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A história da reforma agrária brasileira se inicia no final dos anos 50 e início dos anos 60, quando a

reivindicação pelas “reformas de base” (agrária, urbana, bancária e estudantil) tomou forma e
passou a fazer parte das discussões populares.
Se destacando em meio às demais, a reivindicação pela reforma agrária, exigia a extinção do
latifúndio existente desde a época de colonização do Brasil e a melhoria das condições de vida no
campo.
De fato, já havia no Brasil, uma discussão em torno do modelo fundiário e os possíveis obstáculos
que ele impunha ao desenvolvimento do país. Na década de 40 houve diversas propostas de lei para
a reforma agrária baseadas nos modelos adotados por países da Europa e EUA, mas nenhuma delas
foi aprovada.
No Brasil o modelo de colonização contribui para a perpetuação de um sistema fundiário baseado
na grande propriedade, afinal, o início da colonização no Brasil se deu através da concessão de
grandes latifúndios no nordeste do país (as Capitanias Hereditárias e Sesmarias), e o processo de
criação dos latifúndios apenas aumentou com a vinda de diversos imigrantes ao Brasil e a
mecanização da agricultura principalmente durante o período da ditadura militar.
A primeira iniciativa em prol da reforma agrária foi a criação da SUPRA – Superintendência
Regional de Política Agrária – em 1962 em resposta a criação das Ligas Camponesas no Nordeste e
com o objetivo de promover a reforma agrária no Brasil. Mas, só no início de março de 1964 foi
elaborado um decreto que desapropriava terras em torno de rodovias federais e as destinava ao
propósito da reforma. Porém, a iniciativa veio tarde demais, pois no final do mesmo mês um golpe
de estado iniciou o período da Ditadura Militar que por 21 anos distorceu completamente a questão.

Isso tudo foi um resumo da historia da reforma agraria no brasil mas o que tem sido feito
ultimamente??

Para corrigir esta distorção, nas últimas décadas vem sendo desenvolvido em nosso país o sistema
de reforma agrária. Embora lento, já tem demonstrado bons resultados. Os trabalhadores rurais
organizaram o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que pressiona o governo,
através de manifestações e ocupações, para conseguir acelerar a reforma agrária e garantir o acesso
à terra para milhares de trabalhadores rurais.

Cabe ao governo todo o processo de reforma agrária através de um órgão federal chamado INCRA
(Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Ao contrário do que muitos pensam, a
reforma agrária é realizada em nosso país dentro das leis vigentes, respeitando a propriedade
privada e os direitos constituídos. Não visa apenas distribuir terras, mas sim garantir, aos pequenos
agricultores, condições de desenvolvimento agrário e produtividade, gerando renda e melhores
condições de vidas para as famílias assentadas.

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