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HERMENÊUTICA

PARTE 3

PROF. ALMIR LIMA ANDRADE


HTTP://LATTES.CNPQ.BR/1345907416975229
PROBLEMAS CONTROVERSOS NA HERMENEUTICA
CONTEMPORÂNEA
Outras controvérsias...
• Dupla autoria → humana e divina (posição ortodoxa)
• Questões: a) Que significado tinha em mente o autor humano?
b) Que significado tencionava dar o autor divino? c) O
significado pretendido pelo autor divino excederia o autor
humano?
• Não existiria um sentido mais pleno? Se sim, isso não limitaria a
inspiração?
PROBLEMAS CONTROVERSOS NA HERMENEUTICA
CONTEMPORÂNEA
Outras controvérsias...
• Diferentes interpretações → Literal, figurativa, e simbólica
• a) Literal – o texto diz o que quer dizer e ponto. Uma coroa é uma coroa
• b) Figurativo – uso de figuras de linguagem como: metáforas, alegorias, entre
outras. Um coroa pode ser um homem mais velho
• c) Simbólico – As palavras como símbolos que são expressão um
determinado sentido.
“Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma
coroa de doze estrelas na cabeça,” (Ap.12,1 )
PROBLEMAS CONTROVERSOS NA HERMENEUTICA
CONTEMPORÂNEA
Outras controvérsias...
• A questão da Inerrância
• a) Conservadores – a Bíblia é totalmente sem erros;
• b) Os Ditos liberais (heterodoxos) – a Bíblia é sem erro quando
se refere a salvação
“A Bíblia não erra para o que ela se propõe, a questão então deve
ser entender qual o propósito da Escritura”
PROBLEMAS CONTROVERSOS NA HERMENEUTICA
CONTEMPORÂNEA
“Quando afirmamos que a palavra de Deus não contém erro,
devemos entender esta declaração do mesmo modo que
entenderíamos a declaração de que um relatório ou uma análise
especial são exatos e sem erro. É importante distinguir níveis de
precisão intencional.” (Vikler, 2001, p.31)
• Pesquisas estatísticas não são baseadas na totalidade e sim em uma
amostra significativa
HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

“Uma visão geral histórica dessas práticas capacitar-nos-á a vencer a


tentação de crer que nosso sistema de interpretação é o único que
já existiu. Um entendimento dos pressupostos de outros métodos
proporciona uma perspectiva mais equilibrada e uma capacidade
para um diálogo mais significativo com os que crêem de modo
diferente” além disso, “[...] aquele que não aprende a lição da
história está fadado a repeti-la”
(VIRKLER, 2001, p.35-36)
HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

Períodos de interpretação bíblica:


1. Exegese Judaica Antiga
2. Uso do Antigo Testamento pelo Novo Testamento
3. Exegese Patrística
4. Exegese Medieval
5. Exegese da Reforma
6. Exegese da Pós-Reforma
7. Hermenêutica Moderna
HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

Períodos de interpretação bíblica:


1. Exegese Judaica Antiga
O inicio dessa interpretação remonta aos tempos de Esdras (Ne
8,8). Provavelmente traduzido e lido em aramaico para o recém
chegados do exílio Persa. Em seguida surgem os escribas que
transcrevem os textos antigos e compõem novos (Hist. Crônista)
HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

Períodos de interpretação bíblica:


1. Exegese Judaica Antiga
Como intérpretes os rabinos que se seguiram pressupunham ser Deus o autor
da Escritura e por isso:
a) O intérprete poderia esperar numerosos significados em determinado
texto
b) Cada detalhe incidental do texto possuía significado, por isso sustentavam
que toda repetição, figura de linguagem, paralelismo, sinônimo, palavra, letra
e até as formas das letras tinham significados ocultos. Tal “letrismo”
normalmente conduzia às especulações para além da interpretação.
HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

Períodos de interpretação bíblica:


1. Exegese Judaica Antiga
No primeiro século quatro principais tipos se destacavam:
a) Literal – como era conhecido de todos e sobre ele não havia disputas não foi
registrado
b) Midráshica – tem no rabi Hillel um dos seus principais nomes. Tal interpretação é
baseada na comparação de ideias, palavras e frase encontradas em mais de um
texto, na relação de princípios gerais com situações particulares, e na importância
do contexto na interpretação Gradativamente significados foram dados a textos
e palavras pela combinação de textos distintos, se eles possuíssem a mesma
palavra ainda que não se relacionassem eram levados em conta na interpretação.
HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

Períodos de interpretação bíblica:


1. Exegese Judaica Antiga
Exemplo da exegese Midráshica
“Obtemos as explicações reduzindo as letras de uma palavra a seu valor
numérico, e substituindo-a por outra palavra ou frase de mesmo valor.
Assim, por exemplo, a soma das letras do nome Eliezer, servo de Abraão, é
equivalente a 318, o número de seus homens capazes (Gn 14,14), e, por
conseguinte, mostra que Eliezer sozinho tinha o valor de um exército.”
(VIKLER, 2001, p.37-38)
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Períodos de interpretação bíblica:


1. Exegese Judaica Antiga
c) Pesher – presente na comunidade de Qumran, derivada do tipo midráshico
de interpretação incluía os aspectos escatológico em sua hermenêutica. “A
comunidade acreditava que tudo quanto os antigos profetas escreveram
tinha um significado velado que deveria ser cumprido por intermédio de
sua comunidade [...] Deus havia revelado mediante o Mestre da Justiça o
significado das profecias outrora envoltas em mistério” . Usavam muito a
expressão, “este é aquela”, indicando neles o cumprimento das profecias
(Jesus e Qumran)
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Períodos de interpretação bíblica:


1. Exegese Judaica Antiga
d) Alegórica – baseava-se que o verdadeiro sentido jaz sob o significado
literal das Escrituras. Desenvolvido pelos gregos para conciliar o mito
com a herança filosófica, sendo assim o texto não deve ser entendido
literalmente antes seu significado repousava sob um sentido mais
profundo. Os primeiros cristãos que eram tradicionalmente judeus e
adotavam a filosofia grega, alegorizavam a tradição mosaica.
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Períodos de interpretação bíblica:


1. Exegese Judaica Antiga
d) Alegórica – Um judeu converso ao cristianismo, Filão (c 20 a.C – 50
d.C), acreditava que o significado literal da Escritura representava um
nível imaturo de compreensão. Deveria ser usada a alegoria 1) se o
significado literal dissesse algo indigno de Deus, 2) se a declaração for
contraditória a outra declaração, 3) se o registro a firma ser alegoria,
4) se as expressões são dúplices, 5) se há presença de símbolos
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Períodos de interpretação bíblica:


2. Uso do Antigo Testamento pelo Novo Testamento –
10 % do NT constituem-se citações diretas, de paráfrases do AT ou de
alusões a ele. Dos trinta e nove livros do AT, apenas nove não são
expressamente mencionados no NT.
Importante salientar que tanto Jesus como os apóstolos entendem os
relatos do AT como registro da História trazendo o texto e
reinterpretando ao estilo Pesher (Mt 7,28-29), além de corrigir
interpretações até então utilizadas (Mt 27,9-10)
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Períodos de interpretação bíblica:


3. Exegese Patrística (100-600 d.C)
Independente da interpretação feita pelos apóstolos, nos anos que se
seguiram a interpretação alegórica. Neste método muitas especulações
são trazidas ao texto, abandonando o sentido primeiro do autor. Alguns
exegetas como Clemente de Alexandria (c.150- c.2150), acreditavam que
as Escrituras ocultavam seu verdadeiro significado, afim de que os mesmo
fossem inquiridos além do que, não era bom que todos a entendessem.
A seguir uma exegese de Gn22, 1-4, feita por Clemente.
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Períodos de interpretação bíblica:


3. Exegese Patrística (100-600 d.C)
“Quando, no terceiro dia, Abraão chegou ao lugar que Deus lhe havia indicado, erguendo os
olhos, viu o lugar à distância. O primeiro dia é aquele constituído pela visão de coisas boas; o
segundo é o melhor desejo da alma; no terceiro a mente percebe coisas espirituais, sendo os
olhos do entendimento aberto pelo Mestre que ressuscitou no terceiro dia. Os três dias
podem ser o mistério do selo (batismo) no qual cremos realmente em Deus. É, por
consequência, à distância que ele percebe o lugar. Porque o reino de Deus é difícil de atingir, o
qual Platão chama de Reino de ideias, havendo aprendido de Moisés que se tratava de um lugar
que continha todas as coisas universalmente. Mas Abraão corretamente o vê à distância, em
virtude de estar ele nos domínios da geração, e ele é imediatamente iniciado pelo anjo. Por esse
motivo diz o apóstolo:" porque agora veremos como em espelho, obscuramente, então
veremos face a face", mediante aquelas exclusivas aplicações puras e incorpóreas do intelecto.”
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Períodos de interpretação bíblica:


3. Exegese Patrística (100-600 d.C)
O sucessor de Clemente foi Origenes, ele cria ser a Escritura uma vasta
alegoria na qual cada detalhe é simbólico, e dava grande importância a
1Corintios 2,6-7 (“falamos a sabedoria de Deus em mistério).
Para Origenes, como o homem era constituído em três partes - corpo,
alma e espírito – da mesma forma a Escritura possuía três sentidos.
Literal (corpo), alma (moral) e o espírito (alegórico ou místico). Na
pratica sempre usava o sentido alegórico ou místico.
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3. Exegese Patrística (100-600 d.C)
Considerado um gênio de sua época Agostinho (354-430) Estabelece
diversas regras de interpretação. (Ver p.45)
Na pratica no entanto, renunciou a maioria deles e inclinou-se a uma
alegorização excessiva dos textos bíblicos, utilizando o texto de 2Cor 3,6
para justificar sua escolha. Para o bispo de Hipona a interpretação literal
mata, e a interpretação alegórica ou espiritual vivifica. Ele cria que a
Escritura tinha um sentido quadruplo: histórico, etiológico, analógico e
alegórico.
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Períodos de interpretação bíblica:


3. Exegese Patrística (100-600 d.C)
Já a Escola de Antioquia da Síria tentou evitar o “letrismo” dos judeus e o
alegorismo dos alexandrinos. Tinham como principal figura Teodoro de
Mopsuéstia e defendiam o princípio da interpretação Histórico-gramatical, isto
é, que o texto deve ser interpretado segundo as regras da gramática e os fatos
da história. Diferentes dos alegoristas, os antioquienses acreditavam que o
significado espiritual de um acontecimento histórico estava implícito no próprio
acontecimento.
Os princípios exegéticos da escola de Antioquia lançaram base para a
hermenêutica evangélica moderna.
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Períodos de interpretação bíblica:


4. Exegese Medieval (600-1500)
A Idade Media foi marcada pela ênfase da maior parte dos
estudantes da Bíblia em compilar as obras dos Pais da Igreja e
muitas outras obras filosóficas. Sendo assim, a interpretação foi
“amarrada” pela tradição e o método alegórico continuava a
destacar-se. O sentido quadruplo agostiniano era a norma para a
interpretação bíblica. (histórico, etiológico, analógico e alegórico.)
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Períodos de interpretação bíblica:


4. Exegese Medieval (600-1500)
Tais níveis de significação eram expressos da seguinte forma:
A letra mostra-nos o que o Deus de nossos pais fizeram
A alegoria mostra-nos onde está oculta a nossa fé
O significado moral dá-nos as regras da vida diária
A anagonia mostra-nos onde terminamos nossa luta.
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Períodos de interpretação bíblica:


4. Exegese Medieval (600-1500)
Como resultado algumas interpretações eram bem interessantes.
• Jerusalém, literalmente seria a cidade histórica
• Jerusalém, alegoricamente seria a Igreja de Cristo
• Jerusalém, moralmente indicaria a alma humana
• Jerusalém, analogicamente (escatolog.) apontaria para a Jerusalém
celestial
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Períodos de interpretação bíblica:


4. Exegese Medieval (600-1500)
• Retorno ao literalismo e surgimento da cabala
• Interpretação histórico-gramatical resgatada pelo judeus espanhóis
• Nicolau de Lyra (1270? – 1340?) e o retorno a interpretação
literal
• Influencia direta na teologia de Lutero
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Períodos de interpretação bíblica:


4. Exegese Medieval (600-1500)
No período da Renascença existiu uma ênfase no conhecimento das
línguas originais a fim de entender melhor a Bíblia. Erasmo de Roterdã
(Rotterdam) publica nesse período a primeira edição crítica do Novo
Testamento, seguido de Reuchlin que traduz uma gramática e um léxico
(dicionário) hebraico. Nesse período o sentido quadruplo da Escritura
sede lugar ao sentido único da mesma.
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Períodos de interpretação bíblica:


5. Exegese da Reforma
Lutero (1483-1546) acreditava que a fé e a iluminação do Espírito eram
requisitos indispensáveis ao intérprete da Bíblia, e que as Escrituras
deveriam ser vistas de maneira distinta das demais obras literárias. Para
Lutero as Escrituras deveriam determinar o ensino da Igreja e não o
contrário, logo a interpretação literal do texto associado a uma exegese
que levasse em conta o contexto histórico e gramatical substituiria
adequadamente a alegoria (“sujeira, escória, trapos imundos”).
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Períodos de interpretação bíblica:


5. Exegese da Reforma
O princípio “Solus Christus”, que surge a partir do abandono do
princípio alegórico, cristianizava o Antigo Testamento. Lutero via Cristo
em diversos lugares enfatizando a interpretação cristológica sobre o
texto bíblico como um todo.
Outro importante hermeneuta foi Calvino (1509-1564), ele concordava
com os princípios de Lutero e também acreditava que a iluminação
espiritual conduziria a interpretação das Escrituras. “A Escritura
interpreta a Escritura” esse era o lema de Calvino.
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Períodos de interpretação bíblica:


5. Exegese da Reforma
Calvino também afirmava: “A primeira tarefa de um intérprete é deixar
que o autor diga o que ele de fato diz, em vez de atribuir-lhe ao que
pensa que ele deva dizer”.
Nesse sentido ele não partilhava da opinião de Lutero de que Cristo
deve ser encontrado em toda parte da Escritura e por isso supera
Lutero em harmonizar as praticas exegéticas em suas teorias,.
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Períodos de interpretação bíblica:


6. Exegese da Pós-Reforma (1550-1800)
• Confessionalismo- nasce como uma reação ao Concilio de Trento
(1545-1563), surgem assim os credos adotados por distintas cidades
protestantes. A exegese nesse contexto torna-se vassala da dogmática o
que provocará reações. Uma delas foi o Pietismo que tinha como um
dos seus Philipp Jakob Spener autor do folheto Anseios Piedosos no qual
pede o fim de controvérsias inúteis e o retorno às boas obras.
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Períodos de interpretação bíblica:


6. Exegese da Pós-Reforma (1550-1800)
• O Pietismo fez significas contribuições para o estudo das Escrituras.
Inicialmente enfatizaram a interpretação histórico-gramatical mas foram
gradativamente a abandonando em prol de uma “luz interior” ou “uma
unção do Santo”, baseadas em impressões subjetivistas e reflexões
piedosas o que as vezes resultavam em interpretações contraditórias e
com pouca relação com o significado do autor.
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Períodos de interpretação bíblica:


6. Exegese da Pós-Reforma (1550-1800)
• O Racionalismo surge também nesse período e aceitava a razão
como única autoridade que determinava a vida. Gradativamente a
teologia torna-se racionalista, é nesse período que surge o empirismo
este afirmava que o conhecimento só poderia advir pelos cinco
sentidos e por isso a razão, e não a revelação deveria orientar tanto o
pensamento como as orações. A razão deveria ser a medida com a
qual a revelação deveria ser julgada. (o que considerar aceitável)
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Períodos de interpretação bíblica:


7. Hermenêutica Moderna (1800 em diante)
a. Liberalismo – surge no final do séc. XIX e utilizando-se do instrumental
racional, julgava quais partes da Escrituras deveriam ser aceitas como
verdadeiras. Diversos autores atribuíam gruas de inspiração a diferentes
partes da Bíblia. Para os liberais o conceito de inspiração deveria referir-se
à capacidade da Bíblia, ( produção humana) de inspirar a experiencia
religiosa. Algumas doutrinas como: depravação humana, o inferno,
nascimento virginal, passam a ser rejeitadas. A Bíblia era considerada como
registro da evolução da consciência religiosa de Israel (Darwin,Hagel)
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Períodos de interpretação bíblica:


7. Hermenêutica Moderna (1800 em diante)
b. Neo-ortodoxia – surge no séc. XX e representa uma posição
intermediária entre os pontos de vista liberais e ortodoxos. Ao
mesmo tempo rompe com o liberalismo e a ideia de que a Bíblia seja
fruto de uma evolução religiosa. Mas rejeita a infalibilidade e
inerrância típicas do linguajar ortodoxo. A escritura é vista como um
compendio de verdades teológicas e existenciais. Para esses teólogos
Deus não se revela em palavras, mas em acontecimentos.
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Períodos de interpretação bíblica:


7. Hermenêutica Moderna (1800 em diante)
c. “Nova Hermenêutica” – surge depois da Segunda Guerra mundial,
emerge da obra de Bultmann e é levada além por Ernst Fuchd e
Gerhard Ebeling. Trás princípios da neo-ortoxia mas afirmam que
Bultmann não foi longe o suficiente. Baseados em Heidegger, afirmam
que a hermenêutica não deve apenas formular princípios para que o
texto seja compreendido, é preciso libertar a linguagem já que esta é
apenas uma interpretação da realidade.

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