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Trabalho Pedagógico
Prof. Mônica Maria Baruffi
Prof. Vilisa Rudenco Gomes
2013
Copyright © UNIASSELVI 2013
Elaboração:
Prof. Prof.ª Mônica Maria Baruffi
Prof.ª Vilisa Rudenco Gomes
370.733
B295o Baruffi, Mônica Maria
Organização do Trabalho Pedagógico/ Mônica Maria Baruffi,
Vilisa Rudenco Gomes. Indaial : Uniasselvi, 2013.
278 p. : il
ISBN 978-85-7830-829-2
Impresso por:
Apresentação
Caro(a) acadêmico(a), você está recebendo em suas mãos o caderno
de Organização do Trabalho Pedagógico, disciplina que possui grande
importância em sua formação acadêmica.
Receba este caderno com carinho, pois o mesmo foi construído com o
desejo de ver você, acadêmico(a), cada vez mais preparado(a) para alcançar
seus objetivos e transformar a sua realidade e a de muitos à sua volta. Perceba
que em qualquer área de atuação profissional é necessária uma visão aberta,
ser crítico, criativo e aberto às mudanças, para que estas sejam auxiliares em
nossa transformação.
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR ...................... 1
VII
RESUMO DO TÓPICO 2 .................................................................................................................... 76
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 77
VIII
4.1 O QUE É PROJETO DE ENSINO? ............................................................................................ 189
4.2 PROJETO DE PESQUISA ........................................................................................................... 190
4.3 PROJETO DE APRENDIZAGEM OU DE TRABALHO ........................................................ 190
5 PLANEJAMENTO SETORIAL ........................................................................................................ 195
5.1 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) 2001-2010 ..................................................... 199
5.2 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – PNE – (2010-2020) ............................................... 200
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 211
RESUMO DO TÓPICO 3 .................................................................................................................... 214
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 216
IX
X
UNIDADE 1
AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA
PRÁTICA ESCOLAR
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A Unidade 1 está dividida em três tópicos. No final de cada tópico você
encontrará atividades que possibilitarão o aprofundamento de conteúdos na
área, propiciando uma reflexão sobre o contexto histórico e social em que
foram inseridas as tendências pedagógicas.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a)! Estudar as tendências pedagógicas significa
compreender o processo histórico e social pelo qual passou uma determinada
sociedade. Dessa forma podemos dizer que as tendências pedagógicas foram
muito influenciadas pelo contexto político, econômico e ideológico de uma
determinada nação.
A escola cumpre funções que lhe são dadas pela sociedade. A sociedade,
por sua vez, é composta por classes sociais com interesses antagônicos, de
forma que o papel da escola não se reduz apenas ao pedagógico, estando
também implicado nos pressupostos teóricos metodológicos que fundamentam
3
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
4
TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
NOTA
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Teve início na Inglaterra no século XVIII e espalhou-se rapidamente por outros países,
intensificando-se no século XIX. Seu ponto forte foi a utilização da energia a vapor e o
surgimento das máquinas, o que permitiu a produção em grande escala das fábricas, trazendo
o trabalho assalariado e o desenvolvimento da sociedade industrial urbana. Dessa forma, a
indústria passou a ser a atividade econômica básica, em lugar do comércio, acarretando
um aumento da produção de bens de consumo industrializados. A produção industrial
trouxe a necessidade de encontrar mercados consumidores para esses bens e mercados
fornecedores de matéria-prima a baixo custo, forçando o rompimento do pacto colonial,
causando a independência das colônias e o livre comércio.
5
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
NOTA
REVOLUÇÃO AMERICANA
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
NOTA
REVOLUÇÃO FRANCESA
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
FIGURA 5 – ROUSSEAU
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
FIGURA 6 – PESTALOZZI
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
FIGURA 7 – HERBART
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
4 OS IDEAIS DA BURGUESIA
O lema da burguesia era: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. No
final do século XVIII, a população se encontrava sob o regime absolutista de
governo. O povo era uma classe composta por banqueiros, advogados, médicos,
comerciantes, funcionários públicos e camponeses (que perfaziam a maioria da
população) e estava revoltado com a soberania do monarca, com seus altos gastos,
altos impostos e a falta de abertura política.
15
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
NOTA
Na Europa do século XVIII tornou-se cada vez mais comum entre cientistas, escritores e
filósofos buscar respostas racionais para vários aspectos da sociedade, da natureza e do
universo. Esses pensadores queriam saber, por exemplo, por que os corpos se movem, qual
a composição da água, qual a melhor forma de governo, por que existem desigualdades
sociais e muitas outras coisas.
Essas respostas não poderiam mais ser dadas pela Bíblia. Tudo que havia sido considerado
verdade no passado agora deveria ser questionado e examinado com cuidado, até que sua
veracidade fosse confirmada ou desmentida. As respostas deveriam trazer uma explicação
racional. Para os iluministas, as pessoas deveriam aprender a pensar por si mesmas.
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
• Tradicional.
• Renovada progressivista.
• Tecnicista.
E a Pedagogia Pogressivista que se opôs a essa corrente está dividida em:
• Libertadora.
• Libertária.
Vamos agora compreender por que cada uma delas foi eleita por
determinada época e sociedade.
18
TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
Porém, a escola tradicional não conseguiu fazer com que todos que
ingressavam nela fossem bem-sucedidos, e ainda teve que curvar-se ao fato de
que nem todos os bem-sucedidos se ajustavam ao tipo de sociedade que se queria
consolidar (SAVIANI, 1997). Começaram então a se avolumar críticas a essa teoria
e a escola passa a ser chamada de escola tradicional.
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
NOTA
Os jesuítas permaneceram 210 anos no Brasil. Sua vinda foi uma reação da Igreja
Católica às reformas protestantes. Sua preocupação era não perder fiéis e controlar a educação
dos países católicos, adquirindo novos fiéis. O objetivo principal dessa contrarreforma era
a educação de líderes. Partindo dessa preocupação, a Igreja Católica também criou várias
ordens religiosas, entre elas a Companhia de Jesus, fundada em 1534, pelo padre espanhol
Inácio de Loyola.
Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil por volta de 1549, procurando converter o maior
número de nativos à fé cristã. Converter os índios ao cristianismo não era a única preocupação
dos jesuítas, eles também queriam educar os filhos dos colonos, visando à formação de
novos missionários.
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
Para Libâneo (2008), nos anos finais do império desponta uma tomada
de consciência sobre as relações entre a educação e o desenvolvimento nacional.
Vários projetos e pareceres são propostos em virtude da situação do ensino no
Brasil. Tais pareceres estavam impregnados de ideias trazidas de países europeus
e dos Estados Unidos, inspiradas em autores como Herbart, Pestalozzi e Comte.
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
Para Libâneo (2008), a Educação nova acentua-se nos anos 20, postulando
novos objetivos, novos programas e métodos a partir de influências de movimentos
sociais e políticos e do desenvolvimento da biologia, psicologia e sociologia. Suas
bases teóricas têm como suporte uma concepção científica da educação, em que
princípios e leis do processo educativo devem subordinar-se às exigências da
verificação experimental dos fatos.
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
Inicialmente, projeto era uma tarefa manual que a criança realizava fora
da escola: semear, cultivar e colher cerais, criar animais etc. Com Kilpatrick
esse termo adquire um sentido mais amplo. Como método didático, passou
a significar uma atividade intencional, que consiste em fazer algo em um
ambiente natural, integrando e globalizando todo o estudo com base nessa
atividade. Construir uma casinha de coelhos, por exemplo, pode ser uma
oportunidade para a aprendizagem de geometria, desenho, cálculo, história
natural, ciências, estudos sociais etc.
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
NOTA
POSITIVISMO
O positivismo, que teve Augusto Comte como um de seus principais representantes, tinha
enquanto proposta a objetividade, a infalibilidade e a exatidão da ciência. Com critérios
rígidos, determinava que toda a afirmação científica deveria estar ancorada na observação
dos fatos e em resultados empíricos.
FIGURA 23 – AUGUSTO COMTE
NOTA
FIGURA 24 – SKINNER
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
NOTA
POPULISMO
Foi um movimento político surgido na América Latina, que viveu no início do século XX uma
onda nacionalista que alcançou pessoas de todas as camadas sociais. Essa tendência iniciou
no México e se espalhou pelo restante do continente. Para os militares, os governos populistas
seriam uma porta de entrada para a desordem, subversão, com entradas de ideologias nocivas
à nação.
Um governo populista é o tipo de governo em que o presidente é adorado pelo seu carisma e
pelas suas ações governamentais. O líder populista é adorado principalmente pela população
de baixa renda. A principal característica dos governos populistas era a expansão da indústria e
da economia capitalista.
Os populistas criticavam as antigas elites oligárquicas, os partidos políticos e a influência norte-
americana no continente. Dirigiam-se diretamente à população sem depender da mediação
dos partidos, procuravam conquistar a lealdade das camadas populares, manipulando-as
como forma de evitar que elas se rebelassem.
Com relação às artes, na segunda metade do século XX, muitos modernistas passaram a exaltar
as raízes nacionais e os tipos formados de nossa nacionalidade, sobretudo o negro e o índio.
O carnaval e a música popular se tornaram símbolos da cultura nacional aqui e no exterior.
FONTE: Adaptado de: <http://www.espacoacademico.com.br/039/39cboito.htm>. Acesso
em: 17 out. 2013.
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
11 PEDAGOGIA PROGRESSISTA
Você vai conhecer agora as tendências pedagógicas que se debruçaram
sobre as diferentes realidades sociais, fazendo uma análise crítica dessas
realidades e refletindo sobre as finalidades sociopolíticas da educação.
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
FONTE: As autoras
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
Para combater seu sistema educativo, ela propôs quatro diretrizes: educação
“de base científica e racional”, no sentido de “retirar da criança interpretações
místicas ou sobrenaturais”, dicotomia entre instrução e educação, sendo que a
educação deveria compreender, de um lado, “a formação da inteligência” e, de
outro, a preparação de um ser moral e fisicamente equilibrado. A educação moral,
menos teórica do que a prática, deveria resultar do exemplo e da lei natural da
solidariedade, adaptação do ensino ao nível psicológico (GHIRALDELLI, 1992).
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TÓPICO 1 | PROCESSO HISTÓRICO E SOCIAL DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
NOTA
Para saber mais do trabalho desenvolvido por Celestin Freinet, sugerimos a leitura
do artigo publicado no site da revista Nova Escola, escrito por Marcio Ferrari. Acesse: <http://
revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/mestre-trabalho-bom-senso-423309.
shtml>.
E para conhecer o trabalho do estudioso Mauricio Tragtenberg, sugerimos a leitura do artigo
publicado na revista eletrônica Espaço Acadêmico - n° 32, de janeiro de 2004. Acesse:
<http://www.espacoacademico.com.br/032/32pc_tragtenberg.htm>.
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
NOTA
Para saber mais sobre a obra do psicólogo Lev Vygotsky, acesse o site da revista
Nova Escola e leia o artigo de Marcio Ferrari <http://revistaescola.abril.com.br/historia/
pratica-pedagogica/lev-vygotsky-teorico-423354.shtml>. Boa Leitura! E também ao final
desta unidade, no Tópico 3, abordaremos de forma mais ampla este pensador.
56
RESUMO DO TÓPICO 1
• A Pedagogia da escola burguesa seguiu a tendência liberal, que é composta
pelas seguintes correntes: Tradicional; Renovada Progressivista; Renovada não
Diretiva e Tecnicista. A Pedagogia progressista se opôs a essas correntes e se
dividiu em: Libertadora, Libertária e Crítico-social dos Conteúdos.
57
• Tendência Crítico-social dos Conteúdos: esta corrente utiliza-se do princípio
da aprendizagem significativa e tem como passo inicial verificar aquilo que
o aluno já sabe. Os conteúdos de ensino são reavaliados face às realidades
sociais. Porém, não basta que os conteúdos sejam apenas ensinados, é preciso
que se liguem, de forma indissociável, à sua significação humana e social. O
saber passa por uma reavaliação crítica frente a esse conteúdo. Nesse sentido,
os conteúdos se ligam com a experiência concreta do aluno.
58
AUTOATIVIDADE
Desejo de
Educação
Tendência Preocupação O foco está Adequação
O professor centrada
Liberal com a no processo. pessoal e Carl Rogers,
desenvolve no aluno, o
Renovadora adequação O conteúdo autorrealização. "Sumermerhill"
estilo próprio professor é um
não diretiva psicológica. é secundário. Aprender escola de A.
para auxiliar especialista
(Escola Procura formar Ênfase na é mudar as Neill.
os alunos. em relações
Nova). atitudes. pesquisa. próprias
humanas.
percepções.
Criar sujeitos
competentes
ensinando Aplicação
Baseados em Papel do O ensino é um
habilidades, sistemática Leis nº 5.540/68
Tendência princípios professor é bem processo de
atitudes e de princípios e nº 5.692/71.
Liberal científicos e definido, sendo o condicionamento,
conhecimentos científicos. Acordo MEC/
Tecnicista. observáveis e elo entre o aluno cujo enfoque é
para que se Exercícios de USAID.
mensuráveis. e a ciência. diretivo.
integrem na fixação.
máquina do
sistema social.
Atuação não O sujeito
formal, críca, do ato de A motivação
Temas
questiona a conhecer A relação se dá a partir
Tendência geradores
realação do encontra-se se dá pelo da situação
Progressista extraídos das Paulo Freire.
homem com mediatizado diálogo, pela problemas,
Libertadora. vivências dos
a natureza e pelo objeto amorosidade. analisando-a
alunos.
com os outros a ser criticamente.
homens. conhecido.
A base é A ênfase está na
Ao professor
As matérias a vivência aprendizagem
Transformação cabe a fução de C. Freinet
Tendência são colocadas à grupal, os informal, que
do aluno conselheiro ou Miguel
Progressista disposição dos alunos têm deve favorecer o
num sentido monitor, não Gonzales
Libertária. alunos, mas não liberdade de desenvolvimento
autogestionário. qualquer forma Arroyo.
são exigidas. trabalhar ou das pessoas
de autoridade.
não. livres.
59
Os métodos
da pedagogia
crítico-
social dos
A função da
conteúdos
escola é de
não partem
preparar o
de um saber O professor tem
aluno para
Tendência artificial, papel mediador
o mundo Makarenko
Progressista depositado quando faz a
por meio da Os conteúdos O aluno sai da B. Charlot
"crítico a partir de ligação entre o
aquisição de ligam-se com visão caótica Suchodoski
social dos fora, nem conhecimento
conteúdos e da a experiência do todo rumo à Manacorda
conteúdos do saber sistematizado
socialização, concreta do síntese a partir G. Snyders
ou espontâneo, e aquele
para uma aluno. da mediação. Demerval
histórico- mas de uma que o aluno
participação Saviani.
crítica". relação desenvolve em
organizada
direta com a seu cotidiano.
e ativa na
experiência
democratização
do aluno,
da sociedade.
confrontada
com o saber
trazido de
fora.
60
UNIDADE 1
TÓPICO 2
MÉTODO DIALÉTICO
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico inicialmente apresentaremos a você o conceito de dialética,
posteriormente passamos a conhecer a Metodologia da Mediação Dialética, uma
proposição metodológica que operacionaliza o método dialético e a concepção de
mundo que este informa.
2 COMPREENDENDO A DIALÉTICA
A dialética tem seu berço na Grécia Antiga, preconizada por Sócrates,
Platão e Aristóteles. Porém, foi, sobretudo, com Hegel que os traços essenciais
da dialética foram formados. Hegel atribuía a realidade ao produto do
pensamento humano.
61
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
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TÓPICO 2 | MÉTODO DIALÉTICO
NOTA
FONTE: Adaptado de: Berbéchkina, Zérkine e Jakovlena (apud SCALCON, 2002, p. 107-108)
Hegel foi o mais importante filósofo do idealismo alemão pós-kantiano e um dos autores
que mais influenciou o pensamento de sua época e o desenvolvimento posterior da filosofia.
Pode-se considerar a filosofia de Hegel como o último grande sistema da tradição clássica.
Seu pensamento, extremamente complexo, desenvolveu-se na tradição do idealismo alemão,
devendo ser compreendido, sobretudo, como uma ruptura com a filosofia transcendental
kantiana.
A filosofia de Hegel é dialética, porém esta não deve ser vista aí como um método, mas como
uma concepção do real mesmo, a contradição constituindo a essência das próprias coisas:
"todas as coisas são contraditórias em si". Segundo Hegel, portanto, em suas lições sobre a
história da filosofia (1819-1828), os grandes sistemas filosóficos do passado não devem ser
vistos como um conflito em si, mas como antecipando, de alguma forma, uma parcela da
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UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
verdade sobre o real. O seu sistema representaria assim o fim da filosofia, a superação da
oposição entre os diferentes sistemas e a síntese das verdades que todos contêm, resultado
de sua análise das etapas do desenvolvimento do espírito.
64
TÓPICO 2 | MÉTODO DIALÉTICO
A dialética, no entanto, é uma lógica que nos fornece uma base para
compreendermos o mundo. Como você bem sabe, não conseguimos compreender
o mundo sem o uso de uma lógica.
65
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
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TÓPICO 2 | MÉTODO DIALÉTICO
questionamento lógico em torno dos objetos das ciências naturais, de forma que
apenas os objetos tipicamente históricos é que podem ser tratados dialeticamente.
3 O MÉTODO DIALÉTICO
Numa concepção dialética de educação, o componente das classes sociais
é fundamental, pois definida como práxis social, a educação é ao mesmo tempo
reflexo e perspectiva de sua época. Apresenta no seu interior a característica
determinante da mediação.
• MOVIMENTO
• TOTALIDADE
• CONTRADIÇÃO
• SUPERAÇÃO
• MEDIAÇÃO
Síncrese: a visão caótica do todo; uma visão superficial que parte do real
aparente; a visão empírica dos fatos ou do objeto.
Para Saviani (1997), este método constitui uma orientação segura tanto
para o processo de descoberta de novos conhecimentos, como a produção
de pesquisas, como também para o processo de transmissão-assimilação de
conhecimentos (o método de ensino). Ele nos orienta em cinco passos.
68
TÓPICO 2 | MÉTODO DIALÉTICO
69
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
Cabe esclarecer que o imediato não é inferior, menor ou mais pobre que o
mediato, não sendo o mediato superior a este ou mesmo melhor ou mais rico, eles
apenas se encontram em estados distintos e opostos (não antagônicos).
Cabe ao professor fazer com que superem o plano imediato, tendo acesso
aos saberes historicamente acumulados. Lembrando que esses saberes são
opostos, mas não antagônicos, pois se explicam e se complementam mutuamente.
FIGURA 34 – MEDIAÇÃO
71
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
72
TÓPICO 2 | MÉTODO DIALÉTICO
• Diálogo.
• Troca de experiência.
• Orientação na carência e dificuldades técnicas.
• Propor situações-problemas e desafios.
• Incentivar reflexões.
• Criar intercâmbio entre aprendizagem e sociedade.
• Colocar o aprendiz frente a frente com questões éticas, sociais, profissionais,
por vezes conflitivas, colaborar para o desenvolvimento do senso crítico.
• Ter claro que nem todos aprendem do mesmo modo.
73
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
atitudes e habilidades, que são elementos necessários para que cada indivíduo forme
sua humanidade. Isso se dá na forma de uma segunda natureza, que se produz,
deliberada e intencionalmente, por meio das relações pedagógicas (SAVIANI, 1997).
74
TÓPICO 2 | MÉTODO DIALÉTICO
NOTA
Saviani (1997) usa o termo farsa em alusão à Escola Nova, que nada mais foi do
que o estabelecimento da hegemonia da classe dominante. Não foi uma escola democrática.
Porém, não se faz efetivamente uma revolução sem uma postura crítica.
Uma postura realmente crítica só pode ser realizada do ponto de vista dos
dominados (SAVIANI, 1991). Vejamos como o autor coloca a questão:
75
RESUMO DO TÓPICO 2
• A compreensão dialética da totalidade significa que as partes se encontram em
relação de interna interação e conexão entre si e com o todo. A relação dialética
é composta da tese, do contrário dela e da aproximação de ambas. A síntese é
a superação da tese e da antítese.
• O Método Dialético está comprometido com a práxis crítica que trabalha com
as contradições entre ponto de partida e o de chegada, considerando o ponto
de chegada como um novo ponto de partida.
76
AUTOATIVIDADE
77
78
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a)! Aprofundamo-nos agora no surgimento da
Pedagogia Histórico-crítica e seus determinantes marxistas, sua relação com
as classes sociais e com o processo histórico, compreendendo a valorização
desta teoria aos processos de produção e não apenas ao produto, bem como as
tendências de sua transformação.
2 A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA
A Pedagogia Histórico-crítica está situada no quadro das tendências
críticas da educação brasileira, sendo desenvolvida desde 1984 por Dermeval
Saviani.
79
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
NOTA
NOTA
80
TÓPICO 3 | A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E O TRABALHO PEDAGÓGICO DO EDUCADOR
NOTA
Por volta dos anos 80, foi forte entre os educadores progressistas a influência
do Marxismo em suas várias interpretações, uma vez que nem as teorias da
Escola Liberal e nem mesmo as teorias Crítico-reprodutivistas contribuíram para
a análise dos vínculos da Educação, especialmente na luta contra a seletividade,
contra a discriminação e o rebaixamento do ensino das camadas populares.
81
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
NOTA
TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVISTAS
Boa parte dos professores intuía que essa conclusão não podia prevalecer, acreditando que
a educação não precisa ser necessariamente reprodutora e poderia, sim, estar adequada aos
interesses da maioria, aquele grande contingente explorado pela classe dominante.
82
TÓPICO 3 | A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E O TRABALHO PEDAGÓGICO DO EDUCADOR
método dialético proposto por Saviani é então aquele capaz de fazer o aluno ler
criticamente a prática social em que vive e a partir daí é que poderão ser tomados
os conteúdos como instrumentos culturais necessários à apropriação do saber.
83
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
84
TÓPICO 3 | A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E O TRABALHO PEDAGÓGICO DO EDUCADOR
Dessa forma, para o autor, o homem se diferencia de outros animais pela sua
capacidade de transformar a natureza, através do trabalho, por meio de instrumentos
criados e aperfeiçoados por ele ao longo do desenvolvimento humano.
Por exemplo, ao aprender a utilizar um objeto, que foi criado pelas gerações
anteriores, ele está se apropriando das operações motoras contidas neste objeto.
Isso faz com que a ele se incorporem novas aptidões de funções superiores, como
o pensamento, a atenção, a memória etc.
85
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
NOTA
86
TÓPICO 3 | A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E O TRABALHO PEDAGÓGICO DO EDUCADOR
Esta nova compreensão aponta para uma nova relação entre aprendizagem
e desenvolvimento. Piaget (1973) considerava que a criança precisava primeiro se
desenvolver, e só assim, depois ela começaria a aprender. Para este autor, o homem
é como os demais seres vivos, que ao nascer já trazem na carga genética toda sua
formação, assim se desenvolvem e se tornam representantes de sua espécie, ou
seja, o desenvolvimento humano estaria garantido pela carga biológica.
87
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
NOTA
Dessa forma, Vygotsky conclui que o bom ensino não é aquele que
incide sobre o que a criança já sabe ou é capaz de fazer, mas sim, aquele que a
desafia para o que ela ainda não sabe ou ainda não é capaz de fazer sem a ajuda
dos outros.
FONTE: Adaptado de: <http://www.proposicoes.fe.unicamp.br/~proposicoes/textos/28-artigos-
mellosa.pdf>. Acesso em:
88
TÓPICO 3 | A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E O TRABALHO PEDAGÓGICO DO EDUCADOR
Outros conceitos são os conceitos científicos, que são adquiridos por meio do
ensino, que é parte de um sistema organizado de conhecimentos de instrução escolar.
Segundo Oliveira (1997), o desenvolvimento dos conceitos espontâneos da criança é
ascendente, enquanto o desenvolvimento de seus conceitos científicos é descendente,
e embora se desenvolvam em direção oposta, estão intimamente relacionados.
• MOVIMENTO
• TOTALIDADE
• CONTRADIÇÃO
• SUPERAÇÃO
• MEDIAÇÃO
89
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
90
TÓPICO 3 | A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E O TRABALHO PEDAGÓGICO DO EDUCADOR
91
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
92
TÓPICO 3 | A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E O TRABALHO PEDAGÓGICO DO EDUCADOR
AULA DE CIÊNCIAS
93
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
LEITURA COMPLEMENTAR
RESUMO:
1 INTRODUÇÃO
94
TÓPICO 3 | A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E O TRABALHO PEDAGÓGICO DO EDUCADOR
95
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
96
TÓPICO 3 | A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E O TRABALHO PEDAGÓGICO DO EDUCADOR
Então, o que vem a ser essa nova visão sobre educação? Em que base teórica
o estudioso se firma? Saviani (2008, p. 88) usa a expressão pedagogia histórico-
crítica no empenho de “[...] compreender a questão educacional com base no
desenvolvimento histórico objetivo. Portanto, a concepção pressuposta nessa
visão da Pedagogia Histórico-Crítica é o materialismo histórico [...]”. O estudioso
busca superar as teorias não críticas e as crítico-reprodutivistas, pois ambas não
possuem o entendimento histórico sobre a educação, tampouco materialista.
Para essas concepções a educação é isolada dos fenômenos sociais e também dos
fenômenos históricos. Já a teoria crítica, que tem a Pedagogia Histórico-Crítica
como alicerce didático-metodológico sobre a educação, busca:
Desse modo, o educador que possui uma visão clara e sintética da realidade
busca entender e posicionar a visão sincrética que os educandos possuem acerca
da temática, para assim alavancar o percurso trilhado no entendimento que
compreende o conhecimento como uma produção humana, a partir dos modos
de produção social. Assim, podemos afirmar que:
98
TÓPICO 3 | A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E O TRABALHO PEDAGÓGICO DO EDUCADOR
Então, realizar este primeiro passo é ter em mente que os conteúdos são
produzidos e organizados pelos homens e expressos nas instituições sociais,
assim os estudantes não devem aprender apenas aquilo que aspiram, entretanto
devem tomar posse do que é socialmente imprescindível para os cidadãos de
hoje. Seguindo o caminho das pedras, temos a problematização como passo
seguinte, a qual “[...] é o fio condutor de todo o processo de ensino-aprendizagem
[...]”. (GASPARIN, 2007, 49). É agora que se inicia o trabalho com o conteúdo
sistematizado, pois ele é entendido como uma construção histórica, não natural;
ele serve para responder às necessidades humanas.
Em razão disso, podemos, com base nos estudos de Gasparin (2007, p. 35),
afirmar que “a problematização é um elemento-chave na transição entre a prática
e a teoria, isto é, entre o fazer cotidiano e a cultura elaborada. É o momento em
que se inicia o trabalho com o conteúdo sistematizado”. Esses conteúdos irão
responder às dificuldades postas pela prática social, por isso deve haver uma
seleção criteriosa acerca desses conteúdos que irão servir para mostrar a realidade.
Contudo, temos que ter em mente que a problematização
[...] não pode ser apenas uma estratégia pela qual um conjunto
de conteúdos pré-elaborados, dado ao professor, passaria por um
processo de seleção em função das questões relevantes para a prática
social. Haveria então um enlaçamento artificial entre os conteúdos
necessários em uma determinada cultura e aqueles pontos que
a prática social de um determinado grupo considera relevantes
(WACHOWICZ, 1989, p. 100 apud GASPARIN, 2007, p. 38).
99
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
100
TÓPICO 3 | A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E O TRABALHO PEDAGÓGICO DO EDUCADOR
É em razão disso que esta fase viabiliza aos aprendentes agir de forma
autônoma e criativa. Buscando realizar operações mentais e/ou materiais com
suas próprias “pernas”, progredindo do nível de desenvolvimento potencial para
o nível de desenvolvimento real, pontos essenciais defendidos por Vygotsky nos
seus estudos sobre a aquisição da aprendizagem pelo ser humano.
CONCLUSÃO
101
UNIDADE 1 | AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
REFERÊNCIAS
DEMO, Pedro. Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Porto Alegre:
Mediação, 2004.
102
RESUMO DO TÓPICO 3
Caro(a) acadêmico(a), neste tópico você viu que:
• O método dialético proposto por Saviani é então aquele capaz de fazer o aluno
ler criticamente a prática social em que vive e a partir daí é que poderão ser
tomados os conteúdos como instrumentos culturais necessários à apropriação
do saber.
103
• Segundo a Teoria Histórico-cultural, as concepções sobre desenvolvimento
humano no processo histórico partem da ideia de mediação. O acesso aos objetos
da cultura é mediado, que remete a processos de representação mental. Assim,
é a cultura que fornece ao indivíduo sistemas simbólicos de representação da
realidade e é por meio deles que os significados remetem a uma interpretação
do mundo real.
104
AUTOATIVIDADE
105
106
UNIDADE 2
PLANEJAMENTO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e no final de cada um deles você
encontrará atividades que o(a) ajudarão a fixar os conhecimentos adquiridos..
107
108
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 1 você obteve o conhecimento sobre as Tendências
Pedagógicas na Prática Escolar: o Método Dialético, a Pedagogia Histórico-crítica
e o Trabalho Pedagógico do Educador.
Bom estudo!
109
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
De acordo com Castro, Tucunduva e Arns (2008, p. 51), “este fato acontece
porque o planejamento só passou a ser bem definido a partir do século passado,
com a revolução comunista que construiu a União Soviética”.
110
TÓPICO 1 | O PLANEJAMENTO E SUAS DIVERSAS CONCEPÇÕES
111
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
112
TÓPICO 1 | O PLANEJAMENTO E SUAS DIVERSAS CONCEPÇÕES
113
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
A professora Haydt (2006, p. 94) nos diz que “planejar é analisar uma dada
realidade, refletindo sobre as condições existentes, e prever as formas alternativas
de ação para superar as dificuldades ou alcançar os objetivos desejados”.
O autor ainda afirma que planejar é um processo que “visa a dar respostas
a um problema, estabelecendo fins e meios que apontem para a superação, de
modo a atingir objetivos antes previstos, pensando e prevendo necessariamente
o futuro” (BAFFI apud PADILHA, 2001, p. 63).
114
TÓPICO 1 | O PLANEJAMENTO E SUAS DIVERSAS CONCEPÇÕES
NOTA
115
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
Tinha chovido muito toda a noite. Havia enormes poças de água nas
partes mais baixas do terreno. Em certos lugares, a terra, de tão molhada, tinha
virado lama. Às vezes, os pés apenas escorregavam nela, às vezes, mais do que
escorregar, os pés se atolavam na lama até acima dos tornozelos. Era difícil
andar. Pedro e Antônio estavam a transportar, numa camioneta, cestos cheios
de cacau para o sítio, onde deveriam secar.
Por meio deste texto, firmamos ainda mais a ideia de que planejar é tornar-
se curioso junto a determinada situação que podemos enfrentar. Para Piletti (2010,
p. 59), “planejar é estudar”.
116
TÓPICO 1 | O PLANEJAMENTO E SUAS DIVERSAS CONCEPÇÕES
NOTA
PLANEJAR: V. T. D. 1. Fazer o plano de; projetar; traçar. Um bom arquiteto planejará o edifício.
2. Fazer o planejamento de; elaborar um plano ou roteiro de; programar, planificar: planejar
um roubo. 3. Fazer tenção ou resolução de; tencionar, projetar [...] (AURÉLIO, 1986).
PROJETO: (do lat. Projectu, lançado para diante) S. M. Ideia que se forma de executar ou
realizar algo, no futuro, plano, intento, desígnio. 2. Empreendimento a ser realizado dentro de
um determinado esquema. [...] (AURÉLIO, 1986).
FIGURA 38 – PLANEJANDO
117
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
Vamos montar uma peça teatral. Temos os atores principais, que são os
professores, os alunos, equipe gestora e pais. Temos o espaço teatral, que é: a escola.
O que nos falta fazer enquanto profissionais da educação junto aos alunos para
que tenhamos sucesso pedagógico? A resposta é simples: precisamos nos planejar.
118
TÓPICO 1 | O PLANEJAMENTO E SUAS DIVERSAS CONCEPÇÕES
E aos professores, seu resultado será avaliar, durante todo o seu processo
de ensino-aprendizagem, o que foi positivo ou não. Dialogando com seus
colaboradores e buscando a análise dos movimentos ocorridos durante este
processo.
119
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
Lopes (2011) entende que o planejamento voltado para uma ação crítica
e transformadora possibilitará ao professor mais segurança para lidar com a
relação educativa que ocorre na sala de aula e na escola de modo geral.
120
TÓPICO 1 | O PLANEJAMENTO E SUAS DIVERSAS CONCEPÇÕES
Enquanto professores, precisamos nos informar, conhecer das leis que nos
amparam e compreender que o planejamento, para ser eficaz, precisa levar em
conta a realidade da comunidade em que trabalhamos. Este fato parece simplista,
mas é de suma importância, pois a partir do reconhecimento de nossa clientela é
que estaremos construindo uma nova imagem da escola com a comunidade onde
esta instituição se encontra inserida, possibilitando a construção e reconstrução
do processo educacional que será a linha mestra desta instituição.
121
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
Morin (2006) nos coloca ainda que o escritor T. S. Eliot questionava: “Onde
está o conhecimento que perdemos na informação?”.
122
TÓPICO 1 | O PLANEJAMENTO E SUAS DIVERSAS CONCEPÇÕES
Estes questionamentos que Morin nos apresenta são relevantes, pois trazem
à tona a verdadeira função de um profissional da educação: o de saber manter uma
postura ética em relação a seu trabalho, sendo investigativo, humanístico, possuir
uma visão sociológica e política, em que ele, o professor, conforme Morin (2006,
p. 18), “reconheça que a informação é matéria-prima que o conhecimento deve
dominar e integrar; que o conhecimento deve ser permanentemente revisitado e
revisado pelo pensamento; e o pensamento é, mais do que nunca, o capital mais
precioso para o indivíduo e a sociedade”.
123
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
124
TÓPICO 1 | O PLANEJAMENTO E SUAS DIVERSAS CONCEPÇÕES
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
125
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
ativo e, por decorrência, seu pensamento criativo tem sido mais bloqueado do
que estimulado. A avaliação da aprendizagem, por outro lado, tem sido resumida
ao ritual das provas periódicas, através das quais é verificada a quantidade de
conteúdos assimilada pelo aluno.
126
TÓPICO 1 | O PLANEJAMENTO E SUAS DIVERSAS CONCEPÇÕES
127
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você aprendeu que:
• Haydt (2006, 94) nos diz que “planejar é analisar uma dada realidade, refletindo
sobre as condições existentes, e prever as formas alternativas de ação para
superar as dificuldades ou alcançar os objetivos desejados”.
• Planejar consiste em prever: O quê? Para quê? Como? Por quê? Quais são os
resultados?
128
• O planejamento é necessário, porque planejar indica que o profissional está
inteiramente focado em seu trabalho e busca construir junto a seus alunos uma
nova visão das informações. Este movimento fará com que o aluno tenha uma
posição de construtor de seu conhecimento, a partir das informações repassadas
pelo professor, que detém a figura do mediador. Para tanto, o planejamento é
fundamental.
129
AUTOATIVIDADE
130
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Prezado(a) acadêmico(a)! Ao longo da Unidade 1, compreendemos
que o planejamento é de fundamental importância, não é mesmo? Agora nos
cabe identificar as fases do Planejamento de Ensino. Dentre elas está o papel
do professor na realização do planejamento, o conhecimento da realidade, a
delimitação dos objetivos de ensino, a seleção dos conteúdos, a metodologia, os
recursos de ensino e a avaliação.
131
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
FONTE: <http://noticias.r7.com/blogs/nicolau-marmo/tag/fundamental-
ii/>. Acesso em: 3 nov. 2013.
132
TÓPICO 2 | FASES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
Para que ocorra esta mudança é necessária a ruptura com muitos ranços
pedagógicos (condições de trabalho, estrutura hierárquica) com pessoas que não
participam das ações profissionais.
Caro(a) acadêmico(a)! Você sabe que pessoas são estas que fazem parte
das ações profissionais? Vamos ajudá-lo(a):
133
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
Mas vale lembrar que nem sempre se pode esperar as mudanças vindas
destas esferas, apenas. É preciso que busquemos, dentro de nosso espaço, meios
para as mudanças, e o planejamento em equipe nos dá esta possibilidade,
juntamente com os documentos que nos são entregues pelas autarquias
mencionadas anteriormente.
Para tanto, citamos novamente Imbernón (2011, p. 15), que nos reforça que
para ocorrer esta “[...] ruptura é preciso formar o professor na mudança e para a
mudança, por meio do desenvolvimento de capacidades reflexivas em grupo, e
abrir o verdadeiro caminho para a autonomia profissional compartilhada [...]”.
134
TÓPICO 2 | FASES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
135
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
136
TÓPICO 2 | FASES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
[...] normas obrigatórias para a Educação Básica que têm como objetivo
orientar o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino,
norteando seus currículos e conteúdos mínimos. Assim, as diretrizes
asseguram a formação básica, com base na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB), definindo competências e diretrizes para a Educação
Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio (RODRIGUES, 2012).
Estes nomes lhe parecem familiares, não é mesmo? Pois bem, prezado(a)
acadêmico(a), estes documentos deverão nortear sua prática pedagógica, pois
lhe trarão, enquanto profissional da educação, autonomia para trabalhar os
conteúdos das disciplinas conforme suas exigências e necessidades. Além destes
documentos, as escolas possuem autonomia suficiente para construir seu próprio
documento, denominado PPP – Projeto Político-Pedagógico, que será abordado
na Unidade 3 deste Caderno de Estudos. Aguarde!
137
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
a) Pelo sistema escolar: estes objetivos são encontrados nos documentos em nível
nacional, como o Plano Nacional de Educação, por exemplo, e expressam as
finalidades educativas de acordo com ideais e valores dominantes na sociedade.
138
TÓPICO 2 | FASES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
Para tanto, cabe também ao professor realizar uma análise da escola que
tem e da escola que quer; observar seu grupo de alunos e verificar se houve ou não
avanços ao final de seu trabalho, ou seja, críticos, ativos, pesquisadores, curiosos,
ou se mantiveram-se na passividade diante de novos conhecimentos.
139
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
Além destes objetivos gerais, que, como vimos, nos apontam as metas que
pretendemos alcançar, temos também os objetivos específicos. Vamos conhecê-los?
Haydt (2010, p. 115) nos orienta afirmando que “os objetivos gerais
nos fornecem as diretrizes para a ação educativa como um todo, enquanto
que os objetivos específicos norteiam, de forma mais direta, o processo ensino-
aprendizagem”.
140
TÓPICO 2 | FASES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
141
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
Ao professor cabe ressaltar que os conteúdos são um meio para que através
deles os alunos e o próprio professor consigam construir seus conhecimentos,
ressaltando sua importância dentro de seu espaço cotidiano.
142
TÓPICO 2 | FASES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
Nesta perspectiva, o autor ainda nos diz que “os conteúdos retratam a
experiência social da humanidade no que se refere a conhecimentos e modos
de ação, transformando-se em instrumentos pelos quais os alunos assimilam,
compreendem e enfrentam as exigências teóricas e práticas da vida social”
(LIBÂNEO, 2011, p. 129).
AUTOATIVIDADE
Mas o que é uma “cabeça bem feita”, e o que ela tem a ver com os
conteúdos de ensino? “Uma cabeça bem feita é uma cabeça apta a organizar
os conhecimentos e, com isso, evitar uma acumulação estéril” (MORIN, 2002,
p. 24). Ou seja, ao organizar os conteúdos, o professor necessita observar a
importância e a praticidade historicamente acumulados, possibilitando ao
aluno que os utilize em seu cotidiano.
143
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
144
TÓPICO 2 | FASES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
145
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
146
TÓPICO 2 | FASES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
147
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
4 MÉTODO DE ENSINO
A palavra método, de acordo com o Dicionário de Filosofia (2000, p.
668), refere-se a “um procedimento de investigação organizado, repetível e
autocorrigível, que garanta a obtenção de resultados válidos”.
148
TÓPICO 2 | FASES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
149
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
150
TÓPICO 2 | FASES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
151
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
sentido, ele desenvolverá seu papel tendo espaço para apresentar suas dúvidas,
dialogar ou trocar informações. É importante observar também que o trabalho
realizado em sala de aula não deve ficar restrito ao conteúdo, mas ir além,
com a intenção de aguçar nos alunos o desejo pela pesquisa, pela realização de
experiências, pela formação de grupos de estudo, seminários, entre outros.
Frente ao exposto, cabe a cada professor refletir sobre sua prática diária,
dando ênfase ao que o aluno necessita saber, ao que ele já sabe e ao que ele ainda
não assimilou neste processo. A busca incessante de informações que auxiliem
na sua formação (como professor) e no crescimento intelectual de seus alunos
152
TÓPICO 2 | FASES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
153
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
É uma pena perceber que muitos recursos de ensino ainda são pouco
utilizados pelos professores. Independentemente dos motivos, é importante
que os professores busquem sair da inércia, em que somente o livro didático e o
quadro de giz sejam os recursos utilizados para a efetivação de suas aulas.
154
TÓPICO 2 | FASES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
• Possuir conhecimento.
• Capacitar-se.
• Buscar meios para transformar as aulas em momentos de construção do
conhecimento.
• Não ser meramente recreativo, com o perigo de recair na indisciplina, levando
seu trabalho ao insucesso.
155
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
A partir desta leitura podemos perceber que a avaliação é vista pela lei
federal de maneira macro, apresentando-se como uma avaliação contínua, que
dá ao aluno a possibilidade de construção do conhecimento a partir do que já
sabe e do que virá a saber. A avaliação também possui uma vertente qualitativa,
auxiliando o professor em suas avaliações.
156
TÓPICO 2 | FASES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
157
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
158
TÓPICO 2 | FASES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
FIGURA 57 – A AVALIAÇÃO
159
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
DICAS
DICAS
160
TÓPICO 2 | FASES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
Desta forma, poderemos realizar com passos firmes avaliações que nos
remetam ao global, não transformando a avaliação em “gavetas”, que classificam
os alunos em ótimos, bons ou ruins dentro do processo avaliativo. Paulo Freire
(2002, p. 55), no livro Pedagogia da Autonomia, nos diz que “ensinar exige
consciência do inacabamento”. Isso nos remete a perceber que a avaliação –
elemento formador do processo ensino-aprendizagem – “faz com que o professor
se torne um ser crítico e ao mesmo tempo “aventureiro” responsável, predisposto
à mudança, à aceitação do diferente” (FREIRE, 2002, p. 55).
161
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
Para completar esta lógica, trazemos mais uma vez Paulo Freire (2002, p.
55), que afirma que “nada do que experimentei em minha atividade docente deve
necessariamente repetir-se”. E continua: “Onde há vida, há inacabamento”.
Como transformar-se neste professor que sabe realizar todos estes passos
do processo ensino-aprendizagem, principalmente a avaliação? Nós lhe ajudamos
a responder:
162
TÓPICO 2 | FASES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
Hoffmann (2001, p. 19) nos auxilia nesta reflexão, pois afirma que “é
preciso um esforço coletivo para delinear as setas dos caminhos da avaliação
educacional, na direção do seu significado ético de contribuição à evolução da
sociedade”.
163
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
DICAS
“Legal, assim temos uma folga!” (A. C., 10 anos, aluno novo na escola).
“Mudou bastante, agora a gente pode dar nossa opinião, somos ouvidos.
A gente pode dizer o que pensa sobre os professores e ouvir o que eles têm a dizer
sobre nós” (C. E. P., 15 anos).
164
TÓPICO 2 | FASES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
A preocupação daquela época era de julgar o aluno, dar a nota e não preocupar-
se do “por que” o aluno não ter avançado em seus conhecimentos. A avaliação
era puramente classificatória. Ao final eram entregues os diários ao Orientador
Pedagógico ou Gestor e as notas eram passadas e finalizava-se o conselho. Mas
será que isto não acontece mais?
Estas são algumas perguntas a serem respondidas pelos alunos para que,
posteriormente, o professor regente e o líder da turma levem os dados ao Conselho.
Este movimento fez e faz a diferença durante a participação dos alunos e dos
próprios professores ao que avaliar e como avaliar e como perceber-se nesta avaliação.
165
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
4º momento: Devolutiva aos alunos em relação ao que foi argumentado durante o Conselho de
Classe, através da pessoa do gestor escolar e do professor regente em cada sala de aula.
Este movimento, de mutação, não é tão simples, pois exige que todos
os personagens deste movimento se autoavaliem e busquem respostas aos
questionamentos que surgem no processo de avaliação.
166
TÓPICO 2 | FASES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
167
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
DICAS
168
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você estudou que:
169
• Objetivos Específicos: são aqueles definidos especificamente para uma
disciplina, uma unidade de ensino ou aula. “Consistem no desdobramento e
na operacionalização dos objetivos gerais” (HAYDT, 2010, p. 114).
170
AUTOATIVIDADE
171
172
UNIDADE 2 TÓPICO 3
NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
1 INTRODUÇÃO
Até o momento, caro (a) acadêmico (a), você reconheceu as fases do
planejamento de ensino. Agora estaremos adentrando em outro patamar, em que
se apresentarão os níveis de planejamento. Os níveis de planejamento, que serão
trabalhados neste tópico, são: Planejamento em nível Educacional; Curricular:
Projeto Político-Pedagógico, Plano de Curso; Unidade e Aula; Projetos de Ensino
e Planejamento Setorial.
173
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
análise e reflexão das várias facetas de um sistema educacional, para delimitar suas
dificuldades e prever alternativas de solução”.
174
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
175
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
Diante disto, tanto governo como sociedade civil necessitam de leis que
amparem este processo. Na educação não é diferente, conforme apresentação
anterior do quadro. No sistema educacional ocorre o mesmo movimento de
construção de possibilidades para mudanças significativas no que tange a
organizar o sistema educacional brasileiro.
Depois deste primeiro passo são sugeridas ações, que são o planejamento
e a execução dos projetos ou programas que serão vinculados para solucionar
os problemas. Para que estas ações possam ocorrer é necessária a criação de leis
que amparem estas políticas públicas, auxiliando assim economicamente todo o
processo.
176
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
Podemos dizer que a política pública é uma ação do Estado, para que
a população possua qualidade de vida em todos os níveis: saúde, segurança,
educação, entre outros.
• Constituição Federal.
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB – Lei nº 9.394/96.
• Lei do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB – Lei nº 11.494/2007.
• Resoluções dos Conselhos de Educação (Nacional, Estadual e Municipal).
177
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
3 PLANEJAMENTO ESCOLAR
Este planejamento é realizado no início do ano, com todo o corpo docente
da escola, gestores, orientadores e demais atores do processo educacional. Neste
momento são organizadas todas as atividades que serão realizadas no ano letivo.
Conforme Haydt (2010, p. 95),
178
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
179
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
Para que isso ocorra, é elaborado um projeto, em que estejam elencados todos
os desejos que a comunidade escolar busca para aquele determinado ano letivo. Além
dos projetos, ocorre a participação dos membros da comunidade escolar já citados,
que auxiliam de forma política, através de suas ideias e ações. Ocorre também um
momento pedagógico em que são elencados os meios a serem utilizados para que as
atividades pedagógicas que ocorrerão auxiliem no processo ensino-aprendizagem.
180
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
181
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
1. Apresentação
a) Descrever as características da instituição de modo sucinto, seu histórico,
origem e valores da clientela atendida.
b) É fundamental destacar NÚMEROS que demonstrem os resultados concretos
obtidos pela escola nos últimos quatro anos (dados de repetência, evasão e
relação idade/série – IDEB, ENEM) e as estratégias para recuperação dos
alunos de baixo rendimento.
2. Papel da escola
a) Posicionamento político-pedagógico dos docentes e profissionais da educação
que, permeado pela fundamentação teórica, definirá a intencionalidade da
prática educativa.
b) Objetivos: geral e específicos (prioridades da escola).
c) Ações a serem desenvolvidas e as pessoas ou segmentos que irão realizá-las.
3. Proposta curricular
a) Objetivos.
b) Matriz curricular.
c) Conteúdos curriculares e sua adequação às diretrizes curriculares e padrões
de qualidade.
d) Metodologia de ensino.
e) Sistema de avaliação ensino-aprendizagem relação alunos/docente; relação
disciplina/docente.
f) Projetos pedagógicos.
182
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
4. Dimensão administrativa
Descrever:
a) Aspectos gerais da organização escolar.
b) Formação acadêmica e profissional do corpo docente e diretivo.
c) Condições de trabalho, inclusive o plano de valorização dos profissionais da
educação (cursos, seminários, capacitação interna etc.).
d) Forma de atendimento aos alunos.
e) Proposta de Avaliação Institucional.
5. Dimensão financeira
a) Descrever as alternativas de captação (PDDE, PRODENE, APP, outros...) e
aplicação dos recursos financeiros para melhorar a permanência do aluno na
escola: planejamento de aquisições diversas (mat. didático-pedagógico, mat. de
consumo, reparos nas instalações físicas, outros), capacitação de profissionais
da escola, participação em feiras, seminários etc.
6. Dimensão física
Descrever:
a) Instalações gerais: biblioteca (espaço físico, acervo, serviços oferecidos),
secretaria, salas de aula e outras, sanitários etc.
b) Instalações, condições materiais de laboratórios específicos: ciências, sala de
Tecnologias etc.
c) Condições de acessibilidade para portadores de necessidades especiais.
d) Áreas de convivência e infraestrutura para o desenvolvimento de atividades
esportivas, de recreação e culturais.
e) Local de alimentação e de oferta de serviços.
8. Consolidação do PPP
Aprovação em Assembleia Geral da Comunidade com aporte de assinaturas.
183
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
NOTA
Observe que neste Plano de Curso, o professor apresenta o que sua turma
ou classe desenvolverá com ele neste ano letivo.
184
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
NOTA
Número de
Quantas aulas serão necessárias na unidade?
aulas:
185
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
Objetivos
O que o aluno deverá ser capaz de fazer ao final da unidade?
Gerais:
SEMANA 01 –
N AULAS
Objetivos
Quais são os objetivos específicos?
Específicos:
Conforme Haydt (2010 apud CARVALHO, 1973, p. 101), esta diz que o
Plano de Unidade “reúne várias aulas sobre assuntos correlatos, constituindo uma
porção significativa da matéria, que deve ser dominada em suas inter-relações”.
NOTA
186
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
187
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
a. Tema.
b. Objetivos gerais.
c. Objetivos específicos.
d. Conteúdos.
e. Metodologia.
f. Estratégias.
g. Avaliação.
188
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
189
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
• Problema: aqui será elaborada uma pergunta, que buscará resposta durante
todo o trabalho de pesquisa.
190
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
Neste tipo de projeto o aluno fica como o responsável pela sua aprendizagem.
A curiosidade, o despertar para o novo, saindo de uma zona de conforto, fazem
com que o aluno redescubra a importância do conhecimento. Assim o aluno passa a
ser o protagonista do processo ensino-aprendizagem, buscando nas mais diversas
fontes informações para a solução de problemas elencados nas temáticas propostas
pelo grupo. Assim, conforme Hernández (1998, p. 61),
191
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
NOTA
• Buscar nos Parâmetros Curriculares o fio condutor do projeto: para que não
permaneça somente como um projeto informativo. Deverá ser relevante e
que dê margem a novas construções do conhecimento.
• Buscar materiais: aqui os professores verificarão os objetivos a alcançar,
classificarão quais os possíveis conteúdos, atividades e fontes informativas
para dar início ao projeto. A pergunta que os professores tentarão responder
a todo instante é: “o que pretendo que os diferentes componentes do grupo
aprendam com o projeto”.
• Estudar e preparar o tema: aqui os professores buscam informações para
instigar os alunos, dando a possibilidade aos mesmos de criarem novos
conhecimentos a partir da desconstrução e reconstrução de suas informações.
O diálogo, a discussão dos assuntos, é essencial, tendo os professores a
responsabilidade de serem os orientadores e de também estudarem sobre o
tema escolhido.
• Envolver componentes do grupo: instigar os alunos ao trabalho em grupo,
ocorrendo a construção do conhecimento de maneira mais envolvente.
• Destacar o sentido funcional do projeto: levar os alunos a compreender a
importância do tema para este momento, buscando dar ênfase ao por quê do
tema.
• Manter uma atitude de avaliação: observar que a avaliação ocorre a todo
instante, desde o momento inicial até o final do processo. A avaliação
ocorre de maneira globalizada. Partir do que o aluno sabe como realizou a
construção e o que aprendeu.
• Recapitular o processo seguido: aqui os professores realizam um feedback do
projeto e verificam se os objetivos propostos inicialmente foram alcançados
e constroem novas possibilidades de envolvimento e elaboração de novos
projetos a partir do que já foi realizado.
193
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
194
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
Vamos à leitura?
5 PLANEJAMENTO SETORIAL
Diante do que já foi estudado, podemos perceber que todo este processo
necessita de uma organização. A organização dentro da educação possui uma
hierarquia – não vista como “alguém manda e os outros obedecem” –, mas uma
hierarquia voltada à organização em rede, em que a participação da sociedade é
necessária, traduzindo assim a participação efetiva da população.
Observa-se que cada esfera possui suas responsabilidades e cabe a elas dar
continuidade aos programas e projetos elaborados pela esfera superior. Conforme
196
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
NÍVEL FEDERAL
MEC – Ministério da Educação: (órgão executivo) responsável pelo ensino de qualidade,
através da elaboração de planos nacionais com o amparo da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação.
CNE – Conselho Nacional de Educação: órgão deliberativo, normativo e fiscalizador.
PNE – Plano Nacional de Educação: propõe metas a serem cumpridas para melhoria
da educação no país.
SNE – Sistema Nacional de Educação: integra e articula todos os níveis e modalidades
de educação com todos os recursos e serviços que lhes correspondem, organizados e
geridos, em regime de colaboração, por todos os entes federativos sob coordenação da
União (SAVIANI, 2010).
Para que estas metas sejam cumpridas é dado aos estados da federação o
direito de desenvolver, através dos planos e projetos educacionais, a adaptação à
realidade de cada estado da federação. Assim, os estados da federação possuem
esta organização:
NÍVEL ESTADUAL
SED – SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO: administrar de maneira democrática
os programas federais e adequá-los às necessidades da população de seu estado, buscando
a Lei maior – LDB – como base.
197
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
Esta mesma esfera estadual possui sua legislação, a qual abarca todo o
processo educacional para sua efetivação. São elas:
PEE – Plano Estadual de Educação: baseia-se no Plano Nacional de Educação para cumprir
metas relacionadas à melhoria da educação nos estados da federação.
SEE – Sistema Estadual de Educação: compete a este sistema a regulamentação e bom
funcionamento da rede estadual de ensino fundamental e particular, das universidades
estaduais.
NÍVEL MUNICIPAL
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO: órgão responsável pelo desenvolvimento
dos programas a que se propunha participar em nível federal e estadual, além do
desenvolvimento da educação em nível de Educação Infantil e Fundamental.
CME – Conselho Municipal de Educação: fixa normas para autorização e funcionamento
de instituições de ensino municipais e particulares.
Este sistema não foge da legislação que a ampara, sendo ela assim
organizada:
PME – Plano Municipal de Educação: prevê as diretrizes do sistema de ensino, a partir
do Plano Nacional de Educação.
SME – Sistema Municipal de Educação: compete a este o regulamento e observar o bom
andamento do ensino nas redes municipais de ensino (educação infantil e séries iniciais);
a educação infantil das redes particulares.
198
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
199
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
Mas, neste mesmo período, conforme Libâneo (2012, p. 185), “ao longo
dos anos de 2009 a 2010, foi constituída a Conferência Nacional de Educação
(CONAE), que, entre outras contribuições, foi a responsável pela mobilização do
campo da educação para a elaboração do PNE 2011-2020”.
200
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
201
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
202
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
Anos finais do Ensino Fundamental 3,9 4,4 4,7 5,0 5,2 5,5
203
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
204
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
NOTA
205
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
206
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
PNLD – Livro Didático: este programa tem por objetivo “prover as escolas
públicas de Ensino Fundamental e Médio com livros didáticos e acervos de obras
literárias, obras complementares e dicionários” (FNDE, 2012).
207
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
NOTA
Para maiores esclarecimentos com relação ao PAR, segue o site que auxiliará neste
entendimento. Disponível em: <http://www.fnde.gov.br/programas/par/par-apresentacao>.
208
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
A origem dos recursos para que o programa possa ser colocado em prática
vem dos impostos que pagamos e de:
209
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
210
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
Nada mais justo do que o professor ser novamente visto como PROFESSOR!
LEITURA COMPLEMENTAR
211
UNIDADE 2 | PLANEJAMENTO
212
TÓPICO 3 | NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
Além disso, “aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito (por cento) [...]
da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências,
na manutenção e desenvolvimento do ensino” (CR/88, art. 212). Por fim, garantirá
o padrão mínimo de qualidade (CR/88, art. 206, inciso VII), em todos os níveis e
categorias administrativas, procedendo à autorização e avaliação qualitativa na
iniciativa privada (CR/88, art. 209, inciso II).
FONTE: Magno Federeci Gomes R. bras. Est. pedag., Brasília, v. 92, n. 230, p. 166-186, jan./abr. 2011.
NOTA
213
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico vimos que:
214
• No Plano de Aula estão organizadas as atividades que o professor pretende
trabalhar junto a seus alunos em um determinado período. No Plano de Aula,
conforme Haydt (2010, p. 102), “o professor especifica e operacionaliza os
procedimentos diários para a concretização dos planos de curso e de unidade”.
215
AUTOATIVIDADE
TEMA
OBJETIVO GERAL
OBJETIVO ESPECÍFICO
CONTEÚDO
ESTRATÉGIAS
AVALIAÇÃO
216
UNIDADE 3
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Essa unidade está organizada em três tópicos, sendo que em cada qual há o
desafio de aprofundamento através da pesquisa, conforme proposição nas au-
toatividades, auxiliando para uma maior compreensão dos temas abordados.
217
218
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
FIGURA 67 – AVALIAÇÃO
219
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
2 SOBRE AVALIAÇÃO
Podemos dizer que a avalição é orientada pelo contexto sociopolítico e
histórico-cultural ao qual pertence. Compreender os processos de avaliação é
entender as forças políticas de diferentes grupos sociais que ditam princípios com
base em suas concepções de sociedade e suas disputas pela hegemonia social.
220
TÓPICO 1 | AVALIAÇÃO NO CONTEXTO EDUCACIONAL
221
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
3 A AVALIAÇÃO MEDIADORA
A avaliação mediadora fundamenta-se na prática reflexiva condicionada
a uma ação que promova melhoria na situação avaliada. Hoffmann (2013) define
avaliação mediadora como uma ação pela qual se encoraja a reorganização
do saber, onde ação, movimento e provocação são tentativas de reciprocidade
intelectual entre professores e alunos, que buscam coordenar seus pontos de vista,
trocando ideias e reorganizando-as, ou seja, um processo dialógico e interativo de
constante revisão.
222
TÓPICO 1 | AVALIAÇÃO NO CONTEXTO EDUCACIONAL
223
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
224
TÓPICO 1 | AVALIAÇÃO NO CONTEXTO EDUCACIONAL
225
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
226
TÓPICO 1 | AVALIAÇÃO NO CONTEXTO EDUCACIONAL
227
RESUMO DO TÓPICO 1
228
AUTOATIVIDADE
229
gt², calcule a altura do edifício”.
Perguntei então ao meu colega se ele estava satisfeito com a resposta e se
concordava com minha disposição em conferir praticamente a nota máxima à
prova. Concordou, embora sentisse nele uma expressão de descontentamento,
talvez inconformismo.
Ao sair da sala, lembrei-me de que o estudante havia dito ter outras respostas
para o problema. Embora já sem tempo, não resisti à curiosidade e perguntei-
lhe quais eram as respostas. “Ah! Sim” – disse ele – “há muitas maneiras
de se achar a altura de um edifício com a ajuda de um barômetro”. Perante
minha curiosidade e a já perplexidade de meu colega, o estudante desfilou as
seguintes explicações:
“Por exemplo, num belo dia de sol pode-se medir a altura do barômetro e
comprimento de sua sombra projetada no solo, bem como a do edifício. Depois,
usando-se uma simples regra de três, determina-se a altura do edifício”.
“Outro método básico de medida, aliás, bastante simples e direto, é subir
as escadas do edifício fazendo marcas na parede, espaçadas da altura do
barômetro. Contando o número de marcas, ter-se-á a altura do edifício”.
“Um método mais complexo seria amarrar o barômetro na ponta de uma corda
e balançá-lo como um pêndulo, o que permite a determinação da aceleração
da gravidade (g). Repetindo a operação ao nível da rua e no topo do edifício
têm-se dois g’s, e a altura do edifício pode, a princípio, ser calculada com base
na diferença”.
“Finalmente” – concluiu – “se não for cobrada uma solução física para o
problema, existem outras respostas. Por exemplo, pode-se ir até o edifício e
bater à porta do síndico. Quando ele aparecer diz-se: ‘Caro Sr. Síndico, trago
aqui um ótimo barômetro; se o Sr. me disser a altura desse edifício, eu lhe darei
o barômetro de presente.”
A essa altura, perguntei ao estudante se ele não sabia qual era a resposta
“esperada” para o problema. Ele admitiu que sabia, mas estava tão farto com
as tentativas dos professores de controlar seu raciocínio e cobrar respostas
prontas com base em informações mecanicamente arroladas, que ele resolveu
contestar aquilo que considerava, principalmente, uma farsa.
230
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Prezado(a) acadêmico(a)! Passaremos, neste momento, a dialogar sobre
as modalidades de avaliação. Como já vimos anteriormente, a avaliação possui
muitas nuances e formas e cabe ao profissional que avalia compreender que a
avaliação é um componente do processo ensino-aprendizagem que levará o aluno
a perceber o quanto conseguiu construir e, ao professor, dá uma perspectiva se
seus objetivos foram ou não alcançados.
231
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Conforme nos reforça Quintana (2003, p. 163), “[...] temos que ver a
avaliação como um aspecto integral do processo de ensino-aprendizagem e como
parte essencial das tarefas que o docente executa em aula”.
FIGURA 70 – AVALIAÇÃO
232
TÓPICO 2 | AS MODALIDADES E FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO: MODALIDADES AVALIATIVAS
2 AS MODALIDADES DA AVALIAÇÃO
É importante perceber que a nota aqui não tem prioridade, mas sim,
diagnosticar – pesquisar em que nível estes alunos estão. Conforme Luckesi (2000,
p. 9), “[...] para avaliar, o primeiro ato básico é o de diagnosticar, que implica,
como seu primeiro passo, coletar dados relevantes, que configurem o estado de
aprendizagem do educando ou dos educandos”.
233
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Outro fator relevante é perceber que nem sempre encontramos turmas com
o mesmo nível de conhecimento, as turmas costumam chegar até nós de forma
heterogênea, onde cada um traz o que realmente adquiriu de conhecimentos.
Outro autor que nos auxilia neste momento é Haydt, que afirma:
234
TÓPICO 2 | AS MODALIDADES E FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO: MODALIDADES AVALIATIVAS
235
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
236
TÓPICO 2 | AS MODALIDADES E FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO: MODALIDADES AVALIATIVAS
Outro autor que nos auxilia nesta caminhada é Fernandes (2005, p. 68-69),
quando caracteriza a avaliação formativa do seguinte modo:
237
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
238
TÓPICO 2 | AS MODALIDADES E FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO: MODALIDADES AVALIATIVAS
O que está sendo avaliado não é um aluno, mas sim toda a sua construção
de conhecimento. As causas que o levarão para o sucesso ou insucesso estarão
sob a responsabilidade, além do aluno, do professor, que necessitará reavaliar
seus procedimentos de ensino.
Esta fala de Luckesi não nos parece familiar, caro(a) acadêmico(a)? Já não
foi ouvida por você na sala ou corredores de sua escola? Pense nisso!
240
TÓPICO 2 | AS MODALIDADES E FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO: MODALIDADES AVALIATIVAS
Desta forma fica a interrogação: para que serve a avaliação somativa e como
devemos avaliar? Para responder a esta pergunta podemos dizer que a avaliação
somativa necessita ser tratada como um meio de avaliar não classificando, mas vendo
o aluno em sua totalidade, deixando de lado os rótulos que são criados no transcorrer
do processo ensino-aprendizagem deste aluno.
241
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
UNI
Caro(a) acadêmico(a)! Segue para você parte de uma entrevista realizada com
Luckesi, onde se encontram perguntas instigantes e respostas ainda mais questionadoras.
Toda a entrevista você encontrará disponível no seguinte site: <www.luckesi.com.br/.../
avaliacao_da_aprendizagem_e_pratica>. Acesso em: 26 nov. 2013.
LEITURA COMPLEMENTAR
[...]
242
TÓPICO 2 | AS MODALIDADES E FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO: MODALIDADES AVALIATIVAS
243
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Daí você poderá perguntar, mas isso não ajuda a aprender os conteúdos
escolares? Os grandes cientistas não aprenderam desse jeito? Eu digo que sim,
mas pergunto: a que preço? Será que é preciso tanta dor e sofrimento para se
aprender e se desenvolver? Penso que existem caminhos mais sadios. Entre muitos
outros, um deles é fazer da avaliação verdadeiramente avaliação e não confundi-
la com exames, como temos feito historicamente. Afinal, avaliar, como dissemos,
é diagnosticar impasses e encontrar soluções. Os exames nem diagnosticam nem
buscam soluções. Somente classificam e excluem.
244
TÓPICO 2 | AS MODALIDADES E FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO: MODALIDADES AVALIATIVAS
245
RESUMO DO TÓPICO 2
• Ainda na avaliação diagnóstica, Luckesi (2000, p. 9) afirma que “[...] para avaliar,
o primeiro ato básico é o de diagnosticar, que implica, como seu primeiro
passo, coletar dados relevantes, que configurem o estado de aprendizagem do
educando ou dos educandos”.
• Avaliação Formativa: esta ocorre no decorrer do ano letivo. Nesta avaliação são
observados os conhecimentos que o aluno possui e constrói durante o período
letivo, e ao professor cabe analisar seu trabalho junto ao que o aluno aprendeu
ou não.
• A classificação surge como meio de demonstrar quem está apto ou não para
prosseguir em novas classes ao final de um ano letivo, transformando o ambiente
escolar em competitividade e individualismo, sem a preocupação com a construção
do conhecimento e do crescimento do indivíduo afetiva e socialmente.
246
AUTOATIVIDADE
Caro(a) acadêmico(a)! Nas linhas a seguir pedimos que você descreva a forma
avaliativa que você acredita ser a mais significativa no processo de ensino-
aprendizagem; ou todas são necessárias? A resposta é pessoal e dê uma
justificativa.
247
248
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a), neste último tópico estaremos trabalhando sobre
as técnicas e instrumentos avaliativos empregados ou não no processo ensino-
aprendizagem.
249
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Mas para chegar aos objetivos previstos é necessário que o professor esteja
empenhado em realizar esta avaliação ou avaliações de maneira clara e objetiva,
não se preocupando somente com a nota que o aluno irá tirar. É preciso que ocorra
reflexão do profissional da educação para que seu aluno sinta estas avaliações como
um reflexo do que ele (aluno) aprendeu e do que o professor alcançou.
Desta forma, percebe-se que a avaliação não pode ser vista de maneira
engessada, em que somente uma forma de avaliação é válida; pelo contrário, a
variação de instrumentos utilizados pelo professor o auxiliará na verificação do
desenvolvimento dos alunos e de seu trabalho.
250
TÓPICO 3 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS AVALIATIVOS: O ATO DE AVALIAR
251
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Sob esta ótica, percebemos mais uma vez que o professor é peça-chave
neste movimento, pois conforme Camargo (2010, p. 36),
252
TÓPICO 3 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS AVALIATIVOS: O ATO DE AVALIAR
FONTE: Haydt, Regina Célia C. Curso de didática geral. São Paulo: Ática, 2010.
253
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
dados fornecidos pela observação sejam realmente úteis, eles devem ser anotados
e constituir um registro escrito de fatos significativos da vida escolar do aluno”.
2.2 AUTOAVALIAÇÃO
Caro(a) acadêmico(a)! Encontramo-nos, agora, com outro tipo de
instrumento avaliativo, que não pode ser compreendido como um instrumento
em que a nota será privilegiada. Por quê? perguntaria você, acadêmico(a). A
resposta é muito simples: por que “Quando a autoavaliação vale nota, verifica-
se o sério risco de ser distorcida em função da preocupação com o “passar de
ano”: o aluno passa a calcular quanto precisa se dar para poder corrigir a nota do
professor e chegar à média”. (VASCONCELLOS, 1998, p. 49).
254
TÓPICO 3 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS AVALIATIVOS: O ATO DE AVALIAR
255
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Observe, caro(a) acadêmico(a), que a prova oral pode ser utilizada, mas
se a turma em questão for numerosa, este instrumento torna-se desfavorável
para utilização.
256
TÓPICO 3 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS AVALIATIVOS: O ATO DE AVALIAR
c) Redija os itens com clareza e exatidão, especificando o que deseja como resposta. Os
enunciados devem explicar o que o aluno vai fazer, utilizando termos como descreva,
compare, explique, exemplifique, sintetize.
257
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Para Haydt (2010, p. 305), “os testes que são elaborados pelos professores
caracterizam-se por uma prova objetiva, que possui objetivo de conseguir
resultados imediatos”. Mas para tanto o professor necessita ter bem claro seus
objetivos e as questões devem possuir coerência com o conteúdo trabalhado em
sala de aula.
A autora ainda nos diz que para elaborar estas provas objetivas com
qualidade, o professor necessita:
258
TÓPICO 3 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS AVALIATIVOS: O ATO DE AVALIAR
• Respostas curtas: ao aluno cabe dar uma resposta breve através de uma frase,
palavra ou número. Conforme Haydt (2010, p. 306), “é uma questão que exige
uma resposta breve e bem definida; o aluo descreve apenas uma palavra, uma
frase ou um número”.
• Questões certas ou erradas: nesta situação, o aluno assinala com um (X) dentro
dos parênteses. Há outras formas para responder a estas questões, como: sim
ou não; correto ou incorreto; verdadeiro ou falso.
259
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
260
TÓPICO 3 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS AVALIATIVOS: O ATO DE AVALIAR
a) I, III e IV.
b) II, III e IV.
c) I e II.
d) III e IV.
e) II e IV.
2.6 PORTFÓLIO
O portfólio é um instrumento de avaliação que apresenta todos os
trabalhos realizados pelo aluno em seu ano de atividades escolares.
261
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
262
TÓPICO 3 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS AVALIATIVOS: O ATO DE AVALIAR
Agora deixamos para você uma leitura instigante que vem auxiliá-lo
no entendimento deste último tópico sobre avaliação, modalidades, técnicas e
instrumentos avaliativos.
UNI
Leia a seguir o fragmento de um artigo que fala sobre a avaliação como instrumento
diagnóstico da construção do conhecimento nas séries iniciais do Ensino Fundamental. O texto
está disponível em sua íntegra em:
<http://web.unifil.br/docs/revista_eletronica/educacao/Artigo_04.pdf>. Acesso em: 7 dez. 2013.
LEITURA COMPLEMENTAR
INTRODUÇÃO
O ato de avaliar implica coleta, análise e síntese dos dados que configuram
o objeto da avaliação, acrescido de uma atribuição de valor ou de qualidade, que
se processa a partir da comparação da configuração do objeto avaliado com um
determinado padrão de qualidade previamente estabelecido para aquele tipo de
objeto. O valor, ou a qualidade atribuído ao objeto conduz a uma tomada de posição
a seu favor ou contra ele. Esta tomada de decisão é o posicionamento a favor ou
contra o objeto, ato ou curso da ação, a partir do valor ou qualidade atribuído,
conduz a uma decisão nova: manter o objeto como está ou atuar sobre ele.
1
Graduada em Pedagogia com habilitação em séries iniciais e gestão escolar pelo Centro
Universitário Filadélfia – UniFil.
2
Orientadora da pesquisa. Docente no Curso de Pedagogia do Centro Universitário Filadélfia –
Unifil. Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). E-mail: monirela@
sercomtel.com.br .
263
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Perspectivas de Avaliação
264
TÓPICO 3 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS AVALIATIVOS: O ATO DE AVALIAR
265
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Por essa razão, que esta pesquisa justifica-se como fundamento necessário
para um satisfatório desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem.
266
TÓPICO 3 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS AVALIATIVOS: O ATO DE AVALIAR
267
RESUMO DO TÓPICO 3
268
AUTOATIVIDADE
Caro(a) acadêmico(a)!
Convido você a dissertar sobre a importância das técnicas e instrumentos de
avaliação no processo ensino-aprendizagem.
269
270
REFERÊNCIAS
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ALMEIDA, José Luís Vieira de; OLIVEIRA, Edilson Moreira de; ARNONI, Maria
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Loyola, 2007.
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