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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA E ECOLOGIA
Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão e Perícia Ambiental

THAMARA COSTA PENHA

PERÍCIA AMBIENTAL: A SUA IMPORTÂNCIA E DIFICULDADE, DIANTE A


SOCIEDADE E PROBLEMAS AMBIENTAIS.

CUIABÁ-MT
2018
THAMARA COSTA PENHA

PERÍCIA AMBIENTAL: A SUA IMPORTÂNCIA E DIFICULDADE, DIANTE A


SOCIEDADE E PROBLEMAS AMBIENTAIS.

Monografia apresentada ao Depto. de Botânica e Ecologia


do Instituto de Biociências da Universidade Federal de
Mato Grosso, como requisito final para obtenção do Grau
de especialista em Gestão e Perícia Ambiental.

Orientador: Drº André Pansonato


Universidade Federal de Mato Grosso

CUIABÁ-MT
2018
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.

C837p COSTA PENHA, THAMARA.


PERÍCIA AMBIENTAL: A SUA IMPORTANCIA E
DIFICULDADE, DIANTE A SOCIEDADE E PROBLEMAS
AMBIENTAIS. / THAMARA COSTA PENHA. -- 2018
24 f. ; 30 cm.

Orientador: ANDRÉ PANSONATO.


TCC (especialização em Gestão e Perícia Ambiental) -
Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Biociências,
Cuiabá, 2018.
Inclui bibliografia.

1. PERÍCIA AMBIENTAL. 2. MEIO AMBIENTE. 3.


DIFICULDADES. I. Título.

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.


THAMARA COSTA PENHA

PERÍCIA AMBIENTAL: A SUA IMPORTÂNCIA E DIFICULDADE, DIANTE A


SOCIEDADE E PROBLEMAS AMBIENTAIS.

Monografia apresentada ao Depto. de Botânica e Ecologia


do Instituto de Biociências da Universidade Federal de
Mato Grosso, como requisito final para obtenção do Grau
de especialista em Gestão e Perícia Ambiental.

Banca examinadora

___________________________________________________
Prof. Dr. André Pansonato (Orientador)

____________________________________________________
Prof. Dra. Rosina Djunko Miyazaki (Examinadora)

_____________________________________________________
Prof. MS. Rogério Pinto de Moura Moreira (Examinador)

Local: Cuiabá – MT

Data de aprovação: 13/ 12/ 2018.


RESUMO

Como está crescente a degradação ambiental atualmente, a sociedade e a legislação vem


conscientizando e fiscalizando sobre os danos ambientais, aumentando a atividade da perícia
ambiental na via judicial. O objetivo do trabalho é de levantar informações referência a
importância do perito e a responsabilidade dentro da sociedade, crime ambiental e manifestando
a dificuldade encontrada por eles na escolha dos métodos técnico-cientifico. A metodologia
utilizada foi de forma bibliográfica para elucidar o conceito da perícia ambiental.

Palavras-Chaves: Perícia ambiental, meio ambiente, dificuldades.

ABSTRACT

As environmental degradation is increasing, society and legislation have been raising awareness
and monitoring of environmental damage, increasing the activity of environmental expertise in
the judicial process. The objective of the work is to raise information reference the importance
of the expert and responsibility within society, environmental crime and manifesting the
difficulty encountered by them in the choice of technical-scientific methods. The methodology
used was of bibliographical form to elucidate the concept of environmental expertise.

Keywords: Environmental expertise, environment, difficulties.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................................1
2. METODOLOGIA ......................................................................................................................2
3. DESENVOLVIMENTO.............................................................................................................3
3.1. MEIO AMBIENTE ......................................................................................................................3
3.2. CONCEPÇÕES, VISÕES E PREOCUPAÇÕES RELACIONADAS AO MEIO AMBIENTE
NO MUNDO GLOBALIZADO .........................................................................................................3
3.3. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: EIXO POLÍTICO DOS PROBLEMAS
AMBIENTAIS ....................................................................................................................................5
3.4. CONSIDERAÇÕES E PERSPECTIVAS CRITICAS SOBRE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL ................................................................................................................................8
3.5. DANOS AMBIENTAIS ..............................................................................................................9
3.6. A DEFINIÇÃO DO PAPEL NA PERÍCIA AMBIENTAL .......................................................13
3.7. LEIS DOS CRIMES AMBIENTAIS ..........................................................................................14
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................16
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................17
1

1. INTRODUÇÃO

Observa-se que todos os dias temos presenciado na mídia catástrofes ambientais de


proporções gigantescas. De grande destaque também é o bombardeio de notícias ambientais
que vêm ocorrendo no Brasil. A problemática ambiental assume um papel de relevância na
qualidade de vida da população, surgindo em nosso meio discussões, mobilizações, e
conscientizações com o intuito de estimular as pessoas a atuarem de forma participativa em
defesa do meio ambiente.
A prevenção de danos e degradação ambiental é a essência de qualquer regime sob o
conceito de desenvolvimento sustentável, enquanto a sustentabilidade implica em evitar danos
irreversíveis ou degradação. Isso leva a uma análise teórica da argumentação científica e
jurídica do termo natureza como sujeito de direito e permite sua restauração integral, em seu
estado natural e seres humanos afetados pelo evento poluidor.
Reconhece-se com isso que a mãe natureza como uma suprema da existência do ser
humano, requer o reconhecimento como sujeito de direito e como tal deve ser garantida sua
existência e perpetuidade. Isso já é reconhecido em tratados internacionais como Montecristi,
o que leva a garantias constitucionais legalmente respaldadas.
O acelerado progresso da ciência e da tecnologia, típico da era moderna pós-industrial,
trouxe consigo, além dos benefícios, uma série de novos riscos para a saúde e o meio ambiente,
devido ao uso de tecnologias que não permitem o controle absoluto e que às vezes escapam a
qualquer possibilidade de previsão e, portanto, a imputação culposa de suas consequências.
Em todo o planeta, as atividades humanas causaram uma perda na biodiversidade devido,
entre outras coisas, a mudanças no uso e cobertura dos solos, poluição e degradação destes e
das águas (incluindo a desertificação), poluição do ar, o desvio de água para os sistemas urbanos
e os ecossistemas geridos de forma intensiva, a fragmentação do habitat, a exploração seletiva
das espécies, a introdução de espécies não-nativas e o esgotamento do ozono estratosférico. É
relevante destacar que a taxa atual de perda de biodiversidade é maior que a de extinção natural.
Esta situação está relacionada com os padrões dominantes de produção e consumo, onde
os benefícios do desenvolvimento não são compartilhados equitativamente e a diferença entre
ricos e pobres está aumentando. Um aumento sem precedentes da população humana
sobrecarregou o sistema ecológico e social. Os fundamentos da segurança global estão sendo
ameaçados.
2

Conforme o Barroco (2016), o Brasil é considerado como o segundo país com maior
cobertura vegetal do mundo, perdendo com a Rússia e também vem crescendo os crimes
ambientais gravíssimas como o desmatamento e queimadas, estimando-se a perda de 20 mil
quilômetros quadrados de vegetação nativa, por consequência de incêndios e derrubadas.
Além da ocupação da área, a água também tem a sua importância para a população em si
que atualmente gera uma certa atenção para a sociedade. As águas nas regiões urbanas têm
como meta a saúde e a conservação ambiental, se enquadrando no sistema de abastecimento de
água, esgotos sanitários, a drenagem urbana e as inundações ribeirinhas (TUCCI, 2008).
O profissional perito ambiental tem, em conformidade com a Lei de Crimes Ambientais,
Lei nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, a competência de detectar os danos ambientais, todavia,
o perito utiliza as áreas protegidas por Lei para caracterizar o dano ambiental. No entanto, o
conhecimento sobre a área protegida e, neste contexto, o surgimento de Unidades de
Conservação é de grande importância para a ação pericial.
Por meio de metodologia bibliográfica, este trabalho tem como objetivo de levantar
informações referência a importância do perito e a responsabilidade dentro do meio ambiente,
do crime ambiental e mostrando a dificuldade encontrada por eles na escolha dos métodos
técnico-cientifico.

2. METODOLOGIA

Para a realização do trabalho, foi concedida uma pesquisa sobre eliminação da vegetação
nativa, devido a degradação por crescimento social. Este trabalho foi efetuado através de
revisão bibliográfica nas bases da Perícia Ambiental com enfoque do papel socioambiental.
Portando, os materiais serão elaborados, através de artigos científicos, vídeos ou revistas
presentes, enfatizando o papel importante do perito sobre casos ambientais e atuais dificuldades.
3

3. DESENVOLVIMENTO

3.1 MEIO AMBIENTE

A Lei 6.938/81, que constitui a Política Nacional do Meio Ambiente, define o conceito
do meio ambiente sendo como um conjunto de elementos, como leis, influências, e interações
física, química ou biológica que permite compartilhar todas as formas de vida, em suas formas.
Contudo, essa lei tem a finalidade de garantir a preservação da qualidade ambiental propícia à
vida e assegurar o desenvolvimento socioeconômico com um conjunto de elementos naturais,
artificiais e culturais que proporciona um desenvolvimento de forma equilibrada em todas as
formas de vidas existentes.

3.2 CONCEPÇÕES, VISÕES E PREOCUPAÇÕES RELACIONADAS AO MEIO


AMBIENTE NO MUNDO GLOBALIZADO

Um dos maiores impactos da globalização no nível ambiental é o que hoje se conhece


como mudança global, que paradoxalmente apresenta duas fases: a de perigo e a de esperança,
no sentido de que, embora seja verdade que a cada vez a realidade torna-se mais complexa e
problemática, essa mesma realidade nos desafia a encontrar formas cognitivas, políticas e éticas
de enfrentar e resolver esses problemas. "O conceito de mudança global não é fácil de definir
... nenhuma mudança é completamente global no sentido de uma manifestação uniforme em
toda a terra ...” (FOLADORI, 2005, p. 80).
É igualmente importante afirmar que essa mudança global não pode ser reduzida à
mudança climática, que é apenas um dos seus componentes, assim como outros que também
são preocupantes, como a perda de biodiversidade, a escassez de água, a degradação e o
desaparecimento dos ecossistemas, esses problemas que podem ter efeitos mais imediatos e
óbvios (OLIVEIRA, 2017).
Portanto, a maneira de explicar, dentro do pensamento ocidental, a responsabilidade
pelas mudanças ambientais, baseia-se em três abordagens: a teleológica que considera que é de
uma entidade suprema e sobrenatural que tanto os movimentos da natureza são estabelecidos
como os da sociedade; o determinista que aponta para uma relação direta entre as condições
naturais e a evolução das sociedades humanas, e o antropocêntrico, que, ao contrário das
4

abordagens anteriores, afirma que são as sociedades humanas que influenciam e determinam os
ritmos ambientais (SANTOS, 2006).
A visão determinista tem em Montesquieu (século XVIII) um dos seus maiores
representantes, que define que "as características do ambiente determinariam as possibilidades
de desenvolvimento de uma civilização e são a chave para entender a diversidade dos
temperamentos humanos dependendo da variedade de climas". No entanto, é o médico
Hipócrates (460-375 aC) quem foi responsável pelo nascimento do pensamento ambientalista
na história da humanidade (SANTOS, 2006).
A doutrina hipocrática defendia que o corpo humano era composto de quatro elementos
ou humores; fogo, terra, ar e água e que a saúde do indivíduo dependia do equilíbrio entre esses
elementos e o ambiente físico. Em seu tratado "Ares, águas e lugares", Hipócrates chama a
atenção para a simbiose entre o indivíduo e o meio ambiente, que é a base do ambientalismo
moderno. Esse pensamento é reafirmado por Marx no século XIX, dizendo que "a natureza é o
corpo inorgânico do homem". No entanto, no final desse século, ambas as visões teleológicas e
determinista foram praticamente abandonadas, abrindo caminho para a visão antropocêntrica,
que tem sido amplamente aceita até hoje (SANTOS, 2006).
Um importante campo da historiografia denominada história ambiental vem dos anos
60 do século passado, que "a história ambiental pode ajudar a sociedade a repensar seu
protagonismo, marcadamente antropocêntrico, entre nós predomina a ideia de natureza como
uma caixa silenciosa e estática da história, porque o dinamismo seria depositado
exclusivamente na esfera da ação humana. Essa ideia é falsa e perigosa. O planeta em que o ser
humano vive não é nem calmo nem estático. A Terra está em contínuo movimento e seus ritmos
e espasmos causam muita destruição que afeta milhares de pessoas e estruturas políticas e
sociais. O movimento da natureza é intenso e antigo e tem sido observado por homens
pertencentes a diferentes culturas. Não é prudente, portanto, subestimar as forças de a
natureza".
No Brasil, a partir dos anos 1990, novas formas de discutir e analisar a dimensão
ambiental emergiram de uma perspectiva mais plural e interdisciplinar na tentativa de superar
os reducionismos presentes no que poderia ser chamado de visão tradicional do meio ambiente,
onde o homem foi colocado de um lado e do outro lado da natureza, limitando a relação a uma
simples "influência" de um sobre o outro. A proposta a partir de então, é superar o conceito
limitado de meio ambiente como equivalente exclusivamente à natureza ou ao meio físico e
entendê-lo como produção social, ou seja, o espaço de interações políticas, econômicas,
5

culturais e sociais que fazem parte da dinâmica sócia. Nesse sentido, "o ambiente é
concomitantemente espaço e tempo, é natural e social, é uma entidade e representação
concreta". Podemos, portanto, compreender que a mudança global, bem como as relações entre
meio ambiente e o ser humano, originam-se na relação entre os homens, entre eles com a
natureza e entre sociedade e sociedade, numa relação dialética entre o local e o global.
Reflexões dessa situação já podem ser observadas neste praticamente final da primeira
década do século 21, quando as seguintes podem ser citadas como principais preocupações
ambientais em nível global: aquecimento global, escassez de água, insegurança alimentar,
"refugiados ambientais", desertificação, poluição ambiental do ar, da água, do solo, aumento
descontrolado de resíduos sólidos (lixo), injustiça social e ambiental, exclusão social e doenças
transnacionais. Enfrentar esses problemas traz a tona vários e grandes desafios, incluindo a
compreensão da complexidade que envolve a dimensão ambiental (SANTOS, 2006).
"A aprendizagem da complexidade ambiental implica uma revolução de pensamento,
uma mudança de mentalidade, uma transformação de conhecimento e práticas educacionais
para construir um novo conhecimento e uma nova maneira de pensar que orienta a construção
de um mundo de racionalidade, equidade e democracia. É um reconhecimento do mundo em
que vivemos " (FOLADORI, 2005, p. 75).

3.3 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: EIXO POLÍTICO DOS PROBLEMAS


AMBIENTAIS

O problema do Desenvolvimento Sustentável passa completamente e / ou "transborda"


e / ou "subjaz" as várias abordagens relacionadas às questões ambientais em geral. Os conceitos
de Desenvolvimento Sustentável têm sido desenvolvidos e sustentados no âmbito das
organizações multilaterais, no qual o uso desse conceito foi consolidado. O Brasil, incorporou
as diretrizes para o desenvolvimento sustentável em várias leis e nos componentes de políticas
públicas voltadas para o desenvolvimento e problemas ambientais.
Em outubro de 1984, a Comissão Mundial do Meio Ambiente reuniu-se pela primeira
vez (Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento) sob proposta da Assembleia
Geral da Organização Nações Unidas, com o propósito de estabelecer uma agenda global para
levar a cabo uma mudança que permitiria à humanidade construir um mundo mais próspero,
mais justo e um futuro sem incertezas O trabalho desta comissão levou à preparação do
Relatório Bruntdland (NAÇÕES UNIDAS, 1987), que incorpora a noção de desenvolvimento
6

sustentável, originalmente proposta pela IUCN em 1980. No Relatório acima mencionado, no


parágrafo 27 da seção "Uma terra, um mundo", os componentes centrais que compõem a
proposta de desenvolvimento sustentável.
Está nas mãos da humanidade tornar o desenvolvimento sustentável, duradouro, isto é,
garantir que ele atenda às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações
futuras de satisfazer as suas próprias. O conceito de desenvolvimento sustentável implica
limites - não limites absolutos, mas limitações que impõem aos recursos do meio ambiente o
estado atual da tecnologia e da organização social e a capacidade da biosfera de absorver os
efeitos das atividades humanas. Mas tanto a tecnologia quanto a organização social podem ser
ordenadas e melhoradas para abrir o caminho para uma nova era de crescimento econômico. A
Comissão considera que a pobreza geral já não é inevitável. A pobreza não é apenas um mal
em si. O desenvolvimento duradouro exige que as necessidades básicas de todos sejam
atendidas e que todos tenham a oportunidade de realizar suas aspirações por uma vida melhor.
Um mundo onde a pobreza é endêmica sempre tenderá a ser vítima de uma catástrofe ecológica
ou de outra natureza (NAÇÕES UNIDAS, 1987).
A noção de desenvolvimento sustentável foi incorporada à maioria dos programas das
Nações Unidas e se tornou a base da Cúpula da Terra realizada no Rio de Janeiro em 1992,
tornando-se um modelo global a ser promovido, renovado nas instâncias reuniões subsequentes
na Rio + 5 em 1997, na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 10 em
2002) e na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável na Rio + 20 em
2012. Após três anos, em setembro de 2015 o documento "Transformando o nosso mundo: a
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável" é aprovado na Assembleia Geral das
Nações Unidas. A fim de alcançar os objetivos da Agenda, uma série de considerações e
orientações são realizadas, que tendem a indicar e especificar os caminhos a serem seguidos,
incluindo: "fazendo mudanças fundamentais na forma como nossas sociedades produzem e
consomem bens e serviços" (NAÇÕES UNIDAS, 2015a, p. 9), e pede-se aos Estados que
“abstenham-se de promulgar e aplicar unilateralmente medidas econômicas, financeiras ou
comerciais que não sejam compatíveis com o direito internacional e a Carta das Nações Unidas”
(NAÇÕES UNIDAS, 2015a, p. 9). Ao mesmo tempo, reconhece-se que "o desenvolvimento
social e econômico depende da gestão sustentável dos recursos naturais do nosso planeta"
(NAÇÕES UNIDAS, 2015a, p. 10).
Apesar das diversas iniciativas que têm tentado enfrentar as condições da vida no
planeta terra, ante a perspectiva de uma possível deterioração, diminuição e até eliminação dos
7

recursos naturais que o viabilizam, até o momento não puderam verificar acordos e resoluções
que efetivamente levem a uma mudança significativa na proteção e conservação dos
ecossistemas. Nos relatórios feitos pela Comissão de Administração do Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) desde o ano 2000, propostas e diversos debates
podem ser seguidos em relação à geração de um quadro institucional adequado e à dimensão
precisa para abordar os problemas ambientais que existem hoje no planeta, que ainda não foram
aprovados pelos órgãos de decisão do Sistema das Nações Unidas. Além disso, pode-se apontar
que existem dificuldades de articulação e articulação entre o PNUMA e os Acordos Ambientais
Multilaterais, estabelecidos entre vários países, seja internacional ou regionalmente, para
abordar os mais diversos problemas ambientais, a maioria deles de aplicação em esferas
regionais ou bilaterais, na medida em que tenham secretarias independentes, seus próprios
objetivos e ações correspondentes, gerando dispersão de recursos e baixos níveis de sinergias.
Ao mesmo tempo, a questão da mudança climática pode ser sublinhada na medida em
que mais do que expressões de desejos e "deveriam ser" que são levantadas nas propostas para
o desenvolvimento sustentável, a mudança climática aparece com toda a sua força tornando-se
uma questão atual que foi colocado em outro momento. Isso gerou a necessidade de se chegar
a acordos para responder aos efeitos das atividades humanas que estão influenciando as
mudanças climáticas, entre as quais vale destacar que os países estabelecem as contribuições
determinadas no nível nacional para a redução das emissões de gases efeito estufa, o que geraria
um nível de mitigação das mudanças climáticas (NAÇÕES UNIDAS, 2015a, p. 1).
Já se passaram 25 anos entre a apresentação do Relatório Bruntdland chamado "Nosso
Futuro Comum" (NAÇÕES UNIDAS, 1987) e a aprovação do Documento Final da Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio + 20 chamado "O futuro que
queremos" em 2012. Esses dois documentos promovidos, elaborados e aprovados nas áreas
pertinentes das Nações Unidas incluem em seus títulos o "nós" e o "futuro". O "nós" implicaria
uma dimensão coletiva que não parece fácil de construir no atual momento sócio histórico. O
termo "futuro" em seu significado temporal indica o que está por vir, embora possa também ser
considerado como um "deslocamento" para "um futuro" de problemas e questões que são
difíceis de resolver e resolver das atuais esferas políticas e econômicas.
8

3.4 CONSIDERAÇÕES E PERSPECTIVAS CRITICAS SOBRE


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A questão do desenvolvimento sustentável, sustentável ou sustentável tem sido


abordada a partir de uma ampla bibliografia composta por numerosos autores de amplo espectro
político, cultural e ideológico, organizações da sociedade civil pública e internacional e
instituições acadêmicas nacionais com abordagens interdisciplinares e disciplinares. As
propostas vão desde considerar o desenvolvimento sustentável como um problema estritamente
econômico e financeiro vinculado a instituições financeiras e de investimento, a propostas que
questionam a manipulação do desenvolvimento sustentável e sua distância das soluções
ambientais, como forma de fortalecer os centros de poder. .
Em relação aos termos que compõem a fórmula "desenvolvimento sustentável", que, em
um sentido amplo, implica três dimensões inter-relacionadas que são o ambiental, o econômico-
produtivo e o social, Piñeiro (2010) aponta a imprecisão de sua definição e que o principal
ponto de discussão advém da interpretação do que deve ser "sustentado". Com base nisso, o
autor afirma que, de acordo com a perspectiva e os interesses dos autores, o que deve ser
sustentado é estabelecido. O capital para aqueles que hierarquizam o crescimento econômico
(economistas neoclássicos), os recursos naturais para aqueles que hierarquizam os aspectos
ambientais e para outros, o que deve ser sustentado não é apenas o crescimento econômico, mas
a distribuição equitativa, a fim de eliminar pobreza e para que os benefícios da educação, saúde,
trabalho decente alcancem todos.
Por sua parte, Arocena e Porzecanski (2010) eles abordam a questão terminológica do
desenvolvimento sustentável afirmando que nos últimos anos tem havido uma crescente
preocupação nas esferas política, científica e pública que permitem, de um ponto de vista
otimista, considerar que ela está muito mais próxima de um "ponto de vista" consenso de que
o crescimento econômico não pode parar de pensar sobre sua relação com o meio ambiente e
ambos com a distribuição da riqueza, ou seja, a aceitação generalizada do conceito de
desenvolvimento sustentável " (p.19). Em contraste com uma visão otimista, os autores
recorrem à caracterização do desenvolvimento sustentável como um oximoro, que, segundo as
Nações Unidas (2015a) significa a combinação na mesma estrutura sintática de duas palavras
de sentido oposto. Neste sentido, o desenvolvimento sustentável seria um conceito contraditório
em si, na medida em que o desenvolvimento e a sustentabilidade e o desenvolvimento e
distribuição da riqueza não seriam compatíveis. O problema é o desenvolvimento, e o adjetivo
9

"sustentável" é uma tentativa de conciliar o desenvolvimento com o ambiente que ele destruiu
por dois séculos.
Foladori (2005) afirma que a tridimensionalidade da sustentabilidade (ecológica, social
e econômica) é baseada em uma visão técnica e que por isso é ideologicamente comprometida
com o capitalismo, causando tanta degradação ambiental e onde a sustentabilidade social
implica objetivos que tendem a melhorar a qualidade de vida, democracia, ou direitos humanos,
são levantadas sem tocar as relações de propriedade ou apropriação de recursos, e sem tocar as
relações sociais de produção. Na tridimensionalidade da sustentabilidade, haveria "exclusão na
discussão sobre sustentabilidade da possibilidade de mudanças nas relações sociais de
produção" (FOLADORI, 2005, p. 69). Por essa razão, os processos de desenvolvimento
sustentável e as agências que os impulsionam "porque não afetam as relações sociais de
produção que geram desigualdades, sua atividade tem uma abordagem técnica e limites
estruturais" (FOLADORI, 2005, p.75).

3.5 DANOS AMBIENTAIS

Para caracterizar o dano ambiental, a Lei 6.938/81 composto pelos incisos II e III do
artigo 3°, relata da seguinte forma:
Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
[...] II - degradação da qualidade ambiental, a alteração
==adversa das características do meio ambiente;
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental
resultante de atividades que direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da
população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e
econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio
ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os
padrões ambientais estabelecidos [...]

Assim é compreendida que o dano ambiental resulta como toda lesão intolerável
causada por qualquer ação humana (de forma culposa ou não) ao meio ambiente.
10

Deve-se adquirir uma certa concepção de que não são todos os danos que podem ser
reparados, porque de modo geral alguns danos podem ser irreparáveis e infungíveis
(OLIVEIRA, 2017).
De acordo com Santos (2006), a degradação ambiental tem sido um fato real que cada
vez mais está se tornando mais frequente. A destruição ambiental deve ser analisada para que
com isso possa se solucionar ou encontrar novas metas que previna esta devastação ambiental,
sendo importante ressaltar que este vem sendo um problema enfrentado mundialmente e cada
vez mais se procura novas medidas que solucione este problema. Diante deste fato a meta é
expor os motivos que levam a análise da deterioração ambiental.
Com o desenvolvimento mundial de uma política que objetive com maior ênfase a
proteção do meio ambiente, assim estabelecendo condições e leis que evitem a degradação
ambiental e com isso ponha em pratica novos recursos ambientais. Segundo nos dizeres do
autor Édis Milare (2000, p. 34):
“ O processo de desenvolvimento dos países se realiza
basicamente ás custas dos recursos naturais vitais,
provocando a deterioração das condições ambientais em
ritmo de escala até ontem desconhecidos”.

O autor (SANTOS, 2006) afirma ainda que, em países como o Brasil e necessário e
fundamental a conscientização de que se é necessário buscar medidas de prevenção. A política
nacional que se refere ao meio ambiente foi atualizada com as novas leis sendo acompanhada
pelo Conselho Nacional do meio ambiente. Nos dias atuais existem legislações que se dispõe
de ferramentas que visam à proteção do meio ambiente, mas, no entanto, a sociedade deve
tomar providências para que estas venham a serem colocadas em pratica rigorosamente. O
Poder Público por sua vez visa o dever de proteção do meio ambiente por todos que o acercam,
sendo estados, distritos e municípios. Sendo assim devemos levar em conta a consideração
sobre a extensão conceitual reduzida sobre meio ambiente, levando os dizeres de Jose Afonso
da Silva (1981, p. 180):
“ Toda natureza original e artificial, bem como os bens
culturais correlatos, compreendendo, portanto, o solo, a
água, o ar, a flora, as belezas naturais, o patrimônio
histórico, artístico turístico, paisagístico e arqueológico”.

Mas, no entanto, estas exigências em nossa sociedade buscam meios para que se possa
utilizar com a devida exigência e eficácia, objetivando meios que visam o desenvolvimento de
11

nossa democracia. Para que com isso possa ser levado a cabo direitos que assim garantam o
cumprimento de tais (SANTOS, 2006). É necessário que se tenha decisões para que se dê início
a novos meios que possibilitem o direito sob a responsabilidade de se efetivar o estudo de
procuras de novos meios que tragam benefícios.
Em dias atuais discussões que venha, ao caso a devastação do meio ambiente se
tornaram, evidentemente, comuns não só em meio à sociedade, mas também de autoridades, o
que acerca preocupações sobre como abater este mal que vem causando danos à população e
ao meio ambiente. É importante ressaltar os dizeres de José Afonso da Silva (1981, p. 33):

“A crescente intensidade desses desastres ecológicos


despertou a consciência ecológica por toda à parte, até
com certo exagero, mas exagero produtivo, porque
chamou a atenção das autoridades para o problema da
degradação e destruição do meio ambiente, natural e
cultural de forma sufocante. Daí proveio à necessidade
da proteção jurídica do meio ambiente, com o combate
pela lei de todas as formas de perturbação das qualidades
do meio ambiente e do equilíbrio ecológico, de onde foi
surgindo uma legislação ambiental em todos os países”.

Nos dias atuais torna-se quase impossível prever os danos que ocorreram nos últimos
anos envolvendo o meio ambiente. Os danos causados à natureza vêm sendo refletidos na
população causando-lhes prejuízos e diminuição patrimonial. Existe um procedimento técnico
que se abstém a detectar, previamente as devidas causas que poderiam contribuir para a
degradação ambiental. Para certas atividades que obrigatoriamente, é ordenado se compõe em
um dos pressupostos para a legalidade do direito ambiental (SANCHEZ, 1998, p. 145).
Após se conscientizar sobre a degradação ambiental poderíamos por fim poder nos
indagar sobre os motivos que poderiam estar acometendo de maneira nociva o meio ambiente
(SANTOS, 2006). A degradação ambiental se vem espalhando através do homem, que assim
este se torna vítima na sua saúde e nos seus bens. No entanto os a deterioração ambiental se
torna cada vez mais evidente. Iniciando a conscientização ambiental, consequentemente, levara
a autonomização do bem jurídico ambiente e mesmo a elevação constitucional. Para a
concepção antropocêntrica se parece reduzir deixando menos evidente a degradação das
12

pessoas e dos seus patrimônios, existem agressões ecológicas na natureza sem retorno imediato
e aparente a na sociedade.
Sendo que a degradação ambiental, consiste na agressão de maneira nociva ao meio
ambiente. No conceito de Paulo Antunes (1998, p. 12), a degradação ao meio ambiente é:

“ O dano é o prejuízo causado por alguém por um terceiro


que se vê obrigado ao ressarcimento. A ressarcibilidade
do dano não é, contudo, matéria tranquila, a doutrina
civilista tem entendido, por maioria, que só é ressarcível
o dano que preencha três requisitos, a saber: certeza
atualidade e subsistência”.

Sendo que na maioria das vezes a degradação ao meio ambiente repercussão na


atividade humana se não de imediato. O art. 225 da constituição colocou o meio ambiente
equilibrado como bem de uso comum do povo e fundamental para uma qualidade de vida
melhor (GUERRA, 1999), para a caracterização dos danos ecológicos a existência dos danos
significativos ao meio ambiente não seria totalmente suficiente, seria fundamental uma
iniciativa que por sua vez omitisse os a degradação ambiental.
A agressão efetiva ao meio ambiente corresponde na alteração e qualidade destes sob a
condição de não ocorrer danos. Não tem importância à caracterização do dano ambiental a
periculosidade ou eventualidade do comportamento agressor.
Uma indústria que frequentemente dissemina poluente nos rios ou o navio que derrama
grande quantidade de óleo ou petróleo no mar do mesmo modo causa danos ao meio ambiente
e devem ser responsabilizados por seus atos de agressão ambiental. Sendo assim ressalta-se o
conceito de Melhem Adas (1998, p. 140):
“Os elementos naturais combinam-se formando uma
estrutura ou sistema espacial. Possuem entre si uma
interdependência. As forças naturais e a própria
sociedade humana são as responsáveis pelas alterações”.

Em relação ao dano ambiental pode-se introduzir o dano próprio, moral. A mesma regra
se incluem para o direito ambiental. No entanto não se tem dado atenção. Sendo assim Vladimir
Passos de Freitas (1999, p. 19) diz:
“ Em primeiro momento, vem-nos à mente que as
agressões ao meio ambiente se referem apenas a água, ao
solo, ao ar e ao mar, porem existem outras tantas formas
de lesão. Basta pensarmos na condição de trabalho, nas
13

edificações, no sistema viário da cidade de grande porte


no problema do lixo entre outros tantos que influem
diretamente na interação não só física como também
psíquica entre o homem e o ambiente em que vive ”.

Apesar da preocupação que o homem vem demonstrando nos últimos anos é preciso
mais do que isso, sendo essencial iniciativa e ação para que assim se possa detectar e combater
as causas reais do que causam as agressões ecológicas.

3.6 A DEFINIÇÃO DO PAPEL NA PERÍCIA AMBIENTAL

Diante ao um dano ambiental, cabe somente a perícia abordar um primor da qual é


realizado, na maioria das vezes, por um profissional perito, com um objetivo de esclarecer,
provar ou desvendar o fato que gerou dúvida ou incerteza e subsidiar as decisões dentro das
esferas jurídicas: civil, penal e administrativa.
Então, a prova técnica do perito ambiental torna-se uma grande estrela nas ações civis
públicas ambientais. Nela será meio de prova o primor das ações e na maioria das vezes, deverá
ser estabelecido por vários especialistas de diversas áreas técnicas para desvendar o crime,
dependendo o grau do dano.
O Código de Processo Civil, esclarece como um instrumento na prova da perícia
ambiental, aplicando-se também o trabalho do direito, em ser nomeado por um juiz, pessoa da
sua confiança e com conhecimento técnico o suficiente para averiguar os fatos ocorridos
(OLIVEIRA, 1995).
O Código de Processo Penal (BRASIL, 1941) mediante a infração penal, esclarece que
quando tiver vestígios do crime, o exame de delito será indispensável, não podendo suprir a
confissão do acusado. Contudo, o perito deverá propor um levantamento, medições e
comparações que no caso serviram como uma base do estudo para culpar ou inocentá-lo, diante
ao um ato irregular contra o meio ambiente (MARTINEZ ,2006).
Quando à reparação do dano, de acordo com o Art. 78 do CP – Código Penal (BRASIL,
1940), o laudo será feito mediante ao dano ambiental, portanto, o perito ambiental irá
materializar e valorar a proporção do dano, à medida que o juiz possa calcular o valor da multa,
pena ou a quantia do prejuízo.
14

3.7 LEIS DOS CRIMES AMBIENTAIS

A lei 9.605/98 descreve o crime ambiental, dispondo as sanções penais e


administrativas, oriundo das atividades que alteram ou lesam o meio ambiente, dando-se o
poder de dar as providencias necessárias. Sendo considerado como a primeira lei que
criminalizou de fato as condutas criminais, enquanto antes era tratado como debate penal, de
acordo com a com Artigo 26 da Lei 4771/65.
Almeida (2003) relata que através da Lei N.º 9.605/98 que defini os crimes ambientais
apresentando umas series de conjuntos para o estudo do crime acionado.
A Lei nº 6.605 classifica os crimes ambientais, da seguinte forma: Crimes contra fauna;
Poluição hídrica; Poluição sonora; Poluição do ar; Poluição do solo: Crimes contra
ordenamento urbano e patrimônio cultural.
Conforme o Sampaio (2010), podemos estabelecer que os crimes contra fauna se
constituem em: a) Comércio ilegal: venda, exposição à venda, aquisição, guarda, transporte,
exportação de espécimes vivos ou abatidos, ovos, filhotes, larvas, podendo fazer parte do
comercio ilegal nacional e internacional; b) Maus tratos contra animais: pode-se ser realizado
de modo voluntaria, negligência, imperícia ou imprudência. Os maus tratos inclui torturas,
espancamentos e mutilações com a possibilidade de utilização de instrumentos perfurantes,
cortantes, contundentes, substancias químicas, toxicas, choques elétricos ou fogo; c) Caça: a
apressamento ilegal de animais para a alimentação, estimação ou para venda que são
responsável pela extinção de populações faunísticas nos locais; e d) A Pesca proibida: A captura
de peixes em quantidades superiores ou em tamanhos inferiores que é permitido na lei, no
período de piracema, em lugares interditados com a utilização de aparatos e métodos ilícitos.
Outros fatores como à poluição hídrica, podem ser ligadas em poluição natural que
estabelece o arrastamento de partículas orgânicas e inorgânicas através das chuvas; poluição
causada por esgotos domésticos constitui em alteração das características da água, quando
lançados nela; poluição causada por efluentes industriais que dependendo o grau do efluentes,
há uma grande concentração de produtos cancerígenos, teratogênicos e microrganismos
patogénicos na água e poluição causada por drenagem de áreas agrícolas e urbanas institui em
materiais acumulados nas valas e bueiros arrastados pelas águas pluviais gerando uma poluição
enorme (ROMÉRO; BRUNA; PHILIPPI JUNIOR, 2004).
15

A poluição sonora é apenas um mero problema de desconforto acústico, como ruído que
atualmente estabelece como principais problemas ambientais na região urbana, ocasionando
uma perturbação da saúde mental. O resultado mais traiçoeiro, quando a poluição sonora,
origina-se uma serie de estresse, distúrbios físicos, mentais e psicológicos, insônia e problemas
auditivos, como surdez. Outros sintomas secundários aparecem como aumento da pressão
arterial, paralisação do estômago e intestino, má irrigação da pele ou até mesmo impotência
sexual (MACHADO, 2004).
Segundo a Silva (1995), a poluição atmosférica normalmente tem como causa a queima
de campos e florestas, as instalações de incineração, a fumaça, o vapor e o gás que poluem o
ar, mediante a emissão de gases de poluentes, incluindo os gases mais perigosos que são oxido
de enxofre, monóxido de carbono, fluoreto de hidrogênio, e cloreto de hidrogênio. A poluição
também pode surgir de formas naturais como a erupção vulcão, na decomposição de vegetais
ou animais, na ação eólica da poeira que lançada no ar, pela ação biológica de microrganismos
que vivem no solo, a formação do gás metano produzido nos pântanos, os aerossóis marinhos,
incêndios por causas naturais provenientes de descargas elétricas.
A Poluição do solo e subsolo pode dar-se pela a deposição, disposição, descarga,
infiltração ou enterramento no solo ou no subsolo de produtos poluentes no seu estado sólido,
líquido ou gasoso. Dentre os meios de contaminação do solo ou subsolo, Farias et al. (2010)
destacam a infiltração de líquidos no solo como chorume que é produzida em lixões ou aterros
sanitários, insumos agrícolas, metais pesados derivados de indústrias; derramamento de
combustíveis e lubrificantes oriundo dos postos de combustíveis; vazamentos causados por
desastres no transporte de produtos químicos; urina e fezes de animais domésticos nas praças,
praias, entre outros.
Conforme o autor Martins Junior (2010) destaca-se os crimes contra ordenamento
urbano e patrimônio cultural, como por exemplo, as edificações em área de APP (Área de
Proteção Permanente) estabelecendo assim uma infração praticada nos centros urbanos. Outro
fato importante que também é muito comum que provem parcelamento ou fragmentação de
áreas na qual se enquadram as Zonas de Preservação Ambiental (ZPA), violando a lei 6.766/79
que diz a respeito que somente será admitido determinado parcelamento no solo para
zoneamento urbano para a urbanização.
Há tantos episódios ambientais envolvendo os crimes ambientais no Brasil inteiro que
se destaca a importância da adoção e efetiva aplicação das leis ambientais e possível penalidade
16

relacionado ao crime cometido, todavia, não basta uma simples penalidade, diante há inúmeras
consequência afetando o meio ambiental e as populações aos redores.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho permitiu expor uma clareza sobre a atividade pericial para solução
das questões ambientais diante a sociedade, o mesmo estabelece para caráter criminal ou
judicial
A discussão ao longo do trabalho, permitiu-se mostrar a perícia ambiental como um
instrumento da explicação técnica nas circunstancias dos conflitos ambientais que são levados
ao julgamento judicial, prestando, um papel fundamental perante a Justiça nas causas
ambientais, apontando assim um crescimento nos últimos anos, como resultado do aumento na
conscientização da sociedade na legitimação, diante a punição daqueles que agridem o meio
ambiente.
Mesmo com tanta punição ao criminoso, perante a lei brasileira, o perito ainda tem a
dificuldade em procurar a melhor metodologia para a situação especifica do dano, bem como
reconhecer os pontos de vulnerabilidade de cada umas delas.
17

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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abril de 1989, e a Medida Provisória nº 2.166- 67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras
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