Europa
e Estados unidos, em que a indústria automobilística dispõe de motores de alto
desempenho e que exigem do combustível a maior performance possível. O que a
diferencia das demais gasolinas é a maior octanagem e menor teor de enxofre. A
octanagem ou índice antidetonante é a capacidade de resistência da gasolina às
exigências do motor, sem entrar em autoignição antes do momento programado, o
que popularmente se chama “Batida de Pino”. Há na gasolina Premium uma
porcentagem compreendida de 25% de mistura de álcool anidro, conforme Portaria
MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) nº 75 e Resolução CIMA
(Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool) nº 1/2015.

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2.2.1.2 Óleo Diesel

É uma mistura de hidrocarbonetos que tem amplo emprego como combustível em motores a
explosão, quer seja em ônibus, navios, locomotivas, tratores, etc., e também como fonte de calor.
Existem quatro tipos específicos de óleo diesel, cuja característica principal reside no teor de
enxofre contido na formulação, outros tipos já estão sendo desenvolvidos, com tecnologia mais
limpa. Segue os principais tipos:
• Óleo Diesel tipo A: É o óleo diesel utilizado em motores de ciclo diesel (ônibus,
caminhões, carretas, veículos utilitários, e outros) e em instalações de aquecimento de
pequeno porte. Este óleo se encontra disponível em todas as regiões do Brasil e
caracteriza-se por possuir um teor de enxofre de, no máximo, 1,0%.
• Óleo Diesel tipo B: Possui teor de enxofre em torno de 0,50% em massa. Está
disponível em todo o Brasil, exceto nas grandes metrópoles, em que estão
disponibilizados os tipos C e D.
• Óleo Diesel tipo C: Neste tipo o teor de enxofre gira em torno de 0,30% no máximo.
Está disponível nas regiões metropolitanas.
• Óleo Diesel tipo D: É o óleo diesel marítimo. É produzido especialmente para a
utilização em motores de embarcações marítimas. Difere do Diesel Tipo A por ter
especificado o seu ponto de fulgor em, no máximo, 60ºC.
• Óleo Diesel Marítimo: A característica principal deste tipo é o ponto de fulgor em torno
de 60°C, sendo produzido exclusivamente para a utilização em motores de
embarcações marítimas.
• Óleo Diesel Padrão: Desenvolvido para atender as exigências específicas dos testes
de avaliação de consumo e emissão de poluentes pelos motores a diesel, sendo
utilizado pelos fabricantes de motores e pelos órgãos responsáveis pela homologação
dos mesmos.

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A Resolução da ANP nº 42 apresenta a seguinte nomenclatura para o óleo diesel rodoviário:


"Art. 3º Fica estabelecido, para feitos desta Resolução, que os óleos diesel A e B deverão
apresentar as seguintes nomenclaturas, conforme o teor máximo de enxofre:
a) Óleo diesel A S10 e B S10: combustíveis com teor de enxofre, máximo, de 10 mg/kg.
b) Óleo diesel A S500 e B S500: combustíveis com teor de enxofre, máximo, de 500 mg/kg.
c) Óleo diesel A S1800 e B S1800: combustíveis com teor de enxofre, máximo, de 1800
mg/kg."

2.2.1.3 Querosene

Além de combustível de aeronaves a jato e iluminação residencial, o querosene também pode


ser empregado como solvente, como combustível de fogões portáteis e produto de limpeza. É
importante ressaltar que esse combustível é inflamável, havendo a necessidade de armazená-lo em
locais adequados. Outra característica do querosene é que ele é apolar, ou seja, não é solúvel em
água.

2.2.1.4 Óleo Lubrificantes

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Para a lubrificação de qualquer elemento de máquina é preciso, em primeiro lugar, definir


quais tipos de lubrificantes que serão aplicados.
Nesse sentido, um parafuso pode ser lubrificado com diversos produtos como, por exemplo,
com óleo, graxa, pasta de montagem com lubrificantes sólidos ou com lubrificante seco (verniz).
Para facilitar a escolha mais adequada é preciso sempre saber em primeiro lugar, qual vai ser
o ambiente no qual este parafuso será montado. Por exemplo, se este parafuso é usado em uma
montagem de caldeira em que se têm altas temperaturas, um óleo mineral ou sintético jamais vai
trazer resultados esperados devido existência de altas temperaturas do ambiente. Futuramente, na
hora da desmontagem, na maioria dos casos, praticamente será impossível de soltar o parafuso sem
quebrar.
Neste caso, o tipo de lubrificante mais adequado seria uma pasta de montagem com
lubrificantes sólidos ou um verniz lubrificante. O óleo da pasta evapora com as temperaturas
elevadas e o lubrificante seco garante um filme de separação dos flancos de roscas evitando assim a
soldagem.
• Lubrificantes oleosos, líquidos e fluidos lubro-refrigerantes (emulsões)
• Lubrificantes graxosos
• Lubrificante pastoso
• Lubrificante seco (pó ou verniz)

2.2.1.5 Resíduos

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• Coque
• Asfalto
• Alcatrão
• Breu
• Ceras

Todos estes são materiais utilizados para a fabricação de outros produtos compostos com
vários anéis com 70 átomos de carbono ou mais em uma faixa de ebulição a mais de 600°C.

2.2.2 Biocombustível

Os Biocombustíveis são combustíveis de origem biológica, que são fabricados a partir de


vegetais, tais como: milho, soja, cana-de-açúcar, mamona, canola, babaçu, cânhamo, entre outros. O
lixo orgânico também pode ser usado para a fabricação de biocombustível.
Os biocombustíveis podem ser usados em veículos (carros, caminhões, tratores)
integralmente ou misturados com combustíveis fósseis. Aqui no Brasil, por exemplo, o diesel é
misturado com biocombustível. Na gasolina também é adicionado o etanol.
A vantagem do uso dos biocombustíveis é a redução significativa da emissão de gases
poluentes. Também é vantajoso, pois é uma fonte de energia renovável ao contrário dos
combustíveis fósseis (óleo diesel, gasolina querosene, carvão mineral).
Por outro lado, a produção de biocombustíveis tem diminuído a produção de alimentos no
mundo. Buscando lucros maiores, muitos agricultores preferem produzir milho, soja, canola e cana-
de-açúcar para transformar em biocombustível.
Os principais biocombustíveis são: etanol (produzido a partir da cana-de-açúcar e milho),
biogás (produzido a partir da biomassa), bioetanol, bioéter, biodiesel, entre outros.

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2.2.2.1 Etanol

O álcool é um combustível ecologicamente correto também denominado de etanol e não afeta


a camada de ozônio já que é obtido, principalmente no Brasil, a partir da cana-de-açúcar que ajuda
na redução do gás carbônico da atmosfera por meio da fotossíntese nos canaviais.
Além disso, o plantio e cultivo da cana-de-açúcar aumentam a umidade do ar e a retenção
das águas da chuva.
Seguindo recomendações específicas, pode ser misturado ao diesel e à gasolina, como
também pode ser utilizado sem aditivos, sem que com isso o motor sofra danos.
O tempo de preservação do etanol no tanque combustível, sem que o mesmo perca suas
características, depende das condições de armazenagem e temperatura. O etanol pode absorver
umidade do ar ou evaporar, o que ocasiona alteração no teor alcoólico e na massa específica.
Entretanto, o produto deve ser submetido a uma análise técnica para recertificação antes de
qualquer providência.
O etanol tem como principais características a não derivação do petróleo, obtenção a partir da
fermentação da cana-de-açúcar, sendo incolor e pode ser utilizado em qualquer veículo cujo motor
aceite este combustível.

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2.2.2.2 Biodiesel

O biodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis como óleos


vegetais e gorduras animais. Este biocombustível pode ser produzido no Brasil a partir de diferentes
espécies oleaginosas, como: a mamona, o dendê, a canola, o girassol, o amendoim, a soja e o
algodão, além de matérias-primas de origem animal como o sebo bovino e gordura suína.
Utilizado isoladamente, este tipo de biocombustível também pode ser misturado ao diesel.
Desde 2010, todo o diesel comercializado no Brasil contém uma mistura de 5% de biodiesel. É
comercializado também a borra (ou goma), a glicerina e o ácido graxo, subprodutos derivados
provenientes do processo industrial.

2.2.2.3 Biogás

O biogás é o gás produzido a partir da decomposição da matéria orgânica (resíduos


orgânicos) por bactérias. Na geração de eletricidade, a partir do biogás, ocorre a conversão da
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energia química do gás em energia mecânica por meio de um processo controlado de combustão, e
essa energia mecânica ativa um gerador que produz energia elétrica. O biogás também pode ser
usado em caldeiras por meio de sua queima direta para a cogeração de energia.

2.2.3 Gás Natural

O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos, dentre os quais se destacam o metano, o


etano e o propano, resultantes da degradação de matéria orgânica por bactérias anaeróbias e pela
elevação da temperatura e pressão da crosta terrestre. O gás natural pode estar ligado ou não ao
petróleo, visto que o acúmulo de gás natural ocorre em rochas porosas no subsolo, muitas vezes
vem associado ao petróleo, isto é, dissolvido ou formando uma capa de gás livre, acima do
reservatório de óleo.
O gás natural é muito versátil quanto a aplicação. O insumo pode ser utilizado em quatro
vertentes distintas, que englobam os campos de aplicação do gás natural. São estas vertentes:
• Alimentação direta: combustível para atendimento térmico direto residencial,
comercial ou industrial, para geração de potência de acionamento em termelétricas ou
processos industriais e como carburante para o transporte, proporcionando a menor
valorização possível;
• Aplicação siderúrgica: usado como redutor siderúrgico no processamento de
minérios;
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• Produção de combustíveis sintéticos: utilizados como matéria-prima nos processos


de produção de combustíveis sintéticos como: gasolina, nafta, óleos lubrificantes,
diesel, e outros com qualidade superior aos processos oriundos do petróleo.
• Produção de produtos petroquímicos: usado como matéria-prima para a produção de
eteno, propeno, buteno, polietileno que, por sua vez, servem de insumo para
fabricação de fibras sintéticas, borrachas sintéticas, plástico, com expressivas
vantagens em termos de qualidade e redução de impactos ambientais.

2.2.3.1 Gás Domiciliar

No uso em residências, o gás natural é chamado de gás domiciliar. É um mercado em franca


expansão, especialmente, nos grandes centros urbanos de todo o País. As companhias
distribuidoras estaduais têm planos de grande ampliação de redes, e o aumento do consumo de gás
domiciliar demanda investimento expressivo em conversões e em recebimento e adaptações nas
residências.

2.2.3.2 Gás Industrial

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Utilizado como combustível, o gás natural proporciona uma combustão limpa, isenta de
agentes poluidores, ideal para processos que exigem a queima em contato com o produto final,
como, por exemplo, a indústria de cerâmica e a fabricação de vidro e cimento. O gás natural também
pode ser utilizado como redutor siderúrgico na fabricação de aço e, de formas variadas, como
matéria-prima: na indústria petroquímica, principalmente para a produção de metanol, e na indústria
de fertilizantes, para a produção de amônia e ureia.

2.2.3.3 Termelétricas

A utilização de turbinas a gás para a geração de eletricidade, combinada com a recuperação


de calor para a produção de calor é conhecida como cogeração. Esse processo vem sendo utilizado
para indústrias do mundo inteiro em função da garantia de economia e de segurança operacional.

2.2.3.4 Gás Veicular

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O gás natural veicular surge como uma alternativa eficaz para reduzir a dependência do
petróleo, além de ser uma fonte menos agressiva ao meio ambiente. A utilização desse combustível
reduz em 65% a emissão de gases poluentes (sobretudo o dióxido de carbono) responsáveis pela
intensificação do efeito estufa.
Outro aspecto positivo do gás natural veicular (GNV) é com relação à economia financeira,
visto que seu custo é inferior ao da gasolina e do álcool, além de apresentar rendimento superior: um
metro cúbico de gás natural veicular (GNV) é suficiente para um automóvel percorrer treze
quilômetros, enquanto um carro a álcool percorre, aproximadamente, sete quilômetros com um litro
do combustível.
Para receber o gás natural veicular (GNV), o automóvel deve ser adaptado. É essencial que
essa conversão ocorra em locais autorizados e especializados, garantindo, assim, segurança. O
valor desse procedimento não é barato, entretanto, o retorno é rápido, visto que o gás natural
veicular (GNV) é muito mais rentável se comparado aos outros combustíveis.
O gás natural veicular (GNV) deve ser armazenado em um cilindro adequado para receber tal
combustível e visando garantir a segurança do consumidor, esse cilindro é submetido a um processo
de tratamento denominado têmpera, no qual é aquecido em altas temperaturas e recebe algumas
substâncias para reforçar a resistência.
O gás natural veicular (GNV) é considerado um combustível extremamente eficaz na busca
por alternativas menos agressivas à natureza. Entre os aspectos positivos estão: não é tóxico, tem
valor inferior ao da gasolina e do álcool, não possui impurezas, emite menos poluentes, etc.

2.3 Perigos e Riscos dos Inflamáveis

No meio ambiente de trabalho são enfrentados diversos perigos e riscos, mas nos trabalhos
com inflamáveis os mesmo aumentam consideravelmente.
O perigo é uma situação com o potencial de criar danos, tais como: ferimentos ou lesões
pessoais, danos para a propriedade, instalação, equipamentos, ambiente ou perdas econômicas. Já

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os riscos em combinação - “Probabilidade” - de ocorrência de uma situação potencialmente perigosa


e da sua “Gravidade”.
Os inflamáveis e seus vapores podem criar riscos à saúde, tanto por contato como por
inalação dos vapores tóxicos.
Muitos vapores tóxicos produzem irritações devido à ação solvente sobre a oleosidade natural
da pele e dos tecidos. Em quase todos os casos existe um risco de intoxicação. A magnitude do risco
certamente dependerá da concentração do vapor.
Alguns vapores inflamáveis são mais pesados que o ar e se dirigem para os fossos, aberturas
de tanques, lugares fechados e pisos rebaixados, contaminando o ar local e criando uma atmosfera
tóxica e explosiva. Nos recipientes fechados pode ocorrer o problema da falta de oxigênio como, por
exemplo, em um tanque que tenha estado fechado por muito tempo, no qual a formação de óxidos
consumiu oxigênio. Antes de entrar em um tanque nessas condições, o mesmo deverá ser ventilado
e medições devem ser feitas, tendo-se assim a certeza de que não há uma atmosfera tóxica ou
explosiva ou com deficiência de oxigênio.
Sempre que existir produtos inflamáveis, em condições ideais para produzir uma mistura de
vapores ou gases com o ar, existirá risco de incêndio ou explosão, cuja severidade dependerá dos
fatores agravantes.
É importante destacar que nem todas as misturas de vapor ou gás com o ar podem ser
inflamadas, ou seja, misturas muito ricas, ou muito pobres em combustível não podem ser
inflamadas, visto que existe uma faixa (limites: inferior e superior de inflamabilidade) que é
característico para cada produto, a qual determina as margens de periculosidade.
Uma mistura dentro dos limites de inflamabilidade necessita apenas de um elemento para que
se produza um incêndio ou explosão: a fonte de ignição (faíscas, centelhas, chamas abertas, pontos
quentes, eletricidade estática, etc.).
Assim sendo, na presença de produtos inflamáveis é de fundamental importância o controle
das referidas Fontes de Ignição.
Nesse sentido, os perigos causados por produtos inflamáveis:
• Queimam com facilidade;
• Podem produzir atmosferas explosivas em locais com deficiência de ventilação;
• Um derrame de líquido inflamável pode gerar um incêndio que irá se movimentar,
acompanhando o desnível existente no piso;
• Incêndios em líquidos, normalmente, são mais difíceis de serem combatidos do que em
materiais sólidos, visto que é necessário extinguir o fogo em toda superfície atingida;

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• A projeção violenta do agente extintor sobre um líquido inflamado pode provocar respingos ou
transbordamento, cuja consequência poderá ser a propagação do incêndio;
• Em caso de gases, quando não é possível cortar o suprimento, o vazamento seguirá gerando
maiores volumes de mistura inflamável que, fatalmente, encontrará uma fonte de ignição em
proximidade, provocando uma explosão.

Um produto inflamável poderá oferecer maior ou menor risco dependendo de:


• Ponto de fulgor, por exemplo: a gasolina é mais perigosa que o álcool por ter um ponto de
fulgor mais baixo;
• Quantidade e o tipo de armazenamento (tanques ou recipientes);
• Superfície de contato com a atmosfera, no caso de líquidos e volume possível de mistura com
o ar, no caso dos gases;
• Natureza do próprio produto (poder calorífico, volatilidade e toxicidade dos produtos de
combustão);
• Possibilidade de vazamento ou transbordamento;
• Manipulação (transferência, pulverização, condições de ventilação do local, etc.);
• Materiais e instalações existentes nas proximidades.

2.3.1 Os perigos do GLP

O transporte e o armazenamento do GLP não poluem o meio ambiente, mas o produto é


facilmente inflamável e explosivo, podendo causar graves acidentes se não for armazenado e
utilizado com segurança.
O gás se inalado em grande quantidade poderá produzir efeito anestésico e poderá levar a
morte.
Os perigos do GLP são decorrentes das suas características físico-químicas que estão
presentes em todo o seu ciclo de utilização, principalmente, no transporte e na utilização pelos
consumidores finais.
Em contato com o ar o GLP forma uma mistura explosiva que entra em ignição com muita
facilidade causando acidentes, geralmente, com graves consequências para pessoas e instalações.

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3 CONTROLE COLETIVO E INDIVIDUAL PARA TRABALHOS COM


INFLAMÁVEIS

O controle coletivo e individual para trabalhos com combustíveis e inflamáveis é de extrema


importância para evitar qualquer tipo de acidente com os recursos humanos e físicos. Abaixo serão
apresentados alguns meios de controle coletivo e individual de vazamentos, derramamentos,
incêndios, explosões e emissões fugitivas.

3.1 Controle de Vazamento

Muitos problemas ambientais, que acarretam em poluição e/ou contaminação de recursos


hídricos, envolvem o derramamento de derivados de petróleo, principalmente, os causados por
vazamentos em sistemas de armazenamento subterrâneo de combustíveis que correspondem aos
tanques subterrâneos e suas tubulações. Das causas mais comuns de acidente ligados aos sistemas
subterrâneos destaca-se corrosão, falhas no sistema devido à sobrecarga e defeitos na construção
ou instalação.
A maioria dos vazamentos de navios-tanque resulta de operações de rotina como carga,
descarga e abastecimento que, normalmente, ocorre em portos ou terminais, sendo estes acidentes
decorrentes na maioria das situações de vazamentos operacionais. No caso de vazamentos e
derramamentos de produtos químicos, providências imediatas devem ser tomadas para a
identificação do produto, contenção do derramamento, sua neutralização por meio de absorventes
específicos e a posterior limpeza da área afetada.
Nunca se deve tentar neutralizar um vazamento ácido com uma base ou vice versa, pois a
reação pode ser violenta, agravando a situação. No caso de vazamento de produtos inflamáveis,
alguns cuidados devem ser tomados, com a finalidade de evitar a inflamação da mistura, pela
eliminação de toda fonte de ignição (chamas, equipamentos aquecidos, dispositivos elétricos
faiscantes, etc.). No caso de produtos tóxicos devem ser utilizados os Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) adequados antes de adentrar a área contaminada.

3.1.1 Definição de Estratégias e Táticas de Intervenção

Para determinar quais as estratégias e as táticas de intervenção que devem ser tomadas em
uma emergência química, o coordenador da emergência deve procurar identificar o que ocorreu, o

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que está ocorrendo e o que poderá ocorrer no futuro. A partir destas avaliações poderão ser
estabelecidas estratégias de intervenção para eliminar a situação de emergência.
As estratégias a serem tomadas em uma emergência irão depender da situação e do tempo
transcorrido. Uma intervenção segura dependerá da capacidade da coordenação de emergência em
realizar um diagnóstico adequado do cenário do acidente. Esta avaliação deve estar focalizada no
passado e futuro, conforme abaixo:
a) Passado: Caso tenha ocorrido a ruptura dos recipientes, resultando em algum tipo de
lesão ou fatalidade, as ações de intervenção serão muito limitadas. Por outro lado, se os
containers estão em processo de fadiga será possível tomar algumas ações para reverter
o processo.
b) Presente: Entender os eventos iniciais antes da chegada da equipe de emergência irá
ajudar a fazer uma avaliação dinâmica da situação atual e do que poderá ocorrer nos
próximos 10 ou 15 min, de modo a estabelecer as ações de intervenção;
c) Futuro: Quanto mais informações estiverem disponíveis, mais rápido pode ser feito o
diagnóstico da situação presente, maior a capacidade de estabelecer ações consistentes,
eficazes e seguras.

Os seguintes aspectos devem ser considerados para reduzir as consequências:

• Magnitude: controlar a quantidade de produto vazado ao menor nível possível.


Colocar um cilindro de GLP na horizontal, por exemplo, irá eliminar e transformar um
vazamento de líquido em gás;
• Minimizar a Ocorrência: Usar os recursos preventivos para controlar a situação
como, por exemplo, resfriar os vasos com água, minimizando a possibilidade de um
estresse térmico;
• Estimar o tempo: Realizar intervenção que possa dar uma ideia da duração do
evento como, por exemplo, realizar o transbordo da carga;
• Minimizar a área de impacto: controlar a extensão do acidente como, por exemplo,
lançamento de água na forma de neblina para dispersar a nuvem de gás, colocar
barreiras para parar um vazamento líquido;
• Isolar Local: deslocar o equipamento envolvido na emergência para um local mais
seguro, limitando a área de risco como, por exemplo, deslocar um caminhão tanque
ou mover um cilindro.

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3.1.1.1 Diferença entre Metas Estratégicas e Objetivos Táticos

A estratégia envolve um plano para gerenciamento dos recursos preventivos, sendo uma das
responsabilidades principais do coordenador de emergência. Intervir em uma emergência química,
sem avaliar previamente o comportamento do produto inflamável e combustível pode resultar em
lesões ou morte de membros da equipe de emergência. Várias estratégias podem ser definidas
durante a evolução do acidente como, por exemplo:

a) Resgate;
b) Ações de Proteção ao Público;
c) Controle de Vazamento;
d) Controle de Derramamento;
e) Combate a Incêndio;
f) Recuperação da área.

Por outro lado, tática são objetivos específicos definidos pela coordenação de emergência
para alcançar as metas estratégicas como, por exemplo, podem ser estabelecidos objetivos
estratégicos de controle de vazamentos, que podem incluir absorção, construção de barreiras ou
colocação de tambores. Os objetivos estratégicos de uma emergência química podem ser
implementados em três diferentes modos operacionais:

a) Ofensivo: visa interromper o vazamento rapidamente na fonte de origem;


b) Defensivo: menos agressiva, pois não envolve a intervenção direta na fonte;
c) Sem intervenção: implica apenas no isolamento da área sem nenhuma forma de
intervenção.

DIFERENÇA ENTRE ESTRATÉGIAS, TÁTICA E AÇÃO.


Metas Coordenação Central de • Resgate;
Estratégicas Emergência • Ações de Proteção;
• Confinamento;
• Contenção;
• Extinção do Incêndio;
• Recuperação de área impactada;
• Ações de ofensivas, defensivas ou não intervenção.
Objetivos Comando da Emergência • Contenção;
Táticos • Neutralização;
• Bloqueio;
• Vácuo;

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• Limpeza com vapor.


Ação Específica Nível Individual • Procedimentos específicos para aplicação de kit de emergência.

3.1.2 Técnicas de Contenção e Confinamento

Estratégias para Controle de Vazamentos e Técnicas de Confinamento são ações tomadas


para manter uma área limitada o produto vazado, sendo mais aplicada aos vazamentos de produtos
líquidos ou sólidos, embora existam casos de aplicação para gases. Confinamento é uma ação
defensiva para isolar o produto, que já escapou, na tentativa de mantê-lo dentro da área já
impactada, impedindo que alcance outros locais. Este tipo de intervenção expõe a equipe de
emergência química a riscos menores do que as táticas de contenção.
Após as ações de confinamento é que serão tomadas outras medidas para recolher o produto
e descontaminar o local, equipamentos e pessoas. Essas ações são realizadas em local distante do
vazamento ou derramamento e são de natureza defensiva. Operações de confinamento apresentam
as seguintes vantagens:

a) Evitam uma exposição direta das pessoas;


b) Não precisa de equipamentos especiais e caros;
c) Podem ser realizadas pelos primeiros membros da equipe de emergência
que chegam ao local.

Pequenos diques podem ser construídos com equipamentos simples. Com a chegada dos
especialistas, estes diques provisórios podem ser melhorados ou o produto recolhido para um
destino adequado.

Método de Confinamento Exemplo


Diques ou represa Utilizar terra, areia ou argila para desviar o fluxo.
Cavar valas ou trincheiras Cavar valas e trincheiras para canalizar o produto.
Colocar barreira Usar barreiras absorventes para juntar e conter o produto
Transferência Transferir o produto para outro recipiente, para tratamento ou
descarte.
Dispersão Usar espuma ou água em neblina para diminuir a concentração ou
desviar gases e vapores

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3.1.2.1 Técnicas de Confinamento

Existem várias táticas que podem ser usadas para alcançar o objetivo de controlar
derramamentos de líquidos que podem incluir métodos físicos e químicos. Os principais métodos
estão listados abaixo:
a) Absorção: consistem em recolher ou absorver o produto evitando assim ampliação da área
contaminada;
b) Adsorção: processo químico em que o produto perigoso a ser adsorvido interage com a
superfície do material adsorvente sólido sem, no entanto, ser absorvido normalmente sendo
utilizado o carvão ativado;
c) Cobertura: método físico de aplicação temporária até que medidas mais eficazes sejam
tomadas, podendo ser plástica, metálica ou pó químico entre outras;
d) Represamento: o processo consiste na construção de barreiras sobre o fluxo de água para
parar ou controlar o movimento dos contaminantes permitindo posterior coleta;
e) Diques: método físico de confinamento em que barreiras são construídas no solo para
interromper o movimento de produtos líquidos, sólidos, pastosos e outros;
f) Diluição: método químico em que uma solução solúvel em água, normalmente corrosiva, é
diluída pela adição de grandes volumes de água no derramamento;
g) Bloqueio: método físico em que barreiras são dispostas no solo ou corpos de água para
interromper intencionalmente o movimento do produto perigoso evitando a aumentar a
extensão da área impactada;
h) Dispersão: método químico em que agentes químicos e biológicos são usados para dispersar
o produto na água;
i) Retenção: método físico em que um determinado produto é mantido temporariamente em um
local em que poderá ser absorvido, neutralizado, ou recolhido para uma disposição
adequada;
j) Eliminação de Emissão de Vapores: método físico para reduzir ou eliminar gases e vapores
liberados.

Não deve ser cometido o erro de concentrar todos os recursos em uma única
tática. Deve-se ter em mente que todas as táticas de confinamento devem ser
consideradas ações preliminares e que poderão falhar com a evolução do
acidente no tempo, desde que não sejam eliminados os problemas na fonte.

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3.1.2.2 Técnicas de Contenção

As técnicas de contenção não devem ser complexas, pois normalmente são executadas com
recursos limitados. Nestas situações, é recomendável manter um observador externo acompanhando
as operações de modo a identificar possíveis erros que possam comprometer a eliminação do
vazamento. Normalmente, as seguintes etapas são utilizadas para confinar o produto no seu
recipiente.

a) Isolar o vazamento, verificando a posição das válvulas de operação;


b) Verificar a integridade física dos dispositivos de abertura: válvulas de segurança, disco de
ruptura, bujões fusíveis, válvulas de transferência e de nível máximo, indicadores de nível,
entre outros;
c) Levantar os recipientes contendo liquido poderá contribuir para minimizar a quantidade de
produto vazado, uma vez que vazamentos em fase líquida irão resultar em uma maior
quantidade de gás ou vapor ambiente.
d) Movimentar o recipiente posicionando o local do vazamento fora da fase líquida ou sólida;
e) Rodar o cilindro quando for o caso de um vazamento de gás liquefeito, de modo a eliminar
o vazamento no estado líquido.

Quando as técnicas não forem eficazes, as seguintes ações podem ser tentadas para eliminar
o vazamento em um recipiente:

a) Tamponar ou bloquear o ponto de vazamento;


b) Reduzir a pressão do recipiente;
c) Usar inundação por espuma;
d) Neutralizar com produto químico;
e) Controle do vazamento ou eliminação no próprio local.

Existem várias opções para se realizar uma intervenção de modo a alcançar as metas
estratégicas de controle de vazamento que podem incluir métodos químicos e físicos. Um resumo
das principais técnicas está listado abaixo:

a) Neutralização: método químico em que o produto perigoso é neutralizado através da


aplicação de um segundo produto sobre o derramamento formando uma substância
menos perigosa;

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b) Uso de Recipiente: método físico em que o tambor, container ou vaso com vazamento é
colocado dentro de outro recipiente de proteção de grande capacidade;
c) Tamponamento: método físico que usa tampões compatíveis com o produto reduzindo
temporariamente o vazamento ou derramamento proveniente de furos ou trincas. Os
tampões podem ser de madeira, de alumínio, de ferro, de borracha, entre outros.

• Tampão de expansão consiste em material flexível e duas arruelas atravessadas por um


parafuso;
• Cunhas de madeira ou espuma são dispositivos de vedação mais utilizados. Não deve ser
usada madeira com ácido sulfúrico nem tão pouco, em recipientes de plástico, por não serem
eficientes;
• Parafusos de autoenroscamento com arruelas funcionam tanto em recipientes metálicos ou
plásticos. Não devem ser apertados em demasia para não deformarem as roscas.

d) Bandagem aplica o uso de material que requer preparação de uma mistura prévia, o que
não é fácil fazer quando se está vestido em trajes encapsulados. Deve-se verificar a
compatibilidade dos produtos de selagem. O material usado deve ser compatível com o
produto vazado, podendo ser usado: fitas adesivas de alta resistência, material plástico,
pastas de epóxi, entre outras.

Para aplicar um dispositivo de bandagem e de tamponamento, os seguintes aspectos devem


ser considerados:
• Selecionar o tipo de dispositivo adequado ao tipo de fadiga;
• Garantir a compatibilidade dos dispositivos com o produto vazado;
• Utilizar equipamentos de proteção autônoma;
• Manter o pessoal informado sobre as ferramentas a serem utilizadas;
• Garantir que todas as ferramentas estarão disponíveis para a equipe de
emergência. Devido à pressão do acidente é possível esquecimentos.

Os tanques de transporte submetidos a pressões elevadas, por exemplo, podem arrebentar


os tampões ou remendos, tornando muito difícil e arriscada a operação. Caso exista revestimento
interno poderá ser necessário efetuar a transferência do produto para outro tanque evitando, assim,
danos internos.

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e) Redução ou bloqueio da pressão: método físico ou químico em que se torna possível


reduzir ou bloquear a pressão interna de um recipiente, de modo a minimizar a
possibilidade de ruptura.

Essas técnicas são de alto risco, pois expõem a equipe de emergência ao produto químico. É
possível um tanque não pressurizado aumentar a periculosidade da pressão em função de uma
reação química, fadiga térmica ou sobre enchimento, resultando nos seguintes riscos:

• Rupturas por pressão podem projetar pedaços dos recipientes a grandes distâncias. Isto pode
ocorrer rapidamente e sem possibilidade de controle;
• Deslocamento de ar comprimido pode matar rapidamente: a equipe de emergência ficará
exposta, pois não é possível identificar a pressão operacional do recipiente sem se aproximar
do mesmo.
A alta pressão pode projetar capacetes de proteção, rasgar roupas de proteção ou danificar
mangueiras de equipamentos de proteção autônoma. Altíssimas pressões acima de 300 bar
podem rasgar e penetrar na pele, causando embolia e provocando morte em minutos.

São exemplos de técnicas de redução de pressão ou bloqueio de pressão:

• Fechar as válvulas: recipientes pressurizados vazam com frequência ao redor de válvulas


e conexões. Na maioria dos casos, estes vazamentos poderão ser eliminados
simplesmente mantendo bem fechada a válvula ou então colocando um plugue na saída
da conexão. Vazamentos também podem ocorrer através de furos que podem ser
parados por meio do fechamento de uma ou mais válvulas de operação;
• Isolamentos de bombas e compressores: alguns tanques pressurizados podem ser
descarregados por bomba ou compressor. A magnitude do vazamento pode ser reduzida
ou eliminada significativamente, quando o equipamento é desligado;
• Os especialistas de operação devem ser consultados antes de qualquer parada de
processo. Baixa ou ausência de pressão pode causar reações instáveis e perigosas.
Desligar sistemas elétricos de bombas e compressores pode resultar na desativação de
dispositivos de segurança: discos de ruptura, válvulas de segurança, lavadores de gases
e outros.
• Despressurização: liberação controlada do produto contido em um recipiente minimiza a
possibilidade de uma explosão por sobre pressão. Este processo irá depender da
natureza do produto não tóxico, que pode ser liberado para o ambiente, enquanto
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produtos tóxicos e corrosivos devem ser direcionados para um lavador de gases ou


tanque reserva de estocagem;
• Queima: liberação com queima controlada de produto líquido ou gasoso para reduzir ou
controlar a pressão interna do vaso. Queimadores são, normalmente, utilizados em
processos fixos como refinarias, plataformas de petróleo como parte integrante do
processo;
• Soldagem de tampões: técnica usada para um bloqueio, no local de vazamento pelo lado
de fora. Uma válvula pode ser acoplada drenando o produto para um local adequado e
seguro. Esta técnica é normalmente usada em processos químicos e petroquímicos,
devendo ser feita por pessoas altamente qualificadas;
• Despressurização e queima: processo em que um explosivo é detonado no local do
vazamento (trincas ou furos) resultando em uma despressurização rápida seguida de
queima. Esta técnica deverá ser realizada somente por técnicos especializados nas
seguintes situações:

✓ Tanque exposto a chamas, resultando na elevação da pressão interna com


possíveis danos irreversíveis ao vaso;
✓ Danos que não permitem uma transferência segura, despressurização, ou uso
de queimadores;
✓ Impedir que ocorra um novo descarrilamento;
✓ Danos ao tanque ou sistema de válvulas e conexões que não podem ser
reparados ou que impedem o deslocamento para local seguro.

• Solidificação: método químico em que o produto vazado se transforma em um material sólido,


podendo ser confinado, removido e disposto adequadamente. Este processo pode ser usado
para derramamento de líquidos corrosivos e hidrocarbonetos. Produtos comerciais podem ser
usados para neutralizar ácidos, formando outros produtos. Existem adsorventes que
solidificam produtos não solúveis, resultando em produtos que podem ser manuseados de
forma mais segura que o produto original.

• Vácuo: método físico em que o produto perigoso é retirado de um recipiente através do


vácuo. Este processo é normalmente usado para derramamento de produto líquido de
hidrocarbonetos, partículas sólidas, poeira de asbesto ou mercúrio. Uma vantagem do

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método é reduzir a quantidade de resíduos, tomando-se cuidado de garantir a compatibilidade


do equipamento de vácuo com produto vazado.

3.1.3 Ações preventivas para contenção

A contenção é uma ação ofensiva e perigosa, porque a equipe de emergência ficará em


contato direto com o produto e o recipiente danificado. A maioria dos acidentes com lesão, durante
uma emergência química ocorre durante os trabalhos de contenção. Desta forma, podem surgir
situações que tornam a operação mais arriscada do que naturalmente seria:
a) Caso o produto esteja sendo liberado na forma gasosa ou em vapor, em que poderá
ocorrer uma alteração na direção da nuvem envolvendo o container em que está
sendo realizada a intervenção.
b) Caso o produto esteja sendo liberado na forma líquida, uma alteração nas condições
ambientais poderá transportá-lo para outros locais ou reagir perigosamente com água
em caso de chuva.
c) Ações defensivas aplicadas previamente podem não estar sendo eficazes, resultando
em uma liberação do produto confinado.
O processo de contenção utiliza materiais e acessórios para eliminar o vazamento tentando
manter o produto dentro do recipiente danificado, de forma que se deve analisar, cuidadosamente,
cada passo do procedimento antes de iniciá-lo. As operações de contenção envolvem técnicas de
alto risco, pois colocam a equipe de emergência em contato direto com o recipiente avariado e o
produto. Antes dos trabalhos deve ser feito um diagnóstico prévio da situação, considerando os
seguintes aspectos:
a) Natureza do produto: propriedades físicas, incompatibilidade, reações perigosas com a
água e ações para dispersar os gases e vapores inflamáveis ou tóxicos;
b) Características do recipiente: localização, pressão, quantidade de produto, danos
causados ao recipiente, incidência direta de chama, proximidade ao calor e outros
produtos perigosos, probabilidade de falha, operação dos dispositivos de segurança;
c) Diagnóstico da situação: resultados da intervenção inicial, evolução dos
procedimentos de confinamento, condições e impactos ambientais prováveis;
d) Fatores modificadores: local, hora, condições meteorológicas e as influências na
dispersão dos gases e vapores.
A ação de contenção deve ocorrer somente nos casos em que exista uma real possibilidade
de êxito que justifique os riscos a serem tomados. É uma operação recomendada e necessária para
minimizar as consequências do acidente, evitando efeitos nocivos e transtornos a comunidade caso
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haja necessidade de um abandono do local. O processo de contenção bem sucedido protege locais
em que o confinamento não teria o mesmo sucesso para limitar a área a ser descontaminada como,
por exemplo, galerias de esgoto, rede de águas pluviais e o sistema hídrico.
A tabela a seguir ilustra as diferenças entre os níveis de risco durante uma operação de
contenção. Note que o risco para a tarefa será abaixo ou calculado, somente se todas as condições
de controle listadas forem atendidas. O risco será inaceitável se pelo menos uma das condições
listadas não for atendida.
NÍVEL DE RISCO PARA TAREFAS DE CONTENÇÃO
Risco Baixo Risco Calculado Risco Inaceitável
Perigos e riscos Conhecidos Conhecidos ou muito Desconhecidos
conhecidos
Condições existentes, Estável, o riso para a Possibilidade remota Mudam rapidamente
local e meteorológicas equipe de de mudanças que
emergência é aumentem o risco
previsível
Qualificação das Adequado Adequado Inadequado ou
pessoas deficiente
EPI Adequado Adequado Inadequado
Recursos disponíveis Apropriado Apropriados Inadequado ou
insuficiente
Possibilidades de êxito Boas Prováveis Pouca ou nenhuma

A escolha do método de contenção deve envolver procedimentos com baixo risco para a
equipe de emergência. Antes de realizar esta operação tem que ser verificada a existência de danos
ao recipiente que comprometam a resistência, bem como inspecionar as válvulas e conexões para
assegurar que o peso é compatível com os recursos disponíveis para o manuseio pretendido.
Se o recipiente estiver danificado, é importante avaliar se o mesmo continua em condições
físicas para conter o produto ainda existente em seu interior. Deve ser avaliada a possibilidade de
reação do produto com o recipiente, comprometendo sua resistência ou aumentando o tamanho do
furo devido força aplicada pelo produto sobre a área danificada.

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3.1.4 Equipamentos e Acessórios para contenção de Derramamento e Vazamento

Como apresentado anteriormente, a interrupção de um vazamento poderá ser uma ação


simples dependendo da situação da emergência. Muitas vezes, a interrupção do vazamento poderá
ser o fechamento de uma válvula ou virar um tambor que esteja vazando. Em outros casos, o
vazamento ou derramamento somente poderá ser eliminado com auxílio de equipamentos especiais
relacionados abaixo:
a) Batoques e Cunhas de Madeira deverão ser confeccionados com madeira macia, pois
caso a madeira seja muito dura poderá rachar no momento do uso, além de apresentar
pequena possibilidade de permeação. Nota: alguns produtos perigosos irão entrar em
relação química com a madeira, portanto botoques e cunhas deste tipo apresentam
utilização limitada;
b) Batoques e Cunhas Reaproveitáveis: uma ampla série de batoques foi desenvolvida
utilizando como material vedante a borracha sintética de Neoprene. Estes batoques
apresentam desenhos variados e permitem uma rápida colocação, além de oferecerem
excelente vedação prática. Muitos destes batoques são fornecidos em conjuntos.
c) Batoque e Cunhas em Borracha Especial Inflável: Existem vários tipos de equipamentos
pneumáticos usados para interromper derramamentos, apresentando a vantagem de
poderem ser usados em situações em que o ponto de vazamento apresenta grandes
dimensões, liberando grande quantidade de produto;
d) Massa vedante em resinas epóxi: são massas compostas por dois elementos: A e B.
Apresentam boa resistência a produto químico perigoso e são bastante versáteis, quando
são consideradas pequenas áreas de vazamento. O detalhe principal é que já está
disponível no mercado uma massa vedante que apresenta tempo de secagem inferior ao
período de uma hora, sendo que normalmente o tempo de secagem deste tipo de material
é de 12 horas.
e) Bolsas Pneumáticas: estes equipamentos são muito versáteis e estão disponíveis em
várias formas e tamanhos distintos que permitirão um estancamento da área do
vazamento até que um transbordo adequado possa ser realizado. Entre os principais
modelos, pode-se indicar:
• Conjunto de bolsa inflável para tanques estáticos ou veiculares. Conjunto formado por: bolsa
inflável com 1,5 bar, cintas especiais com mecanismo para tracionamento, controlador de
enchimento com válvula de alívio, regulador de pressão de até 300 bar, mangueira com
engates rápidos, bolsa de plástico resistente a produtos químicos e mantas de neoprene extra
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macio para auxiliar no estancamento em situações em que possam estar presentes arestas
cortantes e/ou deformações. Conjunto para estancar cortes, furos e rachaduras de porte
razoável em tanques estáticos, tanques móveis, equipamentos dotado de válvula tipo globo
que permite o transbordo controlado a partir do ponto de ruptura.
• Bolsas infláveis hermetizadoras: confeccionadas em liga de elastômeros especiais com viton.
Estão disponíveis em diversos diâmetros que permitem ser usadas em tubulações de 10 a
140 cm de diâmetro e pressão de 1,5 bar. As bolsas necessitam para a operação: controlador
de enchimento com válvula de alívio e despressurização, regulador de pressão para até 300
bar com mangueira dotada de engate rápido.

f) Cinta Reutilizável: conjunto formado por placa de poliuretano extra flexível e cintas de
tração com catraca. Permite que um único operador realize estancamentos de maneira
rápida e eficiente e esta cinta deve ser empregada para estancar furos, cortes e trincas
em tambores, bombonas, tubulações e tanques estáticos e móveis. Fornecida em prática
caixa de transporte.
g) Bloqueadores reutilizáveis: feitos em poliuretano extra macio, estes bloqueadores podem
ser de diferentes formas, e são utilizados para bloquear vazamentos de produtos
perigosos. Por serem flexíveis, podem bloquear bocas de visitas, bueiros e ralos,
independente das imperfeições da superfície. Apesar do custo elevado, apresentam longa
vida útil e fácil descontaminação.
h) Luvas Metálicas: para deter vazamentos em tubulações é necessário o emprego de
equipamentos específicos como as luvas metálicas bi-partidas ou conjunto de chave
especial e o conjunto de vedações para cilindros de alta pressão.
i) Transbordo para recipientes intermediários: o transbordo consiste na operação de retirar o
material químico de um reservatório para outro reservatório. Esta operação é comum em
acidentes com produtos perigosos, em que o transbordo não possa ocorrer diretamente
de um reservatório para outro, devido aos danos causados pelo próprio acidente. Em
muitos casos são encontrados furos ou trincas que geram vazamentos do produto. Nestes
casos é indicado o uso de recipientes intermediários para evitar a contaminação do
ambiente. O uso destes recipientes intermediários irá garantir um transbordo eficaz e
seguro. Os principais tanques para transbordo são os autossustentáveis, de armar e o
inflável.
j) Bomba tipo êmbolo: acionamento manual para a transferência de líquidos de recipientes
danificados. A bomba é confeccionada em plástico resistente a produtos corrosivos e com

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internos em Viton. É fornecida com mangueira de PVC para facilitar o transbordo para
outros recipientes. Garante uma vazão de um galão para cada seis bombadas.
k) Bomba duplo diafragma: disponível em diversos materiais resistentes a produtos
inflamáveis e corrosivos, sendo acionada por ar comprimido, possui armação plástica que
permite seu emprego em situações de emergências. Disponível em diferentes
capacidades de vazão.
l) Bomba Rotor Resistente a produtos químicos: para uso com produtos inflamáveis e
corrosivos. É acionada por motor elétrico a prova de explosão. Montada em estrutura
dotada de rodas que permite um fácil deslocamento, mesmo em terrenos desnivelados.
Disponível em diferentes capacidades de vazão. Com os seguintes acessórios:
mangueiras plásticas reforçadas para o transbordo rápido, mangotes com alta resistência
química e mecânica.

3.2 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Equipamento de Proteção Individual - EPI, é todo dispositivo ou produto de uso individual


utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e
a sua saúde. O uso deste tipo de equipamento só deverá ser feito quando não for possível tomar
medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade.
Ou seja, quando as medidas de proteção coletiva não forem viáveis, eficientes e suficientes
para a atenuação dos riscos e não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do
trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho.
Conforme dispõe a Norma Regulamentadora nº 6, a empresa é obrigada a fornecer aos
empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco, em perfeito
estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos
de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c) para atender situações de emergência.

É responsabilidade da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, no caso das


empresas desobrigadas de manter o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho - SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em
determinada atividade.

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Os equipamentos de proteção, além de essenciais à proteção do trabalhador, visam a


manutenção da saúde física e a proteção deste contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de
doenças profissionais e do trabalho, podendo também proporcionar a redução de custos ao
empregador.
São muitos os casos de empregados que deixam de utilizar o EPI com desculpas de que não
se acostumam ou que o equipamento o incomoda no exercício da função, isso torna o ambiente de
trabalho insalubre e gera más consequências aos trabalhadores.
Nestes casos, o empregador deve utilizar seu poder diretivo e obrigar o empregado a utilizar o
equipamento sob pena de advertência e suspensão em um primeiro momento e, caso o trabalhador
volte a se recusar a utilizar, poderá sofrer punições mais severas como a demissão por justa causa.
Para a Justiça do Trabalho, o fato de comprovar que o empregado recebeu o equipamento
não exime o empregador do pagamento de uma eventual indenização, pois a norma estabelece que
o empregador deve garantir o seu uso, o que se faz por meio de fiscalização e de medidas
coercitivas, se for o caso.

Para a utilização do EPI, deve-se observar algumas situações:


• Usá-los apenas para a finalidade que se destina;
• Responsabiliza-se por sua guarda e conservação;
• Comunicar qualquer alteração que o torne impróprio para o uso;
• Adquirir o tipo adequado para a atividade do empregado;
• Treinar o trabalhador sobre o uso adequado;
• Tornar obrigatório seu uso; e
• Substituí-lo quando danificado ou extraviado.

Abaixo seguem exemplificados alguns equipamentos que os funcionários devem utilizar no


ambiente de trabalho com Inflamáveis e Combustíveis.

3.2.1 Proteção Auditiva

A audição é um dos sentidos humanos mais atacados na maioria das vezes no ambiente de
trabalho. O ruído é seu principal inimigo. O cuidado e o uso de protetores auriculares no trabalho são
indispensáveis para a manutenção da saúde auditiva em ambientes ruidosos. Com a utilização do
EPI, a empresa poderá eliminar ou neutralizar o nível do ruído já que, com a utilização adequada do
equipamento, o dano que o ruído poderia causar à audição do empregado será eliminado.

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A eliminação do ruído ou a neutralização em nível abaixo do limite de tolerância isenta a


empresa do pagamento do adicional, além de evitar quaisquer possibilidades futuras de pagamento
de indenização de danos morais ou materiais em função da falta de utilização do EPI. Para a
definição do tipo de protetores auditivos, é importante levar em consideração os seguintes aspectos:
• O tempo médio diário de exposição ao ruído que sofre o trabalhador, não apenas ao
ruído gerado por determinado equipamento ou ao ruído existente em uma área
específica;
• A capacidade auditiva do trabalhador. Para aquele portador de alguma deficiência
auditiva deve ser fornecido um tipo especial ou um abafador com menor nível de
atenuação;
• A necessidade de comunicação que tem um trabalhador em sua atividade, como por
exemplo, entender o que fala uma pessoa ou perceber um sinal de advertência;
• A compatibilidade do abafador com outros equipamentos;
• Os níveis de temperatura e umidade. Os plugues de inserção são mais cômodos que
os abafadores tipo concha para uso em ambientes quentes e úmidos; e
• Qualquer limitação ocasionada pelas características ou atividades físicas que realiza o
trabalhador.

As preferências pessoais de quem usa proteção auditiva se apresentam também como um


fator importante. As questões relativas à comodidade e à conveniência têm uma influência direta no
cumprimento do uso. Felizmente, há uma ampla variedade de equipamentos disponíveis, mas é
primordial entender que a melhor proteção auditiva é a que se utiliza:

a) protetor auditivo circum-auricular;


b) protetor auditivo de inserção; e
c) protetor auditivo semiauricular.

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3.2.2 Proteção respiratória

O uso de respiradores deve ser esporádico e para operações não rotineiras. Uma máscara
respiratória facial, também conhecida como respirador, é um equipamento desenvolvido para
filtragem e separação de partículas como fumaça, vapores orgânicos e gases maléficos para a
respiração, destinado a utilização em áreas confinadas e sujeitas a emissão de gases e poeira.
Respiradores vêm em uma ampla gama de tipos e tamanhos. O respirador pode ser mais
barato, descartável ou reutilizável com cartuchos substituíveis, ou um respirador mais sofisticado, em
que se inclui oxigênio próprio para o consumo, sem ter que retirá-lo do ambiente. Porém, para a
utilização de um respirador, este deve ser usado somente com certificado de aprovação emitido pelo
Órgão Responsável pela Segurança e Saúde dos Trabalhadores.
Qualquer modificação, mesmo que pequena, pode afetar de modo significativo o desempenho
do respirador e invalidar a aprovação. A utilização de EPI para proteção respiratória deve ser feita
apenas quando as medidas de proteção coletiva não existirem, não puderem ser implantadas ou
forem insuficientes.
Conforme a ABNT/NBR 12543, os respiradores podem ser divididos em dois grandes grupos:
os de adução de ar e os purificadores de ar. Os de adução de ar são independentes do ar ambiente
e os purificadores de ar são dependentes do ar ambiente.

3.2.2.1 Respiradores de adução de ar

Os respiradores de adução de ar proporcionam proteção contra contaminantes presentes no


ar, bem como contra a inalação de ar com deficiência de oxigênio. O ar inalado provém de uma fonte
não contaminada. Para algumas substâncias, como amônia e ácido clorídrico gasoso, deve-se
utilizar roupas especiais além de respiradores de adução de ar, com a finalidade de proteger a pele
do usuário contra a irritação ou contra a absorção pela pele de materiais como tetracloreto de
carbono.
O uso de determinados tipos de respiradores de adução de ar em atmosferas IPVS -
Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde, depende das condições específicas do local. Os
respiradores de adução de ar podem ser divididos em:

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a) Máscaras autônomas;
b) Respiradores de linha de ar comprimido; e
c) Respiradores de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar.

3.2.2.2 Respiradores Purificadores de Ar

Os respiradores purificadores de ar não protegem o usuário quando em atmosferas com


deficiência de oxigênio, contra a irritação da pele, ou absorção do contaminante pela pele. A máxima
concentração na qual pode ser utilizado o respirador purificador de ar depende da eficiência do filtro
mecânico, da capacidade do filtro químico e do tipo da peça facial, isto é, do fator de Proteção
Atribuído.
O período de tempo durante o qual o usuário está protegido depende do tipo de filtro, da
concentração do contaminante, da temperatura e umidade do ambiente e do nível de esforço
desenvolvido pelo usuário. Os respiradores purificadores de ar não motorizados podem provocar
desconforto devido à resistência a respiração e eles têm a vantagem de serem pequenos, leves e de
operação simples. Os respiradores purificadores de ar podem ser divididos em:

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a) Respiradores com filtro químico;


b) Respiradores com filtro mecânico;
c) Respiradores com filtro químico e mecânico; e
d) Combinação de respiradores de adução de ar comprimido com purificador de ar.

3.2.3 Proteção dos olhos e face

Dentro do funcionamento de uma fábrica podem existir alguns tipos de máquinas que podem
atingir os funcionários no rosto e nos olhos, como é o caso de farelos e pequenas partes de
substâncias, que são emitidas pela máquina. Para evitar que o rosto seja machucado ou mesmo que
as substâncias cheguem até os olhos, podendo até cegar o trabalhador, o ideal é utilizar
equipamentos corretos de segurança para essas regiões. Abaixo estão estes equipamentos e como
podem ser usados para proteger os trabalhadores:

3.2.3.1 Óculos equipamentos de proteção individual para os olhos

Os olhos se apresentam como uma das regiões mais sensíveis de todo o corpo humano e,
por isso, merecem atenção redobrada em serviços em indústrias e construções, em que pequenas
porções de matéria podem atingi-los, ou mesmo faíscas e gases. Por isso, os equipamentos são tão
importantes para protegê-los não somente de partículas, mas de outros fatores, como é o caso dos
seguintes:

a) óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;

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b) óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;


c) óculos para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta; e
d) óculos para proteção dos olhos contra radiação infravermelha.

3.2.3.2 Proteção individual para a face

A face em si é tão importante quanto a proteção para os olhos, tendo em vista que a pele e a
região são muito sensíveis. Por isso, os seguintes equipamentos de segurança devem ser usados
em locais que possam oferecer riscos ao trabalhador:

a) protetor facial para proteção da face contra impactos de partículas volantes;


b) protetor facial para proteção da face contra radiação infravermelha;
c) protetor facial para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
d) protetor facial para proteção da face contra riscos de origem térmica; e
e) protetor facial para proteção da face contra radiação ultravioleta.

3.2.3.3 Máscara de Solda

Máscara de solda para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes,
radiação ultravioleta, radiação infravermelha e luminosidade intensa.

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3.2.4 Proteção da cabeça

Em muitos trabalhos realizados na indústria, a proteção à cabeça é essencial, algo que os


profissionais não podem negligenciar. Uma colisão na cabeça pode resultar em sérios problemas
físicos e, consequentemente, sociais para o indivíduo, podendo até ocasionar a morte dependendo
da gravidade da colisão.

3.2.4.1 Capacete

O uso de capacete é um método simples e eficaz para evitar ou minimizar os problemas


ocasionados pelo impacto, respingos de produtos químicos e choques elétricos ocorridos na região
da cabeça. Esses capacetes são utilizados, principalmente, em construção civil em: prédios,
ferrovias, barragens, estradas e também no interior de certos tipos de fábricas ou em minas, sendo
um dos principais itens de segurança do trabalho.
Estes capacetes possuem, geralmente, uma cor para cada função na obra (engenheiros,
encarregados ou mestres, carpinteiros, armadores, eletricistas, encanadores, ajudantes, etc.), no
intuito de melhorar a identificação e visualização de equipes de trabalho dentro da obra. Geralmente,
são de material plástico com suporte interno regulável (carneira), sendo que alguns têm viseiras
adaptadas e resistentes. Observe abaixo os modelos de capacetes:

a) capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;


b) capacete para proteção contra choques elétricos; e
c) capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos.

3.2.4.2 - Capuz ou balaclava

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Capuz ou balaclava é um gorro confeccionado, normalmente, com malha de lã (misturada


com tecidos elásticos) que se veste de forma ajustada na cabeça até o pescoço. Entre os modelos de
capuz, temos:

a) capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;


b) capuz para proteção do crânio, face e pescoço contra respingos de produtos químicos; e
c) capuz para proteção do crânio e pescoço contra agentes abrasivos e escoriantes.

3.2.5 Proteção dos membros superiores

Algumas máquinas exigem que os funcionários corram riscos ao aproximar mãos e braços
próximos à entrada de partes do equipamento que podem ferir. O mesmo ocorre para o contato com
peças muito quentes ou que possam causar choques. Para isso são utilizados alguns equipamentos
de segurança como é o caso da proteção para as mãos, para os braços e antebraços. Assim,
seguem expostos os equipamentos de segurança para a proteção individual das partes superiores do
corpo, destacam-se os seguintes equipamentos. Para a proteção dos membros superiores, pode-se
destacar os seguintes equipamentos:

3.2.5.1 Luvas

Na seleção de uma luva deve-se levar em consideração o tipo de tarefa a ser desempenhado
e suas características (riscos existentes, produtos manuseados, etc.), bem como as características
do utilizador (tamanho da mão) e a marcação existente no equipamento e embalagem. É admissível
relacionar o tipo de material das luvas com a utilização indicada para as mesmas, como se
exemplifica a seguir:

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a) luvas para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;


b) luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
c) luvas para proteção das mãos contra choques elétricos;
d) luvas para proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luvas para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luvas para proteção das mãos contra vibrações;
h) luvas para proteção contra umidade proveniente de operações com uso de água; e
i) luvas para proteção das mãos contra radiações ionizantes.

As luvas devem ser utilizadas dentro do prazo de validade e durante o período de duração
estimado pelo fabricante, devendo ser aplicadas para o fim a que se destinam, tendo em
consideração as suas propriedades e características, depois de usadas, devem ser limpas e secas. 8

Os materiais sintéticos e borracha natural que compreendam ou não um suporte em algodão,


devem ser lavadas regularmente com água e sabão, a fim de evitar as dermatoses e infecções.
Sempre que seja detectado algum defeito durante a utilização deste equipamento, deve proceder-se
à imediata substituição.

3.2.5.2 - Creme protetor

Um creme de proteção ou barreira é uma substância que se aplica sobre a pele antes do
trabalho para reforçar as funções protetoras, não devendo ser confundidos com os cremes comuns
destinados a dar à pele sua função fisiológica. Os cremes de proteção formam uma película que tem

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por finalidade colocar-se entre a pele e as substâncias nocivas, deixando as mãos com sua
flexibilidade e seu sentido tátil.
Os cremes de proteção devem ser utilizados em situações em que o trabalhador necessita de
toda a habilidade e destreza manuais e quando as luvas de qualquer material prejudicam a
manipulação podendo causar acidentes e não oferecem a proteção adequada, ficando o trabalhador
exposto a agentes químicos que podem ocasionar dermatoses irritativas e/ou alérgicas.
A ação de um creme de proteção em barreira ocorre, basicamente, por dois mecanismos
diferentes, isto é, pela neutralização da ação agressiva de determinadas substâncias com a
manutenção do PH da pele dentro de níveis normais, ou pelo estabelecimento de uma barreira que
visa deter ou dificultar a penetração de agentes agressivos na pele do trabalhador.

a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes
químicos.

3.2.5.3 – Manga

A manga de proteção é uma excelente opção que protege braços e antebraços em diversas
atividades que deixam estas regiões mais suscetíveis a eventuais acidentes. Observe abaixo os
diferentes perigos que ela protege o trabalhador:

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a) manga para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;


b) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e escoriantes;
c) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes;
d) manga para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de operações
com uso de água; e
e) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos.

3.2.5.4 – Braçadeira

A braçadeira é utilizada como segurança do braço e antebraço contra agentes cortantes.


Entre seus modelos, temos:

a) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes cortantes; e


b) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes escoriantes.

3.2.5.5 – Dedeira

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a) dedeira para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.

3.2.6 Proteção de membros inferiores

A proteção dos pés dos trabalhadores é feita por meio da utilização de diferentes calçados
de uso profissional, que são conhecidos como calçados de segurança, botas de segurança, botinas
de segurança e tênis de segurança. Já as pernas do trabalhador são protegidas por perneiras de
segurança.

3.2.6.1 Calçado

O calçado de segurança é uma peça importante a ser utilizada para a proteção dos pés,
tanto para a prevenção de cortes e fraturas quanto para a proteção contra agentes químicos e outras
substâncias danosas à saúde. Existem vários modelos de calçados de segurança e este tipo de
calçado pode ser incorporado ao uso diário.
O modelo correto do calçado de segurança a ser utilizado pelo trabalhador só será definido
após uma análise de risco do seu ambiente de trabalho. O calçado de segurança, como todo
equipamento de proteção, deve ser submetido pelo fabricante à certificação do produto por entidades
creditadas competentes. Observe abaixo as diferentes proteções que os calçados de segurança
podem oferecer:

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a) calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;


b) calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica;
c) calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos;
d) calçado para proteção dos pés contra agentes abrasivos e escoriantes;
e) calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes;
f) calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com
uso de água; e
g) calçado para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos químicos.

3.2.6.2 Meia

Meias de segurança são utilizadas para proteção dos pés dos trabalhadores contra baixas
temperaturas.

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a) meia para proteção dos pés contra baixas temperaturas.

3.2.6.3 Perneira

A perneira protege os membros inferiores do usuário contra lesões provocadas por materiais
ou objetos cortantes, partículas volantes, escoriantes, perfurantes, picadas de animais peçonhentos
e névoas na aplicação de produtos químicos.

a) perneira para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;


b) perneira para proteção da perna contra agentes térmicos;
c) perneira para proteção da perna contra respingos de produtos químicos;
d) perneira para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes; e
e) perneira para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso de
água.

3.2.6.4 Calça

Trabalhadores e pedestres precisam ser vistos e notados por motoristas e operadores de


equipamentos. Por isso, é extremamente importante que sejam destacados nos ambientes em que
atuam, chamando a atenção em uma distância que permita reação a tempo de evitar acidentes. 11

É fundamental que isso ocorra mesmo em condições de baixa luminosidade, como chuva,
neblina, poeira, fumaça e períodos do dia como o amanhecer e o anoitecer. É com base nestas
situações que a calça impermeável com faixa refletiva faz toda a diferença. Além deste EPI citado,
temos as calças com tais proteções:

a) calça para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;


b) calça para proteção das pernas contra respingos de produtos químicos;
c) calça para proteção das pernas contra agentes térmicos; e

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d) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de
água.

3.2.7 Proteção contra quedas com diferença de nível

O Órgão Responsável pela Segurança e Saúde dos Trabalhadores, exige que os


profissionais utilizem Equipamento de Proteção Individual para trabalhos em altura quando as
atividades forem realizadas acima de dois metros do solo e houver risco de queda. Um sistema de
1

proteção contra quedas é formado por ancoragem, elemento de conexão e cinto paraquedista que
garante a proteção efetiva.
A ancoragem é o ponto em que o sistema será fixado e pode ser constituída de um ponto ou
de uma linha de vida fixa a este ponto. Com talabarte ou trava-quedas, o elemento de ligação
executa a união entre a ancoragem e o cinto. Já o cinto paraquedista envolve o corpo do trabalhador
de forma ergonômica e possui ponto para conexão ao sistema.
Os sistemas de trabalho são divididos em sistema de restrição de movimentação,
posicionamento no trabalho, retenção de queda e acesso por corda. Cada um deles supre uma
demanda específica de trabalho a partir da análise de riscos. Outra tendência é o conforto, como o
acolchoamento dos cinturões abdominais e equipamentos como absorvedor ou desacelerador, que
atenuam o impacto da queda.

3.2.7.1 Dispositivo trava-queda

O dispositivo trava-quedas é utilizado para proteção do usuário contra quedas em


operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança
para proteção contra quedas.

3.2.7.2 Cinturão

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O cinturão é utilizado para a proteção do empregado contra quedas em serviços em que


exista diferença de nível. Para manter a conservação do mesmo, deve-se realizar uma higienização
adequada e o armazenamento em local protegido da umidade, raios solares, produtos químicos,
solventes, vapores e fumos.

a) Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura;
b) Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em
trabalhos em altura.

3.2.8 Proteção do Corpo Inteiro

O propósito das roupas de proteção é prevenir contaminações da pele e prevenir que não se
carregue contaminantes para fora do ambiente de trabalho. Roupas de uso comum conferem
proteção limitada, mas podem carregar contaminantes.

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3.2.8.1 Macacão

a) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes


térmicos;
b) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de
produtos químicos; e
c) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade
proveniente de operações com uso de água.

3.2.8.2 Vestimenta de corpo inteiro

a) vestimenta para proteção de todo o corpo contra respingos de produtos químicos;


b) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de operações com
água; e
c) vestimenta condutiva para proteção de todo o corpo contra choques elétricos.

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3.2.9 Proteção do Tronco

2.3.9.1 Vestimentas

a) Vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem térmica;


b) Vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica;
c) Vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem química;
d) Vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem radioativa;
e) Vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem meteorológica; e
f) Vestimentas para proteção do tronco contra umidade proveniente de operações com uso de
água.

3.2.9.2 Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando
arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica.

3.3 Traje Mínimo Obrigatório

Durante o manuseio, transporte ou exploração de inflamáveis e combustíveis deve-se usar o


traje mínimo obrigatório. O traje mínimo obrigatório corresponde ao uso de calça comprida, camisa
ou camiseta com mangas curtas ou compridas e calçados fechados. Ressalta-se que o traje mínimo
obrigatório não é Equipamento de Proteção Individual.

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4 FONTES DE IGNIÇÃO E SEU CONTROLE

A fonte de ignição é mais facilmente identificada por eventuais pontos aquecidos e


equipamentos elétricos existentes nos ambientes.
Durante os estudos deste capítulo discute-se sobre conceitos, formas de prevenção e
controle das fontes de ignição.

4.1 Conceitos

Uma atmosfera é considerada explosiva, quando substâncias inflamáveis na forma de gás,


vapor, névoa ou poeira combustível misturadas com o oxigênio da atmosfera podem ser vistas como
fonte de ignição.
A fonte de ignição representa a energia térmica (fagulha, calor, faísca) necessária para ativar
a reação química entre um material combustível (papel, madeira, ou qualquer outro produto
inflamável) e o comburente (oxigênio).
O combustível que é o elemento que queima.
O oxigênio que ativa o fogo, criando as chamas.
A fonte de ignição é o calor que inicia o fogo.
De acordo com ABPEXa, nas áreas classificadas, é possível encontrar diferentes fontes de
ignição capazes de iniciar uma deflagração, sendo as mais conhecidas as seguintes:
• De origem elétrica: fiação abertas, painéis, fusíveis, tomadas, contadoras, botoeiras,
motores, luminárias, etc;
• De origem eletrônica: sensores, transmissores;
• De origem eletrostática: por ficção, rolamento, por transporte e transferência de
líquidos inflamáveis.
Ainda existem no meio industrial, equipamentos geradores de temperatura, de chamas, de
descargas atmosféricas, ondas de RF e eletromagnéticas, que também possuem energia suficiente
para iniciar uma explosão.
A melhor forma de controlar as fontes de ignição é tomar medidas preventivas básicas.

4.2 Tipos de Fontes de Ignição

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O maior risco envolvendo as substâncias inflamáveis diz respeito à possibilidade de


vazamentos na presença de fontes de ignição. As fontes de ignição podem ser as mais variadas
possíveis e podem gerar temperaturas suficientes para iniciar o processo de combustão da maioria
das substâncias inflamáveis conhecidas.

4.2.1 Instalação e equipamentos elétricos

A presença de equipamentos elétricos em áreas com atmosferas explosivas constituem uma


das principais fontes de ignição dessas atmosferas, quer pelo centelhamento normal como na
abertura e fechamento de contatos, como devido temperatura elevada atingida pelo mesmo em
operação normal ou em falhas.
Um dos grandes problemas encontrados na proliferação de incêndios são as instalações
elétricas e equipamentos elétricos fixos, móveis e portáteis, equipamentos de comunicação,
ferramentas e similares utilizados em áreas classificadas, assim como os equipamentos de controle
de descargas atmosféricas, que devem estar em conformidade com a Norma Regulamentadora n.º
10.
O empregador deve implementar medidas específicas para controle da geração, do acúmulo
e de descarga de eletricidade estática em áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis.
Os trabalhos envolvendo o uso de equipamentos que possam gerar chamas, calor ou
centelhas, nas áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis devem ser precedidos de
permissão de trabalho.
O empregador deve sinalizar a proibição do uso de fontes de ignição nas áreas sujeitas à
existência de atmosferas inflamáveis.
Os veículos que circulem nas áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis devem
possuir características apropriadas ao local e ser mantidos em perfeito estado de conservação.
Equipamentos móveis como rádios de comunicação, de lanternas, de máquinas de cartão de
crédito não devem ser utilizados em áreas classificadas.

4.2.1.1 Aterramento

O aterramento é a melhor forma de evitar acidentes com eletricidade, um material condutor


pode ser aterrado por conexão direta a terra (aterramento) ou por ligação com outro condutor que já
está conectado a terra (equalização). É um processo utilizado para minimizar as diferenças de
potenciais elétricos entre os objetos e a terra.
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A movimentação na carreta tanque também pode gerar essa descarga, por isso o
aterramento obrigatório nas carretas tanque, visto que todas as carretas tanque devem ser aterradas,
utilizando o cabo de aterramento instalado na baia de lavagem.
O cabo terra para isolamento da carreta tanque deve estar livre de tintas, graxas, ferrugem ou
qualquer outro tipo de agente que possa impedir a passagem da corrente elétrica.
No descarregamento certifique-se que não há qualquer fonte (geladeira, freezer,
equipamentos elétricos, soldas e etc.) próxima ao local (raio de, no mínimo, 3 metros do ponto de
descarga) que possa causar explosão.

4.3 Formas de Prevenção e Controle

4.3.1 Identificação da Fonte de Ignição

A identificação da fonte de ignição é uma forma de prevenir a propagação de incêndio no


ambiente de trabalho com inflamáveis, para isso deve-se:
• Identificar o produto e seus riscos em cada recipiente, procurando manter cada produto em
seu respectivo recipiente.
• Utilizar recipientes de segurança (antitombamento com fechamento automático e dotado de
corta-chamas).
• Utilizar recipientes de segurança que forneça o produto em "doses", quando for utilizado
para limpeza de peças ou engraxamento;
• Evitar o acúmulo de produtos inflamáveis nos postos de trabalho, mantendo quantidade
suficiente apenas para uma jornada;
• Utilizar produtos adequados para a absorção de derrames, ou seja, produtos não
combustíveis (areia, silicato de magnésio, etc.) além de tecidos, almofadas e mantas absorventes
que são comercializados para esta finalidade. Em muitos casos é necessário instalar barreiras para
evitar que o produto derramado atinja galerias de água, esgoto e similares;
• Não permitir que graxas, óleos e líquidos inflamáveis sejam estocados próximos de
recipientes que contenham oxigênio (líquido ou gasoso);
• Utilizar bombas manuais para a transferência de produtos entre recipientes.
• Manter os cilindros de gases na posição vertical, com os protetores das válvulas, bem como
adequadamente presos;
• Dispor de meios adequados para a movimentação ou transporte seguros de recipientes de
maior peso (carros ou plataformas);
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• Manter o pessoal informado sobre os riscos existentes na manipulação de inflamáveis sejam


estes: sólidos, líquidos ou gasosos.
• Não forçar e nunca lubrificar as válvulas dos cilindros de gases.
Sempre que for utilizar um gás, instalar um regulador de pressão na saída do cilindro (nunca
diretamente). As válvulas dos cilindros devem ser abertas lentamente.

4.3.2 Prevenção Contra Incêndios

Os riscos de incêndio e explosão diminuem:


• Ventilando adequadamente os locais em que são manipulados produtos inflamáveis, para
que não sejam produzidas misturas que possam resultar em incêndio ou explosão. A ventilação deve
ser feita ao nível do piso ou teto, locais em que presumivelmente se concentram os gases ou
vapores, sejam estes mais pesados ou mais leves que o ar;
• Isolando adequadamente processos ou operações auxiliares consideradas perigosas. Por
exemplo: a recarga de baterias normalmente produz gás inflamável (hidrogênio), por este motivo
recomenda-se que seja feita no exterior dos prédios;
A prevenção é uma forma de evitar fontes de ignição nas proximidades como, por exemplo:
• Centelhas produzidas por aparelhos ou instalações elétricas;
• Desrespeito à proibição de fumar;
• Descargas eletrostáticas;
• Faíscas provocadas por escapamentos de veículos com motor a combustão interna;
• Faíscas provocadas por trabalhos com esmeris, lixadeiras e similares;
• Faíscas provocadas por atrito (falta de lubrificação em máquinas ou pelo solado inadequado
de um calçado em contato com o piso);
• Faíscas por choque de ferramentas ou outros elementos metálicos;
• Faíscas ou aquecimento provocado por solda e corte.
• Calor gerado por decomposição de matéria orgânica;
• Superfícies quentes (aquecedores, fornos, estufas e similares);
• Fenômenos naturais (raios).

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5 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO COM INFLAMÁVEIS

5.1 Conceitos Básicos

Para que se possa entender como é realizada a proteção contra incêndio com inflamáveis é
fundamental conhecer alguns conceitos sobre o assunto.

5.1.1 Fogo e Combustão

Fogo e combustão apresentam a mesma definição linguística, sob o ponto de vista químico,
são definidos como uma reação de combustão envolvendo a oxidação de um produto inflamável ou
combustível, gerando grande quantidade de calor (reação exotérmica). Esta reação acontece quando
uma substância inflamável ou combustível é combinada com o ar, oxigênio ou outro comburente em
determinadas concentrações na presença de uma fonte de energia.
A combustão pode ocorrer de forma controlada ou descontrolada. O incêndio ocorre de forma
incontrolada, resultando em prejuízos materiais e humanos. A explosão é outro exemplo de
combustão incontrolada, com grande liberação de energia. A combustão controlada ocorre, por
exemplo, no bico de maçarico ou no queimador de uma lança em forno siderúrgico e até mesmo no
bico do fogão.
No passado, os componentes do fogo eram demonstrados por meio do triângulo de fogo,
envolvendo três elementos básicos: combustível, oxigênio e a fonte de ignição. Entretanto, estudos
sobre a química do fogo incluíram um quarto elemento ao tradicional triângulo de fogo, denominado
de radicais livres, criando o tetraedro do fogo. Desta forma, se todos os elementos não estiverem
presentes, a reação de combustão não irá ocorrer.

• Combustível: é o elemento que serve para propagar o fogo, pode ser sólido, líquido
ou gasoso.

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• Comburente: é todo agente químico que conserva a combustão. Os comburentes


mais conhecidos são: o oxigênio e, sob determinadas condições, o Cloro.
• Fonte de Ignição: Trata-se do provocador da reação entre combustível e comburente;
e
• Reação em cadeia: A reação em cadeia torna a queima autossustentável. O calor
irradiado das chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas
menores, que se combinam com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor
para o combustível, formando um ciclo constante.

5.1.2 Ponto de fulgor

O ponto de fulgor é a temperatura mínima na qual os elementos combustíveis começam a


desprender vapores, que podem se incendiar em contato com uma fonte externa de calor. Nesse tipo
de reação, a combustão se interrompe quando se afasta a fonte externa do calor.

5.1.3 Ponto de Combustão


O ponto de combustão é a temperatura mínima na qual os gases desprendidos dos
elementos combustíveis entram em combustão ao tomarem contato com uma fonte externa de calor,
e que continuam a queimar mesmo se retirada a fonte de ignição.

5.1.4 Ponto de Ignição

O ponto de ignição é a temperatura mínima na qual os gases desprendidos dos elementos


combustíveis entram em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independentemente
de qualquer fonte de calor.

5.1.5 Proporcionalidade

Para que se inicie o fogo é preciso haver adequada proporcionalidade entre os componentes
da reação. Essa proporcionalidade é a determinante básica do fogo.

• Limite Inferior de exclusividade ou de inflamabilidade (LIE) – “Mistura Pobre”:


Mínima concentração de gás ou vapor que, quando misturada ao ar, é capaz de
provocar a combustão do produto a partir do contato com uma fonte de ignição. Uma
concentração de gás ou vapor abaixo de LIE não é inflamável, pois, nesta condição,
tem-se excesso de oxigênio e pequena quantidade do produto para a queima.

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• Limite Superior de Explosividade ou de Inflamabilidade (LSI) – “Mistura Rica”:


Máxima concentração de gás ou vapor que, misturada ao ar, é capaz de provocar a
combustão do produto, a partir de uma fonte de ignição. As concentrações de gás ou
vapor acima de LSI também não são inflamáveis por obter excesso de produto mas
pequena quantidade de oxigênio para que a combustão ocorra.
• Limite de Explosividade ou de Inflamabilidade – “Mistura Ideal” – Esta é uma
concentração percentual, em volume, de gases ou vapores inflamáveis no ar, em
condições de ambiente de pressão e de temperatura, que podem se inflamar com uma
fonte de ignição. A menor e a maior concentração de gases ou vapores no ar que
podem se inflamar indicam, respectivamente, o limite inferior de explosividade (LIE) e
o limite superior de explosividade (LSE).

Mistura Pobre Mistura Ideal Mistura Rica

Pouco Gás Muito Gás


Muito Ar Pouco Ar

Não Ocorre a Não ocorre a


Ocorre a Combustão
combustão Combustão

5.1.6 Volatilidade

Os combustíveis líquidos são classificados, geralmente, em voláteis e não voláteis:

• Combustível Volátil: diz-se que um combustível é volátil quando, à temperatura


ambiente, emana vapor capaz de se inflamar. Exemplos: gasolina, nafta, éter, hexano,
tolueno, benzeno, etc. Todo o produto que emana vapores à temperatura ambiente é
denominado produto leve.

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• Combustível não volátil: diz-se que um combustível não é volátil quando não
emana vapores à temperatura ambiente, como por exemplo, óleo combustível.
Todo o produto que não desprende vapores em temperatura ambiente é
denominado produto pesado.

5.2 Métodos de Transmissão de Calor

Em física, transferência, transmissão ou propagação de calor, algumas vezes citados como


propagação ou transferência térmica se entende como a transição de energia térmica de uma massa
(corpo) mais quente para uma massa mais fria. Em outras palavras, é a troca de energia calorífica
entre dois sistemas de temperaturas diferentes. Essa transmissão pode ocorrer de três formas
diferentes: irradiação, condução e convecção.

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5.2.1 Irradiação

A irradiação é a forma de transmissão de calor por meio de ondas caloríficas que atravessam
o ar, irradiadas do corpo em chamas.

5.2.2 Condução

A condução é a transmissão de calor que se faz de molécula para molécula, através de um


movimento vibratório que as anima e permite a comunicação de uma para outra. Na região de maior
temperatura, as partículas estão mais energizadas, vibrando com maior intensidade. Assim, estas
partículas transmitem energia para as partículas vizinhas, menos energizadas, que passam a vibrar
com intensidade maior. Estas, por sua vez, transmitem energia térmica para as seguintes e assim
sucessivamente.

5.2.3 Convecção

A convecção é o método de transmissão de calor característico dos líquidos e gases.


Consiste na formação de correntes ascendentes no seio da massa fluida, devido ao fenômeno da
dilatação e consequente perda de densidade da porção de fluido mais próximo da fonte calorífica, ou
seja, em um incêndio dentro de uma sala, o ar quente (menos denso) sobe, enquanto o ar frio (mais
denso) desce.

5.3 Incêndio

5.3.1 Classes de Incêndio

Como princípio de funcionamento, todos os extintores contêm uma substância conhecida


como agente extintor. Dependendo do seu tipo, este agente pode agir pelo efeito de cobertura, ou
seja, pelo abafamento ou resfriamento diante de uma emergência. A substância extintora está
confinada no recipiente e, por isso, deve ser expelida com vazão e pressão suficientes para
assegurar o combate ao fogo e oferecer, ao mesmo tempo, segurança para quem a manuseia. O tipo
de fogo se classifica em função do tipo de material que está queimando, sendo estes:

• Tipo A: esta é a identificação do fogo em materiais sólidos que deixam resíduos,


como madeira, papel, tecido e borracha;

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• Tipo B: utilizado para líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis, como


gasolina, querosene e graxa.

• Tipo C: classe de incêndio em equipamentos elétricos energizados. A extinção


deve ser feita por agente extintor que não conduza eletricidade;

• Tipo D: classe de incêndio que tem como combustível os metais pirofóricos, como
magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio,
sódio, urânio e zircônio;

• Tipo K: Classificação do fogo em óleo e gordura em cozinhas.

Os agentes extintores da Classe K controlam rapidamente o fogo, formando uma camada


protetora na superfície em chamas. Possui um efeito de resfriamento por vapor de água e de

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inertização resultante da formação do vapor. Estes agentes possuem produtos químicos capazes de
interromper uma reação química e combustão.

5.3.2 Meios de Extinção das Chamas

Os agentes extintores poderão ser utilizados para extinção de incêndio ou princípio de


incêndio. Os extintores, por exemplo, serão eficazes apenas para extinção de pequenas chamas,
devido à pouca quantidade de produto no recipiente. Para a extinção de grandes incêndios, será
necessário o uso de hidrantes, sistemas de aspersores/chuveiros automáticos ou baterias fixas de
dióxido de carbono com cilindros de grande capacidade.
Todos os mecanismos de extinção irão atuar no sentido de eliminar ou separar uma das
partes do tetraedro das outras três, estes mecanismos são: o isolamento do combustível, eliminação
de fontes de ignição, isolamento do oxigênio do ar ou outro comburente ou a interrupção da reação
em cadeia.

a) Isolamento do combustível: ao eliminar o combustível elimina-se um dos lados do tetraedro do


fogo, isto pode acontecer da seguinte forma:
• Cortando a fonte de combustível;
• Retirando o combustível do tanque de armazenamento em que está contido;
• Removendo o combustível situado na área de risco;
• Permitindo que o combustível seja consumido pelo fogo; e
• Diluindo o combustível, caso seja solúvel em água.

b) Eliminação de Fontes de Ignição: Ao se eliminar este elemento, se interrompe também a reação


química em cadeia. O alto calor de vaporização da água é a propriedade que a torna um agente
extintor eficaz. Mesmo que a água seja bem aplicada, algumas de suas propriedades podem limitar
sua eficácia, como::
• A tensão superficial pode limitar sua penetração nos combustíveis;
• Conduz eletricidade e possui risco de choque elétrico;
• Ineficaz para fogo de líquidos inflamáveis;
• Alguns materiais reativos geram mais calor, gases tóxicos ou inflamáveis;
• A água desliza e penetra rapidamente sobre a maioria das superfícies;
• Fonte limitada de abastecimento; e
• A manta antifogo permite minimizar os efeitos do calor durante a aproximação de um foco de
incêndio.
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c) Isolamento do comburente: ao eliminar este elemento, é possível interromper a reação química


em cadeia. A eliminação depende do produto envolvido, daí a necessidade de utilizar o agente
extintor adequado para cada classe de incêndio. Os métodos de extinção mais comuns são:
• Usar uma manta antifogo;
• Colocando terra sobre o vazamento; e
• Utilizando espuma, CO2, N2 ou água na forma neblina.

d) Interrupção da reação em cadeia: O pó químico seco inibe a reação em cadeia reagindo com o

combustível impedindo a reação com o comburente.

OBSERVAÇÃO

Uma propriedade importante para qualquer agente extintor é não ser inflamável e,
preferencialmente, não tóxico. Os agentes extintores deverão ser eficazes o suficiente para extinguir
uma ou mais classes de incêndio.

5.4 Extintores de Incêndio

A finalidade de um extintor é combater, de maneira imediata, os focos de incêndios. Os


extintores não substituem os grandes sistemas de extinção e devem ser usados como equipamentos
para extinguir os incêndios no início, antes que se torne necessário lançar mão de maiores recursos.
O êxito no emprego dos extintores depende:
• De uma distribuição apropriada dos aparelhos pela área a proteger;
• De um sistema adequado e eficiente de manutenção;
• Do treinamento contínuo do pessoal que irá utilizá-los; e
• Do combate imediato dos focos de incêndio.

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5.4.1 Agentes Extintores

5.4.1.1 Pó Químico

Os principais compostos químicos utilizados como base para a produção dos diversos tipos
de pó químico seco são: bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio, uréia e fosfato de amônia.
Vários ativos são colocados para melhorar as qualidades de armazenamento, fluxo e proteção contra
umidade.
O pó químico é conhecido por sua eficiência na extinção de incêndios envolvendo líquidos
inflamáveis, podendo ser utilizado também em alguns equipamentos elétricos. No entanto, não é
muito eficiente na extinção de fogo Classe A. Os extintores de pó químico podem ser de 6 a 12 kg,
sendo que as unidades maiores, na forma de carretas montadas sobre rodas, podem variar de 50 a
150 kg.
Nos incêndios Classe D, será usado o extintor tipo “Pó Químico Seco Especial”, alguns deles
possuem grafite na composição. Os incêndios de Classe D envolvem materiais pirofóricos como, por
exemplo: Silano, Sódio Metálico e Fósforo Branco.
O uso do Pó Químico também é muito eficaz para a extinção de chamas provenientes dos
cilindros de gases comprimidos, como: o Hidrogênio em áreas abertas, o GLP e o Acetileno.
Entretanto, é necessário estar atento a fechar imediatamente a válvula do cilindro após a extinção
das chamas, pois o metal quente poderá reacender a chama. A eficácia do bicarbonato presente nas
formulações clássicas do Pó Químico está associada ao fato de que este produto se decompõe
formando o Dióxido de Carbono, outro agente extintor bastante eficaz.

OBSERVAÇÃO
O agente propelente mais empregado nos extintores é o dióxido de carbono, sendo o
nitrogênio indicado para extintores pressurizados sobre rodas. A troca do pó químico deve ser
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realizada sempre que ocorrer, pelo menos, uma das seguintes hipóteses: vencimento da validade do
produto, extintor parcial ou totalmente descarregado e a ausência das inspeções anuais ou
comprovação da origem do agente extintor, segundo a NBR 12.962.

5.4.1.2 Água

Existem duas considerações básicas no uso da água em incêndios. A primeira diz respeito à
capacidade de abastecimento e à pressão adequada para utilizar no equipamento de extinção. A
outra questão envolve a definição sobre a melhor forma de aplicação, considerando que não existem
equipamentos energizados no local.
A água se torna eficiente quando aplicada em forma de jato sólido sobre líquidos inflamáveis
e combustíveis em chamas, porque estas substâncias flutuam, dando continuidade à vaporização e
queima. A aplicação da água na forma de neblina é muito utilizada na extinção de incêndios de
classe A.
Entretanto, devido à sua relativa abundância e possibilidade de cobrir áreas grandes, ela é
muito utilizada em incêndios da Classe B, quando o líquido inflamável não se mistura, permitindo que
a água fique flutuando na superfície, obtendo-se bons resultados. Este processo permite o
isolamento do ar eliminando as chamas.
Utilizar a água para se extinguir incêndios provenientes de gases inflamáveis é mais eficiente no
caso de gases que se encontram a pressões mais reduzidas, como o GLP e o acetileno, pelo
princípio do resfriamento e diluição da água.
A água pode ser utilizada para resfriar os cilindros de gás e impedir que o calor cause o
rompimento. Apesar da abundância, a água será mais eficiente na extinção se for direcionada para a
base do fogo. Ao evaporar, a água se expande até 1700 vezes. Por isso, a água na forma de neblina
permite diminuir a nuvem de gás, impedindo a formação de misturas inflamáveis e contribuindo para
a dispersão de gases e vapores tóxicos durante e após o incêndio.
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O uso ineficaz da água no combate a incêndio pode ocorrer em função de uma aplicação
inadequada. A grande parte da água usada nos incêndios se dispersa para locais em que não será
capaz de interagir com as chamas e evaporar, tornando possível a extinção das chamas.
A melhor forma de obter uma maior eficácia no uso da água é usar equipamentos ejetores
que permitam a pulverização. Quanto mais pulverizada for a aplicação, maior será a área de
aplicação e evaporação, permitindo retirar mais calor das chamas, isolar a entrada do oxigênio do ar
para alimentar as chamas e garantir maior proteção dos bombeiros ou brigada de incêndio com
relação ao calor emitido pelas chamas.
Os chuveiros automáticos devem ter seus registros sempre abertos e só poderão ser
fechados em caso de manutenção ou inspeção e com ordem do responsável pela manutenção ou
inspeção. Deve existir um espaço livre de pelo menos um metro abaixo e ao redor dos pontos de
saída dos chuveiros automáticos, a fim de assegurar a dispersão eficaz da água.
Um aspecto importante, antes de decidir sobre a aplicação de água como agente extintor em
incêndios envolvendo líquidos inflamáveis e combustíveis, é saber a densidade dos produtos
envolvidos em relação à água.
A água poderá ser um agente extintor para incêndios da classe B se o líquido inflamável ou
combustível for solúvel, formando uma mistura não inflamável. Incêndios de acetona e de álcool
serão extintos eficazmente com água, devido a capacidade de diluição nestes produtos. Infelizmente,
a água não se mistura e é mais densa do que a maioria dos líquidos inflamáveis e combustíveis
limitando a aplicação nestes tipos de incêndios.
Destaca-se, que a água não será um bom agente extintor para todas as situações, sendo
uma das razões dos estragos que esta faz ao ser utilizada. A água destrói circuitos elétricos, não
sendo recomendada para incêndios da classe C. Entretanto, existem exceções, incêndios em
transformadores podem ser combatidos com água pulverizada por meio de sistemas de aspersões,
após o desligamento total do sistema e sem ter ninguém por perto.
A água reage perigosamente com alguns sólidos inflamáveis, principalmente metais,
aumentando as chamas em vez de extingui-las. Desta forma, não pode ser usada em incêndios da
classe D. Outra desvantagem do uso da água em locais em que existe a possibilidade de ocorrência
de temperatura próxima ou abaixo de zero é o congelamento dentro das tubulações de incêndio.

OBSERVAÇÕES
Os pontos de captação de água deverão ser facilmente acessíveis e situados ou protegidos de
modo que não possam ser danificados. A rede de incêndio deve ser testada frequentemente, a fim
de evitar o acúmulo de resíduos.

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5.4.1.3 Espuma

A espuma utilizada para combater incêndios é uma mistura gerada a partir de vários métodos,
utilizando soluções aquosas de agentes espumantes líquidos concentrados. As espumas possuem
menor densidade que os líquidos inflamáveis e combustíveis, permitindo que esta flutue sobre a
superfície.
A água contida na espuma atua no sentido de impedir a entrada do ar, resfriar o líquido e
inibir a liberação de vapores, minimizando a possibilidade de combustão. As espumas são
produzidas com diversas características dependendo do efeito extintor a ser obtido. Algumas são
espessas e viscosas, formando uma cobertura bastante resistente à propagação do calor e dispersão
de vapores inflamáveis.
Se a espuma for direcionada para o fundo do recipiente em que se encontra o combustível
em chamas ao invés de ser aplicada na superfície, esta condição pode não ser tão eficaz e gerar
uma desvantagem. Nesta situação, ocorrerá a saturação da espuma, tornando sua aplicação ineficaz
e perigosa, pois a água poderá evaporar por baixo do líquido. Isso criará uma bolha de vapor,
gerando uma golfada que irá projetar líquido incandescente para fora do recipiente ou do local em
que o mesmo está queimando.

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5.4.1.4 Gás Carbônico (CO2)

O Dióxido de Carbono (CO2) é um gás não inflamável, liquefeito com pressão de vapor à
temperatura ambiente. Embora seja considerado um gás limpo, este forma o ácido carbônico quando
em contato com umidade, causando corrosão química em alguns tipos de metais. Principalmente, o
aço carbono, daí uma razão de se fazer a inspeção interna dos extintores a cada cinco anos.
Possui todas as propriedades para caracterizá-lo como um bom agente extintor, pois não
reage com a maioria das substâncias, não deixa resíduo, não danifica os equipamentos e possui sua
própria pressão para descarga. O alcance do jato de gás varia de 1 a 2,5 metros, dependendo da
capacidade dos extintores, penetrando com facilidade em toda a área do fogo em que for aplicado.
A eficácia do Dióxido de carbono está relacionada com a densidade deste, pois é 1,5 vezes
mais pesado que o ar. Outra característica importante está relacionada ao fato de estar liquefeito, um
litro de líquido se expande 500 vezes no ambiente.
Quando o extintor é acionado, o gás se expande formando uma nuvem que abafa e resfria,
deslocando o oxigênio do ar e extinguindo as chamas. Ao ocorrer descompressão, o gás resfria
bruscamente, podendo formar pequenos sólidos finamente constituídos. Esta queda de temperatura
faz com que a temperatura no local das chamas caia abaixo da temperatura necessária para o
combustível pegar fogo.
O gás se encontra armazenado em cilindros de aço que possuem discos de ruptura que serão
acionados em caso de uma sobre pressão em seu interior. O gás possui uma temperatura crítica em
torno de 38°C. Isso significa que se o cilindro é exposto a uma temperatura ambiente maior que a
temperatura crítica, todo o líquido passará ao estado gasoso, na proporção de um para 500 vezes o
seu volume, resultando na abertura do disco de ruptura e na liberação total do conteúdo no
ambiente. Por isso, os extintores devem ficar protegidos do sol, principalmente em regiões tropicais.
Devido à sua capacidade não condutora, o dióxido de carbono é muito indicado para a
cobertura de riscos em que existem equipamentos elétricos. É um agente extintor eficaz para

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incêndios da Classe B e C, não conduz eletricidade, podendo ser utilizado em equipamentos de


baixa tensão. Pode ser usado em alguns incêndios da Classe A, porém não será eficaz para os de
Classe D.
O dióxido de carbono se dispersa com facilidade no ambiente. Esta propriedade é uma
desvantagem, pois reduz a eficácia quando aplicado em áreas abertas. Mesmo quando aplicado
dentro de edificações, os bombeiros ou a brigada de incêndio usam grandes quantidades para
extinguir princípios de incêndio.
Outra desvantagem está relacionada ao fato do dióxido de carbono deslocar o oxigênio do ar
em locais fechados ou com pouca circulação de ar. Embora seja conhecido como um gás asfixiante,
na realidade ele é um gás levemente tóxico. Por isso, o sistema de incêndio com acionamento
automático em salas fechadas deve possuir sinalização do tipo: “Cuidado – Sistema de Combate a
Incêndio CO2 – Risco de Asfixia” além de sinais sonoros e/ou luminosos indicando que o sistema foi
acionado.

5.4.2 Manejo dos Extintores de Incêndio

Os procedimentos para utilizar extintores de incêndio de água pressurizada, dióxido de carbono e


pó químico consistem em:

• Água Pressurizada:

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• Dióxido de Carbono – CO2

• Pó Químico

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1. Levar o extintor ao local do fogo, observando a direção do vento;


2. Prender a pistola firmemente com a mão;
3. Acionar a válvula do cilindro de gás;
4. Empunhar a pistola difusora; e
5. Atacar o fogo, procurando cobrir toda a área atingida com a movimentação rápida da mão.

• Espuma Química

1. Levar o extintor ao local do fogo, observando a direção do vento;


2. Virar o extintor de cabeça para baixo; e
3. Atacar o fogo, procurando lançar a espuma contra um anteparo, para que o agente extintor
desliza suavemente a massa líquida incendiada.

• Tipo carreta
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1. Levar o extintor ao local do fogo, observando a direção do vento;


2. Acionar a válvula do cilindro de gás propelente;
3. Desprender a mangueira e esticá-la;
4. Empunhar a pistola;
5. Abrir a válvula de descarga do cilindro; e
6. Apontar a pistola em direção ao fogo, lançando o agente extintor sobre a base do fogo com
a movimentação rápida das mãos.

5.4.3 Inspeção e manutenção em extintores de incêndio

A inspeção é um exame periódico, efetuado por pessoal habilitado, que se realiza no extintor
de incêndio com a finalidade de verificar se este permanece em condições originais de operação. Já
a manutenção é serviço efetuado no extintor de incêndio com a finalidade de manter as condições
originais de operação deste após a utilização ou quando requerido por uma inspeção. A inspeção é
feita anualmente, preferencialmente, por empresa certificada pela ABNT.

5.4.3.1 Inspeção dos Extintores (NR-23)

Todo extintor deverá ter uma ficha de controle de inspeção:

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O relatório de inspeção deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) data da inspeção e identificação da empresa executante;


b) identificação do extintor;
c) localização do extintor;
d) conferência por pesagem, da carga de cilindro carregado com dióxido de carbono;
e) registros das não conformidades.

Inspecionar, visualmente, a cada mês examinando:

• O seu aspecto externo;


• Os lacres; e
• Os manômetros (quando o extintor for do tipo pressurizado), verificando se o bico e válvulas
de alívio não estão entupidos.

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Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa ao seu bojo, com data em que foi
carregado, data para recarga e número de identificação. Essa etiqueta deverá ser protegida,
convenientemente, a fim de evitar que esses dados sejam danificados.

5.4.3.2 Manutenção dos Extintores

Os extintores de incêndio devem passar por diferentes manutenções conforme abaixo:

• Manutenção de primeiro nível: Manutenção geralmente efetuada no ato da inspeção por


pessoal habilitado, que pode ser executada no local em que o extintor está instalado, não havendo
necessidade de removê-lo para oficina especializada.
• Manutenção de segundo nível: Manutenção que requer execução de serviços com
equipamento, local apropriado e pessoal habilitado.
• Manutenção de terceiro nível ou vistoria: Processo de revisão total do extintor, incluindo
a execução de ensaios hidrostáticos.
• Ensaio hidrostático: Aquele executado em alguns componentes do extintor de incêndio
sujeitos a pressão permanente ou momentânea, utilizando-se normalmente a água como fluido, que
tem como principal objetivo avaliar a resistência do componente a pressões superiores a normal de
carregamento ou de funcionamento do extintor, definidas em suas respectivas normas de fabricação.

A Tabela abaixo orienta os níveis de manutenção recomendados para as seguintes situações


encontradas em inspeções.

Níveis de Manutenção Situações


1 Quadro de instruções ilegível ou inexistente.
1 ou 2 Inexistência de algum componente.

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1 Mangueira de descarga apresentando danos,


deformação ou ressecamento.
2 Lacre(s) violado(s) ou vencido(s); vencimento do
período especificado para frequência da
manutenção de segundo nível. Extintor parcial
ou totalmente descarregado. Mangotinho,
mangueira de descarga ou bocal de descarga,
quando houver, apresentando entupimento que
não seja possível reparar na inspeção.
3
Corrosão, danos térmicos e/ou mecânicos em:
• Recipientes;
• Partes que possam ser submetidas à
pressão momentânea ou estejam
submetidas à pressão permanente; e em
• Partes externas contendo mecanismo ou
sistema de acionamento mecânico.
Quando a data do último ensaio hidrostático for
igual ou superior a cinco anos ou na inexistência
da data do último ensaio hidrostático.

5.5 Sistema Hidráulico Preventivo

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O Sistema Hidráulico Preventivo tem por objetivo fornecer os componentes necessários para
que seja possível combater ou conter o incêndio até a chegada do Corpo de Bombeiros. Ele é
composto por uma canalização resistente ao fogo que desloca água de sua reserva até pontos
estrategicamente determinados, com o intuito de suprir água aos demais acessórios de combate.
Nesses pontos podem ser encontrados um conjunto de hidrantes ou mangotinhos que, ao
serem abertos, acionam o sistema automaticamente. Além destes, temos componentes como:
abrigos, reservatórios de água, bombas de incêndio e painel de sinalização das bombas.1
Para que o sistema tenha um bom funcionamento, é importante que o projeto, instalação,
ensaios e a manutenção sejam executados por empresas ou profissionais legalmente habilitados. A
comprovação destes procedimentos pode ser requisitada a qualquer momento e é obrigação dos
responsáveis ou profissionais fornecerem os documentos a respeito do sistema conforme
necessário.

5.5.1 Tubulações

As tubulações são tubos, conexões ou outros acessórios que permitem conduzir a água
desde a reserva de incêndio até os hidrantes ou mangotinhos. As tubulações, conexões e válvulas
1

do SHP, quando aparentes, devem ser pintadas na cor vermelha. 2-3-4


As que estabelecem a
alimentação dos hidrantes e de mangotinhos não podem passar pelos poços de elevadores e/ou
dutos de ventilação. Todo material previsto ou instalado deve ser capaz de resistir ao efeito do calor
e esforços mecânicos, mantendo seu funcionamento normal.

5.5.2 Abrigos

Abrigos são compartimentos embutidos ou aparentes possuindo porta para que seja possível
armazenar da melhor forma mangueiras, esguichos, carretéis, entre outros equipamentos. Além
disso, é necessário que o abrigo esteja dimensionado de forma que permita rápido acesso e
utilização de todo conteúdo em caso de incêndio.

5.5.3 Mangueiras

O comprimento total das mangueiras de hidrantes ou mangotinhos deve ser suficiente para
vencer todos os desvios e obstáculos que existem e ainda oferecer proteção aos lugares que não
contêm essa instalação. Para sistemas de hidrantes, é recomendado o uso de lances de mangueiras
de 15 metros. Todos os equipamentos precisam de uma vistoria para identificar a necessidade de
manutenção, essa responsabilidade se encaixa ao proprietário do imóvel.
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As mangueiras dos hidrantes devem ser dispostas no abrigo em zigue-zague ou aduchadas,


pois assim facilita sua utilização de maneira mais rápida.O mangotinho deve ter mangueira com
lance único e comprimento máximo de 20 a 30 m. A mangueira para mangotinho deve ser
acondicionada enrolada, em carretel fixo ou móvel, dentro de abrigo, permitindo sua utilização com
facilidade e rapidez.

5.5.4 Hidrante de Recalque

Este equipamento é para uso do Corpo de Bombeiros e possibilita o recalque da água para o
Sistema Hidráulico Preventivo. Todo sistema deve conter um dispositivo de recalque que possua
engates compatíveis aos utilizados pelo Corpo de Bombeiros local. Sua localização deve sempre
permitir fácil acesso da viatura para o recalque da água, assim como a aproximação dos bombeiros.
É dispensada a instalação do hidrante de recalque em local que tenha circulação ou passagem de
veículos.
O modelo do tipo coluna é o mais recomendado, mas, caso não seja possível estabelecer
essa instalação, ele pode ser disposto no passeio público, que é normalmente encontrado nas
calçadas com uma tampa de ferro pintada de vermelho e identificada pela palavra “Incêndio”.

5.5.5 Casa de Máquinas de Incêndio

A casa de máquinas de incêndio se apresenta como um compartimento destinado,


especialmente, ao abrigo de bombas de incêndio e demais apetrechos complementares ao seu
funcionamento, não se admitindo o uso para circulação ou qualquer outro fim. O acesso a este local
deve ser fácil e por meio da porta corta-fogo, pois seu objetivo é pressurizar o sistema.

5.5.6 Reservatórios

Dentre os reservatórios de água, podemos encontrar os elevados e os não elevados. O


reservatório deve ser construído em material que garanta a resistência ao fogo e resistência
mecânica. Quando o abastecimento é feito somente pela ação da gravidade, o reservatório elevado
deve estar a uma altura suficiente para fornecer as vazões e pressões mínimas requeridas para cada
sistema.
Porém, se a altura do reservatório elevado não for suficiente para fornecer as vazões e
pressões requeridas para os pontos dos hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis considerados
no cálculo, deve-se utilizar uma bomba de reforço para garantir as pressões e vazões mínimas para
aqueles pontos.

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Os reservatórios ao nível do solo, semi enterrados ou subterrâneos devem abastecer os


sistemas de hidrantes e mangotinhos através de bombas de incêndio fixas, sendo localizados, dentro
do possível, em local de fácil acesso das viaturas do Corpo de Bombeiros. 3-4

Em reservatórios de fontes naturais, a altura total dos canais abertos ou adufas deve ser tal
que comporte o nível mais alto de água conhecido da fonte. É recomendável que duas grades sejam
previstas para este reservatório natural, sendo que enquanto uma delas se encontra em operação, a
outra pode ser suspensa para limpeza.

5.5.7 Bombas de Incêndio

As bombas de incêndio para suporte dos reservatórios podem dispor de dispositivos para
acionamento automático ou manual. O funcionamento automático é indicado pela simples abertura
de qualquer ponto de hidrante ou mangotinho da instalação, já para o manual devem ser previstas
botoeiras do tipo “liga-desliga” junto a cada hidrante ou mangotinho.
Quando as bombas forem automatizadas, seu desligamento deve ser apenas manual através
do painel de comando localizado na casa de bombas. As bombas acopladas a motores elétricos não
podem ser instaladas em salas que contenham qualquer outro tipo de máquina ou motor, exceto
quando eles se destinem a sistemas de proteção e combate a incêndio que utilizam a água como
agente de combate.
É importante que as bombas sejam protegidas contra danos mecânicos, agentes químicos,
fogo ou umidade, além disso, elas devem atingir pleno regime em aproximadamente 30 segundos
após a sua partida. 1-3-4
Cada bomba principal ou de reforço deve possuir uma placa com algumas
características de identificação como: nome do fabricante e modelo da bomba.

5.5.8 Rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinkler”

O sistema de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos do tipo “Sprinkler” é


constituído de tubulações fixas, nas quais são dispostos chuveiros, regularmente distribuídos, sobre
a área a ser protegida. Eles devem ser permanentemente ligados a um sistema de alimentação de
água pressurizado, de forma a possibilitar, em caso de ocorrência de incêndio, a aplicação de água
diretamente sobre o local sinistrado.
Isso ocorre quando o selo sensor de temperatura se rompe, aproximadamente a uma
temperatura de 68°, sendo que a mesma poderá variar de acordo com o fabricante. Cada chuveiro
tem o seu funcionamento independente, podendo ser acionado um ou quantos forem necessários
para sanar o problema em uma determinada área.

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5.5.9 Cuidados de preservação

Alguns cuidados com a preservação destes sistemas são:

a) evitar contato com cantos pontiagudos;


b) evitar manobras bruscas, entrada repentina de bomba e fechamento abrupto de
esguichos, registros e hidrantes;
c) evitar contato direto com o fogo, brasas e superfícies quentes;
d) evitar o arraste da mangueira e uniões sobre o piso, principalmente, se esta estiver vazia
ou com pressão muito baixa;
e) evitar queda de conexões;
f) evitar contato da mangueira com produtos químicos e derivados de petróleo;
g) evitar guardar a mangueira molhada;
h) evitar permanecer com a mangueira conectada no hidrante;
i) evitar dobra acentuada da mangueira junto à união, quando em operação;
j) não utilizar as mangueiras para algum outro fim, como lavagem de garagens e pátios, que
não seja o combate a incêndio;
k) para maior segurança, não se deve utilizar as mangueiras das caixas ou abrigos em
treinamento de brigadas, evitando danos e desgastes. As mangueiras utilizadas em
treinamento de brigadas devem ser identificadas e mantidas somente para este fim;
l) evitar a passagem de veículos sobre a mangueira durante o uso, utilizando-se um
dispositivo de passagem de nível;
m) inspecionar as caixas e abrigos para verificar se estes são eficazes para a conservação
da mangueira.

5.6 Alarmes de Incêndio

O alarme de incêndio é o sistema responsável pela informação de todos os usuários


envolvidos em uma determinada área da iminência da ocorrência de um incêndio ou no princípio do
mesmo. O melhor método de defesa contra ameaça de incêndio é detectar seu foco
antecipadamente. Os Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio são compostos de alguns
elementos básicos:

• Central de Alarme e Detecção:

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Os alarmes de incêndio são equipamento destinados a processar os sinais


provenientes dos circuitos de detecção, a convertê-los em indicações adequadas e a
comandar e controlar os demais componentes do sistema.

• Painel Receptor:

Equipamento comandado pela central ou pelos detectores, destinado a sinalizar de


forma visual e/ou sonora, no local da instalação, ocorrências detectadas pelo sistema. Pode
ser do tipo paralelo com os indicadores alinhados e texto escrito, ou do tipo sinótico onde a
planta é reproduzida em desenho e a indicação no lugar da área supervisionada.

• Detector automático pontual:

Dispositivo destinado a operar quando influenciado por determinados fenômenos


físicos ou químicos que precedem ou acompanham um princípio de incêndio no lugar da
instalação. Podendo ser detector de temperatura, chama, fumaça ou linear.

• Acionador manual:

Dispositivo destinado a transmitir a informação de um princípio de incêndio, quando


acionado por alguém.

• Indicação:

Dispositivo que sinaliza sonora ou visualmente qualquer ocorrência relacionada ao


sistema de detecção e alarme de incêndio, especialmente para facilitar a busca do local de
alarme pelo pessoal de intervenção, controlado pelos detectores automáticos, pelos
acionadores manuais ou pela central.

• Circuito de detecção:

Circuito no qual estão instalados os detectores automáticos, acionadores manuais ou


quaisquer outros tipos de sensores pertencentes ao sistema.

• Circuito de sinalização e de alarme:

Circuito no qual estão instalados os indicadores e avisadores. Os sinalizadores podem


ser visuais, sonoros ou mistos. O grau de indicação sonora (volume do som) ou visual é
função das normas nacionais aplicáveis, além das considerações de projeto.

• Circuito auxiliar:
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Circuito destinado ao comando e/ou supervisão de equipamentos relativos à


prevenção e/ou combate a incêndios.

• Proteção necessária contra ação do fogo e defeitos:

A proteção dos circuitos de detecção, alarme, sinalização e controles auxiliares deve


ser incluída à central, à sua alimentação e à concepção da rede da fiação de interligação dos
componentes.

• Alarme geral:

Ativador de alarmes, com uma programação específica na central, que permite


simultaneamente a ativação de todos os alarmes de abandono de uma área ou de todo o
prédio, incluindo a sinalização de abandono por meio de dispositivos especiais na central ou
no campo, sem retardo ou confirmação de uma segunda pessoa.

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6 PROCEDIMENTOS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA COM


INFLAMÁVEIS

Atender emergências com produtos químicos não é coisa para amadores, nem tão pouco
para heróis. Mesmo para os especialistas, estas situações apresentam um potencial de risco muito
alto, pois se trata de uma situação fora de controle, em que as condições operacionais são exercidas
da forma mais adversa possível. Não é possível gerenciar uma emergência sem ter o controle total
do local do acidente, talvez seja esse o maior dos desafios do responsável pelo Comando de
Emergência.
Entretanto, existe um princípio básico das equipes de emergência: “Se não é possível atuar
de forma segura, então a melhor opção é não fazer nada que coloque em risco a vida da equipe de
emergência”. Existem duas fases a serem consideradas em um atendimento de emergência, em que
exista um potencial de risco à saúde e à vida da equipe de emergência. A primeira é quando se
chega ao cenário do acidente, a segunda envolve o processo de limpeza e descontaminação das
pessoas e dos equipamentos.
Para compreender melhor sobre os assuntos, inicialmente se irá apresentar alguns conceitos
básicos, após rotina e emergência e para finalizar apresentar situações e cenários envolvendo
inflamáveis.

6.1 Definições Básicas

O Manual de Atendimento de Emergência da ABIQUIM disponibiliza algumas definições em


informações práticas sobre os riscos, procedimentos de controle, combate a incêndio e primeiros
socorros para a maioria dos líquidos inflamáveis e combustíveis.
Abaixo serão apresentados alguns conceitos:
• Abandono: Retirada das pessoas que não estejam protegidas contra os produtos
químicos, normalmente envolve o público e os trabalhadores envolvidos no acidente.
A remoção das pessoas para a distância recomendada na tabela não garante a
completa segurança;
• Descontaminação: A equipe, roupas e equipamentos que são usados durante a
emergência devem ser descontaminados ou descartados após as ações de
intervenção. Os métodos dependem das características do produto envolvido;
• Equipamentos de respiração com pressão positiva: estes devem proporcionar
fluxo constante de ar, mesmo com alta demanda respiratória decorrente de trabalhos
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pesados durante a emergência. Máscaras com filtros químicos não substituem


equipamentos de respiração autônoma;
• Exposição Aguda: Caracterizado por altas concentrações ou dose de exposição em
um curto espaço de tempo, sendo resultado de grandes vazamentos como, por
exemplo, ruptura de válvula, abertura de disco de ruptura, ruptura de tubulação;
• Exposição crônica: Caracterizado por baixas concentrações ou dose de exposição
em um curto ou longo espaço de tempo, sendo resultado de pequenos vazamentos
como, por exemplo, problema de estanqueidade de válvulas de operação, abertura de
válvula de segurança fora do ponto de abertura, furo em tubulação;
• Isolamento da área: Impedir que as pessoas desprotegidas permaneçam no local da
emergência;
• Roupa de combate ao fogo: Oferecem proteção ao calor, compreendem capacete,
blusão, calças, botas e luvas;
• Zona de risco: Áreas monitoradas continuamente para que sejam identificadas as
concentrações em que as pessoas poderão ficar perigosamente expostas. Esta
avaliação irá definir o melhor ponto de entrada, bem como estabelecer no local uma
zona de decomposição.

6.2 Rotina de atendimento de emergência química – Processo “DECIDA”

A tomada de decisão durante uma emergência requer um diagnóstico baseado em requisitos


técnicos e operacionais bem definidos, o americano Ludwig Benner criou um processo sistemático
para tomada de decisão, visando minimizar os riscos para a equipe durante o atendimento de
emergência.
O objetivo principal no atendimento a uma emergência química é proteger o público, meio
ambiente e, principalmente, a equipe de atendimento. A avaliação do local permitirá tomar decisão e
garantir a segurança de todos os envolvidos. A expressão DECIDA é uma abreviatura fácil para
lembrar seis passos importantes para um atendimento seguro.

D – Detectar a presença do produto perigoso;


E – Estimar o dano provável sem intervenção;
C – Constituir os objetivos para o atendimento;
I – Identificar as opções para a ação;
D - Desenvolver a melhor opção;
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A – Avaliar o progresso da ação.

Processo DECIDA – Reconhecimento e Análise dos Locais

Detectar a presença do produto perigoso

Indicar o comando do atendimento a


emergência química

Examinar o acidente com o produto


perigoso

Coletar e interpretar a informação sobre Avaliar a extensão de danos ao


cada produto recipiente

Estimar as consequências ao público e ao meio


ambiente, sem a necessidade de intervenção

Prever o comportamento do recipiente e do produto,


sem a necessidade de intervenção

6.2.1 Detectar a presença do Produto Perigoso (D)

Para o passo da detecção do produto perigoso é importante que se aja o mais rápido
possível, e que isto seja feito antes de colocar a equipe de atendimento em ação. A aproximação
deste material deve ser feita com a maior cautela possível garantindo a segurança dos envolvidos.
Para isso, importante identificar os rótulos de risco, de etiquetas, de painel de segurança e fazer o
uso de uma planta para avaliação do local, bem como identificar a quantidade do material, danos
visíveis.

6.2.2 Estimar o Dano Provável sem Intervenção (E)

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Para a estimativa dos danos prováveis, deve-se sempre responder a pergunta: “O que
aconteceria se não fosse feito nada?” Para se responder a esta pergunta, a equipe deverá conhecer
o produto com o qual está lidando, as características e o comportamento deste, bem como as
consequências e o dano provável do vazamento da mesma. Se após a observância das
características a equipe chegar à conclusão de que os riscos de explosão e contaminação humana
são mínimos, esta deverá iniciar uma operação para que o produto não se disperse, tentando assim
diminuir o dano.
A equipe, além das propriedades do produto perigoso, deve ter as informações aproximadas
da quantidade de produto envolvido, características das embalagens, comportamento do produto,
além das condições meteorológicas do local.
Para a estimativa dos danos prováveis, a equipe deverá reunir o máximo de informações
sobre a probabilidade de mortes, lesões, danos à propriedade e ao meio ambiente e também a
interrupção do processo.

6.2.3 Construir os Objetivos para o Atendimento (C)

Construir (C) os objetivos envolve o reconhecimento do local, visando diagnosticar a


emergência e os danos prováveis sem intervenção. As probabilidades estratégicas a serem
consideradas são manter a segurança da equipe de emergência, garantir a proteção ao público,
minimizar os impactos ao meio ambiente, proteger as propriedades vizinhas e recuperação do local
impactado.
A prioridade de um atendimento de emergência é garantir a segurança da equipe de
atendimento, pois estas são as únicas pessoas capazes de evitar que a situação saia de controle. Às
vezes, não fazer nada seria a melhor opção.

6.2.4 Identificar as Opções para a Ação (I)

Na identificação das opções de ação da equipe é importante levar em consideração quais são
os recursos materiais e humanos disponíveis para se garantir a segurança das ações, considerando-
se que o acidente pode atingir maiores dimensões se a equipe perder tempo planejando para ações
para as quais não terão recursos para aplicar. Antes da tomada de decisão, deve-se ter a avaliação
dos seguintes fatores:
• Isolamento da área;
• Retirada das pessoas;
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• Confinamento do produto vazado;


• Extinção do fogo;
• Descontaminação do local;
• Atendimentos as pessoas afetadas;
• Inutilização de equipamentos contaminados.

6.2.5 Desenvolver a Melhor Opção de Intervenção e de Proteção (D)

Desenvolver a melhor opção nem sempre será uma decisão fácil. Poderão surgir várias
alternativas e caberá à equipe escolher aquela com menor risco e maior eficiência. A escolha da
melhor opção depende de cada situação e da capacidade técnica da equipe em conhecer e aplicar
as melhores técnicas.
O reconhecimento do local não estará completo, enquanto os riscos atmosféricos não forem
identificados e monitorados, continuamente, para que seja possível manter o público protegido de
uma exposição acidental. Obter e interpretar informações requer cuidado e precisão, podendo durar
o tempo em que o produto estiver vazando.
A segurança no atendimento de uma emergência química requer uma avaliação constante
dos avanços obtidos no processo de intervenção para que sejam feitas correções nas ações
inicialmente planejadas.
A equipe de emergência deverá decidir qual a melhor forma de proteger o público, avaliando
a necessidade, ou não, de retirar as pessoas do local.

6.2.6 Avaliar o Processo da Ação (A)

Avaliar o resultado dos procedimentos irá ajudar a corrigir os desvios, mesmo quando o
atendimento se encontra em andamento. Após finalizar a emergência, a avaliação ajudará a revisar
os erros cometidos e mudar os procedimentos para o próximo evento.
Ao tomar qualquer ação, inclusive a de não fazer nada, a dinâmica da emergência sofrerá
mudanças. Ainda que a ação de avaliar o progresso da emergência seja o passo final do processo
DECIDA, deve-se ter a consciência que se está lidando com uma situação que deve ser monitorada
continuamente para que seja possível adotar alternativas, caso os procedimentos iniciais não
apresentem os resultados desejados.
Antes de adotar outra ação é importante verificar se os procedimentos implementados
atendem aos propósitos iniciais e se foram a melhor opção até o momento. A equipe de emergência
deverá manter o monitoramento do local, mesmo depois do processo de intervenção, de modo a

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garantir o retorno das pessoas e a liberação das vias de circulação de veículos. A equipe de
emergência não deve se sentir pressionada pelas autoridades de trânsito a liberá-lo, isto somente
deve ocorrer se realmente existir uma certeza que tanto as pessoas quanto a equipe de emergência
não estarão em perigo.

6.3 Cenário Envolvendo Inflamáveis

Inicialmente, serão apresentados os cenários correspondentes às hipóteses acidentais


identificadas na Análise Preliminar de Perigos, considerando cada Unidade Individualmente.
Cenários segundo Hipóteses Acidentais:

ATIVIDADES ÁREA DE RISCO TIPO DE EVENTO


ESTUDADO
a) Poços de petróleo em produção Círculo com raio de 30 metros, no mínimo, Jato de fogo e explosão de nuvem
de gás. com centro na boca do poço. de vapor.
b) Unidade de processamento das Faixa de 30 metros de largura, no mínimo Incêndio em Poça, Jato de Fogo,
refinarias. contornando a área de operação. Bola de fogo, Explosão de nuvem
de vapor.
c) Outros locais de refinaria em que Faixa de 15 metros de largura, no mínimo, Bola de fogo, jato de fogo,
se realizam operações com contornando a área de operação. incêndio em poça e nuvem de
inflamáveis em estado de vapor explosiva.
volatilização ou possibilidade de
volatilização decorrente de falha ou
efeito dos sistemas de segurança e
fechamento das válvulas.
d) Tanques de inflamáveis líquidos. Toda a bacia de segurança Incêndio em poça.
e) Tanques elevados de Círculo com raio de 3 metros com centro Jato de Fogo e Explosão de
inflamáveis gasosos. nos pontos de vazamento eventual (válvula nuvem de vapor.
registros, dispositivos de medição por
escapamento, gaxetas).
f) Carga e descarga de inflamáveis Afastamento de 15 metros da beira do Incêndio em poça.
líquidos contidos em navios, chatas cais, durante a operação, com extensão
e batelões. correspondente ao comprimento da
embarcação.
g) Abastecimento de aeronaves. Toda área de operação Incêndio em poça
h) Enchimento de vagões – Círculo com raio de 15 metros com centro Incêndio em poça.
tanques e caminhões – tanque com nas bocas de enchimento dos tanques
inflamáveis líquidos.

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i) Enchimento de vagões – tanques Círculo com raio de 7,5 metros centro nos Jato de Fogo e Explosão de
e caminhões – tanque inflamáveis pontos de vazamento eventual (válvula e nuvem de vapor.
gasosos liquefeitos. registro).
j) Enchimento de vasilhames com Círculo com raio de 15 metros com centro Jato de Fogo e Explosão de
inflamáveis gasosos liquefeitos. nas bocas de enchimento dos tanques. nuvem de vapor.
k) Enchimento de vasilhames com Círculo com raio de 7,5 metros com centro Incêndio em poça.
inflamáveis líquidos, em recinto nos bicos de enchimento.
aberto.
l) Enchimento de vasilhames com Toda área interna do recinto Incêndio em poça.
inflamáveis líquidos, em recinto
fechado.
m) Manutenção de viatura-tanque, Local de operação, acrescido de faixa de Incêndio em poça.
bombas e vasilhames que 7,5 metros de largura em torno dos seus
continham inflamáveis líquidos. pontos externos
n) Desgaseificação, decantação e Local de operação, acrescido de faixa de Incêndio em poça e Jato de Fogo
reparos de vasilhames não 7,5 metros de largura em torno dos seus e Explosão de Nuvem de Vapor.
desgaseificados ou decantados, pontos externos
utilizados no transporte de
inflamáveis.
o) Testes em aparelhos de Local de operação, acrescido de faixa de Jato de Fogo e Explosão de
consumo de gás e seus 7,5 metros de largura em torno dos seus nuvem de vapor.
equipamentos. pontos externos
p) Abastecimento de inflamáveis Toda a área de operação, abrangendo, no Incêndio em poça e Jato de Fogo
mínimo, círculo com raio de 7,5 metros e Explosão de Nuvem de Vapor.
com centro no ponto de abastecimento e o
círculo com raio de 7,5 metros com centro
na bomba de abastecimento da viatura e
faixa de 7,5 metros de largura para ambos
os lados da máquina.
q) Armazenamento de vasilhames Faixa de 3 metros de largura em torno dos Incêndio em poça e Jato de Fogo
que contenham inflamáveis líquidos seus pontos externos e Explosão de Nuvem de Vapor.
ou vazios não desgaseificados ou
decantados, em locais aberto.
r) Armazenamento de vasilhames Toda a área interna do recinto Incêndio em poça e Jato de Fogo
que contenham inflamáveis líquidos e Explosão de Nuvem de Vapor
ou vazios não desgaseificados, ou
decantados, em recinto fechado.
s) Carga e descarga de vasilhames Afastamento de 3 metros e beira do cais, Incêndio em poça e Jato de Fogo
contendo inflamáveis líquidos ou durante a operação, com extensão e Explosão de Nuvem de Vapor
vasilhames vazios não correspondente ao comprimento da
desgaseificados ou decantados, embarcação.

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transportados por navios, chatas ou


batelões.

O comportamento de uma nuvem inflamável depende dos mesmos princípios abordados


anteriormente para gases e vapores tóxicos. Uma das formas naturais de identificar a presença dos
gases ou vapores inflamáveis ocorre pelo cheiro, uma vez que gases como o acetileno e o GLP e
líquidos como gasolina, diesel e álcool possuem odor característico, permitindo facilmente a
identificação. Entretanto, apenas a identificação pelo olfato não será uma garantia para identificar as
áreas de risco, será necessário usar o explosímetro para acompanhar a evolução do vazamento.
Nem todo o vazamento de gás ou vapor inflamável resultará em fogo ou explosão, a não ser
que o produto seja pirofórico, como ocorre com silano. O grande risco de um vazamento envolvendo
produtos inflamáveis é a possibilidade de explosão. Para evitar que isto ocorra é necessário retirar
um dos elementos constituintes do triângulo do fogo, impedindo a formação de uma atmosfera
explosiva.
O maior risco envolvendo gás liquefeito sob pressão acontece quando o recipiente encontra-
se exposto a uma chama direta ou dentro de um incêndio, neste caso poderá ocorrer um fenômeno
chamado BLEVE (Explosão de Vapor Proveniente de Líquido em Ebulição). Ao contrário do que
muitos imaginam, este fenômeno pode ocorrer tanto com gases liquefeitos inflamáveis e não
inflamáveis, desde água até GLP.
Não existe sistema preventivo que seja totalmente eficaz para evitar a ocorrência de um
BLEVE. Não existe um tempo definido para que o fenômeno aconteça, pois tudo depende de
algumas variáveis, como: proximidade das chamas no costado vazio, temperatura da chama,
espessura da chapa, capacidade do processo de resfriamento para retirar calor do metal. Existem
relatos de BLEVE que ocorrem em cinco minutos, enquanto outros levaram até duas horas.
A determinação da área de risco que irá proteger o público do poder de destruição de um
BLEVE vai depender do produto e volumes envolvidos.
Abaixo serão destacados vinte pontos importantes acerca de cuidados em ocorrer ameaça de
um BLEVE.
• Os bombeiros e a brigada de incêndio não devem se expor, caso não exista risco às pessoas;
• Mesmo que propriedades estejam em risco, a equipe de emergência não deve se aproximar
dos tanques envolvidos em chamas;
• Explosões violentas podem ocorrer a qualquer momento (não existe tempo seguro);
• O risco de explosão continua até que todo o produto seja queimado ou removido;
• A ocorrência de BLEVE deve ser esperada a qualquer momento;

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• Não existe tempo seguro para produtos reativos ou instáveis, quando ocorre a incidência
direta de chama;
• Tanques podem ser danificados e o dispositivo de alívio de pressão falhar;
• Grandes partes dos tanques podem se projetar a grandes distâncias;
• Partes dos tanques podem se projetar sem direção definida;
• Bolas de fogo podem atingir as pessoas, equipamentos e construções;
• Nuvens de gás podem entrar em ignição violenta, causando graves queimaduras;
• Equipes de resgate aéreo proporcionam maior proteção contra os efeitos do fogo, mas não
contra fragmentos;
• Edificações não oferecem proteção contra fragmentos;
• Edificações podem oferecer proteção contra radiação térmica, mas sempre existirá o risco de
ignição dos materiais;
• A área do tanque, acima do nível do líquido (fase gasosa) tem prioridade de resfriamento.
Não é fácil identificar a fase do tanque sob aquecimento;
• Falta de visibilidade pode indicar a direção das chamas;
• Posicionamento das mangueiras de incêndio acarreta grande risco para os bombeiros;
• A decisão sobre a necessidade de abandonar o local torna-se difícil em função da
incapacidade de prever a ocorrência de explosão;
• O abandono do local pode ser dificultado devido ao pânico do público e o medo de saques.

OBSERVAÇÃO
✓ Não deve ser realizado nenhum trabalho que possa resultar em centelhas nos locais em que
exista a possibilidade da presença de gases ou vapores inflamáveis;
✓ O local para o qual as pessoas sejam deslocadas deve estar protegido dos riscos de projeção
de fragmento, choques de pressão e ondas de calor.

6.4 Ações nas Situações de Emergência

6.4.1 Emergência com Cilindros

Os especialistas em emergência química consideram um pequeno vazamento aquele


envolvendo um único recipiente com capacidade média de 200 litros, ou um vazamento pequeno de
um recipiente maior, que possa formar uma nuvem de até 15m de diâmetro.

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Por outro lado, um grande vazamento envolve a liberação de uma quantidade considerável de
produto proveniente de um único recipiente, ou diversos vazamentos de pequenos recipientes,
formando uma deposição de até 25m de diâmetro, assim, são apresentadas algumas ações
envolvendo emergência com cilindros de gases, podendo ser aplicadas para recipientes maiores,
dependendo do tamanho do vazamento.

6.4.1.1 Ações específicas com Gases ou Vapores Inflamáveis

• Afastar o cilindro de qualquer fonte de ignição e material oxidante;


• Sempre que possível, fechar imediatamente a válvula;
• Se o vazamento ocorrer em conexões sob pressão, não se devem usar ferramentas
que possam causar atrito;
• Evitar o contato com gás ou com qualquer ponto aquecido, nem acender chama;
• Se não for possível fechar a válvula, pode-se deixar o gás queimar e ir resfriando o
cilindro com água de um local protegido;
• Tentar desviar as chamas de outros cilindros ou materiais inflamáveis;
• Em caso de fogo, usar extintor de pó químico para combater o incêndio;
• Apagar as chamas somente se apresentar um risco potencial.

6.4.1.2 Cilindros de Gases Permanentes ou Liquefeitos Expostos ao Fogo

• Avisar os funcionários para abandonar o local;


• Chamar os bombeiros e fornecer informações sobre os riscos, conteúdo, quantidades
e localização dos cilindros;
• Se possível, retirar todos os cilindros que ainda não foram expostos às chamas;
• Resfriar intensamente os cilindros aquecidos, a partir de um local seguro até trinta
minutos após a extinção das chamas;
• Para saber se o cilindro permanece aquecido pode-se interromper o resfriamento e
observar a evaporação. Caso positivo, resfrie por mais trinta minutos;
• Isolar a área em um raio de cem metros devido ao risco de explosão do cilindro.

OBSERVAÇÃO

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Qualquer cilindro exposto a chama direta estará em uma condição de risco grave e iminente de
explosão. O tempo de ocorrência pode ser a partir de dois minutos.

6.4.2 Vazamento de Combustíveis

6.4.2.1 Pequenos Vazamentos

• Lavar a área com grande quantidade de água.

6.4.2.1 Grandes Vazamentos


• Isolar a área. Sinalizar o local. Afastar curiosos;
• Eliminar todas as fontes de ignição da área;
• Impedir a contaminação de fontes, lagos e rios por meio do uso de barreiras e dispositivos
que possam confinar o produto;
• Absorver com areia, terra ou outro material absorvente e recolher em embalagens
apropriadas para posterior destruição;
• Avisar imediatamente as autoridades locais (Bombeiros, Órgão Ambiental, Defesa Civil,
Polícia Rodoviária).

6.4.3 Incêndio (Fogo)

6.4.3.1 Pequenas Proporções

• Extinção por pó químico seco, gás carbônico, espuma mecânica ou água em forma de
neblina.
• Acionar a equipe de Brigada de Emergência para dar início ao combate e extinguir o incêndio.

6.4.3.2 Grandes Proporções

• Resfriar os tanques e os recipientes de armazenamento e instalações próximas com água em


forma de neblina ou outro sistema de combate a incêndio disponível;
• Acionar o Corpo de Bombeiros imediatamente.

6.4.3 Provocar Poluição

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• Impedir o escoamento do produto para rios, canais e poços.


• Avisar o Corpo de Bombeiros e Órgão de Proteção ao Meio Ambiente

6.4.4 Envolvimento de Pessoas

Iniciar os primeiros socorros básicos:


• Remover a vítima para um local arejado. Retirar as roupas contaminadas.
• Em caso de contato com os olhos se deve lavá-los com água em abundância, no mínimo por
15 minutos.
• Em caso de contato com a pele, lavar as partes atingidas com água e sabão.
• Em caso de ingestão: não provocar vômitos.
• Se o acidentado estiver inconsciente e não estiver respirando, praticar respiração artificial ou
oxigenação.
• Chamar um médico.
• Passar todas as informações disponíveis sobre o ocorrido no acidente e também com a
vítima ao médico ou equipe de atendimento (SAMU, Bombeiros).

6.5 Procedimentos para Emergência

Os procedimentos de emergência serão repassados pelos responsáveis pelo Plano de


Resposta a Emergências (PRE).
Este Plano irá descrever propostas de ações, que definem o que fazer em cada caso de
emergência.
O mesmo será desenvolvido conforme a necessidade e o sistema operacional da empresa.
Durante este treinamento poderão ser repassados simulados práticos em situações de
emergência, que podem ocorrer dentro da empresa.
A não ser que o responsável pela segurança no trabalho tenha determinado uma função
específica para um indivíduo, a função de todos é manter a calma e seguir as orientações do Líder
da Equipe de Atendimento a Emergências.
O ideal é sempre entrar em contato com a equipe de emergência da empresa para entender
os processos de fuga, caso seja necessário.

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7 CONHECIMENTOS E UTILIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE SEGURANÇA


CONTRA INCÊNDIO COM INFLAMÁVEIS
Para que uma empresa tenha profissionais preparados para situações de emergência com
inflamáveis e combustíveis, será necessário realizar uma complementação prática com orientações
que atendam aos seguintes procedimentos:

• Treinamento para uso dos extintores de incêndio para princípios de incêndio;


• Procedimentos para o uso do sistema de alarme de incêndio;
• Procedimentos para abandono de área em caso de emergência; e
• Procedimentos para informar a ocorrência de emergência ao setor responsável, incluindo
informações de pessoas que demandem primeiros socorros.

Para realizar o complemento prático do uso dos extintores, a empresa deve escolher um local
adequado para passar as recomendações a respeito dessa utilização. O local deve ser, de
preferência, arejado e com espaço suficiente para comportar todos os profissionais e os
procedimentos que estarão sendo realizados durante a complementação.
A empresa só terá um resultado satisfatório nesta complementação se utilizar os
conhecimentos passados durante o treinamento dos profissionais juntamente com as atividades
práticas. Sendo assim, o responsável por instruir a complementação deve começar relembrando as
formas de eliminação de incêndio, as classes de incêndio, instruções de uso e manuseio de
extintores, como: transporte, destravamento e acionamento, modo de aproximação e o combate ao
princípio de incêndio.
É necessário que o responsável confirme se os trabalhadores presentes sabem verificar as
instruções nas etiquetas dos extintores para saber a qual classe ele é mais recomendado, bem como
verificar a última manutenção e se ele está apto para uso. Conforme repassado no treinamento
online, os extintores devem passar por inspeções constantes, sendo assim, o responsável deve
indicar ao que os trabalhadores devem dar atenção durante as inspeções que serão ou que já foram
realizadas, o período em que ocorreram, o que foi verificado e como substituir o extintor caso seja
necessário.
Após isso, o responsável pela complementação deve indicar os procedimentos de manuseio
e utilização dos extintores, repassando as características de cada um, qual o lado correto para liberar
a substância do extintor, já que o vento pode atrapalhar a extinção do fogo, e como cuidar para que
não ocorram maiores acidentes com eles por meio da pressão extraída do extintor.

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Após repassar e relembrar as informações mais básicas, de todo o conhecimento que foi
adquirido no curso online, e sanar eventuais dúvidas, poderá ser feito uma simulação de princípio de
incêndio. Mas atenção, esta simulação só poderá ser feita se as condições e análise feita pelo
responsável apontar que não ocorrerão acidentes pelo próprio descuido ou dos demais, e que não
haverá mistura de substâncias que coloquem em risco os participantes, bem como resultados
inesperados.
É por esse motivo que esta complementação deve ser instruída por profissional com
proficiência, que pode ser tanto um funcionário capacitado da empresa, um técnico em segurança do
trabalho ou engenheiro de segurança. Quando não houver profissional com proficiência ou setor
responsável pela segurança do trabalho na empresa, a mesma poderá contratar um profissional de
fora da empresa, como por exemplo, um bombeiro, pois ele saberá o que pode ou não prejudicar os
funcionários diante das atividades práticas.
Cada trabalhador é testado conforme a maneira correta de se aproximar e de se afastar do
fogo, de extinguir o fogo e do manuseio dos extintores. Se for preciso, o responsável deve repassar
novamente cada informação, corrigindo o que pode ter sido feito de errado durante a simulação. Uma
atividade interessante seria mostrar na prática como um extintor de uma classe não tem tanta
eficácia ao extinguir um incêndio de outra, para que fique claro como é importante dar atenção às
substâncias utilizadas.

7.1 Plano de Resposta à Emergências

Conforme NR-20, deve ser elaborado e implementado um plano de resposta a emergências


que contemple ações específicas a serem adotadas na ocorrência de vazamentos ou
derramamentos de inflamáveis e líquidos combustíveis, incêndios ou explosões. O plano de resposta
a emergências das instalações classe I, II e III deve ser elaborado de acordo com normas técnicas
nacionais.
No entanto, se as normas estiverem ausentes ou omissas, deve-se utilizar normas
internacionais ou demais regulamentações pertinentes, mas sempre considerando as características
e a complexidade da instalação. Sendo assim, o plano de resposta a emergências deve conter, no
mínimo:

a) referência técnico-normativa utilizada;


b) nome e função do(s) responsável(eis) técnico(s) pela elaboração e revisão do plano;
c) estabelecimento dos possíveis cenários de emergências, com base nas análises de riscos;
d) procedimentos de resposta à emergência para cada cenário contemplado; e

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e) cronograma, metodologia e registros de realização de exercícios simulados.

Nos casos em que os resultados das análises de riscos indiquem a possibilidade de ocorrência
de um acidente cujas consequências ultrapassem os limites da instalação, deve ser incorporado no
plano de emergência ações que visem à proteção da comunidade circunvizinha, estabelecendo
mecanismos de:
• Comunicação;
• Alerta;
• Isolamento da área atingida; e
• Acionamento das autoridades públicas.

O plano de resposta a emergências deve ser avaliado após a realização de exercícios


simulados e/ou na ocorrência de situações reais, com o objetivo de testar a sua eficácia, detectar
possíveis falhas e proceder aos ajustes necessários. Os exercícios simulados devem ser realizados
durante o horário de trabalho, com periodicidade no mínimo anual, podendo ser reduzida em função
das falhas detectadas ou se assim recomendar a análise de riscos.
Os trabalhadores na empresa devem estar envolvidos nos exercícios simulados, que devem
retratar o mais fielmente possível a rotina de trabalho. Devem ser estabelecidos critérios para
avaliação dos resultados dos exercícios simulados. Os resultados obtidos no simulado de
emergência devem ser divulgados aos trabalhadores abrangidos no cenário da emergência. 1

A participação do trabalhador nas equipes de resposta a emergências é voluntária, com


exceção dos casos em que a natureza da sua função o determine a fazer parte da equipe. Sendo
assim, o plano de respostas a emergências deve conter também:

• Dicas sobre como detectar ameaças;


• Um sistema de comunicação para disseminar informações de forma
rápida e eficaz;
• Um plano para múltiplas rotas de evacuação; e
• Um ponto designado para o contato com as autoridades.

7.2 Simulados de Emergência

Os incêndios apresentam grande risco e, por isso, é importante não treinar somente os
profissionais para o combate, mas para instruir os demais funcionários a abandonar a área. A
simulação de um incêndio deve ser feita para testar os profissionais na complementação, o
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responsável deve indicar primeiramente onde estão os alarmes, como acioná-los e como realizar os
procedimentos de evacuação.
No geral, existem sinalizações pela maior parte de uma empresa indicando a rota de fuga.
Por isso, é muito importante, em caso de princípio de incêndio, seguir a rota indicada. Num incêndio,
algumas atitudes podem ser fundamentais para garantir a sua segurança e a de outras pessoas
durante a evacuação, tais como:

• Não usar elevadores;


• Molhar as roupas;
• Desligar equipamentos elétricos;
• Manter a calma;
• Evitar o pânico; e
• Em locais com fumaça ou deficiência de oxigênio, procurar ficar na
parte inferior (chão).

Estas simulações devem ser realizadas permanentemente durante todo o ano. Um setor da
empresa, um Técnico de Segurança ou o próprio Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, se houver, deve organizar a escala de
treinamentos como: datas, horários e locais e comunicar a todos. Esta simulação é realizada sempre
durante a jornada de trabalho como uma forma de fixar todos os ensinamentos, contexto e a
realidade vivenciada pelos trabalhadores. Sendo assim, os trabalhadores devem saber ao final da
complementação:

• Desenvolver procedimentos eficazes para uma evacuação dos locais de trabalho


com segurança;
• Conhecer os procedimentos a serem realizados por meio das placas ou sinais
luminosos;
• Manter a ordem e a segurança em caso de emergência;
• Praticar o uso de equipamentos anti incêndio; e
• Realizar a prevenção de princípios de incêndio.

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8 REFERÊNCIAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Segurança na Execução de Obras e Serviços
de Construção. NBR 7678/83, 112p

Artur Carlos da Silva Moreira. Coordenador. Pesquisadoras. Gracieli Scarpini; Janaina Clasen.
Proteções coletivas: modelo de dimensionamento de um sistema de guardacorpo. São Paulo:
Fundacentro, 2004.

BRASIL. MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL. (Ed.). Guia de orientações para elaboração


de exercícios simulados de preparação para os desastres / Centro Universitário de Estudos e
Pesquisas sobre Desastres. Florianópolis: Ceped, 2011. Disponível em:
<http://www.defesacivil.mg.gov.br/conteudo/arquivos/manuais/Guia-para-Simulados.pdf>. Acesso
em: 03 dez. 2015.

CASCAES, Sergio Marcos. Noções Básicas Segurança de Processo. São Paulo: 2013. 27 slides,
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<http://www.fundacentro.gov.br/Arquivos/sis/EventoPortal/AnexoPalestraEvento/Noções Básicas
SEPRO_Cascaes rev.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2015.

CATIAI, Rodrigo Eduardo, et al: A segurança a favor da saúde dos trabalhadores envolvidos
com agentes químicos dentro das indústrias.http://www.higieneocupacional.com.br/downloads-
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CETESB Cidade do México. 2015. Disponível em: <http://riscotecnologico.cetesb.sp.gov.br/grandes-


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COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. P4.261: Risco de Acidente de Origem


Tecnológica - Método para decisão e termos de referência. 2 ed. São Paulo: Cetesb, 2014. 140
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Departamento de Risk Engineering da Zurich Brasil Seguros SA. Nuvem de Vapor


Inflamável: Prevenção, Detecção e Mitigação. 2012. Disponível em:
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DINIZ, Flávio et al. Apostila Análise Risco: Módulo 5: Modelos de Avaliação de Consequência
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HADDAD Edson. CETESB. BLEVE. 2013. São Paulo Disponível em:


<http://emergenciasquimicas.cetesb.sp.gov.br/wp-content/uploads/sites/53/2013/12/bleve.pdf>.
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